Buscar

O ano de 1648 para às RI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAS
DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Amanda Ramalho de Freitas
O ANO DE 1648 PARA AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Seropédica
28 de Setembro de 2017
Entre 1618 e 1648, aconteceu na Europa um conflito que marcou a transição do feudalismo para a Idade Moderna. A Guerra dos 30 anos envolveu uma série de países, em volta da região onde hoje está a Alemanha, e teve como elemento catalisador as disputas religiosas decorrentes das reformas protestantes do século 16. Mas as causas dessa guerra também incluem a luta pela afirmação do poder de monarquias europeias, com disputas territoriais e conflitos pela hegemonia.
A Paz de Vestfália, ou acordo de Vestfália consistiu num conjunto de 11 tratados assinados que colocaram fim na Guerra, uma das séries de conflitos mais destrutivas e sangrentas da história europeia. 
Embora a paz tenha sido negociada ao longo de muitos anos, em conferências que reuniam centenas de negociadores, o fim dos combates apenas se começou a ser tornar uma realidade quando foi assinado o tratado que cessava as hostilidades entre a Espanha e os Países Baixos no dia 30 de janeiro de 1648, na cidade de Munster; Em 24 de outubro do mesmo ano foi assinado o tratado de paz entre o Sacro Império Romano-Germânico, os outros príncipes alemães, a França e a Suécia. Os tratados concluídos nessas duas cidades da Westfália foram depois reunidos no Ato Geral de Vestfália em Münster em 24 de Outubro de 1648. Seus termos incluíam o direito à liberdade religiosa e uma série de alterações territoriais. 
A França, que desempenhou papel de árbitro internacional, conseguiu alguns ganhos territoriais: tomou o Rossilhão (atual Catalunha) à Espanha, tomou posse de toda a Lorena e de quase toda Alsácia (hoje em dia, a Alsácia-Lorena são territórios franceses) e obteve o reconhecimento dos Três Bispados (Metz, Toul e Verdun). A Paz de Vestfália marcou o início da hegemonia da França na Europa e do declínio do poder Habsburgo. Mais do que isso, afirmou a supremacia do poder temporal (não religioso) sobre o papado, um aspecto fundamental para a consolidação do poder monárquico nos países europeus.
A Suécia ampliou seu controle sobre o Báltico e recebeu a Pomerânia ocidental alemã, além de importantes portos situados em rios alemães, dilatando assim seus domínios para fora da Escandinávia. O poder sueco seria recompensado com concessões feitas ao eleitor (príncipe ou bispo que participava da eleição do imperador) de Brandemburgo, dono das vias de acesso entre a Prússia e o Ren. 
A Espanha perdeu não só os Países Baixos, mas também sua posição de domínio no oeste da Europa e o controle dos mares nas colônias americanas. Várias nações, como os Países Baixos e a Suíça, viram reconhecida a sua independência.
Quanto à Alemanha, a grande derrotada, o país saiu arruinado e devastado desses trinta anos de guerra. Os principais campos de batalhas foram as cidades e principados da Alemanha, que sofreram danos muito graves.

Outros materiais