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CONSTITUCIONAL RESUMO DO 2 SEMESTRE

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ESTADOS MEMBROS: 
Apresentados os conceitos básicos, é possível concluir que os Estados-membros não tem soberania, característica essa que cabe aos Estados, restando àqueles apenas autonomia, de forma que têm:
Capacidade de auto-organização;
Autogoverno;
Auto-administração;
Auto-legislação.
Natureza Juridica: 
Possui autonomia, onde tem liberdade para exercer as competências internacionais. São pessoas jurídicas de direito público interno, onde apenas é reconhecido dentro do Brasil . No direito internacional, eles não possuem existência jurídica. 
Os Estados membros são definidos como autônomos e não soberanos,pois soberania pertencem a República Federativa do Brasil. Sua autonomia, dentro dos limites de sua competência, definidas na Constituição Federal, são em decorrência da sua capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação.
 art. 1º e 18º caput §3 
o artigo 18 da CF descreve a possibilidade da criação de novos Estados a partir de já existentes, ou também a extinção de Estados. 
O processo de separação se dá: primeiro se faz um plebiscito (consulta pública) a população diretamente interessada, por exemplo quando houve no ano de 2016 a vontade de transformar o Estado do Pará em 2 novos Estados, o plebiscito foi feito no Pará todo. Se for provido, segue direto ao congresso que pode ou não rejeitar, se aceito, vai para sanção do presidente da república, se não aceitar (não der sanção) deve dar justificativa por qual motivo, caso contrário ocorre a divisão pela sua aceitação. 
Competências: 
União > enumerada
Municípios> Enumerado
Estado > Residual (o que sobra) 
- Auto organização: art. 25, caput, diz que os Estados se organizaram e serão regidos pelas leis e Constituições que adotarem, sempre observando as regras da CF. O estado se constitui, criando uma nova Constituição Estatal, através do poder constituinte derivado decorrente. Pode criar suas constituições respeitando os limite s da CF, sendo estes os Princípios Constitucionais Sensíveis, extensíveis e estabelecidos. Para ser caracterizada a auto organização o Estado deve constituir sua própria constituição estatal, e não ser constituída por outra, se fosse assim, não teria o poder de auto organização.
 -* Autogoverno: art. 27, 28, 92 e 125 CF. O poder do Estado de organizar seu governo deriva do Princípio da Tripartição de Poderes , entre o Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário.
 * Poder Legislativo: Assembleia Legislativa, representado pelos
Deputados Federais, Estaduais, Distritais e Senadores (formada pelo Congresso Nacional = Câmara dos Deputados + Senado Federal). Art. 27. Elege Deputados Estaduais para mandato de período de 4 anos podendo ser prorrogado para Mais 4 e Senadores para mandato de 8 anos podendo ser prorrogado uma vez Para mais 8 anos. 
* Poder Executivo: Governador do Estado. Art. 28 A eleição para governador e vice adota os mesmos critérios para Presidente (mandato de 4 anos podendo ser reeleito para mais 4 anos, aplicando-se as mesmas regras para deputado federal). Irá perder o mandato aquele Governador que a assumir função administrativa, salvo por concurso público. Ninguém poderá ganhar mais que o ministro do supremo.
* Poder Judiciário: Tribunais e Juízes. Art. 92 e 125.
 - Formado por juízes cíveis e criminais. - Tribunais.
 - Cada ação compete à sua jurisdição, se uma ação compete ao governo federal, interesse nacional, compete à justiça federal. Tudo o que não envolver o governo federal, envolverá o governo estadual. 
- Autoadministração e autolegislação: art. 18, 25 e 28. Regras de competências legislativas e não legislativas. Decorrente de uma máquina administrativa própria. Se tem um poder executivo próprio, tem-se auto administração. Terá escolas, hospitais, representantes, órgão responsável pelo trânsito estadual, entidades ambientais, todos ESTADUAIS, fundações e AUTARQUIAS. Portanto, a auto administração decorre do Estado possuir um poder executivo, que administra o estado, dependendo de um fator que para administrar, deve possuir recursos. Depende de verba, arrecadação, através da
cobrança de TRIBUTOS.
Delegada: 
art. 22 CF > competência legislativa da união. §Ú: a União pode delegar essas competências ao Estado. respeitando alguns requisitos: 
FORMAL: lei complementar
MATERIAL: art. 22 CF - não de maneira geral, alguns pontos. 
IMPLÍCITO: art. 19 CF III
Concorrente: 
art. 24 - todos legislam (menos os municípios), para que não haja colisões existe uma hierarquia, que é: 
UNIÃO: legislar, criar leis em âmbito geral. 
ESTADO: complementa a lei federal - detalha. Chamada de Suplementar Complementar. 
OBS: caso a União for omissa, os Estados têm competência plena (sinal verde para criar regras gerais e específicas). chamamos de função : suplementar supletiva. Mas, caso a União venha a se pronunciar após publicação de leis Estaduais, valer-se-á a Federal. 
ATENÇÃO PARA EXCESSÃO: ENUMERADA, SABEMOS QUE A FUNÇÃO DO ESTADO É RESIDUAL, NESTE CASO HÁ FUNÇÕES ELENCADAS SOMENTE A ELES. art. 18 IV / 25 II e seguintes (descrito tudo no artigo, sem complicações). 
Diferenças entre: 
Região Metropolitana: conjunto limítrofe de municípios que apresentam continuidade urbana e tem um município polo. 
Aglomerado Urbano: não apresenta município polo 
Microrregião: existe zona rural em torno, pode ou não ter município polo. 
Reservada; art. 25º I > residual 
é proibido ir contra: PRINCÍPIO SENSÍVEL, EXTENSÍVEIS E ESTABELECIDOS. 
 MUNICÍPIOS: 
NATUREZA JURIDICA: pessoa jurídica de direito público interno e autônoma. São entes federativos dotados de autonomia própria, que possui o poder de auto organização, auto -governo, auto- administração e autolegislação. 
- auto-organização: art. 29, caput. Os municípios organizam-se por meio de Lei orgânica, votada em dois turnos, aprovada por dois terços.
- autogoverno: incisos 29. Elege diretamente Prefeito e Vice-Prefeito (Poder Executivo) e Vereadores (Poder Legislativo).
- autoadministração e autolegislação: mesmas consequências de ter um poder executivo próprio. (Arrecadar tributos, ter escolas municipais, hospitais, áreas de lazer, mas, diferente do estado, não terá polícias militar e civil, visto ser competência do estado, mas poderá ter polícia municipal.)
CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS: 
Os municípios são criados através de algumas regras de criação. Que são a criação, incorporação, fusão e desmembramento. As etapas para a criação são as seguintes:
 - Lei complementar federal: a lei complementar federal irá determinar o Período para a mencionada criação, incorporação, fusão ou desmembramento de Municípios, bem como o procedimento a ser tomado.
 - Estudo de viabilidade municipal: deverá ser realizado um estudo da Área, região que o município será criado, para saber se terá a possibilidade do Município se sustentar, cobrir seus gastos e etc.
 - Plebiscito: desde que o estudo de viabilidade for aprovado e for viável, Deverá ser feito um plebiscito com a população dos Municípios envolvidos para aprovarem ou não a criação, incorporação, fusão ou desmembramento. Ex: uma comarca que será criada ou desmembrada, consulta com a população de todos os municípios que são envolvidos com essa criação. 
