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Competências legislativas e entidades federativas

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
DIREITO
DIREITO CONSTITUCIONAL
RESUMO DE CONSTITUCIONAL
TURMA 2001
SUELEN PALHETA BARBOSA
Castanhal/2020
# Republica federativa do Brasil (soberania) art 1° estado democrático.
· União indissolúvel (não cabe direito de secessão).
· União: atua de duas formas: ente autônomo e federal.
· Estados membros – regional.
· Municípios –local- autonomia .
· D. F – autonomia.
# fundamentos da republica – SO CI DI VA PLUS estado democrático
1. Sociedade (cidadania).
2. Dignidade da pessoa humano.
3. Os valores sociais do trabalho e livre iniciativa.
4. Pluralismo político.
# objetivos
1. Construir uma soc. Livre e justa.
2. Garantir o desenvolvimento nacional.
3. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais (igualdade material).
4. Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaiquer outras formas de discriminação.
# PRINCÍPIOS 
1. Independência nacional.
2. Prevalência dos direitos humanos.
3. Auto determinação dos povos.
4. Não intervenção.
5. Igualdade entre os estados.
6. Defesa da paz.
7. Solução pacífica dos conflitos.
8. Repudio ao terrorismo e o racismo.
9. Cooperação entre os povos para o progresso humano.
10. Concessão de asilo político.
Tratado internacional – Emendas.
# Estados federativos adotamos: forma federativa de estado : sistema presidencialismo de gov., forma republicana de gov .
# Sistema de gov.
· Parlamentarista.
· Chefe de estadp0s: presidente ou monarca.
· Chefe de gov: 1° ministro- representando o parlamento.
# Presidencialismo: Chefe de estado- Presidente- atua de forma internacional – atual federação – chefe de gov: âmbito nacional ente autônomo.
Colisões de poderes estão conectadas. Desequilíbrio federativo e disputa de poderes contra.
· Federalismo 
Confederação : soberanos.
Federalismo atípico- BR.
Centrípeto : p/dentro E.U.A concentração.
Centrífogo: Diversos – BR- centro p/fora – dissocia o poder.
Br- federação tríplice : tríplice repartição de competências – divide o poder em esferas : Federal, estadual e municipal ( união mais competência).
· Mito da federação: concentra na união- desequilíbrio- em harmonia fática.
· Dual: repartição fixa/ cooperativo: colaboração dos entres/ BR é soberano- estado nação.
· Entes – autônomos- autonomia (poder de auto governo, auto-organização, auto legislação e auto administração).
· Modelo de federação adotado no BR;
· Nasce junto com a forma republica de gov.;
· Rejeita, terminalmente, a hipótese de secessão;
· Diferente do modelo estadunidense, é reconhecida a existência de três ordens: nacional, regional e local;
· Pode ser classificada como federalismo cooperativo, no qual as atribuições são exercidas de modo comum ou concorrentes;
Federalismo BR: Existia no Brasil um federalismo de segundo grau até a promulgada da constituição de 1988, após a qual o país passou a ter um federalismo de 3º grau 
# Caracter. Federação
1. Descentralização adm: repartição os entres da federação na autonomia.
2. Constituição rígida. 
3. Coexistência de um tribunal superior, que vá dirimir conflitos federativos: um ente intervenha p/ outro, politicamente reorganizar o estado.
4. Estado uno e indivisível nacionalidade e territorialidade. 
5. Soberania do estado federal e autonomia dos entes federativos através de uma repartição de competências e recursos.
6. Existência de uma constituição em que esteja prevista a repartição de competência e receitas
7. Participação dos estados membros na definição de vontade federal
8. Impossibilidade de separação o que obrigou a um sistema de resolução de conflitos, pautado em corte constitucional.
9. Existência de um órgão constitucional encarregados do controle de constitucionalidade das leis, dificultando a invasão de competência.
10. Existência de um órgão que dite a vontade dos estados membros da federação, no caso o Senado Federal;
11. Possiblidade de intervenção nos casos em que um dos estados-membros tente se utilizar de secessão;
Estados soberanos guardou as compet. Legislativas.
· Mar territorial: extensão 12 milhas marítimas do litoral ao auto mar (Bem união).
· Plataforma continental: é o leito e o subsolo do mar territorial á distância de milhas marítima.
· Zona econômica exclusiva: extenção 12 milhas a 200 milhas marítima.
Competências legislativas e entidades federativas 
Administrativa – art 21° - exclusiva - união- interesse geral- dual – manter relações com os estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; declarar a guerra e celebrar a paz; autorizar e fiscalizar a produção e comércio de material bélico; explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza.
		 Art 23° - comum
XIII – organizar e manter, o M.P do DF e dos territórios e a D.P terrotórios
XIV – Organizar e manter o P.C, P.M e o corpo de bombeiro do D.F p/a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio
	Ou seja, não é competência adm do D.F, organize manter a P.C, a P.M e o corpo do bombeiro do D.F, assim como o judiciário/ tribunal de judiciário dos territórios e M.P dos D.F e territórios.
· Inconstitucionalidade por formalidade- retroagem todos os valores.
· Legislativa – privativa – art° 22 – sumula vinculante 46- procedente civil- não é federal – matérias processuais - é possível delegar por lei complementar e com especificidade(direito civil, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho, trânsito e transporte, sistema de consórcio e sorteios, resgistro públicos
· Concorrentes art° 24 – união não legista – estados e DF : plena – aplica-se a lei federal – 1° união, se não legislar, abre-se plena p/ estados e municípios- após suspensão da estadual, volta a lei anterior – condomínio legislativo. Estados legisla se não tiver lei federal.
