Buscar

caso 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO 
PERTENCENTE À VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO - RJ 
JOAQUIM MARANHÃO, ANTÔNIO MARANHÃO E MARTA MARANHÃO, irmãos, brasileiros, estados civis ignorado s, residentes e domiciliados em Nova Friburgo -RJ, inscritos n o registro geral sob os correspondentes números:______ e no cadastro nacional de pessoas físicas Nºs___________, vêm, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada aos autos, com registro na ordem dos ad vogados do Brasil sob o nº: XXX- XX-CE, P ROPOR, EM LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO UNIT ÁRIO, PELO RITO COMUM, AÇÃO REAL ANUL ATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO DE COMPR A E VENDA CUMULADO COM PEDIDO DE CANCEL AMENTO DE REGISTRO DE ESCRITURA PÚBLICA DO IMÓVEL ATINGIDO , em face de MANUEL MARANHÃO e FLORINDA MARANHÃO, pais dos autores, brasileiros, casados, residentes e domiciliados em Nova Friburgo -RJ, identificados sob os respectivos números de registro geral de pessoas físicas ignorados, PELOS MOTIVOS QUE PASSA A EXPOR:
3 
 
I. DAS PRELIMINARES 
 
I.II. DA GRATUIDADE J UDICIÁRIA 
Requer o s Autores, nos termos da lei nº 1.060 de 1950, e do artigo 98 e seguintes do CPC, que lhes sejam deferidos os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista em que os mesmos não podem arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios se m o prejuízo do sustento próprio e de suas famílias. Nesse sentido: Art. 98.
I.III. DA COMPETÊNCI A DO JUÍZO 
É competente o presente foro para a propositura desta ação anulatória, haja vista o cerne do caso em tela tratar-se de discursão acerca da efetiva validadede negócio jurídico de com pra e venda, e com isso, resta se nítido tratar-se de direito pessoal, podendo, pois , a presente demanda ser p ostulada no domicílio dos réus, conforme dicção do artigo 46, caput, do CPC/15. Nesses termos: Art. 46.
II. DOS FATOS 
 
 Ocorre que os Réus Manue l Maranhão e Florinda Maranhão, pais dos Autores, com o objetivo de ajudar o neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que nã o possuía casa própria, venderam -lhe um de seus imóveis, no caso em tela, um sitio situado na Rua Bromélia , nº138, Cen tro, Petrópolis/RJ., por preço certo e ajustado em R$200.000,00 (duzentos mil reais), venda consagrada através de E scritura de Compra e Venda lavrada n o dia 20/09/2015, no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e devidamente tran scrita no Registro de Imóveis competente. O negócio jurídico f ora celebrado sem a expressa anuência d os demais filhos acerca do referido contrato de compra e venda. É o que se tem de m ais imperioso a relatar. Passa -se agora à análise do mérito da questão.
5 
 
III. DO MÉRITO 
III. I. D A ANULABILIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO 
 Excelência, o negócio jurídico do caso ora sob análise, não deixa dúvidas sobre a sua passividade de anulação, por inequívoco convencimento de que ocorrera a venda do imóvel sem o consentimento expresso dos demais descendentes, havendo, pois a possibilidade de anulação nos termos do artigo 496 do CC e jurisprudência pacificada no Superior Tribunal de Justiça. Veja-se. 
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo 
se os outros descendentes e o cônjuge do alienante 
expressamente houverem consentido. (CC) 
Deste modo, por todo exposto, requer o s Autores, a declaração de anulação do contrato de compra e venda doimóvel aqui discutido.
III. II . DO CANCEL AMENTO DO REGIS TRO D A ESCRITURA PÚBLICA DO 
IMÓVEL 
 Conforme se d emonstrou no tópico anterior, um a vez julgado pelo ínclito Magistrado a nulidade do contrato d e compra e venda firmado no ca so ora sob análise, deve-se ater-se , em a to contínuo, a cerca da carência de cancelamento do registro da escritura pública que se deu na data de 2 0 de setembro de 2015, em consonância ao dispõe o artigo 250, inciso I, da Lei de registros públicos (lei nº 6015/73), devendo regressar a p ropriedade do bem imóvel em questão aos antigos donos. 
 
IV. DOS PEDIDOS 
Por todo o exposto, uma vez constatado a efetiva anulabilidade do negócio jurídico celebrado, requer, desde logo, os Autores: 
I. A declaração de anulação do contrato de compra e vend a do imóvel aqu i discutido, n os termos do artigo 496 do CC; 
II. O cancelamento d o registro da escritura pública, tendo em vista a p atente ilegalidade do ato originário, devendo, pois, ocorrer a expedição 
7 
 de ofício à autoridade competente para que haja a efetiva regressão do direito de prop riedade a os antigos donos do imóvel; 
III. Protestar em prova r o alegado p or todos os meios de provas em direito admitidos, estando já em poder de certidões de na scimento, cópia da escritura pública do imóvel; 
V. Deixar e xpresso a NÃO P OSSIBILIDADE para audiência de mediação e conciliação; 
VI. Honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa. 
VII. O deferimento do p edido de justiça gratuita, visto que os mesmos são pobres n o sentido jurídico do termo. 
 
Dar-se-á o valor da causa em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
Fortaleza-Ce, segunda-feira, 27 de março de 2017.
 
MAXSUEL GOMES 
OAB/CE XX.XXX-X

Continue navegando