 - lei estadual: após aprovado o estudo de viabilidade e o plebiscito, dentro do período em que a lei complementar federal definir, serão criados, incorporados, fundidos ou desmembrados os Municípios através de uma lei estadual que determine tal ato. Portanto, o plebiscito é a condição de procedibilidade para o processo legislativoda lei estadual.
COMPETÊNCIAS MUNICÍPAIS: 
 - administrativas (não legislativas): 
 - comum: competência não legislativa comum aos entes federativos, União, estados, DF e Municípios, previstos no art .23 CF. Ex: 
a) preservar meio ambiente; b) erradicar a pobreza; c) educação; d) combate a
Marginalização e etc.
 - enumerada: art. 30 incisos III ao IX, o que interessar à união, compete à união, o que interessar ao Estado, compete ao Estado e o que predomina ao município, fica assunto local.
 III – instituir e arrecadar tributos ...
 IV – criar, organizar e suprimir distritos municipais, observada
legislação estadual...
 V – prestar e organizar, sob regime de concessão ou permissão de
serviços públicos de interesse local, incluindo transporte coletivo, que tem
caráter essencial...
 VI – manter programas de educação infantil e de ensino
fundamental com cooperação com o Estado e União. 
 VII – prestar serviço de saúde com cooperação financeira do
Estado e da União...
 VIII – promover ocupação do solo urbano, conforme planejado,
controle de uso e afins ...
 IX – promover proteção ao patrimônio histórico-cultural local.
 - exclusiva: assuntos de interesse local. Cuidar exclusivamente dos assuntos do interesse local. Não pode ter uma lei federal ou estadual sobre este assunto. Ex. funcionamento do trânsito, quais ruas serão mãos e contramãos,
art. 30, I.
 - legislativas:
 - expressa: capacidade de auto organização dos municípios por lei orgânica.
 - interesse local: legislar somente no que couber, à sua competência. Legislar sobre assuntos de interesse local. O município pode 
DISTRITO FEDERAL: 
NATUREZA JURIDICA: art. 1º e 18º - pessoa juridica de direito público interno, tendo autonomia. 
É UM DISTRITO, DA UNIDADE DA FEDERAÇÃO. criado por J.K, para retirar a capital do litoral, sendo assim, feito um cálculo geográfico do território brasileiro, constatou-se que o centro do Brasil. Desmembrando um pedaço de Goias, criando o D.F onde se tem a sede dos poderes.
COMPETÊNCIAS: Legislativa concorrente (art. 24), legislando de forma complementar suplementar. 
o art. 22 menciona afazeres apenas da União, já o § ú desse mesmo artigo refere-se a delegação desse afazeres da união para os Estados e o D.F. 
Competências reservadas do D.F descritas no art. 32 § 1º - o D.F faz atividades Estaduais e Municipais. 
O que o D.F NÃO pode fazer? R: não pode se dividir em municípios; Quem organiza as questões policiais e bombeiros é uma lei federal, não o D.F 
O DISTRITO FEDERAL: COMPETÊNCIAS: 
ADMINISTRATIVA : comum: prevista no artigo 23. / reservada: ao D.F art. 32 §1º 
AUTONOMIA: formal art. 18 / Material: existem 3 requisitos: AUTO- ORGANIZAÇÃO: o D.F apresenta, cria suas próprias leis segundo art. 32 por meia da constituição porque apresenta poder constituinte e produz leis orgânicas juntamente ( como? mesma maneira do Estado; devendo prever a organização de Município e Estado). - CONTÉM LEIS PRÓPRIAS: competência cumulativa. ex: trânsito Urbano e não urbano / nome de Ruas. - AUTOGOVERNO: apresenta os três poderes em sua atuação. executivo: o D.F tem um governador, com polos de sub. administração. eleito pelas mesmas regras de um governador estadual. Legislativo: apenas deputados distritais reunidos em uma câmara legislativa, mesma regra de eleição de um deputado estadual. Judiciário: mantido pela união, não sendo exclusivo do DF, ou seja tudo que é público é regido pela união. 
AUTOADMINISTRAÇÃO: É a “máquina administrativa” que funciona com recursos que arrecada nos tributos estaduais e municipais, além de receber um repasse obrigatório de verbas da união, tendo também, ainda, um fundo de garantia. NÃO PAGA pela utilização do judiciário, nem proteção policial, militar e bombeiros e NÃO tem gastos excessivos como um Estado normal. 
TERRITÓRIO FEDERAL: 
ART. 33 DA C.F - é diferente de nacional Brasileiro, tem sua natureza juridica como, um governo federal desmembrado de um Estado o transformando em um território da união. 
ORGANIZAÇÃO: 
art. 18 - criação de território 
FINALIDADE: investimento financeiro em determinada área do território nacional. 
Quando a área estiver em situações melhores, já estabilizada, devolve-se ao Estado de origem para sua tutela ou forma-se um Estado novo. 
Como ocorre a organização? 
R: Não se tem autonomia, nem auto-administração, não cria constituição própria e nem leis orgânicas. QUEM NORMATIZA, É O CONGRESSO NACIONAL. sendo assim, não apresenta também, autogoverno. 
como fica a questão nos 3 poderes, se não tem autogoverno? 
R: Poder Executivo: o território federal tem governador, mas não eleito pelo povo, apenas nomeado pelo presidente . -Poder Judiciário/Executivo: o território federal não apresenta esses dois poderes poderes por conta própria. Quem o faz é o Congresso Nacional, que acumula as lides e as manda para o tribunal federal. 
OBS: CASO HAJA MAIS DE 100.000 HABITANTES - tem sim, poder legislativo, de forma reduzida. Elegem deputados territoriais, que exerceram suas funções em uma câmara territorial, tendo as competências de um deputado Estadual , FAZENDO APENAS o que a união permite. 
No caso do judiciário, quem organiza e supervisiona é a união, mas já se tem um TJ. 
E para que serve todas essas modificações de acordo com o número de habitantes? 
R: caso, se transforme em um novo Estado já se está tudo encaminhado, meio organizado. 
ADMINISTRAÇÃO: 
funciona sem arrecadar tributos, quem os fornece é o federal, que por sua vez recolhe tributos e impostos como: imposto de renda, sobre a área rural, produto industrializado, IOF, impostos de importação e exportação. + impostos recolhidos de Estados e Municípios. 
Regiões Administrativas art. 43 > ocorre por lei complementar, podendo criar regiões, tendo a finalidade de investimento direto. O Governo Federal incentiva: igualdade de tarifa, igualdade de frete, seguro e itens de controle do Estado. 
Quais Territórios federais existem: 
SUDENE: Nordeste 
SUDAM; Amazonia
SUFRAMA: Manaus (zona franca) 
SUDECO: Centro Oeste 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO – SEPARAÇÃO DOS PODERES:
PODER EXECUTIVO
No Brasil, o Poder Executivo será exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. As atribuições do Presidente da República estão listadas no art. 84 da Constituição Federal, citadas as principais:
Nomear e exonerar seus Ministros de Estado;
Exercer a direção superior da administração federal;
Proceder à iniciativa de leis;
Sancionar, promulgar e fazer publicar leis;
Vetar projetos de lei;
Editar decretos sobre a organização e o funcionamento da Administração federal (desde que não aumente despesa, crie ou extinga órgão público);
Declarar, por decreto, a extinção de cargos públicos, quando esses estiverem vagos;
Manter relações diplomáticas com Estados estrangeiros;
Celebrar tratados internacionais, que serão posteriormente votados no Congresso Nacional;
Decretar Estado de Defesa, Estado de Sítio e Intervenção Federal;
Exercer o comando supremo das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica);
Nomear os Ministros do Supremo e dos Tribunais Superiores, Governadores de Território, Procurador-Geral da República, Ministros do Tribunal de Contas e o Presidente e Diretores do Banco Central;
Declarar a guerra e celebrar a paz;
Prestar contas ao Congresso;
Editar Medidas Provisórias.