· Municipal – administra – comum
 Legislar – exclusiva
· Estados – administrativo – comum
 Legislat – residual
· Competência
· Sistema dual ( exclusiva, privativa) : rígida e clara
1. Cabe ao estados explorar diretamente, ou mediante concessão, as serviços locais de gás;
2. Os estados poderão mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomeração urbanas e microrregiões;
3. Competências materiais e legislativos remanescentes sobras. Art° 30 § II – serviços públicos de interesse local, transporte coletivo, ordenamento territorial, coleta de lixo.
· Sistema cooperativo (comum, concorrentes) - união, estados, DF atuam conjuntamente (art 24°) custas de serviços forenses, floresta, caça, pesca, fauna, proteçãp ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico responsabilidade por dano ao consumidor a bens e direitos do valor artístico.
1. União cria norma geral e os estados criam normas especificas;
2. Inexistindo lei federal sobre normas gerais e os estados que criam normas especificas;
3. A superveniência da lei federal suspende a eficácia da lei estadual
4. Os munícipios detém competência concorrente implícita (art° 30 II – suplementar)
· Competência legislativa ( art. 30° § I) – assuntos de interesse local, transporte público, municipal, fiscalização de condição de higiene dos bares, horário de funcionamento do comércio. 
· Dual: Rígida de separação de atribuições;
· Cooperativa: atribuições exercidas de modo comum ou concorrente;
· Simétrico: homogeneidade de cultura e desenvolvimento;
· Assimétrico: leva em conta a diversidade
 Após a época imperial, houve uma transformação const. Com o objetivo de descentralizar o poder político. 
Federalismo o estado cedem parcela de soberania em prol de uma formação de Estado federal
Esferas federativas: um local (município), regional (estados) e federal (União)
Estado feral possui soberania, o que lhe oferece supremacia em face dos estados membros em algumas matérias.
Entes federativos são autônomos. As competências são limitadas em faces das suas respectivas repartição. Possui personalidade jurídica de direito público interno, ao passo que a União possui personalidade jurídica de direito internoe externo ou internacional. 
A repartição de competências entre os entes federativos é estabelecido pelo poder constituinte originário
#Repartição competências
União – interesse geral
Estados - interesse regional
Municípios - interesse local
D.F interesse - local e regional, exceções daquelas do art. 22 XVII, a qual trata da organização judiciária, do M.P e D.P do D.F e territórios -organizações adm 
Caract. Básica 
Comp. Exclusiva: ente com exclusão de outro ou sem possibilidade de delegação, exercendo-a em toda sua plenitude
Comp. Privativa: idênticas a exclusiva, existe uma ideia de que esta poderia ser delegada e a exclusiva não
Comp. Comum: comp. Adm. Admite-se comp. Comum em matéria legislativa 
Pessoas políticas
União
Personalidade jurídica de direito externo.
 Capacidade jurídica de direito público externo e internacional – às vezes estado unitário, exercendo a representação dos estados de forma soberana em nome de todos os estados federados. A união terá natureza jurídica de Direito público com capacidade política, seja qual for o ponto de vista observado.
Capacidade jurídica de direito público interno- autonomia constitucional própria, ao lado dos estados-membros, municípios e D.F
Delegabilidade da matéria legislativa – art. 22 C.F 
a) Requisito formal – o instrumento normativo viabiliza da delegação será lei complementar federal
b) Requisito material – segundo Moraes ponto especifico para ser delegado, não serve de generalidade/particularização de questões específicas/ elenco das matérias incluídas na privatividade legislativa da união
c) Requisitos implícitos – complete D.F comp. Reservadas ao estados e municípios. Principio da isonomia, a deleação deve ser conferida a todos os estados e não a uma parte deles
Estados membros
Natureza jurídica de direito público interno. Para exercer compromisso de ordem externa, precisam de autorização do senado federal no art. 52 VIII, CF. ente autônomo capaz de elaborar sua const. e leis:
· Auto-organização: é deferida a possibilidade de se elaborar uma const. do estado, manifestação do poder decorrente.
· Autogoverno: pode eleger seu governador e vice-governador, dep. Estaduais 3 senadores para o pode central.
Competência legislativa -ccomp. Privativas e concorrentes
· Autoadministração – matérias de suas comp., distribuídas pela const
Podem legislar sobre todas as matérias que não estiverem vedadas implícita ou explicitamente pela constituição.
· Poder legislativo – unicameral assembleia legislativa composta por deputados estaduais eleitos pelo sistema proporcional para mandato de 4 anos. O número de deputados é estabelecido no moldes do art. 27. Os subsídios são limitados a 75% daqueles fixados para os deputados federais. Possuem inviolabilidade material e formais, nos modelos federais
· Poder executivo: governador do estado (mínimo 30 anos) – tanto este quanto seu vice são eleitos pelo voto majoritário. A posse dos eleitos será no dia 01 de Janeiro do ano subsequente ao término do mandato
· Poder Judiciário: Compostos por juízes estaduais ( concursado e indicado pelo quinto constitucional). O Judiciário é formado pelo tribunal de Justiça Estadual, em segundo grau, e pelos juízes de direito, em primeiro grau.
Municípios
Constituição de 1824 – unidades administrativas, posteriormente a constituição de 1891 outorga aos municípios autonomia em tudo o que fosse de seu peculiar interesse.
