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Aula 02 fisio rubens p2.docx

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Aula 02 Fisiologia P2
Células sanguíneas
Ianna Vitorio, Luiza Calil e Paula Bernardo
 
O sangue é dividido em suas partes, a liquida: plasma e a solida: elementos figurados ou
elementos celulares que são compostos por vasos e células.
Plasma contem íons dissolvidos e elementos e vitaminas que acabaram permanecendo
após o metabolismo, então ali para serem possivelmente excretadas pelos rins, fezes ou
serão utilizados de outra forma. Temos também alguns gases dissolvidos, como o
oxigênio e o dióxido de carbono e também moleculas orgânicas que estão ali dissolvidas
no plasma, aminoácidos, resíduos nitrogenados, lipídeos, glicose e proteínas. Entao, no
plasma existe muitas proteínas como as albuminas que são sintetizadas no fígado.
Podemos dizer que se há uma maior presença de albuminas no plasma do que no liquido
intersticial, podemos ter uma ideia em termos de pressão, pois onde existe uma alta
concentração de proteínas existe uma pressão desempenhada por essas proteínas.
Pressão coloidosmótica: se há uma diferença de pressão entre dois meios, há um
desequilíbrio.
Maior pressão: onde existe uma maior concentração de proteínas.
Plasma há mais proteínas que no líquido intersticial então o plasma exerce uma pressão
sob o líquido intersticial.
Normalmente essa diferença de pressão pode ser compensada pela passagem de
solvente.
Então, para tentar estabelecer os dois meios, em termos de pressão, faz com que o
plasma que tem maior pressão que o líquido intersticial sugue a água do liquido
intersticial .
O fígado produz a albuminas, mas as globulinas ou imunoglonulinas são produzidas por
células especializadas: leucócitos (células brancas).
Fibrinogênio: uma proteína de alto peso molecular, é sintetizado pelo fígado, ele esta
presente no plasma e a função dessa proteína plasmática é a coagulação. no momento de
necessidade de coagulação sera transformado em monômeros de fibrina.
 
fibrinogênio à fibrina à coagulação
 
Então, sempre tem que ter a disponibilidade de fibrinogênio na corrente sanguínea para
o processo de sangramento, ou seja, para a hemostasia.
 
 OBS:
Homeostase: equilíbrio fisiológico.
Hemostasia: quando há uma ruptura de um vaso e comeca o processo de coagulação.
 
 
Elementos figurados (compostos por células):
 
Eritrócitos: célula mais numerosa do sangue, célula vermelha.
Leucócitos: células brancas do sangue.
Linfócitos: célula imunologicamente ativa (imunócitos).
Monócitos: corrente sanguínea.
Neutrófilos: possui grânulos, polimorfonucleados.
Eosinófilos: possui grânulos: polimorfonucleados.
Basófilos: possui grânulos, polimorfonucleados; célula imunologicamente ativa
(imunócitos).
 
O macrófago não existe na corrente sanguínea, foram conduzidos na medula óssea na
forma de monoblastos, entram na corrente sanguinea como monócitos e a partir do
momento que vão para os tecidos se transformam em macrófagos(realizam fagocitose).
Em cada tecido há um macrófago especializado, no fígado temos as células de kupffer,
no cérebro (snc) as microglias e nos ossos são os osteoclastos.
Todas essas células são originadas na medula óssea, a plaqueta não seria diferente.
Algumas fazem sua maturação em outros lugares do organismo.
As plaquetas são produzidas por uma célula enorme oriunda na medula óssea a
megacariócito e a partir do momento que ele tenta passar para o vaso sanguíneo ele
sobre uma diapedese. Por esse processo de compressão ele acaba se desintegrando em
centenas de fragmentos que são as plaquetas.
Função das plaquetas na corrente sanguínea: inicialização da cascata de coagulacao,
hemostasia
Se o numero de plaquetas for baixo (trombocitopenia) comprometerá a coagulação,
acarretando sangramento excessivo.
 
Diferença entre uma dengue clássica e uma dengue hemorrágica: o numero de plaquetas
na dengue hemorrágica esta extremamente baixa para inicializar a coagulação
sanguínea, então o paciente pode ter vários tipo de sangramento.
 