São delegáveis aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da República as atribuições de expedir decretos sobre a organização da administração federal, conceder indulto ou comutar penas, prover os cargos públicos e, por fim, extingui-los, quando vagos.
Caso o Presidente da República cometa algum crime, só poderá ser processado se a Câmara dos Deputados autorizar (por dois terços de seus membros).Em se tratando de crimes comuns (previstos no Código Penal), será ele julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Nas hipóteses de crime de responsabilidade, o Presidente da República será julgado pelo Senado. São crimes de responsabilidade todos aqueles atos que atentem contra a Constituição.
. MINISTROS DE ESTADO
Os Ministros de Estado terão a função de auxiliar o Presidente da República, orientando os órgãos da administração relacionados à sua área de atuação, expedindo decretos e resoluções, e praticando os demais atos que lhes sejam designados. Serão escolhidos pelo Presidente da República, dentre quaisquer brasileiros com mais de vinte e um anos de idade e que detenham seus direitos políticos.
. CONSELHO DA REPÚBLICA
Trata-se de um órgão de consulta superior do Presidente, que terá a função de se pronunciar sobre intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio, além de tratar de quaisquer questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
. CONSELHO DA DEFESA
Esse conselho também será um órgão de consulta do Presidente, com a diferença de que tratará das questões relativas à soberania nacional e à defesa do Estado. Competirá a esse conselho: opinar sobre as declarações de guerra e de paz, opinar sobre a intervenção federal, o estado de defesa e o estado de sítio e, por fim, propor medidas que visem uma melhor defesa do território nacional, com o propósito de garantir a independência nacional e a defesa do Estado Democrático.
 PODER JUDICIÁRIO
Caberá ao Poder Judiciário, aplicando a lei e todas as fontes de direito, solucionar conflitos existentes na sociedade ou conflitos entre os próprios poderes. O Judiciário É AUTÔNOMO, não se subordina a nenhum outro poder. Por conta disso, ele mesmo elabora seus orçamentos. O Supremo Tribunal Federal, órgão de cúpula do Poder Judiciário, poderá, exercendo seu poder de iniciativa, propor o Estatuto da Magistratura (esse estatuto é a LOMAN, Lei Orgânica da Magistratura).
Os juízes possuem determinadas garantias que visam dar-lhes a segurança necessária para que exerçam sua atividade de forma justa, sem se preocupar com pressões. São elas:
Vitaliciedade, adquirida, pelos juízes concursados, após dois anos de atividade. Com essa garantia, só por sentença judicial transitada em julgado será declarada a perda do cargo. Constitui requisito para o vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido pela escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
Inamovibilidade, que significa que o magistrado não pode ser lotado em outra localidade sem que haja o seu consentimento, salvo se o Tribunal assim decidir, por voto de dois terços, em razão do interesse público;
Irredutibilidade de subsídio (remuneração), que garante a impossibilidade de se diminuir a quantia recebida pelos juízes em virtude do seu trabalho.
Aos magistrados É PROIBIDO:
Exercer outro cargo público, salvo o de professor;
Receber dinheiro ou outra vantagem por conta dos processos;
Dedicar-se à atividade político-partidária;
Receber auxílios ou contribuições de pessoas físicas ou entidades públicas ou privadas, salvo os casos previstos em lei;
Exercer a advocacia, nos três anos após a sua aposentadoria ou exoneração, junto ao Tribunal ou juízo no qual atuou.
. ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO
O Poder Judiciário é formado pelos seguintes órgãos:
Supremo Tribunal Federal;
Conselho Nacional de Justiça;
Superior Tribunal de Justiça;
Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
Tribunais e Juízes do Trabalho;
Tribunais e Juízes Eleitorais;
Tribunais e Juízes Militares;
Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores terão sede em Brasília. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição (poder de dizer o direito) em todo o território nacional. É inerente à atividade judiciária a autonomia administrativa e financeira, consubstanciada na capacidade de elaborar seus próprios orçamentos e gerenciá-los. Os Tribunais Regionais Federais e os Tribunais de Justiça são os órgãos de segunda instância do Poder Judiciário, ou seja, julgam os recursos interpostos de sentença dos juízes de primeiro grau. Por conta de sua importância, determina a Constituição que um quinto das vagas dessas cortes é reservado a membros do Ministério Público e Advogados, ambos com, pelo menos, dez anos de carreira. Esse é o chamado “quinto constitucional”.
As decisões dos juízes (sentenças) não são absolutas. Quase sempre há a possibilidade de revisão por um órgão superior a este. Assim sendo, os tribunais têm a função maior de revisar os julgados das sentenças dos juízes.
 PODER LEGISLATIVO
O Poder Legislativo federal é bicameral, composto por duas câmaras, exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Não há hierarquia entre as casas, sendo que o que uma decidir será revisto pela outra.
Cabe ao Poder Legislativo a função precípua de elaborar leis, ou seja, legislar. Além dessa função, também cabe ao Legislativo a fiscalização e o controle dos atos do Executivo, função esta exercida com apoio do Tribunal de Contas.
O Congresso Nacional é um órgão que representa o Poder Legislativo, sendo formado pelo conjunto de duas casas, quais seja, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, cada qual com seus regimentos internos próprios. Existem dois tipos de competências previstas para o Congresso Nacional:
O primeiro tipo de competência trata-se da COMPETÊNCIA LEGISLATIVA, que será exercida visando à formação de leis, sendo, portanto, sujeitas à sanção presidencial. Esse dispositivo demonstra que cabe ao Congresso dispor sobre aquelas matérias tidas como de competência legislativa da União. O segundo compõe as COMPETÊNCIAS DELIBERATIVAS do Congresso Nacional, que se referem aos atos que o Congresso Nacional irá exercer sem a necessidade de sanção do Presidente da República, por meio de decretos. Dessas atribuições destacam-se as seguintes (art. 49, CF/88):
• Resolver sobre tratados internacionais que resultem em encargos ao patrimônio nacional;
• Autorizar o Presidente a declarar guerra ou celebrar a paz;
• Autorizar o Presidente a se ausentar do país por um período superior a 15 dias;
• Julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Presidente da República;
• Escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
• Autorizar referendo e convocar plebiscito.
A CÂMARA DOS DEPUTADOS compõe-se de representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional, segundo o qual o número de deputados varia de acordo com a população do Estado, respeitando-se o limite mínimo de oito e o máximo de setenta Deputados Federais por Estado. A Constituição cita as competências privativas da Câmara dos Deputados (art. 51), sendo as principais:
• autorizar a instauração de processo contra o Presidente da República;
• elaborar seu regimento interno;
• dispor sobre sua organização e seus servidores;
• eleger membros do Conselho da República.