O município é uma entidade federativa, Ferreira “filho infere que assim se encerra a polêmica doutrinária sobre sua natureza, “que alguns entendiam não ser entidade federativa por ter sido omitida no texto do art. 1° da EC n.1/69”
Pessoa jurídica de direito público interno, com autonomia constitucional, podendo inclusive elaborar sua respectiva lei orgânica, que conforma seu autogoverno (eleições do executivo e legislativo locais) e auto-administratação. Ainda, nos termos do art. 182, compete à municipalidade a política de desenvolvimento urbano, nos termos das diretrizes gerais fixadas em lei, aprovada pela Câmara Municipal, ordenando as funções sociais da cidade meio de plano diretor.
Existe Federação de municípios. Exististe federação dos estados. Estes é que são essenciais ao conceito de confederação de qualquer federação
· Distrito federal: é vedada sua subdivisão em municípios;
· Territórios que vieram a ser formados: podem ser subdivididos em municípios;
· Para a formação de novos municípios nos estados (só será possível no período determinado por lei complementar federal): serão necessários 
- estudos de viabilidade estadual;
 - lei ordinária estadual;
- consulta plebiscitária;
1. auto-organização: é deferida a possibilidade de ser elaborar uma lei orgânica municipal
2. autogoverno: os municípios podem eleger seu prefeito e vice-prefeito, bem como seus vereadores.
3. Competência legislativa: possui competências nos termos dos art. 23, 29, 30 e 182 exclusivas, comuns e complementares. O município e a União possuem apenas poderes explícitos; os remanescentes pertencem aos estados.
4. Capacidade de autoadministração: em matérias necessárias à prestação de serviços de interesses local
5. Poder legislativo: unicameral- a Câmara municipal é composta por vereadores, eleitos pelo sistema proporcional, para mandato de 4 anos. O número é calculado com base no art.29 IV, da CF. Estes são limitados ao subsídio dos deputados estaduais dentro das percentuais consignados no art. 29, IV da CF. Possuem também inviolabilidade materiais e formais.
6. Poder executivo: Prefeito municipal ( mínimos 21 anos) – tanto este quanto seu vice são eleitos pelo voto majoritário. A posse dos eleitores será no dia 1 de janeiro do ano subsequente ao término do mandato.
# DISTRITO FEDERAL
Município neutro, pois possui natureza de ente federativo autônomo, pois lhe é outorgado constitucionalmente tríplice capacidade para auto-organização, autogoverno e autodeterminação.
O DF é uma unidade federativa de compostura singular, dado que:
a) Desfruta de competência que são próprias dos estados e dos municípios cumulativamente;
b) Algumas de suas instituições elementares são organizadas e mantidas pela união
c) Os serviços públicos a cuja prestação está jungido são financiados, em parte, pela mesma pessoa federada central, que é a união.
· Auto-organização: é deferida a possibilidade de se elaborar uma lei orgânica municipal
· Autogoverno: o DF pode eleger seu governador e vice governador, bem com seus deputados e municípios
· Capacidade de autoadministração: em princípio, nos termos do §1° do art.32 da CF incube ao DF organizar seus serviços. Algumas instituições do DF são organizadas e mantidas pela união (art.21, XIII e XIV, da CF). Os serviços públicos cuja prestação está jungido são financiados, em parte, pela mesma pessoa federada central, que é união.
· O DF possui Poder Judiciário. Este é organizado pela União, a qual também deve dispor acerca da organização administrativa do MP e dos territórios. Existe o Tribunal de Justiça do DF e dos territórios(TJDFT) em pelo funcionamento, com organização e juízes próprios.
· Pode legislativo: unicameral – Câmara legislativa composta pode deputados distritais eleitos pelo sistema proporcional para mandato de quatro anos. O número de deputados é estabelecido de acordo com a população. Os subsídios são limitados a 75% daqueles fixados para os deputados federais. Possuem inviolabilidades materiais e formais, nos moldes federais.
· Poder Executivo: governador do DF (mínimo 30 anos)- tanto este quanto seu voto são eleitos pelo voto majoritário. 
· Poder Judiciário: nos termos do art. 22, XVII, da CF, compete à união a “organização judiciária, do MP do DF e dos territórios e da defensoria pública dos territórios, bem como organização administrativa destes”.
#REGIÃO METROPOLITANAS
Previstas no art. 25, § 3°, da CF, o qual estabeleceu que os estados têm competência, por meio de lei complementar, para instituir regiões metropolitanas. Além disso, viabilizou a criação de aglomeração urbanas e microrregiões.
Mediante lei complementar, constituídapor agrupamento de municípios limítrofes para integrar a organização, o planejamento e a exceção de funções públicas de interesse comum. Metrópole, nos termos legais, é 
Espaços urbanos com continuidade territorial que, em razão de sua população e relevância política e socioeconômica, exerce influência nacional ou sobre uma região que configure, no mínimo, a área de influência de uma capital regional, conforme os critérios adotados pela fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
As regiões metropolitanas são estruturas por formação territoriais específicas. Podem possuir um ou mais centros populacionais. Ademais, não necessitam ser frutos de conurbação ou agrupamento de uma única área contígua urbanizada. Podem se constituir de uma região com duas ou mais áreas urbanizadas intercaladas com áreas rurais. Sua importância vem se destacando e houve, até mesmo, cogitação em transformá-la em outro ente federativo em virtude de sua peculiar importância. Certamente, há necessidade de uma melhor conformação federativa, de maneira a transformá-las entidades mais sólidas por meio de regulamentação atualizadas e específicas no setor.
# descentralização administrativa: territórios
Nos ternos do art. 18 da CF, a organização político-administrativa de República Federativa do Brasil compreende a União, os estados, os municípios e o Distrito Federal. Observe-se que os territórios não são entes federativos, mas descentralizações administrativas da União. Não existe atualmente no Brasil. Porém, podem ser criados pela subdivisão, incorporação e desmembramento de estados federados, mediante lei complementar do Congresso Nacional e aprovação plebiscitária, nos termos do art. 18, § 2°.