Hematócrito: para saber o número de células vermelhas no sangue.
O sangue sera coletado, colocado em um tubo graduado e centrifugado para separar
todos os elementos de acordo com o seu peso, então embaixo estará as células mais
pesadas (eritrócitos), no meio as células que são menos pesadas (leucócitos) e na parte
superior o plasma. A partir daí teremos o percentual.
As células mais importantes do hematócrito são os eritrócitos.
 
Eritrócito de mamífero: anucleado. A desvantagem é que não possui material genético e
por isso não pode se reproduzir. Então, a medula óssea deve estar constantemente
produzindo eritrócito, a medula óssea produz eritrócito na mesma quantidade em que
ele é destruído,para manter a corrente sanguínea sempre com uma concentração normal
de eritrócitos, sua vida media é de 100-120 dias, sendo destruído no baço. A vantagem
dessa célula não possuir núcleo é possuir um espaço intracelular maior, podendo
carregar muito mais hemoglobina.
 
Funções dos eritrócitos:
- Carreamento de hemoglobina. A hemoglobina tem que estar contida dentro de uma
célula (eritrócito) para ela não extravasar, pois ela é uma proteína. Ela extravasaria pelo
endotélio vascular para o interstício, a outra parte talvez pelo capilares tubulares renais
estando presentes na urina formada.
Diâmetro médio de um eritrócito é 7,8-8 micrometro, aproximadamente 2,5
micrometros na sua parte mais espessa e 1 micrometro no meio onde há uma constrição.
Em termos morfológicos o eritrócito é uma célula bicôncava, é um formato único, ela
tem outra vantagem em relação a outras células do organismo, ela tem um excesso de
membrana celular e é flexível, ela se molda e passa por pequenos vasos quando jovem,
e seu processo vital garante sua flexibilidade, quando velha seus processos vitais vão se
deteriorando e não agüenta mais a pressão, principalmente quando ela tenta passar pelos
pequenos vasos da trabécula esplênica, sendo seu destino final o baço onde será
destruída, pois ira se romper e fagocitada pelo macrófago. 
Continuação das funções:
- ter alta flexibilidade da membrana celular
- apesar de não possuir núcleo, ela possui sistemas enzimáticos que propiciam
transporte iônico transmembrana;
- sistemas enzimáticos usam a glicose por via glicolitica, ou seja via anaeróbia . entao
há sintese de ATP suficiente para o seu metabolismo;
- outra função das vias enzimáticas é manter a hemoglobina carregada pelo eritrócito na
forma oxidada, pois na forma reduzida pode transformar se em metahemoglobina e não
carregar oxigênio.
 
 
-Eritrócito vai carrear a hemoglobina (função principal)
 
Funções secundárias:
- função da hemoglobina: Transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos. Então,
quem faz isso não é o eritrócito mas sim a hemoglobina que ele carrega.
- dentro do eritrócito do próprio plasma existe água, e quem é responsável pelo
transporte de dióxido de carbono do tecidos para os pulmões é água do sangue , a reação
química básica é:
 