O SENADO é a casa legislativa que representa os Estados, sendo que, ao invés de seguir o sistema proporcional, segue o princípio majoritário. Cada Estado e o Distrito Federal elegem três senadores. O art. 52 da Constituição Federal de 1988 enumera as atribuições do Senado Federal, sendo que as principais são:
• processar e julgar o Presidente da República e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade (quando um Ministro de Estado ou Comandante das Forças Armadas praticar um crime conexo com o Presidente da República e Vice-Presidente, também é julgado pelo Senado, ao invés de ser processado junto ao Supremo Tribunal Federal);
• processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;
• aprovar a escolha de alguns magistrados, Ministros do Tribunal de Contas da União,Procurador-Geral da República.
• estabelecer limites globais para a dívida dos Estados, Distrito Federal e Municípios;
• elaborar seu Regimento Interno;
• dispor sobre sua organização e seus servidores;
• eleger membros do Conselho da República.
Uma das principais garantia de independência do Poder Legislativo é a capacidade de auto-organização das casas legislativas. A Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o Congresso Nacional terão Regimentos Internos próprios, que seguirão algumas regras previstas na própria Constituição.
. COMPOSIÇÃO DAS MESAS
Cada órgão terá sua mesa, eleita dentre seus membros para mandato de dois anos. A Constituição determina que o Presidente do Senado Federal irá presidir a mesa do Congresso Nacional, e os demais lugares serão ocupados alternadamente, pelos devidos ocupantes das mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
. QUORUM PARA DELIBERAÇÃO
Via de regra, as deliberações serão tomadas por maioria simples, presente a maioria absoluta dos membros da casa. Em casos excepcionais, é necessário quorum qualificado, exigindo-se, por exemplo, maioria absoluta para cassar mandato parlamentar, aprovar lei complementar, exonerar ou aprovar o Procurador-Geral da República e aprovar nomes indicados para Ministro do Supremo Tribunal Federal. Exige-se, por sua vez, maioria de dois terços da Câmara dos Deputados para autorizar instauração de processo por crime de responsabilidade, três quintos para aprovar Emenda Constitucional e dois quintos para cancelar concessão de rádio e TV, que são exemplos de maiorias qualificadas.
. SESSÕES LEGISLATIVAS
Cada legislatura dura quatro anos, compreendendo quatro sessões legislativas (uma a cada ano). As sessões legislativas são divididas em dois períodos, o primeiro de 15 de fevereiro a 30 de junho e o segundo de 1º de agosto a 15 de dezembro. Pode haver sessões legislativas extraordinárias no período de recesso, convocadas pelo Presidente do Senado nos casos de intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio e convocadas pelo Presidente da República, do Senado ou da Câmara em caso de extrema urgência. Nessas sessões, serão decididas apenas as matérias para as quais foram convocadas, salvo se existirem medidas provisórias, que serão automaticamente inseridas na pauta de votação.
. COMISSÕES PARLAMENTARES
O Congresso Nacional e suas casas possuirão comissões, com formação e competências próprias. Essas comissões se dividem em permanentes e temporários. Os permanentes possuirão a mesma formação durante a legislatura e tratarão de assuntos predeterminados. As comissões temporárias serão constituídas por tempo determinado para tratarem de matérias específicas, sejam quais forem. As comissões poderão:
- Votar matérias que dispensem a apreciação do plenário;
- Convocar Ministros de Estado para prestarem informações (vide art. 50, CF/88);
- Receber reclamações de entidades públicas;
- Solicitar depoimentos;
- Apreciar planos e programas nacionais ou regionais.
A Constituição estipula duas comissões que terão um papel extremamente importante nas atividades do Congresso Nacional. São elas: a Comissão Representativa e as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s).
. PRERROGATIVAS PARLAMENTARES (Estatuto dos Congressistas)
Os parlamentares (Deputados e Senadores) possuem certas garantias que visam dar-lhes a devida proteção no exercício de sua função. As principais dessas garantias são as IMUNIDADES, que se classificam em Imunidade Parlamentar Material (o parlamentar não comete crime de opinião, não podendo ser responsabilizado por suas palavras, votos, etc.) e Imunidade Formal (parlamentar terá de ter seu processo-crime sustado por sua casa legislativa, a pedido de seu partido político ou da maioria dos seus membros. Além disso, em virtude dessa imunidade, o parlamentar não pode ser preso, salvo em caso de flagrante delito de crime que não admita fiança).
. INCOMPATIBILIDADES
As incompatibilidades (situações que impossibilitam sua investidura no cargo) dos deputados e senadores são apuradas em dois momentos: em primeiro lugar, na EXPEDIÇÃO DO DIPLOMA (Manter contrato ou exercer cargo, função ou emprego remunerado em pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público) e, em segundo lugar, quando da POSSE (Ser proprietário, diretor, ocupar cargo, função ou patrocinar causa relativa às empresas anteriormente citadas, Ser titular de mais de um cargo público eletivo).
 ESPÉCIES NORMATIVAS: 
A Constituição Federal em seu artigo 59 estabelece a possibilidade da produção de 7 espécies: 
● Emenda a Constituição (art. 59, II da CF). 
● Leis ordinárias (art. 59, III da CF). 
● Leis delegadas (art. 59, IV da CF). 
● Medidas Provisórias (art. 59, V da CF). 
● Decretos legislativos (art. 59, VI da CF). 
● Resoluções (art. 59, VII da CF). 
 Constituição Federal estabelece que o processo legislativo compreende:
a) Elaboração de Leis Delegadas
b) Decretos Legislativos
c) Medidas Provisórias
d) Emendas à Constituição
e) Leis Complementares
f) Leis Ordinárias
g) Resoluções
  EMENDA CONSTITUCIONAL:
 – Encarregada de inovar a ordem constitucional
 – Iniciativa: 1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou Senado Federal, Presidente da República e de mais da metade das Assembleias Legislativas das Unidades de Federação.
 - Deliberação: Votada em dois turnos
- Vedações Materiais: Cláusulas Pétreas.
 - Vedações circunstanciais: Não pode tramitar na vigência do Estado de Defesa e do Estado de Sítio.
 - Vedação Procedimental: Rejeitada ou havida por prejudicada a emenda não pode ser objeto de deliberação da mesma sessão legislativa.
 - Quórum: 3/5 dos votos das casas.
 - Promulgação: Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
 - Não podem ser objetos de emenda questões relacionadas a:
NACIONALIDADE
CIDADANIA
DIREITOS POLÍTICOS
PARTIDOS POLÍTICOS
DIREITO ELEITORAL, PENAL, PROCESSUAL PENAL, PROCESSUAL CIVIL, ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO
 - Não é permitido a reedição na mesma sessão legislativa de emenda rejeitada.
LEI COMPLEMENTAR
 - Exige a maioria absoluta
 - Não há hierarquia entre a Lei complementar e a Lei Ordinária.
LEI ORDINÁRIA
 - Processo legislativo regular
 - Necessita de Sanção
 MEDIDA PROVISÓRIA
 - Constitui espécie normativa, tem força de lei, é ato normativo primário.
 - período de sessenta dias
 - Os prazos de medida provisória não correm nos períodos de recesso parlamentar.
 - Se a medida provisória não for apreciada no prazo de sessenta dias, poderá haver uma única prorrogação.
 - Se não for apreciada em quarenta e cinco dias entrará em regime de urgência.
  - A Medida Provisória não convertida em lei no prazo de sessenta dias ou mesmo após prorrogação ou sendo rejeitada, perde seus efeitos desde a sua edição.
 - A Medida Provisória não revoga a ordem jurídica anterior mas suspende a eficácia da norma modificada.