Existem algumas particularidade acerca dos territórios que chamam a atenção:
a) São descentralizações administrativas da União;
b) Podem ser subdivididos em municípios;
c) Possuindo mais de 100 mil habitantes, além do governo nomeados na forma da Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensoria públicos federais;
d) Lei ordinária deve dispor sobre as eleições para a Câmara territorial e sua competência deliberativa;
e) As contas do governo do território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
# Poder Legislativo
Para Montesquieu, o corpo legislativo era composto pelo parlamento de natureza bicameral, sendo uma delas representante do povo e a outra, da nobreza. Isso de modo a permitir que uma câmara pudesse frear a outra de maneira autônoma.
No Brasil uma câmara representa o povo e a outra os estados membros da Federação.
A ideia de representação merece ser previamente comentada, de forma estabelecer distinções entre mandato de direito privado e o público. Para tanto, Pinto Ferreira ensina que nas relações políticas atuais a representação se resume em manifestações de vontades emanadas por diversos indivíduos ou grupos; estes teriam a mesma força e produziriam os mesmo efeitos que se elas emanassem diretamente dos cidadãos. A delegação, por tanto, é conceito de direito privado; a representação política prendem-se às exigências socioculturais de casa época histórica.
Entre as tarefas distribuídas aos Poderes, o Legislativo guarda como principal função a elaboração de normas gerais e abstratas. Contudo, suas atribuições não se encerram aí. Ele também tem sob sua responsabilidade a fiscalização orçamentária, o julgamento do presidente da República, entre outras funções. Todas elas circunscritas constitucionalmente.
# Funções típicas e atípicas legislativas
Para a teoria de Montesquieu, o corpo de representante também não deve ser escolhido para tomar solução ativa, coisa que não faria bem; mas para fazer leis, ou para verificar se executaram corretamente as leis que ele fez, coisa que ele pode fazer muito bem, e que só ele pode fazer muito bem, e que só ele pode fazer bem.
Cada um desses “poderes” possui funções que lhe são próprias e lhe emprestam o nome (típicas), por outro lado, para garantir a independência e harmonia entre eles, as constituições lhe asseguram funções atípicas. Observe-se as funções atípicas do Legislativo:
Funções típicas – são diretamente ligadas à principal atividade do poder estatal, no caso legislativo, elaborar normas gerais e abstratas; assim, todas as espécies normativas estabelecidas no art. 59 da CF, exceto as medidas provisórias e leis delegadas, colocadas à disposição do chefe do Executivo, nos moldes constitucionalmente previstos. Outra função de fundamental importância realizada pelo Legislativo, à qual também se considera típica, é a possibilidade de fiscalizar as atividades dos demais poderes, mormente de Executivo, seja diretamente, seja por meio de sues órgão auxiliares, os tribunais de contas.
Função atípica - As funções atípicas constituem-se em administrar e julgar. A primeira ocorre, exemplificativamente, quando o Legislativo dispõe sobre sua organização e operacionalidade interna, provimento de cargos, promoções de seus servidores; enquanto a segunda ocorrerá, por exemplo, no processo e julgamento do Presidente da República por crime de responsabilidade.
No exercício de suas funções, os membros do Poder Legislativo estão resguardados por um protetivo rol de prerrogativas e imunidades; bem como por algumas incompatibilidades, como se analisará a seguir.
# Congresso nacional
O Poder Legislativo Federal é bicameral e exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos deputados386 e do Senado Federal387, diferentemente dos estaduais, distritais e municipais, onde é consagrado o unicameralismo (CF, arts. 27, 29 e 32). 
O bicameralismo do Legislativo Federal está intimamente ligado à escolha pelo legislador constituinte da forma federativa de Estado, pois no Senado Federal encontram-se, de forma paritária, representantes de todos os Estados-membros e do Distrito Federal, consagrando o equilíbrio entre as partes contratantes da Federação.
O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1.° de agosto a 15 de dezembro. Cada legislatura terá a duração de quatro anos, compreendendo quatro sessões legislativas388 ou oito períodos legislativos. 
A primeira hipótese constitucional de convocação extraordinária será feita pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-presidente da República. A segunda hipótese constitucional prevê a necessidade de urgência ou interesse público relevante e estão autorizados à proceder a convocação extraordinária: Presidente da República, Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, ou a maioria dos membros de ambas as Casas Legislativas. Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese de existirem medidas provisórias em vigor na data da convocação, quando então, deverão ser automaticamente incluídas, vedado o pagamento de parcela indenizatória em valor superior ao do subsídio mensal.
O órgão administrativo de direção do Congresso Nacional é sua Mesa. A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Assim, aplicando-se as regras constitucionais, e com base nos regimentos internos da Câmara, do Senado e do próprio Congresso, a Mesa do Congresso será composta pelo Presidente do Senado, 1.° Vice-presidente da Câmara, 2.° Vice-presidente do Senado, 1.° Secretário da Câmara, 2.° Secretário do Senado, 3.° Secretário da Câmara e 4.° Secretário do Senado. As mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal serão eleitas, respectivamente, pelos deputados federais e senadores da República, para mandato de dois anos, vedando-se a recondução parao mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
A Constituição Federal prevê, além de outros casos esparsos no próprio texto, que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: • inaugurar a sessão legislativa; • elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; • receber o compromisso do Presidente e do Vice-presidente da República; • conhecer do veto e sobre ele deliberar
# Câmara dos deputados
A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo395, eleitos pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal, sendo que o número total de deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar396, proporcionalmente à população. O sistema é proporcional quando a distribuição dos mandatos ocorre de maneira que o número de representantes em cada circunscrição eleitoral seja dividido em relação com o número de eleitores, de sorte que resulte uma proporção. Dessa forma, explica Pinto Ferreira, “a representação proporcional é um sistema através do qual se assegura aos diferentes partidos políticos no Parlamento uma representação correspondente à força numérica de cada um. Ela objetiva assim fazer do Parlamento um espelho tão fiel quanto possível do colorido partidário nacional".
