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TBL – SP 2.3 
VIGILÂNCIA DAS MENINGITES 
Vigilância em saúde age como detetive nas epidemias (quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em várias regiões, mas sem uma escala global), determinando as causas, agentes, realizando o isolamento das pessoas acometidas, realizando quimioprofilaxia, tratamento efetivo e a comunicação às autoridades.
 A vigilância epidemiológica atua analisando os dados contidos na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças e Agravos. A notificação compulsória é a comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública.
As Secretarias Estaduais de Saúde podem incluir na lista, doenças que sejam importantes serem notificadas em seu território. 
DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: acidente de trabalho, acidente por animal peçonhento, coqueluche, Covid 19, dengue, difteria, doença meningocócica e outras meningites, zika, febre amarela, óbito infantil e materno, violência doméstica e/ou outras violências, violência sexual, tentativa de suicídio, etc. Há o preenchimento da ficha de notificação e investigação e a definição de casos suspeitos, confirmados ou descartados 
FUNÇÕES DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
· Detectar surtos (aumento repentino e inesperado de casos de uma doença numa determinada região, comunidade ou estação do ano) e responder prontamente.
· Dar suporte às equipes assistenciais.
· Monitorar cepas circulantes e resistência antimicrobiana.
· Produzir e disseminar informações baseadas em conhecimento científico 
· Definição de caso: suspeito, confirmado ou descartado.
· Notificação e investigação.
· Prevenção e controle: evitar casos secundários com isolamento e interdição.
· Quimioprofilaxia.
· Imunização.
· Manejo e controle do surto.
· Bloqueio vacinal.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE:
SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação Compulsória: notificação, investigação, encerramento de casos e produção de estatísticas.
SIM: Sistema de Informação de Mortalidade.
SINASC: Sistema de Informação de Nascidos Vivos.
SIH/SUS: Sistema de Informação Hospitalar.
SAI/SUS: Sistema de Informação Ambulatorial.
SIAB: Sistema de Informação de Atenção Básica.
SIS/HIPERDIA: Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos.
REGULAMENTO SANITÁRIO INTERNACIONAL
Dispositivo legal internacional, do qual o Brasil é signatário, que ajuda os países a trabalhar juntos para salvar vidas que podem ser ameaçadas pela disseminação internacional de doenças e outros riscos à saúde.
DOENÇA MENINGOCÓCICA E MENINGITES 
· Nem toda meningite é meningocócica 
· Nem toda meningococcemia é meningite.
 DOENÇA MENINGOCÓCICA 
É uma doença contagiosa aguda, com clínica variável (infecção leve até forma fulminante) caracterizada por febre, erupção cutânea petequial e sinais de sepse e/ou meningite. Pode evoluir rapidamente para choque séptico, hipotensão, acidose e coagulação intravascular disseminada (CIVD).
CIVD: quadro clínico no qual pequenos coágulos sanguíneos se formam por toda a corrente sanguínea e obstruem pequenos vasos sanguíneos. O aumento da coagulação exaure as plaquetas e os fatores de coagulação necessários para controlar hemorragias, causando sangramentos excessivos.
FATORES DE RISCO 
Crianças menores de 5 anos e principalmente menores de 1 ano; segundo pico entre 11 e 22 anos e terceiro pico após 65 anos de idade.
Associação estatística e não causa efeito com infecção respiratória recente.
Aglomeração, tabagismo, contato familiar (500 a 800 vezes maior).
Determinantes sociais de saúde (pobreza, trabalho, moradia, etc)
Imunidade: vacinas são específicas por sorogrupo e subtipo: é fundamental conhecer a cepa circulante para produção de vacina.
MENINGOCOCCEMIA 
é a forma mais grave de apresentação da infecção causada pelo meningococo.
Meningite, é a mais comum.
Agente etiológico: Neisseria meningitidis (meningococo), bacilo Gram negativo.
Reservatório: humanos.
Transmissão: secreções respiratórias.
Incubação ( é o intervalo entre a data do primeiro contato com o agente infectante até o início dos sintomas da doença):3 a 4 dias.
