Prática Profissional em Serviço Social

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social
A PRÁTICA PROFISSIONAL: INSTRUMENTAÇÃO PARA A AÇÃO
Trabalho apresentado ao Curso SERVIÇO SOCIAL da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas do 8° semestre TRABALHO PROFISSIONAL II,GESTÃO SOCIAL, SERVIÇO SOCIAL E 3° SETOR E TCC . 
Orientador:Maria Angela Santini,Valquiria Apª. Dias Capriliori , Clarice .Kerkamp.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5
CONCLUSÃO.........................................................................................................10
REFERÊNCIA.........................................................................................................11
� 
�
1- INTRODUÇÃO
O principal objetivo deste trabalho foi de reflexão e discussão sobre o terceiro setor o qual é um assunto atual e pertinente ao acadêmico do serviço social. Portanto a dimensão e o significado do terceiro setor necessitam ser compreendidos dentro da conjuntura social, econômica e política que tem determinado a sua configuração no contexto contemporâneo.
Mas cabe a cada profissional no seu território de atuação buscar e abrir novos campos, levando ao conhecimento dos gestores seja do setor público ou privado a importância do profissional do serviço social atuando na sua empresa.
As políticas públicas de atuação do serviço social em nosso país merecem atenção por parte de todos nós, cidadãos, componentes da sociedade civil, visto que as mesmas são elaboradas em pró da população, apesar de estar entrelaçada aos interesses capitalistas. E é com base nesta afirmação que neste trabalho é posta a importância do assistente social de refletir criticamente sobre estas políticas de atuação profissional, de tão grande importância para a sociedade. Através deste estudo observamos também um pouco da atuação de um assistente social no terceiro setor, colocando em foco a sua atuação e de demais profissionais que forma um grupo interdisciplinar.
2- DESENVOLVIMENTO
Sabe-se que as políticas sociais foram criadas num contexto histórico bastante conturbado, onde as questões sociais mostravam-se bem aguçadas, devendo, portanto, ser olhada como prioridade no mantimento da ordem na sociedade. 
O Serviço Social se institucionaliza meio que totalmente, adquirindo função de mediador e interventor, mas poucos profissionais atuam como autônomos (escritório, consultório), sendo em sua maioria contratados por instituições privadas ou estatais, e estas ficam entre o assistente social e a população demandante (usuários).
O serviço social é entendido como um tipo de trabalho na sociedade, como uma especialização do trabalho, assim é particularizada na divisão social e técnica do trabalho coletivo. As alterações no mundo do trabalho incidem diretamente nos nortes da profissão, que tem valor de uso e se reproduz como trabalho especializado na sociedade, produzindo serviços que vêm a atender às necessidades da sociedade e na produção e redistribuição do valor e da mais-valia no seu campo ocupacional.
As profissões se derivam das construções históricas ganhando conceito e inteligência se analisadas no cerne do movimento das sociedades nas quais se inserem. As condições favoráveis à profissionalização do Serviço Social foram instituídas a partir da crescente intervenção do Estado nos procedimentos de regulação e reprodução social através das políticas sociais públicas.
A intervenção na questão social é a particularidade do Serviço Social como profissão, e as expressões da questão social são renovadas e atualizadas nas diversas circunstâncias sociopolíticas. São novas e velhas questões provenientes da desigualdade social, característica marcante do capitalismo monopolista.
A profissionalização do Serviço Social se fundamenta na estruturação dos espaços sócio ocupacionais determinados pelas contradições emergentes do sistema estatal e suas relações com as classes sociais e acabam se transformando em expressões da questão social.
O caminho da profissionalização do Serviço Social é, na verdade, o processo pelo qual seus agentes – ainda que desenvolvendo uma auto representação e um discurso centrados na autonomia dos seus valores e da sua vontade – se inserem em atividades interventivas cuja dinâmica, organização, recursos e objetivos são determinados para além do seu controle (NETTO, 2005, p. 71-72).
Os assistentes sociais dispõem de um manancial de denúncias sobre violação dos direitos humanos e sociais e, desde que não firam as prescrições éticas do sigilo profissional, podem ser difundidas e repassadas aos órgãos de representação e meios de comunicação, atribuindo-lhes visibilidade pública na defesa dos direitos.
Ao nível do trabalho concreto realizado na esfera do Estado, merece atenção a socialização das informações enquanto uma das atividades profissionais exercidas pelo assistente social. Ela não se reduz ao mero repasse de dados sobre as normas e recursos legais; é uma informação transmitida na ótica do direito social, em que os sujeitos individuais e coletivos são reconhecidos em suas necessidades coletivas e demandas legítimas, considerando a realidade macros social de que eles são parte e expressão.
Por meio da socialização de informações, procura-se tornar transparente ao sujeito que busca os serviços as reais implicações de suas demandas – para além das aparências e dos dados imediatos –, assim como os meios e condições de ter acesso aos direitos .