H2O + CO2 à H2CO3 à HCO3- + H+
 
Essa reação é catalizada em milhares de vezes pela anidrase carbônica AC que é
responsável pela catálise de água com o dióxido de carbono.
A maior parte do dióxido de carbono transportado pela corrente sanguínea é
transportada na forma de íons bicarbonato e quem faz isso é a água catalisada pela
enzima anidrase carbônica. Problema: o íon hidrogênio poderia desenvolver uma
acidificação do sangue ( maior a concentração de H+, maior é a acidose) se nós
sabemos que a faixa de ph esta em 7, 45 este é o ph ideal do sangue, então a presença
dessa ph seria preocupante mas não é, em condições normais pois uma funcao da
hemoglobina é que ela é uma proteína e como toda proteína ela tem a capacidade de
tamponamento acido básico, então não devemos nos preocupar com o H+ pois ele será
tamponado, neutralizado pela própria hemoglobina ,não altera o ph sanguíneo.Origem do eritrócito:
Surge nos primórdios da vida embrionária, começa a ser produzido no terço inicial da
gestação, no saco vitelínico que são células primitivas, grandes, nucleadas e não é um
disco bicôncavo.
No inicio da vida o saco vitelínico começa a produzir eritrócitos primitivos e nucleados,
no segundo trimestre da gestação os eritrócitos já começam a ser produzidos pelo
fígado, baço e nódulos linfáticos. No final da gestação e na vida pôs natal são
produzidos exclusivamente pela medula óssea nos ossos longo, mas de forma precoce
esses ossos longos vão perdendo a capacidade de produzir eritrócitos porque a MO é
invadida pelo tecido adiposo, a partir dos 20 anos de idade os eritrócitos serão
produzidos na MO pelos ossos cartilaginosos( costela, vértebra, ossos do crânio,
esterno) mesmo assim a capacidade de produção diminui consideravelmente com o
avançar da idade, por volta de 70 anos de idade há uma perda significativa.
Todas as células que estão na corrente sanguínea originam de uma única célula
precursora PHSC. Uma célula-tronco pluripotencial. Essa célula- tronco pluripotencial
vai produzir outra célula-tronco pluripotencial idêntica a ela, para que ela de inicio a
uma nova linhagem de células e a partir daí ela poder originar qualquer tipo celular que
está presente na corrente sanguínea, que vai depender de dois fatores: 1) crescimento 2)
diferenciação.
Observaremos em primeiro momento uma célula tronco crescendo e depois
diferenciando a vários fatores de crescimento e diferenciação. O fator de crescimento
mais importante que nós temos é uma citosina denominada interleucina 3, mas não sua
diferenciação. Primeiro essas células crescendo se multiplicando e depois sofreram um
processo de diferenciação, então essa célula tronco pode se diferenciar em eritrócito,
granulocitos, megacariocitos ou em linfócitos, não dependendo de um fator de
crescimento e sim de diferenciação.
 
Quando um pessoa é submetida a radioterapia para tratamento de câncer há a destruição
tanto de células cancerígenas como as normais, tendo um comprometimento dessas
células da MO e algumas substancias podem ser administradas, e que na verdade são de
indutores de crescimento celular, são elas as CFU (unidades formadoras de colônia), é o
caso de duas substancia sintéticas, dois fármacos: filgrastin e o salgamostin.
Mas só isso não é suficiente, precisamos de fatores de diferenciação, que é de acordo
com a necessidade do organismo.
Exemplo:
-Organismo é invadido por agentes patogênicos é um fator de estimulação para que as
células troncos possam se diferenciar em células de defesa.
-Se uma pessoa tem uma hemorragia, seja ela aguda ou crônica isso pode ser subtendido
como um estímulo para diferenciação para a célula megacariocito, pois em uma
hemorragia e se perdeu muito sangue (eritrócito), então o eritrócito deve ser reposto.
-Desoxigenação tecidual também é um estimulo de diferenciação da célula tronco para a
formação de eritrócito.
-Se o numero de plaquetas começar a diminuir é um estimulo para a formação de
plaquetas.
Formação do eritrócito na corrente sanguínea não ocorre, ela ocorre é na medula óssea.
 
A gênese do eritrócito na medula óssea se dá por uma célula grande que possui núcleo e
todas as organelas citoplasmáticas: proeritroblasto (blasto: celula jovem que ainda
possui núcleos e organelas, então, ela não pode ser encontrada em grande numero na
corrente sanguínea, porque ela é uma célula restrita a MO);
De acordo com um estimulo o proeritroblasto se transforma em eritroblasto basófilo
(se cora com corantes básicos) continua a síntese de hemoglobulinas, pois possuem
núcleos e organelas citoplasmáticas (ainda esta branquinho); eritroblasto
policromático (mais avermelhado), já tem uma concentração de hemoglobina maior
mas ainda mantém núcleo e organelas citoplasmáticas; eritroblasto ortocromático,
processo de degeneração do núcleo e organela citoplasmática, uma concentração de
hemoglobina maior (mais corado); reticulócito a ultima célula da medula óssea, é
concluído o processo de eritrogenese ou hematopoiese.
 
Obs:
O reticulocito é a fase final onde ele começa a entrar no processo de degeneração do
núcleo e das organelas citoplasmáticas que já estão com a carga máxima de
hemoglobina que ele pode carregar. Com isso, ela pode passar da MO para a corrente
sanguínea.
O reticulocito é a celula mais jovem do eritrócito encontrado na corrente sanguínea.
Entao podemos dizer que uma pessoa normal, aproximadamente 1% do seu eritrócito é
representado pelos reticulocitos. Em 24- 48 horas talvez no maximo 72 horas o
reticulocito transforma-se em um eritrócito jovem. Atravessa o vaso sanguíneo por
diapedese e vai para a corrente sanguínea,pronto para carregar hemoglobina e
desempenhar suas funções, que já foram estudadas.
 