O sistema proporcional consiste, portanto, no procedimento eleitoral que visa assegurar ao Parlamento uma representação proporcional ao número de votos obtido por cada uma das legendas políticas. Nas palavras de Mirabeau, como recorda Dieter Nohlen, o parlamento deveria ser um mapa reduzido do povo. Fixa independentemente da população, o número de quatro deputados para cada Território.
A aplicação do sistema proporcional deve ser disciplinada pela legislação ordinária399, que adotou o método do quociente eleitoral, consistente na divisão do total de votos válidos dados em candidatos pelo número de cargos em disputa.
O resultado dessa operação aritmética denomina-se quociente eleitoral. A partir disso, divide se o total de votos obtidos por cada uma das legendas pelo quociente, chegando-se, consequentemente, ao número de cadeiras obtidas por cada legenda.
Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
 • autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-presidente da República e os Ministros de Estado; 
• proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa;
 • elaborar seu regimento interno;
 • dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias401;
 • eleger dois membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
#Suplência e permanência no partido
 No caso de renúncia ou perda do mandato de deputado federal, deverá ser chamado para assumir a vaga na Câmara dos Deputados o suplente, assim eleito e diplomado. Anote-se que não perde a condição de suplente o candidato diplomado pela justiça eleitoral que, posteriormente, se desvincula do partido pelo qual se elegeu, uma vez que se deve observar rigorosamente a vontade popular, que à época das eleições lhe concedeu a suplência, bem como no atual ordenamento constitucional a mudança de partido não acarreta a perda do mandato do deputado (CF, art. 55), e, igualmente, não poderia acarretar a perda de suplência. Nesse sentido entende a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que afirma "em que pese o princípio da representação proporcional e a representação parlamentar federal por intermédio dos partidos políticos, não perde a condição de suplente o candidato diplomado pela justiça eleitoral que, posteriormente, se desvincula do partido ou aliança partidária pelo qual se elegeu. A inaplicabilidade do princípio da fidelidade partidária aos parlamentares empossados se estende, no silêncio da Constituição e da lei, aos respectivos suplentes".
#Senado federal
O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário, sendo que cada Estado e o Distrito Federal terão três senadores, com mandato de oito anos.
A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um ou dois terços do Senado Federal (CF, art. 46, § 2.°)
Compete privativamente ao Senado Federal:
 • processar e julgar o Presidente e o Vice-presidente da República nos crimes de responsabilidade bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica402, nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
 • processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; 
• aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
 a) magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; 
c) Governador de Território; 
d) presidente e diretores do Banco Central; 
e) Procurador-Geral da República;
 f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
• aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão de caráter permanente; 
• autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
• fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
• dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
#Função típica - fiscalização. Comissões parlamentares de inquérito 
O exercício da função típica do Poder Legislativo consistente no controle parlamentar, por meio de fiscalização, pode ser classificado em político-administrativo e financeiroorçamentário. Pelo primeiro controle, o Legislativo poderá questionar os atos do Poder Executivo, tendo acesso ao funcionamento de sua máquina burocrática, a fim de analisar a gestão da coisa pública e, conseqüentemente, tomar as medidas que entenda necessárias. Inclusive, a Constituição Federal autoriza a criação de comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, e serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, que deverá ser aprovado pela maioria, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
O exercício dessa função constitucional típica por parte do Congresso Nacional abrange não somente as contas de entidades públicas no âmbito dos Poderes de Estado e do Ministério Público, mas também todas as contas das pessoas físicas ou entidades públicas ou privadas que utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou administrem dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária; e caracteriza-se pela sua natureza política, apesar de estar sujeito à prévia apreciação técnico-administrativa do Tribunal de Contas.
Assim, os poderes investigatórios das Comissões Parlamentares de Inquérito compreendem:
 • possibilidade de quebra de sigilo bancário, fiscal e de dados
• oitiva de testemunhas, inclusive com a possibilidade de condução coercitiva: as comissões podem determinara oitiva de qualquer pessoa, funcionário público - inclusive Ministros de Estado - ou particular, desde que seja necessário para a investigação. Ninguém pode escusar-se de comparecer à comissão parlamentar de inquérito para depor.
• ouvir investigados ou indiciados: Nessas oitivas, a Constituição Federal consagra o direito ao silêncio, inafastável inclusive pelas Comissões Parlamentares de Inquérito415 , pois o investigado não poderá ser obrigado a depor contra si mesmo;
 • realização de perícias e exames necessários à dilação probatória, bem como requisição de documentos e busca de todos os meios de provas legalmente admitidos
• determinar buscas e apreensões: as CPIs possuem, genericamente, o poder de determinar as autoridades policiais e administrativas a realização de buscas e apreensões de documentos necessários às investigações.
Dessa forma, não poderão as Comissões Parlamentares de Inquérito: 
• decretar quaisquer hipóteses de prisão, salvo as prisões em flagrante delito
• determinar a aplicação de medidas cautelares, tais como indisponibilidade de bens, arrestos, sequestro, hipoteca judiciária, proibição de ausentar-se da comarca ou do país.