LEI DELEGADA
 - Possibilidade de o Poder  Executivo pedir ao Legislativo delegação para legislar sobre determinado assunto ( Art 58 § 2º, I)
 - Não é qualquer matéria que pode ser objeto de delegação ( Art 68,§ 1º)
 - As Leis Delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
 - Caso o Presidente da República venha a ultrapassar os limites da resolução, o Congresso Nacional poderá sustar os atos que excederem tal limite.
 - Dispensa Sanção ou Veto e não poderá ser emendada pelo Poder Legislativo.
DECRETO LEGISLATIVO
 - Competência exclusiva do Congresso Nacional
 - Não há necessidade de Sanção ou Veto
 - Deverá ser aprovado em processo assemelhado ao da Emenda Constitucional ( por meio de dois turnos e quórum de 3/5 dos membros de cada casa.
RESOLUÇÃO
FUNÇÃO FISCALIZATÓRIA
 - Feita por sistemas internos e por controle externo
 - Controle externo: será feito pelo CongressoNacional
 - Não é correto afirmar que a inviolabilidade do sigilo bancário é um direito absoluto, pois a própria lei admite em certas hipóteses excepcionais a sua quebra.
 - O STF admite a possiblidade de quebra de sigilo bancário por meio de CPI , órgão ao qual tem poderes investigatórios próprios de autoridades judiciais desde que a medida seja adotada dentro de certos limites.
 - É competência exclusiva do Senado Federal suspender a execução da Lei declarada inconstitucional pelo STF
PROCESSO LEGISLATIVO (LEI COMPLEMENTAR E ORDINÁRIA):
Conceito e Espécies
Entende-se por processo legislativo o instrumento por meio do qual o Estado cria o Direito, elaborando normas jurídicas. Sob outro ângulo, pode-se afirmar que o processo legislativo corresponde a um conjunto de atos (iniciativa – introdução, emenda, votação, sanção e veto, promulgação e publicação), interdependentes e contínuos, preordenados à feitura das espécies normativas.
O estudo do processo legislativo abrange o entendimento das regras formais (procedimentais) de criação (elaboração) das leis. 
 Espécies normativas elencadas no art. 59 da CF.
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
 I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
 III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções.
Emendas Constitucionais – Processo Legislativo Especial
As Emendas Constitucionais são espécies normativas que modificam a Constituição. Esta por ser rígida, pois exige para a modificação do seu texto processo legislativo especial e mais dificultoso em relação a elaboração de outras leis, não visa impedir mudanças no seu texto, mas assegurar maior estabilidade à obra do poder constituinte originário. Por isso mesmo, veiculam normas constitucionais e gozam de supremacia ante as demais normas do sistema.
Submetem-se a rígido processo legislativo, traçado no art. 60 da Constituição Federal, donde se percebe que, para além dos necessários dois turnos de discussão e votação em cada casa do Congresso, é exigido um quorum especialíssimo, consistente em três quintos (3/5) para sua aprovação. 
A apresentação da proposta de emenda deverá ser realizada por iniciativa de um dos legitimados (1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal). 
Leis Complementares
São espécies normativas que se submetem a processo legislativo menos rigoroso do que aquele previsto para as emendas constitucionais. Não obstante isso, a Constituição exige quorum especial para a sua aprovação, consistente na maioria absoluta dos membros das casas legislativas. (CF, art. 69).
Elas estão subordinadas a Constituição. Têm âmbito material delimitado constitucionalmente, uma vez que a Carta Magna a elas reservou certas matérias importantes, como as normas gerais de direito tributário, o sistema financeiro nacional, as finanças públicas, etc. A lei complementar disciplina matérias especificamente a ela reservadas pela Constituição, ou seja, não cabe ao detentor da iniciativa legislativa, tampouco ao legislador decidir quais matérias serão tratadas por meio de lei complementar.
 Não são superiores às leis ordinárias, uma vez que inexiste hierarquia entre elas. Pois partem da mesma fonte de fundamento a CF.
Leis Ordinárias – É ato legislativo típico, primário e geral.
É a espécie normativa regra. Seu processo legislativo é o comum, exigindo-se, para sua aprovação, tão-somente o quorum simples de maioria relativa (CF, art. 47) assim, pode dispor sobre todas as matérias não reservadas à lei complementar. Suas características são generalidade e abstração.
Leis Delegadas
Cuida-se de ato normativo elaborado e editado exclusivamente pelo Presidente da República, em face de autorização concedida pelo Congresso Nacional, e nos limites por este impostos.
É ato normativo primário que extrai seu fundamento da validade diretamente da constituição. Todavia, a Constituição veda a disciplina das leis delegadas sobre certas matérias. Assim, não serão objeto de lei delegada os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros, a nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais e os planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
 A autorização do Congresso para o Presidente da República elaborar lei delegada terá a forma de resolução, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
 Por outro lado, pode a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional. Entretanto, se isso ocorrer, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
Medidas Provisórias
As medidas provisórias são criação da Constituição Federal de 1988. Tiveram por fonte inspiradora a Constituição Italiana, que prevê o Governo pode adotar, sob sua responsabilidade, em casos extraordinários de necessidade e de urgência, com apresentação às câmaras, para sua conversão em lei. As medidas provisórias, criadas em substituição aos decretos-leis, nada mais são do que atos normativos, com força de lei (logo não são leis), editados exclusivamente pelo Presidente da República, em casos de relevância e urgência. Assim, não obstante tenham força de lei, com esta não se confundem, pois não provêm do Poder competente para legislar. As medidas provisórias não são equivalentes de leis parlamentares, não são leis expedidas pelo Executivo. Muito pelo contrário, a medida provisória é apenas uma medida administrativa de natureza normativa.
Decretos Legislativos
São espécies legislativas por meio das quais se expressa o Congresso Nacional no desempenho de sua competência exclusiva prevista no art. 49 da Constituição.
Quer dizer, destinam-se a regular matérias de competência exclusiva do Congresso. Independem de sanção e via de regra são atos de efeitos externos.
Resolução
São espécies normativas por meio das quais se manifestam as casas do Congresso Nacional no exercício de suas atribuições previstas nos arts. 51 e 52 da Constituição. Também não dependem de sanção e via de regra são atos de efeitos internos.
 A Constituição não dispôs sobre o processo legislativo dos decretos e resoluções legislativo dos decretos e resoluções legislativas, ficando isso a cargo dos Regimentos Internos.
Processo Legislativo ordinário
Conceito de lei:
 A lei é ato escrito, primário (tem fundamento direto na Constituição Federal), geral (destina-se a todos), abstrato (não regula uma situação concreta) e complexo (exige fusão de duas vontades para se aperfeiçoar e produzir efeitos). 
 Eventualmente pode haver lei sem a vontade do Poder Executivo, mas nunca pode existir lei sem a vontade do Poder legislativo.
Fases do processo legislativo ordinário:
- Fase introdutória (iniciativa): Trata do poder de iniciativa da lei. Ato que desencadeia o processo de sua formação. 
- Fase constitutiva: Trata-se da discussão e votação do Projeto de Lei nas duas casas do Congresso Nacional, bem como a manifestação do Chefe do Executivo (sanção ou veto), e quando for o caso da apreciação do veto pelo Congresso Nacional. Trata da deliberação parlamentar e da deliberação executiva. 
- Fase complementar (integradora): Trata da promulgação e publicação da lei.
Fase introdutória ou de iniciativa
1.   Iniciativa: 
Dá início ao processo legislativo, isto é, início ao processo de formação do ato legal. 