Relação do reticulócito com a Malária: o reticulócito é uma célula alvo, aceptora, do
plasmodium vivax (1 dos 4 causadores da malária). Esse plasmodium tem tropismo
(predileção) pelos reticulócitos.
 
Hemoglobina
Se a função do eritrócito é carregar hemoglobina, que por sua vez é responsável pelo
transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos, então é importante saber de onde
ela vem.
Síntese da Hemoglobina:
 
A síntese de hemoglobina se dá na medula óssea no interior dos eritrócitos.
1) Duas moléculas de succinil-CoA, formadas no ciclo de Krebs, se juntam a duas
moléculas do aminoácido Glicina, formando uma molécula de Pirrol.
2) Quatro moléculas de Pirrol se juntam para formar a Protoporfirina IX.
3) A própria Protoporfirina IX se junta a um átomo de Ferro, formando um grupo
heme.
Obs: O Ferro que se junta a Protoporfirina não é um Ferro qualquer. O Ferro é
encontrado de duas formas na natureza: cátion trivalente ou cátion bivalente (forma
ferrosa). O Ferro iônico bivalente será incorporado a molécula de hemoglobina.
4) O grupo heme junto com o polipeptídeo globina formam uma cadeia de
hemoglobina.
 
Cadeias de hemoglobina que podem ser formadas: alfa, beta, gama e delta.
Em uma pessoa adulta e normal, existem duas cadeias alfa que se juntam a duas cadeias
beta (4 cadeias no total), formando a forma mais convencional de hemoglobina:
Hemoglobina A – HbA.
Cada cadeia de hemoglobina tem 1 átomo de Ferro no centro. No centro da molécula
existe o grupamento heme com o átomo de Ferro, que carrega uma molécula de
Oxigênio.
Se cada cadeia de hemoglobina possui 1 átomo de Ferro e se 1 átomo de Ferro carrega 1
molécula de Oxigênio, então uma molécula completa de Hemoglobina carrega 4
moléculas de oxigênio, 4 átomos de Ferro e 8 átomos de oxigênio.
O oxigênio só pode ser transportado na forma molecular.
Função da Hemoglobina: transportar oxigênio. Mas o oxigênio não é transportado pela
hemoglobina como um todo e sim pelo Ferro. O oxigênio nunca é ligado as duas
ligações covalentes do ferro, ele está ligado de forma frouxa, instável e totalmente
reversível ao Ferro por ligação coordenada. Se o Ferro estivesse ligado ao O2 por
ligação covalente, ele não seria cedido para os tecidos. Por isso, quando o O2 chega no
tecido ele é facilmente deixado.
 
O Monóxido de Carbono pode se ligar à hemoglobina. Na maioria dos incêndios,
pessoas não morrem pelas queimaduras diretas e sim pela inalação do monóxido de
carbono, produto final da combustão. Essa substância se liga à hemoglobina ao invés do
oxigênio, formando um complexo estável, então o indivíduo morre asfixiado.
Para o transporte de oxigênio é importante ter o Ferro na dieta todos os dias. Além da
formação da Hemoglobina, ele também é fundamental na formação da mioglobina,
citocromo, citocromo oxidase, peroxidase e da enzima catalase. Sem essas substâncias
haverá prejuízo no metabolismo celular. O Ferro que precisamos tem que estar na forma
bivalente.
 
Por que não é fácil absorver cátion bivalente? O nosso trato gastrointestinal tem uma
dificuldade enorme de absorver cátions bivalente e iônico. Porexemplo, com relação ao
Cálcio, uma cascata enzimática enorme para sintetizar Vitamina D, que funciona mais
como hormônio que vitamina, para que ela possa propiciar a absorção do Cálcio. Com o
Ferro não é diferente. Por isso, não basta apenas ingerir alimentos ricos em Ferro.
Alimentos ricos em Ferro: beterraba, feijão, couve, brócolis etc.
O ideal seria ingerir os alimentos ricos em Ferro acompanhados de Vitamina C, pois ela
acelera a absorção de Ferro. Então as carnes de maneira geral, principalmente fígado e
coração de galinha são ricos em Ferro.
 