• proibir ou restringir a assistência jurídica aos investigados: tendo a Constituição Federal consagrado, em seu art. 133, como princípios constitucionais a indispensabilidade e a imunidade do advogado, não poderão as CPIs, impedir que os investigados façam-se acompanhar de seus advogados, nem tampouco cercear-lhes o exercício da atividade profissional, desde que nos parâmetros delimitados pela legislação em vigor e pela própria natureza inquisitiva do inquérito parlamentar, onde inexiste o contraditório.
# Imunidades materiais
A Constituição Federal prevê serem os deputados e senadores invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (art. 53, caput)430, no que a doutrina denomina imunidade material ou inviolabilidade parlamentar. A imunidade material implica subtração da responsabilidade penal, civil, disciplinar ou política do parlamentar por suas opiniões, palavras e votos. Explica Nélson Hungria que, nas suas opiniões, palavras ou votos, jamais se poderá identificar, por pane do parlamentar, qualquer dos chamados crimes de opinião ou crimes da palavra, como os crimes contra a honra, incitamento a crime, apologia de criminoso, vilipêndio oral a culto religioso etc., pois a imunidade material exclui o crime nos casos admitidos; o fato típico deixa de constituir crime, porque a norma constitucional afasta, para a hipótese, a incidência da norma penal.
.# Abrangência da imunidade material 
Independentemente da posição adotada, em relação à natureza jurídica da imunidade, importa ressaltar que da conduta do parlamentar (opiniões, palavras e votos) não resultará responsabilidade criminal, qualquer responsabilização por perdas e danos 432 , nenhuma sanção disciplinar, ficando a atividade do congressista, inclusive, resguardada da responsabilidade política, pois trata-se de cláusula de irresponsabilidade geral de Direito Constitucional material.
#ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS IMUNIDADES, IMPEDIMENTOS, INCOMPATIBILIDADES... Art. 53 a 56 da CF (extensível aos Deputados Estaduais, Deputados Distritais e, em parte, aos Vereadores); 
#Imunidade material: a imunidade material é prerrogativa concedida aos parlamentares para o exercício de sua atividade com a mais ampla liberdade de manifestação, por meio de palavras, discussão, debate e voto; tratando-se, pois, a imunidade, de cláusula de irresponsabilidade funcional do congressista, que não pode ser processado judicial ou disciplinarmente pelos votos que emitiu ou pelas palavras que pronunciou no Parlamento ou em uma das suas comissões. A imunidade parlamentar material só protege o congressista nos atos, palavras, opiniões e votos proferidos no exercício do ofício congressual, sendo passíveis dessa tutela jurídico constitucional apenas os comportamentos parlamentares cuja prática possa ser imputável ao exercício do mandato legislativo. A garantia da imunidade material estende-se ao desempenho das funções de representante do Poder Legislativo, qualquer que seja o âmbito dessa atuação - parlamentar ou extraparlamentar - desde que exercida ratione muneris. Dessa forma, estão excluídas as manifestações que não guardem pertinência temática com o exercício do mandato parlamentar.
No tocante à extensão da imunidade material, serão beneficiados os parlamentares, nunca as pessoas que participam dos trabalhos legislativos, sem contudo exercerem mandato. Esta extensão, porém, é absoluta e perpétua, não podendo o parlamentar ser responsabilizado por seus votos, palavras e opiniões praticados no exercício do mandato, mesmo depois que tenha cessado o seu mandato.
As imunidades parlamentares surgiram como reforço à democracia – garantir o desempenho livre do mandato; Não podem ser renunciadas, nem mesmo por declaração expressa (é da função e não da pessoa); Não subsistirão se o parlamentar, espontaneamente, se afastar para exercer cargo executivo;
 São prerrogativas da função para cumprimento do mandato. Podem ser:
 a. Material, real ou substantiva (Art. 53 caput): Inviolabilidade – Exclusão da prática do crime (e irresponsabilidade no campo civil) por opiniões, palavras e votos no exercício do mandato;
 b. Processual, formal ou adjetiva (Art. 53 §1o ao 5o ): Estabelece regras sobre prisão e processo criminal; a) EC 35 começou no Senado e não respeitou o interstício mínimo para votação em dois turnos. Houve MS e o STF entendeu que era matéria interna corporis.
 IMUNIDADE MATERIAL: Para crimes de opinião ou crimes contra honra;
 Em razão de suas funções parlamentares, no exercício e relacionadas ao mandato.
 Local: Pode estar fora da Casa Legislativa, neste caso, analisa-se a relação de pertinência com a atividade parlamentar;
 Âmbito: Gera irresponsabilidade penal, civil, política (pode gerar perda do mandato por abuso das prerrogativas – Art. 55 II §1o ) e administrativa;
# IMUNIDADE FORMAL: Relacionada à prisão ou ao processo;
 PARA A PRISÃO (Art. 53 §2o ): A partir da diplomação (antes da posse); A diplomação é o atestado que garante a regular eleição (termo inicial);
· Âmbito civil: Impede a prisão civil por dívida nas hipóteses constitucionais (Art. 5o LXVII); 
· Âmbito penal: Impede a prisão temporária, flagrante delito de crime afiançável, pronúncia, preventiva e por sentença condenatória recorrível; Cabe ressaltar que o STF admite a prisão se a ordem de prisão for decorrente de sentença transitada em julgado (ver as conseqüências à frente); Não impede a investigação em inquérito policial; 
· EXCEÇÃO: Prisão em flagrante delito inafiançável (exemplo: Art. 5o XLII, XLIII e XLIV), a Casa deliberará em 24horas sobre a manutenção da prisão (Art. 53 §2o ). 