Transmissibilidade: enquanto houver meningococo na orofaringe. Em 24 horas do início do tratamento correto com antibiótico a transmissibilidade cessa.
· Importante: ter em mente que meningite meningocócica e meningococcemia podem ocorrer concomitantes ou isoladas.
MENINGITE
 é a inflamação das meninges e do espaço subaracnoide.
Meningite bacteriana aguda é particularmente grave e rapidamente progressiva.
As bactérias alcançam o espaço subaracnoide e as meninges por meio de disseminação hematogênica. Também podem ocorrer a partir de estruturas vizinhas infectadas como traumas, principalmente abertos e infecções.
AGENTES CAUSADORES DE MENINGITE
Vírus: caxumba, sarampo, HIV, herpes, Epstein-Barr, citomegalovírus, etc.
Bactérias: Haemophylus influenzae, Streptococcus pneumoniae, meningococo, etc.
Outros: cryptococcus, fungos, etc.
SINAIS E SINTOMAS 
Febre, taquicardia, cefaleia, letargia (incapacidade de reagir e expressar emoções), obnubilação (não se consegue reagir a certos estímulos externos como luz e chamados ou responder a perguntas, falando com lentidão e não conseguindo articular palavras).
Febre/ dor no pescoço /sonolência/êmese /artralgia/ manchas /cefaleia/ epilepsia/ sensibilidade a luz .
 Febre, cefaleia e rigidez de nuca podem estar ausentes em recém nascidos e lactentes. A chamada irritabilidade paradoxal, na qual o abraço e o conforto dos pais irritam em vez de confortar, sugere meningite bacteriana. Se a meningite se agravar em neonatos e lactentes, as fontanelas do crânio podem apresentar abaulamento por causa do aumento da pressão intracraniana.
Convulsões ocorrem em 40% das crianças com meningite e podem ocorrer em adultos.
Em torno de 12% dos adultos entram em coma.
A síndrome Waterhouse-Friderichsen, também conhecida como púrpura fulminans, é definida como necrose hemorrágica maciça e aguda das glândulas suprar-renais (apoplexia adrenal), no decurso de sepse grave. Oitenta por cento dos casos ocorre nas menigococcemias 
Sem tratamento imediato, a taxa de mortalidade da síndrome de Waterhouse-Friderichsen é de cerca de 100%. Mesmo recebendo um tratamento rápido e ideal, cerca de 40% dos pacientes com sepse meningocócica não sobrevivem. Em caso de coagulação intravascular disseminada, a mortalidade chega a 90%.
Fotofobia: desconforto visual que acomete pessoas que não reagem bem ou conseguem manter os olhos devidamente abertos quando expostos à claridade – inclusive a artificial. 
SINAL DE BRUDZINSKI
Josef Brudzinski, pediatra polonês, descreveu este sinal como sendo a flexão espontânea de ambas as pernas e coxas em resposta à flexão passiva do pescoço.
MANOBRA DE KERNIG
 Posicionar o paciente em decúbito dorsal. Promover flexão da coxa sobre o quadril em ângulo de 90 graus e em seguida promover a extensão da perna sobre a coxa.
Quando positivo, observa-se que o paciente tenta interromper o movimento ao sentir dor.
RIGIDEZ DE NUCA 
Uma sensação de dor ou desconforto no pescoço ao tentar mover a cabeça ou virá-la para os lados.
A apresentação clínica da meningite é variável, desde formas brandas à fulminantes. 
O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL inclui doenças exantemáticas virais (sarampo, dengue, Chikungunya, etc), malária, endocardite bacteriana
DIAGNÓSTICO
· História clínica.
· Exame físico.
· Culturas: LCR, sangue e raspado das lesões cutâneas.
· Bacterioscopia direta.
· Aglutinação por látex. PCR.
TTO
· Antibioticoterapia precoce.
· Crianças: penicilina ou cefalosporina de terceira geração (ceftriaxona).
· Adultos: cefalosporina de 3° geração.
· Ressuscitação volêmica.
· Cuidados intensivos, quando indicados.
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