Iniciativa é a faculdade conferida a alguém ou a algum órgão para apresentar um projeto de lei. Só pode exercer a iniciativa quem tem poder de iniciativa, pois caso contrário haverá um vício de iniciativa, uma inconstitucionalidade formal. 
2.  Hipóteses de iniciativa: 
a) Iniciativa geral: Outorga à determinadaautoridade ou órgão a apresentação de projeto de lei sobre matérias DIVERSAS, INDETERMINADAS. Qualquer membro da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional; Presidente da República; Supremo Tribunal Federal; Tribunais Superiores (STJ, TSE, STM e TST); Procurador-Geral da República e aos Cidadãos.
Obs.: A iniciativa geral deve ser entendida como indicativa de que os legitimados com ela contemplados poderão dar início ao processo legislativo sobre quaisquer matérias, ressalvadas as hipóteses de iniciativa reservada. 
b) Iniciativa parlamentar: A apresentação do projeto de lei cabe aos membros do Congresso Nacional (Senadores e Deputados Federais).
c) Iniciativa extraparlamentar: Confere a órgão e pessoas não integrantes do Congresso Nacional. A apresentação do projeto de lei cabe ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Ministério Público e aos cidadãos (estes através da iniciativa popular).
d) Iniciativa concorrente: A apresentação do projeto de lei é de competência de vários legitimados. Ex: Iniciativa de leis ordinárias e complementares, leis sobre organização do Ministério Público, concorrente entre o Presidente e o Procurador-Geral da República.
e) Iniciativa exclusiva (reservada ou privativa): A apresentação do projeto de lei pertencente a um só legitimado, sob pena de configurar vício de iniciativa formal, caracterizador de inconstitucionalidade. Quando se reserva a matéria a alguém, não é de mais ninguém. Por exemplo; Que fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas (art. 61, §1º, I, a da CF), Presidente da República. Um projeto de lei apresentado pelo Presidente da República pode ser objeto de emendas apresentadas pelos congressistas, desde que não impliquem aumento de despesa nos projetos de iniciativa exclusiva, ressalvada as emendas aos projetos orçamentários, e também nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos tribunais federais e do Ministério Público. Devem também ter pertinência ao tema da matéria apresentada no projeto apresentado.
f) Iniciativa popular: Pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 Estados, com não menos de 3/10% (três décimos por cento) dos eleitores em cada um deles (art. 61, §2º da CF).
- Requisito numérico: no mínimo, 1% do eleitorado nacional;
-  Requisito espacial: eleitorado distribuído por pelo menos 5 Estados; 
- Requisito interno: com não menos de 3/10%(três décimos por cento) dos eleitores em cada um deles.
OBS.: O defeito de iniciativa não é suprido pela posterior sanção do Chefe do Executivo, isto quer dizer, que ainda que sancionado o projeto de lei resultante de iniciativa viciada, a respectiva lei padecerá de inconstitucionalidade formal, cujo reconhecimento poderá ser requerido, nas vias próprias, ao Poder Judiciário.
Fase Constitutiva
1. Fase Constitutiva: A Fase constitutiva é composta da deliberação parlamentar, onde o projeto de lei apresentado será discutido e votado nas duas Casas do Congresso Nacional, e da deliberação executiva, por meio da sanção ou veto, caso o projeto venha a ser aprovado nas duas Casas do Congresso Nacional. Ainda que o projeto seja aprovado pelo Legislativo e vetado pelo Executivo, tem-se, ainda na fase constitutiva, a obrigatória apreciação do veto pelo Congresso Nacional.
1.1 Deliberação Parlamentar: O projeto de lei é apreciado nas duas casas do Congresso Nacional (Casa Iniciadora e Revisora), separadamente, e em um turno de discussão e votação (no plenário). Será aprovada por maioria simples ou relativa, caso trate de lei ordinária, ou maioria absoluta, caso trate de lei complementar. 
-  Casa iniciadora: O projeto de lei apresentado por um Senador, por comissão do Senado ou Comissão Mista, tem início no Senado, já aquele apresentado por um Deputado ou pelo Presidente da República ou pelo Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores, Procurador-Geral da República e os cidadãos, tem início na Câmara dos Deputados. A Câmara dos Deputados é a porta de entrada da iniciativa extraparlamentar (art. 64 da CF). O projeto poderá ser aprovado ou rejeitado, caso seja aprovado seguirá para a casa revisora. Caso seja rejeitado será arquivado.
Comissões: O projeto de lei primeiramente será apreciado na Comissão de Constituição e Justiça (analisa os aspectos formais ligados a sua constitucionalidade e emitem pareceres terminativos, ou seja, recebendo um parecer negativo da CCJ o projeto será rejeitado e arquivado, não haverá mais tramitação) e depois nas Comissões temáticas (encarregada de examinar aspectos materiais e emitirão pareceres apenas opinativos, mesmo sendo negativo o projeto segue sua tramitação), que emitirão pareceres. Se o processo for multidisciplinar, passará por várias comissões temáticas. As comissões irão emitir pareceres, estes podem ser contrários ou favoráveis a matéria. O parecer é apenas opinativo, então mesmo sendo negativo não implica rejeição do projeto.
Votação: Após discussão e parecer, o projeto será enviado ao plenário da Casa para um turno de discussão e votação. Encerrada a discussão passa-se à votação.
Casa Revisora: O projeto de lei terá o mesmo curso da Casa iniciadora, isto é, passa primeiramente pelas Comissões e depois vai ao plenário para um turno de discussão e votação. 
A casa revisora pode proceder das seguintes formas:
Aprovar sem emendas: O projeto de lei aprovado no Legislativo seguirá para sanção ou veto do Executivo (art. 66 da CF).
Rejeitar: O projeto de lei será arquivado. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na próxima sessão legislativa, salvo proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional (art. 67 da CF).
Emendar: Somente as emendas voltam para a Casa Iniciadora, sendo vedada a apresentação de subemendas (art. 65, parágrafo único da CF).
A emenda que determina o retorno à casa de origem é aquela que de alguma forma modifique o sentido jurídico da proposição, pois se não modificar, não precisa voltar. Ex: correção de português não precisa voltar.
Se a Casa Iniciadora concordar com a emenda: O projeto será encaminhado para o autógrafo (constitui o documento formal que reproduz o texto definitivamente aprovado pelo Legislativo) e depois segue para o Presidente da República.
 Se houver divergência: Prevalecerá a vontade de quem fez a deliberação principal (princípio da primazia da deliberação principal). O projeto segue para o Presidente com a redação da Casa Iniciadora.
A Câmara está numa posição de prevalência em relação ao Senado, pois os projetos extraparlamentares iniciam-se pela Câmara e, portanto, é ela quem faz a deliberação principal. O princípio da primazia da deliberação principal não se aplica ao procedimento da emenda constitucional, pois precisa de aprovação nas duas casas. 
Deliberação executiva: O Presidente recebe o projeto de lei aprovado no Congresso Nacional com ou sem emendas, para que sancione ou vete. A sanção poderá ser expressa ou tácita.
Sanção Expressa: É a manifestação concordante do Chefe do Poder Executivo, que transforma o projeto de lei em lei, formalizando por escrito, o ato da sanção no prazo de 15 dias úteis, contados da data do recebimento, sempre motivada.