Absorção de Ferro:
O fígado produz uma beta globulina chamada apotransferrina e secreta para o ducto
biliar e para a bile desaguando diretamente no duodeno. 
Função da apotransferrina: beta globulina ligante para o Ferro, somente na forma de um
complexo apotransferrina + Ferro, formando a Ferritina, que é absorvida por células
com borda em escova pelo processo de pinocitose. Somente o complexo pode ser
absorvido e a absorção é do tipo seletiva. Então, se precisamos de muito ferro,
absorvemos muito, caso contrário, pouco, porque o Ferro é uma substância oxidante
para o organismo, que determina a formação de radicais livres e isso pode determinar
até câncer.
Deposição excessiva de Ferro no organismo também pode acontecer.
 
Transferrina, que é o complexo Apotransferrina + Ferro está disponível no plasma e
pode ser excretada nas fezes. Então ferro se desliga do complexo e pode ser excretado
nas fezes diariamente. As mulheres são mais suscetíveis à perda de ferro do que os
homens por conta da menstruação, na qual há perda de sangue.
 
A partir do momento em que há transferrina no plasma, o Ferro pode ser deixado nos
tecidos como Ferro livre ou como ferritina. Esse porte de ferro nos tecidos se dá
basicamente nos hepatócitos. O fígado é o maior local de armazenamento de ferro do
organismo.
Quando o ferro está disponível, é utilizado para a formação de hemoglobina no
eritrócito. Quando o eritrócito é destruído, os macrófagos fagocitam a hemoglobina,
liberam o ferro e disponibiliza-o para o organismo novamente.
 
Fim da hemoglobina:
 
 
Macrófagos metabolizam hemoglobina a partir do processo de hemólise (destruição do
eritrócito). A partir desse momento, o macrófago tem a função de metabolizar a
hemoglobina:
1) Hemoglobina será convertida em bilivertina pela ação da enzina bilivertina
redutase;
2) Bilivertina será convertida em Bilirrubina.
 
A bilirrubina é um componente da bile, é quem da a cor e característica às fezes e urina.
Existe bilirrubina excretada na urina e nas fezes. O fígado só pode fazer isso se ele
estiver em ótimas condições.
 
Três processos com relação à bilirrubina acontecem no fígado: captação, conjugação e
excreção ou secreção da bile. Para isso, tem que haver uma hemólise normal. Acima do
normal, 400 ml/dia, o fígado pode não ser capaz de realizar os 3 processos, ocorrendo o
acúmulo de bilirrubina na corrente sanguínea, em uma condição denominada
hiperbilirrubinemia.
 
Causas de hiperbilirrubinemia:
1) Hemólise excessiva;
2) Hepatite, por deficiência na função hepática;
3) Obstrução nos ductos intra ou extra hepáticos, seja por neoplasias, cálculo ou
parasita.
Exemplo de onde isso pode acontecer: nas anemias hemolíticas e na malária.
 
Se há muita bilirrubina na corrente sanguínea, espera-se que ela impregne os tecidos, as
vísceras, mucosas. Sua coloração é amarela, isso confere a coloração amarela às
mucosas e a pele. Então pode-se descobrir se o paciente se encontra em uma condição
de hiperbilirubinemia através da mucosa conjutival, chamada de icterícia ou
“amarelão”.
 
Quando o hematócrito estiver inferior a 37%, tem-se uma condição na qual poderá ter
prejuízos na oxigenação tecidual, chamada perfusão tecidual. Os tecidos precisam ser
abastecidos com oxigênio, se o sangue é quem leva oxigênio para os tecidos, uma queda
no hematócrito significa talvez o início de um processo de desoxigenação tecidual ou
anemia.
 
Há vários tipos de anemias:
 
