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PÓLO SOROCABA - SP 2017 TRABALHO EM GRUPO – TG Aluno: Wesley Germano Otávio - RA 1711734 UNIVERSIDADE PAULISTA DE SÃO PAULO – UNIP Wesley Germano Otávio ESTUDOS DISCIPLINARES VIII BIOMAS BRASILEIROS Trabalho apresentado à Universidade Paulista - UNIP, proposto pela disciplina Estudos Disciplinares VIII do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. POLO SOROCABA - SP 2017 1. Qual o nome do bioma brasileiro a que se refere o texto? Cite uma característica desse bioma quanto ao regime hídrico e uma característica relativa aos aspectos da flora. O bioma referido no texto trata-se da Mata Atlântica, onde segundo a ONG SOS Mata atlântica abrangia uma área de cerca de 1.315.460 km2, onde estendia-se originalmente por 17 estados brasileiros ao longo da costa litorânea (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piau). De acordo com Serviço florestal Brasileiro, o bioma é composto por variadas formações florestais, a exemplo, a floresta ombrófila que pode ser densa, mista ou aberta, também possuindo floresta estacional semidecidual e estacional decidual, manguezais, restingas e campos de altitude relacionados e brejos interioranos na região Nordeste. Este bioma de acordo com o Instituto Brasileiro de Florestas, é caracterizado pelo alto índice pluviométrico (4.000 mm/ano). Com a retenção de muito vapor d’água, originário do mar, que constituem no aumento da pluviosidade. As florestas deste bioma desempenham papel importante para a manutenção dos processos hidrológicos, que garantiram o volume e qualidade dos cursos d’água. Em relação a flora da mata atlântica o instituto de biociências da USP, indica que sua vegetação é arbórea e de característica estratificada, possuindo uma imensa variedade de epífitas, como bromélias, orquídeas e samambaias, também ocorrendo as lianas que são plantas trepadeiras e podem servir de bioindicadores, onde a presença na borda da mata pode apontar interferências no ecossistema (LAMMOGLIA & LONGO, 2013). Na região da serra do mar, especialmente na encosta há incidência de muita luminosidade próximo ao solo, favorecendo o desenvolvimento de vegetação herbácea e arbustiva. Há presença de árvore de características de médio a grande porte, que confere a formação de floresta fechada e densa. As árvores de grande porte possibilitam a formação de um microclima na mata, propiciando sombra e umidade. 2. O texto faz referência às terras em declive que se estendem da Serra do Mar rumo a oeste. Rumo a leste, quais são os outros dois ecossistemas terrestres que estão presentes? Os outros ecossistemas que estão presentes são os manguezais e a vegetação da restinga. O primeiro conforme o departamento de ecologia do instituto de biociências da USP, é um ecossistema costeiro, tendo a transição do ambiente terrestre para o marinho, sendo singular das regiões tropicais e subtropicais, estando submetido ao regime das marés. Sua cobertura vegetal é instalada em substratos de vasa1 de formação recentes, apresentando leve declividade, devido influência da ação diária das marés. Sua vegetação é importante devido auxiliar na fixação de terras, o que impede a erosão, permitindo a estabilização da costa. Também tem condições ideias para reprodução, berçário, criação e abrigos de variadas espécies da fauna marinha e terrestres, de grande valor econômico e ecológico. Além disso exerce função importante na exportação de matéria orgânica para o estuário, que corrobora para a produtividade primária na costa. O segundo, consoante Suguio & Tessler (1984, apud Almeida JR et. Al, 2009), considera a vegetação de restinga “como uma vegetação que se desenvolve sobre depósitos litorâneos que formam extensas planícies arenosas quaternárias”, derivadas de origem marinha e flúvio-marinha com variadas formações como barras, esporões e planícies por toda extensão do litoral brasileiro. Sucedendo de dunas até planícies costeiras, com ocorrência de variadas plantas herbáceas, arbustivas e arbóreas reptantes na praia ou até mesmo florestas fechadas (Oliveira Filho & Carvalho 1993). A fauna presente na restinga é muito abundante, tendo a presença de muitas aves migratórias que beneficiam do local para alimentação e descanso, assim como tartarugas marinhas utilizam para a postura de seus ovos (SUÇUARANA, 2014). 1 Substrato de Vasa: segundo dicionário Michaelis, trata-se de qualquer acumulação de terras misturadas a matérias orgânicas em decomposição no fundo das águas do mar, de rios, de lagos; lodo, limo. Ainda de acordo com Guerra (2001), é um “depósito argiloso, de partículas muito finas, de coloração cinza-escuro ou mesmo esverdeada, muito pegajoso, escorregadio e com acentuado odor fétido, devido ao gás sulfúrico que contem. Os bancos de vasa aparecem nas orlas costeiras e na foz dos rios devido ao efeito de floculação e da gravidade, por ocasião das marés cheias". REFERÊNCIAS ALMEIDA JR., Eduardo Bezerra de; OLIVO, Murielle Andreo; ARAUJO, Elcida de Lima & ZICKEL, Carmen Silvia. Caracterização da vegetação de restinga da RPPN de Maracaípe, PE, Brasil, com base na fisionomia, flora, nutrientes do solo e lençol freático. Acta Bot. Bras. [online]. 2009, vol.23, n.1, pp.36-48. ISSN 0102- 3306. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062009000100005. Bioma Mata Atlântica. Instituto Brasileiro de Florestas. Disponível em: <https://www.ibflorestas.org.br/bioma-mata-atlantica.html>. Acesso em: 12/11/2017. Significado do vocábulo vasa. Dicionário Michaelis de Língua Portuguesa. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues- brasileiro/vasa/>. Acesso em: 13/11/2017. Flora. Instituto de biociências da USP. Disponível em: < http://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/mata/flora/flora.htm>. Acesso em: 12/11/2017. Florestas. SOS Mata Atlântica. Disponível em: <https://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-mata-atlantica/>. Acesso em: 12/11/2017. GUERRA, A.J.T.; CUNHA, S.B. da (org.). Geomorologia: uma atualização de bases e conceitos. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. 472p. LAMMOGLIA, Rafaella; LONGO, Regina Márcia. “Bioindicadores de degradação em ambientes florestados urbanos”. Revista eletrônica PUC Campinas, 2013. Disponível em: <https://www.puc- campinas.edu.br/websist/.../2013820_153836_375711739_resxpa.pdf>. Acesso em: 12/11/2017. O Bioma e suas florestas. Serviço florestal Brasileiro. Disponível em: <http://www.florestal.gov.br/snif/recursos-florestais/os-biomas-e-suas- florestas?print=1&tmpl=component>. Acesso em: 12/11/2017. O Ecossistema Manguezal. Departamento de Ecologia do Instituto de Biociências da USP. Disponível em: <http://ecologia.ib.usp.br/portal/index.php?view=article&catid=30%3Alimnologia- ecossistemas&id=70%3Ao-ecossistema- manguezal&format=pdf&option=com_content&Itemid=172>. Acesso em: 13/11/2017. OLIVEIRA FILHO, A.T. & CARVALHO, D.A. 1993. Florística e fisionomiada vegetação no extremo norte do litoral da Paraíba. Revista Brasileira de Botânica 16: 115-130 SUÇUARANA, Monik da Silveira. Restinga. Info Escola, 2014. Disponível em: < https://www.infoescola.com/biomas/restinga/>. Acesso em: 13/11/2017.
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