Sanção Tácita: Ocorrerá se o Presidente deixar transcorrer o prazo de 15 dias úteis, contados da data do recebimento do projeto de lei, sem emitir qualquer manifestação quanto a ele. Esgotando este prazo sem sua manifestação expressa, o silêncio importará sanção tácita. Nesta hipótese o Presidente terá 48 horas para promulgar a lei resultante da sanção tácita. Caso não for atendido este prazo, o Presidente do Senado em igual prazo, a promulgará, caso este, também não a promulgar no referido prazo, ficará a cargo do Vice-Presidente do Senado a promulgar.
Veto:É a manifestação discordante do Chefe do Poder Executivo que impede ao menos transitoriamente a transformação do projeto de lei em lei. O Presidente terá um prazo de 15 dias para vetá-lo, comunicando ao Presidente do Senado Federal, no prazo de 48 horas os motivos do veto. O Congresso em sessão conjunta terá um prazo de 30 dias para apreciar o veto do Chefe do Executivo, só podendo ser rejeitada pelo voto da maioria absoluta dos deputados e senadores, caso haja rejeição do veto, a matéria será encaminhada, para promulgação, ao Presidente da República. Este terá um prazo de 48 horas para emitir o ato de promulgação. Se este não promulgar o Presidente do Senado em igual prazo o fará, ainda não sendo atendido o prazo o Vice-Presidente promulgará. O veto é irretratável. O veto pode ter por fundamento:
I- Veto jurídico – Inconstitucionalidade, incompatibilidade entre a lei e a Constituição.
II- Veto político – Contrariedade ao interesse público. O Presidente da República emite um juízo político de conveniência, atuando como representante e defensor da sociedade.
Somente o veto Político pode ser rejeitado pela maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto. São necessários 257 votos dos deputados e 41 votos dos senadores. 
Fase complementar 
A Fase final é dividida entre a promulgação e a publicação da lei. Não integram propriamente o processo de elaboração da lei, porque incidem sobre atos que já são leis.
Promulgação: É um atestado da existência válida da lei e de sua executoriedade, inovando a ordem jurídica. Em regra é o Presidente da República que verifica se a lei foi regularmente elaborada e depois atesta que a ordem jurídica está sendo inovada, estando a lei apta a produzir efeitos no mundo jurídico. A presunção de validade das leis decorre da promulgação. A lei nasce com a sanção, mas tem sua existência declarada pela promulgação.
O que se promulga é a lei e não o projeto de lei. Este já se transformou em lei com a sanção presidencial ou com a derrubada do veto no Congresso Nacional. 
Cabe ao Presidente da República promulgar a lei, ainda que haja rejeição do veto. O veto rejeitado tem necessidade de ser promulgado. Assim, podemos ter uma lei sem sanção, mas nunca uma lei sem promulgação.
Se o Presidente não promulgar em 48 horas, o Presidente do Senado a promulgará e, se este não fizer em igual prazo, caberá ao Vice Presidente do Senado fazê-lo (art. 66, §7º da CF). Isto pode ocorrer na sanção tácita e na rejeição do veto, mas nunca na sanção expressa, pois a promulgação está implícita.
Publicação: É o ato através do qual se dá conhecimento à coletividade da existência da lei. Consiste na inserção do texto promulgado na Imprensa Oficial como condição de vigência e eficácia da lei. É a fase que encerra o processo legislativo. 
A promulgação confere à lei uma executoriedade. A esta tem que se somar uma notoriedade que decorre da publicação. Esta notoriedade é ficta, assim presume-se que as pessoas conheçam a lei. 
Em regra geral, a lei começa a vigorar em todo País 45 dias depois de oficialmente publicada, salvo disposição em contrário. Nos Estados estrangeiros, entra em vigor 3 meses após a publicação (art. 1º e §1º da LICC). Porém, a lei pode estabelecer a data de início de vigência. 
Segundo a Lei complementar 95/98, alterada pela Lei complementar 107/01, a lei não pode entrar em vigor na data da sua publicação, salvo se de pouca importância.
OBS.: A promulgação e a publicação são atos distintos, aquela atesta, autentica a existência de um ato normativo válido, executável e obrigatório, esta comunica essa existência aos sujeitos a que esse ato normativo se dirige.
Procedimento abreviado ou sumário
O Projeto ingressa pela Câmara dos Deputados: A Câmara tem o prazo de 45 dias para aprová-lo ou rejeitá-lo. 
Rejeitar: O projeto estará arquivado.
Se silenciar: O projeto obstará a pauta da Câmara até que decida sobre a aprovação do projeto. - As medidas provisórias não ficam obstruídas, mas as demais deliberações sim.
Se aprovar: O projeto será encaminhado ao Senado. 
Aprovado na Câmara, o projeto vai ao Senado, que também terá 45 dias para aprovar, rejeitar ou apresentar emendas:  
Rejeitar: O projeto estará arquivado.  
Silenciar: O projeto obstará a pauta do Senado até que decida sobre a aprovação do projeto. As medidas provisórias não ficam obstruídas, mas as demais deliberações sim.  
Emendar: O projeto voltará para a Câmara dos Deputados, que terá prazo de 10 dias para apreciá-la, totalizando 100 dias (art. 64, §3º da CF). 
Aprovar: Segue o procedimento ordinário. 
 Os prazos não correm no período de recesso (ficam suspensos) e nem se aplicam às matérias de Código (art. 64, §4º da CF).
RESPONSABILIDADE DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
ART. 85, 86 E 87 C.F
Só pode ser preso em decorrência de sentença penal condenatória;
Só pode ser processado por crime comum que tiver vínculo com a função (peculato, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, etc);
Já os crimes não relacionados com a função, incluindo os crimes praticados antes do mandato, só poderão ser processados depois do mandato;
Observação: Segundo o STF, essas imunidades não se aplicam ao Governador e ao Prefeito, pois são exclusiva do “Chefe de Estado”, no caso Presidente.
O Presidente pode praticar crimes:
Comum (crime propriamente dito previsto no CP):
Julgado pelo STF (art. 102, I, “b”, CF);
Caso seja condenado, haverá a perda do cargo e cumprimento da pena;
Suspensão dos direitos políticos, enquanto durarem os efeitos da condenação (Art. 15, CF);
De Responsabilidade (Infração política. Ver Art. 85, CF):
Na realidade não é um “crime”;
Julgado pelo Senado, mas presidido pelo Ministro Presidente do STF (art. 52, I);
Para condenar é necessário 2/3 dos votos;
Perda do cargo (Impeachment);
Inabilitação para função pública por 8 anos;
Existe um obstáculo, tanto no crime comum como no de responsabilidade, chamado de “Juízo de Admissibilidade” (autorização para o processo contra o presidente) dado pela Câmara com um quorum de 2/3 dos deputados.
Recebida a denúncia pelo STF (crime comum) ou iniciado o processo no Senado (crime de responsabilidade), o Presidente será suspenso do cargo por até 180 dias. Se não for julgado nesse prazo, volta a ocupar a presidência.
CONSELHO DA REPUBLICA X CONSELHO NACIONAL:
Conselho da republica art. 89 e 90 CF
Conselho nacional art. 91 
Ambos os assuntos são abordados na constituição sem interpretação maior, ou seja, aquilo que se tem escrito nos artigo é muito claro e não contem exceções .
PODER JUDICIÁRIO
- ART. 92 ao 126 DA C.F
A organização judiciária tem como objetivo estabelecer normas sobre a constituição dos órgãos encarregados do exercício da jurisdição. 
A Constituição Federal garante autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário e assegura a independência funcional dos magistrados. 