· Votação: Aberta ou ostensiva (princípio da transparência); 
· Quorum: Para a soltura do parlamentar exige-se quorum qualificado por maioria absoluta; 
· Conteúdo: Decisão política; não se avaliam as provas até então obtidas; 
PARA O PROCESSO (Art. 53 §3o ): A EC 35 acabou com a impunidade que reinava, ou seja, não se admite mais a impunidade pela falta de deliberação; Ressalte-se que as imunidades nunca impediram a abertura de inquérito, processos de natureza civil, disciplinar e administrativo; 
Funcionamento atual (Art. 53 §3 a 5o ) – aplica-se aos processos que estavam em curso:
 1. O Judiciário (Congressistas é competência do STF) recebe a denúncia sem prévia licença da Casa (§3o ). 2. Dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado poderá sustar o andamento da ação (§3o ); 
i. Quorum: Maioria absoluta para a sustação; 
ii. Tempo: Até a decisão final por parte do judiciário; André Alencar dos Santos Direito Constitucional 
3. O pedido será apreciado pelo prazo improrrogável de 45 dias, o prazo só contará a partir do momento que a Mesa Diretora receber o pedido de sustação e não a partir do conhecimento do processo; A não deliberação após recebido o pedido gera o mesmo efeito da negativade sustação (§4o );
 i. Se sustado: Suspende a prescrição enquanto durar o mandato ou os mandatos sucessivos (§5o );
 1. Se houver concursos de agentes o processo será desmembrado para que a prescrição não corra a favor do co-autor ou partícipe;
 ii. Se não sustado o processo prossegue no Judiciário; A condenação criminal transitada em julgado não importa a perda imediata do mandato, apesar da suspensão dos direito políticos (Art. 55 VI cc §2o ); Ressaltese que outra condenações que gerem a perda ou suspensão de direitos políticos gerará a perda automática do mandato (Art. 55 IV cc §3o ); 
Crimes praticados antes da diplomação: Não há qualquer imunidade, portanto o Judiciário nem dá ciência do recebimento da denúncia ou queixa-crime – não cabe sustação; Estado de sítio: Subsistem as imunidades, exceto de dois terços votarem pela suspensão;
Suplentes: STF entende que não possuem tais prerrogativas
PROCESSO LEGISLATIVO - Arts. 59 – 69 da CF/88
# INTRODUÇÃO:
Processo Legislativo é o conjunto de atos predestinados à criação de normas de Direito.
Procedimento legislativo = modo pelo qual os atos do processo legislativo se realizam.
Quem direciona os caminhos do Processo Legislativo é o Legislador Constituinte, visto só a Constituição se subordinarem; por isso são designados atos primários. Os princípios básicos do processo legislativo são de observância obrigatória pelas constituições estaduais e leis orgânicas municipais (P. da Simetria).
1 – São espécies normativas (Art. 59):
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII – resoluções (do CN).
# ESPÉCIES DE PROCESSO LEGISLATIVO:
1. Ordinário, normal ou comum: destinado à elaboração de leis ordinárias e complementares.
2. Sumário: aplica-se aos pl de iniciativa do Presidente da República (exceto os Códigos), cuja mensagem de encaminhamento traga solicitação presidencial no sentido de urgência (art. 64, §§ 1º ao 4º, CF).
3. Sumaríssimo: quando tratar de matéria de relevante e inadiável interesse nacional. Neste procedimento, todas as formalidades regimentais, inclusive prazos, pareceres e publicações, exceto o quorum, são dispensáveis (art. 155 do Regimento Interno (RI) da CD, e art. 336, “a” e “b” do RI-SF).
4. Especial: destinado à elaboração de outras normas, com ritos distintos, tais como Emendas à Constituição (art. 60, CF).
#- FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO:
 INICIATIVA: art. 61 - É a apresentação do projeto. Contudo, deve-se observar quem tem legitimidade paraapresentar o projeto. A iniciativa, dependendo da matéria a que se refira, pode ser:
a) Concorrente, geral ou comum: art. 61, caput. Pertence, simultaneamente, a vários órgãos e pessoas do Poder Legislativo, ao Presidente da República, ao STF, aos Tribunais Superiores, ao Procurador Geral da República e aos cidadãos. Os Tribunais e o PGR têm competência para propor assuntos de seus interesses.
b) Reservada, exclusiva ou privativa: Quando a Constituição designa uma ou mais pessoas capacitadas para a provocação do processo legislativo. As hipóteses constitucionais são: art. 61, § 1º; art. 93; art. 96, II; 127, § 2o
c) Popular: A iniciativa popular é um dos instrumentos democráticos previstos na CF/88, onde a população pode propor projetos de leis ordinárias e complementares, de acordo com o § 2º do art. 61- A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Vide arts. 14, III e 29, XIII.
d) Atribuída ou parlamentar: Quando a CF atribui iniciativa exclusivamente aos componentes do Poder Legislativo, sendo que, estes poderão exercê-la concorrentemente. É a possibilidade prevista nos arts. 52, XII e 51, IV.
e) Iniciativa Conjunta: art. 48, XV c/c art. 96, II, b, CF.
#FASE CONSTITUTIVA - DISCUSSÃO / EMENDAS AO PROJETO DE LEI:
Esta fase ocorre nas duas Casas, a Iniciadora e a Revisora.