A destruição da medula óssea pela radiação levou a diminuição do hematócrito e a uma
anemia, então ela tem um nome específico à sua gênese: ANEMIA APLÁSICA/
APLÁSICA→ anemia específica pela destruição da medula óssea. Descoberta na II
Guerra Mundial, quando os EUA lançaram a bomba atômica sob Hiroshima e Nagasaki,
e no centro da explosão, em um raio de 50km a temperatura chegou a 1500° C. E
mesmo depois da explosão, haviam pessoas morrendo dias depois por anemia aplásica
devido a sua exposição à radiação.
ANEMIA MICROCÍTICA HIPOCRÔMICA/ FERROPRIVA → célula pequena
com pouca cor devido a pouca hemoglobina, pois não houve ferro suficiente para
sintetizar hemoglobina. Falta de ferro pela escassez dietética (não ingestão| encontra-se
em fígado, feijão, beterraba...) ou pelo seqüestro do ferro por parasitas hematófagos
(ex.: ancylostoma duodenale, buscam oxigênio e ferro).
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA → eritrócito grande, oval ou esférico, não tem
formato de um disco bicôncavo. Carrega hemoglobina suficiente que transporta
oxigênio. Porém esse eritrócito é formado por uma membrana celular frágil, então ele se
rompe com muita facilidade. Quando espremido para atravessar algum vaso, ele se
rompe gerando uma anemia megaloblástica. Falta a formação adequada da membrana
celular, que precisa ser formada a partir do DNA que só pode ser formado a partir da
timidina-trifosfato (TTP). Para formar a TTP é preciso de vitamina B 12,
cianocobalamina e ácido fólico, ácido hiper-glutâmico. A falta de vitamina B e ácido
fólico provoca a má formação do DNA celular, pois essas substancias são precursoras
da TTP.
B12 -> substância sensível a digestão gastrointestinal. Quando consumida junto com os
alimentos ela é destruída pelo suco gastrointestinal. Porém na mucosa gástrica, existem
células da parede, denominadas parietais, que tem função de secretar HCl, e uma
glicoproteína chamada Fator Intrínseco, que tem função de ligar-se em vitamina B 12,
na forma complexada.
Vitamina B12 + Fator intrínseco = substância não digerida nos sucos gastrointestinais,
está protegida da digestão. O F.I (fator intrínseco) além de proteger a vitamina B12 da
digestão, também propicia a sua absorção, principalmente no ílio.
Obesidade acompanha-se de distúrbios articulares na coluna vertebral, hipertensão,
diabetes tipo II, 7 tipos de câncer diferentes, acúmulo de estrógeno no tecido adiposo
com formação de cálculos principalmente na vesícula de mulheres, etc...
Hoje leva-se em consideração alguns tipos de cirurgias bariátricas que fazem
gastrectomia (redução do estômago), essas pessoas tem que tomar vitamina B12 para
reposição por via parenteral, não pode ser por via oral pois não será absorvida e sim
digerida.
ANEMIA PERNICIOSA → atrofia da mucosa gástrica, não havendo uma secreção
adequada de fator intrínseco.
Mulheres que passaram por cirurgia bariátrica estão engravidando mesmo tomando
anticoncepcional, porque ele precisa começar ser degradado no estômago para ser
absorvido no intestino, como o estômago está parcialmente funcionando, então há um
decréscimo da atividade contraceptiva.
Vitamina B12 tem função básica de proporcionar a absorção do cálcio. Há hoje médicos
fazendo tratamento de esclerose múltipla com injeções a base de B12, e eles estão
obtendo resultados positivos.
ANEMIA FALCIFORME/ SICLEMIA → alteração na morfologia do eritrócito;
carrega uma hemoglobina diferente, a HbS, a hemoglobina siclêmica que sofreu uma
mutação genética bem sutil. A hemoglobina é formada por uma cadeia polipeptídica de
146 aminoácidos onde o aminoácido nº 6 da cadeia, o ácido glutâmico ou glutamina é
substituído pelo aminoácido valina. O que muda as características físico-químicas da
molécula. Essa hemoglobina, quando cede oxigênio, além de ser menos receptiva, tente
a se precipitar no interior do eritrócito e cristalizar-se formando longos cristais. Esse
eritrócito não vai passarpor vasos sanguíneos pequenos, pois quando tentar se
comprimir, ele será rompido pelas pontas dos cristais, isso leva á hipóxia dos tecidos, o
que leva ao afoiçamento de mais eritrócitos, levando à ruptura de mais eritrócitos,
levando a mais hipóxia – Feedback positivo. Leva á morte na chama siclemia, ou crise
da anemia falciforme. Esse anêmico não pode ter sangramentos ou hipóxia tecidual. É
herança genética e acompanha de perto a etnia negra.
 