A estrutura judiciária brasileira é definida pela Constituição - Arts. 92 a 126 da CF. 
Poder Judiciário tem: 
- poder de autogoverno / elege seus órgãos diretivos, elabora de seus regimentos internos, organiza suas secretarias e serviços auxiliares e os juízos que lhes forem vinculados / provimento de seus cargos (CF, art. 96, I). 
- autonomia administrativa e financeira / outorga aos tribunais do poder de elaborar suas propostas orçamentárias dentro dos limites estabelecidos com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias (CF, art. 99, § § 1º e 2º). 
Garantia Institucional - Art. 99 da Constituição Federal – Autonomia Administrativa e Financeira 
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. 
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: 
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. 
Sistema de Julgamento de Conflitos 
Adoção do sistema Inglês / unicidade da jurisdição 
Somente o Poder Judiciário tem capacidade de fazer coisa Julgada. 
Os conflitos administrativos não podem ser julgados definitivamente em âmbito administrativo/ As decisões administrativas podem ser reformadas pelo Judiciário. 
Funções Típicas do Judiciário: 
- Função jurisdicional ou de julgamento; 
- Dizer e aplicar o direito as controvérsias apresentadas. 
Funções Atípicas do Judiciário: 
Administrativa – administra seus bens, serviços e pessoal; 
Legislativa – produz normas gerais aplicáveis no seu âmbito / ex: regimentos internos dos tribunais etc. 
Alguns Direitos Fundamentais relacionados ao Poder Judiciário: 
Princípio Acesso à Justiça 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciária lesão ou ameaça a direito; 
Princípio do Juiz Natural 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
Só é legítimo o juízo previsto pela Constituição e reconhecido por ela como natural / é inválido qualquer órgão jurisdicional criado à margem da Constituição Federal / ou seja é vedado juízo de exceção. 
Princípio do Devido Processo Legal / Ampla defesa e contraditório 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Composição do Judiciário – art. 92 da CF
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
 Art. 92, CF
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede
na Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
nacional.
 O Conselho Nacional de Justiça – é órgão responsável pelo chamado ―controle externo‖ do Poder
Judiciário, não possui competências jurisdicionais.
CNJ – Órgão central que integra e coordena os diversos órgãos jurisdicionais do país, com atribuições de controle e fiscalização de caráter administrativo, financeiro e correcional. Princípio do Dualismo Judiciário Convivem, no mesmo sistema, um Poder Judiciário organizado pela União e um Poder Judiciário organizado por cada Estado-membro da Federação. Há o Poder Judiciário da União (Federal) e diversos Poderes Judiciários Estaduais, formando o Poder Judiciário Nacionais. A União organiza e mantém as Justiças Especializadas.
Da Atividade jurídica 
Resolução nº 75 do Conselho Nacional de Justiça 
“Art. 59. Considera-se atividade jurídica, para os efeitos do art. 58, § 1º, alínea “i”: 
I — aquela exercida com exclusividade por bacharel em Direito; 
II — o efetivo exercício de advocacia, inclusive voluntária, mediante a participação anual mínima em 5 (cinco) atos privativos de advogado (Lei nº 8.906, 4 de julho de 1994, art. 1º) em causas ou questões distintas; 
III — o exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior, que exija a utilização preponderante de conhecimento jurídico; 
IV — o exercício da função de conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, varas especiais, anexos de juizados especiais ou de varas judiciais, no mínimo por 16 (dezesseis) horas mensais e durante 1 (um) ano; 
V — o exercício da atividade de mediação ou de arbitragem na composição de litígios. 
§ 1º É vedada, para efeito de comprovação de atividade jurídica, a contagem do estágio acadêmico ou qualquer outra atividade anterior à obtenção do grau de bacharel em Direito. 
§ 2º A comprovação do tempo de atividade jurídica relativamente a cargos, empregos ou funções não privativos de bacharel em Direito será realizada mediante certidão circunstanciada, expedida pelo órgão competente, indicando as respectivas atribuições e a prática reiterada de atos que exijam a utilização preponderante de conhecimento jurídico, cabendo à Comissão de Concurso, em decisão fundamentada, analisar a validade do documento.‖ 
*Para o concurso de ingresso na carreira da magistratura, o CNJ uniformizou as regras em todos os ramos do Poder Judiciário nacional – Resolução do CNJ n. 75/2009. 
Garantias do Poder Judiciária – Independência da magistratura 
Com o objetivo de preservar o mecanismo de controles recíprocos, denominado freios e contrapesos (checks and balances) e a proteção e continuidade do Estado democrático, a Constituição Federal estabelece, para o bom exercício das funções estatais, diversas prerrogativas, imunidades e garantias a seus agentes políticos. 
Ao Poder Judiciário são conferidas aos seus membros garantias com a finalidade de atribuir à instituição a necessária independência para o exercício da jurisdição. 
Tem-se as garantias institucionais e garantias aos membros. 
Garantia Institucional - Art. 99 da Constituição Federal – Autonomia Administrativa e Financeira – Ao Poder Judiciário como instituição garante prerrogativas do autogoverno. 
Garantia de seus Membros – art. 95 da CF / Garantias de independência 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
Vitaliciedade - o juiz somente perderá o cargo por meio de sentença judicial transitada em julgado. 
Não é possível, portanto, após o vitaliciamente, a exoneração do magistrado de seu cargo por mero procedimento administrativo. 
Antes do vitaliciamente a perda do cargo dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado. 
A aquisição da vitaliciedade pelos juízes de juízes de primeiro grau somente ocorrerá após dois anos de exercício (estágio probatório). 
É etapa obrigatória para o vitaliciamento, a participação em curso oficial ou reconhecido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados. 
Nos casos de posse diretamente em Tribunal, como a que ocorre com os Desembargadores indicados pelo ―quinto constitucional‖, a vitaliciedade é adquirida no momento da posse. Página 13 de 18 
Inamovibilidade – impossibilidade de se remover o magistrado do local onde esteja lotado, sem a sua manifestação voluntária, salvo se o tribunal assim decidir, por voto de maioria absoluta, em razão do interesse público. 
Essa garantia não sofre exceção sequer em caso de promoção, que não pode ocorrer contra a vontade do magistrado. 
Em caso de interesse público, porém, reconhecido pelo voto da maioria absoluta do Tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, dispensa-se essa anuência. 
Irredutibilidade de subsídio - Não é possível reduzir o subsídio recebido pelos magistrados. 
Ou seja, é uma imunidade a eventuais retaliações dos governantes no que concerne à diminuição de sua remuneração. 
Essa garantia não é impeditiva a incidência de quaisquer tributos sobre os vencimentos dos juízes. 
Deve haver compatibilização com outras regras constitucionais, como as que estabelecem o teto remuneratório dos agentes públicos e as que tratam da tributação incidente ( ex. imposto de renda). 
Garantias de Imparcialidade– art. 95, parágrafo único, CF 
São impedimentos constitucionais dos juízes. 
Consistem em vedações que visam a dar-lhes melhores condições de imparcialidade / representam também garantias para os litigantes. 
Art. 95: Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; 
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
III - dedicar-se à atividade político-partidária. 
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
Quinto Constitucional – art. 94, CF 
Forma de democratizar, arejar e renovar os Tribunais / com profissionais das funções essenciais da Justiça. 
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios serão compostos de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. 
Juizados Especiais e Justiça de Paz 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: 
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; 
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
ESTADO DE DEFESA E ESTADO DE SÍTIO

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