 Segundo Guerra (2000: 53), registra que a instrumentalidade é uma propriedade ou um determinado modo de ser que a profissão adquire dentro das relações sociais, no confronto entre as condições objetivas e subjetivas do exercício profissional. Trata-se de uma propriedade sócio-histórica da profissão, por possibilitar o atendimento das demandas e o alcance de objetivos (profissionais e sociais) constitui-se uma possibilidade concreta de reconhecimento social da profissão.
Por outras palavras, é possível dizer que ela possibilita que os profissionais objetivem sua intencionalidade em respostas profissionais, uma vez que é por meio da instrumentalidade que os assistentes sociais modificam, transformam àquelas condições objetivas e subjetivas e as relações interpessoais e sociais existentes no nível do cotidiano.
Ao alterarem o cotidiano profissional e o cotidiano das classes sociais que demandam a sua intervenção, modificando as condições, os meios e os instrumentos existentes, e os convertendo em condições, meios e instrumentos para o alcance de objetivos profissionais, os assistentes sociais estão dando instrumentalidade às suas ações.
Na medida em que os profissionais utilizam, criam e adequam as condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações passam a ser portadoras de instrumentalidade. Deste modo, a instrumentalidade é tanto condição necessária de todo o trabalho social quanto categoria constitutiva - um modo de ser, de todo trabalho. 
Segundo Guerra (2000:54), todo trabalho social possui instrumentalidade, que se constrói e reconstrói durante a trajetória profissional de seus agentes.
Através do processo de trabalho, a realidade é transformada pelos homens, e nesse processo, transformam-se a si mesmos e aos outros homens. Esta ação transformadora, cujo modelo privilegiado é o trabalho, possui uma instrumentalidade.
A sociedade civil, nestas duas últimas décadas, vem se tornando palco de muitas tendências expressas visivelmente com o crescimento das ONGs e das parcerias praticadas pelo Estado em suas diferentes esferas. O crescimento e a multiplicação das ONGs expressam umadiferenciação do seu perfil, ao se transformarem em novos sujeitos políticos, pois saem do assessoramento às lutas populares, nas décadas de 1970 e 1980 e começam a disputa por recursos, lugares e reconhecimento públicos, no cenário político. Partícipes do assim denominado “terceiro setor” imprimem um largo movimento associativo que envolve um conjunto diverso de entidades sociais, organizações empresariais, ONGs dos mais variados tipos, que desenvolvem projetos socioeducativos, em sua maioria voltados para atendimento de crianças, adolescentes e famílias em situações de risco social e pobreza.Isso simboliza o aumento significativo do associativismo civil no Brasil, que de um lado deriva do fortalecimento da sociedade civil e do aumento da participação política organizada , do outro é decorrente das mudanças do papel do Estado na economia e na vida social, onde o Estado deixa de diretamente prestar serviços à população e estabelecendo parcerias com organizações sociais e da comunidade.
O Serviço Socialneste contexto precisa ser atualizado e qualificado para que possa estabelecer uma visão crítica das demandas que emergem, tendo a consciência de que o Terceiro Setor exerce o neoliberalismo.
CONCLUSÃO
Todo o Processo da prática profissional envolve escolhas, que por sua vez são
constituídas de valores éticos e políticos , estas escolhas determinarão as
dimensões técnica –operativa e teórico-metodológico utilizadas pelo profissional.
O atual quadro social pede por uma atuação profissional consistente e de qualidade
com uma atuação embasada na autonomia e nas imediatas conquistas por direitos
sociais. Ainda que com o surgimento das práticas reformistas integradoras que
apontam controlar e moldar comportamentos, ajustar subjetividades e formas de
sociabilidade necessárias à repetição da ordem burguesa, de um lado, e como
consequência a ampliação das funções democráticas do Estado, fruto das lutas de
classes, de outro, o ServiçoSocial, entrelaçado pelos interesses em confronto, foi
ampliando as suas funções até colocar-se no campo de ação em defesa do acesso
universal dos bens e serviços. direitos sociais e humanos, políticas públicas e
democráticas para a instrumentalidade da profissão, pela condição e capacidade
de operar transformações, alterações nos objetos e nos (meios e instrumentos),
visando alcançar objetivos, passando pela oportunidade da razão dialética.
Pressionando a profissão, para que reveja seus fundamentos e legitimidades,
questionando sua funcionalidade e instrumentalidade, permitindo uma ampliação
das bases que a Instrumentalidade se desenvolve.
4-Referências
BAPTISTA, Myrian Veras. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação. São Paulo: Veras editora, 2003.
GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade no trabalho do assistente social. In:Capacitação em Serviço Social e Política Social. Mod. 04: O trabalho do assistente social e as políticas sociais, Brasília: UNB/CEAD, 2000.
Gestão social e transformação da sociedade. 1999. Disponível em: <http://dowbor.org/8_gestaosocial.asp > Acesso em 30 out 2011.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2007.
MONTANÕ, Carlos. Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente de intervenção. São Paulo: Cortez,2002.
� PAGE \* MERGEFORMAT �1