A hemoglobina mais comum em um ser humano adulto é a HbA = 2α + 2β.
A hemoglobina do feto e do neonato é a HbF (hemoglobina fetal) = 2α + 2γ. É muito
mais receptiva ao oxigênio, pois há muito mais oxigênio fora do que dentro do útero
materno, sendo necessária uma hemoglobina que capte mais O2 do sangue materno e
leve aos tecidos.
A partir do nascimento começa a mudança da HbF para HbA, por isso nas primeiras
semanas os neonatos são monitorados por pediatras, pois nesse momento eles podem ter
uma intensa degradação da hemoglobina fetal que pode gerar icterícia.
Icterícia: impregnação da bilirrubina nos tecidos, provoca coloração amarela.
Até 2,5% apresenta a HbA II = 2α + 2δ (talassemia – proporção anormalmente elevada
de cadeias delta substituindo as cadeias beta | possui menos proteínas transportadoras de
oxigênio).
Como saber se uma criança recém-nascida é portadora da anemia falciforme? Teste do
pezinho, manifesta mais de 30 enfermidades.
Para o acontecimento da eritrogênese necessita-se de uma substância lançada na
corrente sanguínea que atue na medula óssea, uma glicoproteína formada 90% pelos
rins (nos túbulos renais) e 10% pelo fígado, a ERITROPOETINA. Promove a formação
dos eritrócitos.
O indivíduo homozigoto, portador da anemia falciforme é HbSS.
O indivíduo heterozigoto, portador do traço falfifome é HbAs.
O traço falciforme gera um fator de proteção contra a pior forma da malária.
 
Os rins sintetizam e secretam essa substância quando percebem que a capacidade
funcional dos eritrócitos em oxigenar os tecidos está abaixo do normal. Não é o número
de eritrócitos mas sim sua capacidade de oxigenação. Na condição de hipóxia, os rins
secretam a eritropoetina que além de induzir a formação de pró-eritroblastos até
eritrócitos, ela acelera todas essas etapas. Qualquer doença pulmonar (pneumonia,
tuberculose, enfisema, “insuficiência cardíaca” – não é pulmonar) que interfira no
processo de captação de oxigênio é estimulante para a produção de eritropoetina. O
deslocamento para uma área de grande altitude também influencia nesse processo e
provoca uma liberação de eritropoetina, pois devido a atmosfera rarefeita, o indivíduo
tem que se adaptar a essa condição. O hematócrito de pessoas que vivem em locais de
alta atitude é mais elevado que o nosso, pois produzem mais eritropoetina e
consequentemente mais eritrócitos. Essas pessoas são portadoras de uma policitemia
secundária/fisiológica.
Pessoas tabagistas tem o sangue grosso, pois a inalação crônica de partículas muito
pequenas como a fumaça do cigarro leva essas partículas para os alvéolos, lá os
macrófagos iniciam um processo fagocitário e liberam substâncias inflamatórias que
destroem os alvéolos. Não é a fumaça do cigarro que destrói os alvéolos, é a ação da
fagocitose, o que leva um distúrbio na oxigenação do sangue. Aumenta-se o número de
eritrócito e aumenta-se o hematócrito, quanto maior o hematócrito, maior a resistência
ao fluxo sanguíneo, maior a possibilidade de haver formação de
coágulos/trombos/trombose.
Pessoas dependentes de hemodiálise tem que ter uma terapia pois os rins estão sendo
substituídos pelos rins artificiais porém não há a produção de eritropoetina, dessa forma,
essas pessoas devem receber eritropoetina sintética produzida pela tecnologia do DNA
recombinante, a α-poetina. .
Um dos tratamentos da anemia falciforme é a base de hidroxiuréia, pois ela é inibidora
da síntese do DNA dos eritrócitos. Na ausência do DNA convencional, uma pessoa
adulta, portadora de anemia falciforme volta a produzir a hemoglobina fetal. Tendo
como vantagem a não decantação e a não cristalização dessa hemoglobina no eritrócitos
falcêmico. Descobriu-se isso em função da hidroxiuréia ser metabolizada a óxido
nítrico, mas durante experimentos observou-se que muito antes da formação da
hemoglobina fetal já havia uma melhora significativa dos pacientes, essa descoberta
levou à conclusão que não é a hemoglobina fetal que está levando a melhora da
condição clínica dos pacientes portadores de anemia falciforme, mas sim a presença do
óxido nítrico, um poderoso agente vasodilatador que propicia a passagem desses
eritrócitos que acabam tamponando os vasos sanguíneos,
Óxido Nítrico - NO: é usado como tratamento para as crises (siclemia) através da sua
inalação.

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