Quando a iniciativa partir do Presidente da República, dos Tribunais Superiores e STF, de Deputado Federal, Comissão da CD, do PGR ou povo, o projeto deverá ser apresentado na Câmara dos Deputados, de acordo com o art. 64 da CF. No Senado só iniciarão projetos de lei propostos pelos Senadores ou Comissão do SF. A Casa onde o projeto é apresentado é chamada de Casa Iniciadora. A outra Casa é chamada de Casa Revisora (arts. 61, §2º, e 64, CF). As discussões ocorrem, a rigor, em duas sedes:
 Casa Iniciadora - o projeto passará primeiro pela aprovação das Comissões Permanentes, como a CCJ, que tanto na CD como no SF tem no seu parecer força terminativa; posteriormente passa pelas comissões temáticas para depois ser levado à discussão e votação no plenário, se a matéria for assim determinada pelo Regimento Interno. Poderá, o projeto, ser discutido e votado nas comissões permanentes, sem, necessariamente, ser levado a plenário, desde que respeitado o regimento interno e não havendo recurso de um décimo dos membros da Casa (art. 58, §2º, I, CF).
Casa Revisora – art. 65 da CF.
a) Aprovar o projeto. Neste caso, será enviado para sanção e promulgação do Presidente da República.
b) Emendar o projeto. Neste caso, deverá devolvê-lo à Câmara Iniciadora para que se aprecie a emenda, vedada a apresentação de emenda à emenda (subemenda).
c) Rejeitar o projeto. Será arquivado, só podendo ser reapresentado na mesma sessão legislativa (anual), mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das casas do Congresso Nacional;
· DELIBERAÇÃO: 
Somente podem apresentar emendas os titulares da iniciativa parlamentar, pois essa tarefa é função precípua do Poder Legislativo. Se os titulares da iniciativa extraparlamentar quiserem modificar o projeto apresentado, terão que apresentar um novo projeto, retirando o antigo. Quando a emenda for proposta na Casa Revisora, o projeto é retornado à Casa de origem (art. 65, par. ún., CF), onde se discutirão as alterações, sendo proibida qualquer subemenda (nova alteração). Portanto, nem sempre o projeto chegará ao Presidente da República aprovado uniformemente pelas duas Casas do Poder Legislativo. Uma vez rejeitado o projeto na Casa Revisora, será ele arquivado (art. 65).
Art. 67: se o projeto de lei for rejeitado, para que possa ser reapresentado na mesma sessão legislativa, é necessária a assinatura da maioria absoluta de qualquer das Casas Legislativas (iniciativa reservada à maioria absoluta de qualquer das casas).
- Projeto depositado – é quando o projeto é entregue na primeira casa para votação.
- Projeto autografado – é feito pelo Presidente da Casa que encerra a deliberação parlamentar e declara que o projeto está pronto para seguir para a deliberação executiva.
Obs. A Casa que faz a deliberação principal fica em situação de primazia, porque, quando o projeto sai da Deliberação Revisional, tendo sofrido emendas, passa, novamente, na Casa que fez a Deliberação Principal e esta poderá: concordar com a emenda ou manter a sua vontade inicial. Na maioria das vezes quem faz a deliberação principal é a Câmara de Deputados porque inicia a votação de todos os projetos de iniciativa dos membros da casa, bem como os de iniciativa extraparlamentar.
· SANÇÃO OU VETO:
De acordo com o art. 66 da CF, sanção é a anuência (aquiescência) do Presidente da República ao projeto de lei - freios e contrapesos. Ela poderá ser expressa (quando lançada no projeto) ou tácita (manifestada pelo silêncio – 15 dias) - §3º do art. 66 . A Sanção não sana vicio formal de iniciativa.
Veto é, ao contrário, a negatória de aquiescência ao projeto de lei, sendo motivado por inconstitucionalidade (veto jurídico – controle preventivo de inconstitucionalidade) ou contrário ao interesse público (veto politico).
Salienta-se que o que se veta é o projeto de lei, e não a lei.
Conforme o §1º do art. 66, o veto pode ser total ou parcial e deve sempre ser motivado. O veto parcial deveobedecer ao §2º, onde abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
O §4º traz a possibilidade de suprimento do legislativo ao veto presidencial, pelo voto da maioria absoluta de cada uma das Casas reunidas em sessão conjunta, em 30 dias, contados do recebimento pelo Presidente do Senado. É por isso que se afirma que no Brasil o veto é relativo e não absoluto. Sendo o veto derrubado, o Presidente do Congresso Nacional encaminha o projeto de lei que teve seu veto derrubado ao Presidente da República para promulgação.
Se o veto não for apreciado neste prazo de 30 dias, ele será incluído na ordem do dia, com votação preferencial às demais matérias, salvo as medidas provisórias (§6º).
· AUTÓGRAFO OU CERTIFICAÇÃO
É a chancela, certificação de que o projeto de que o Presidente irá sancionar ou vetar saiu do Congresso Nacional. Esta fase está dentro dos regimentos das casas legislativas. Com ela, evita-se fraudes
· PROMULGAÇÃO:
É através da promulgação que a lei passa a existir no mundo jurídico.
A competência para promulgação da lei é do Presidente da República, tendo para tal um prazo de 48 horas a partir da sanção (tácita ou expressa) ou da superação do veto. Se o Presidente da República não realizar a promulgação, a competência para tal é repassada, sucessivamente, ao Presidente e Vice-Presidente do Senado Federal (§7º), em 48h.
· PUBLICAÇÃO:
É o ato que visa levar ao conhecimento público a existência da lei, através de jornal oficial. A partir da publicação ou com o transcurso da vacatio legis, a lei produz eficácia (LINDB, art. 1º) e finaliza o processo legislativo, ou seja, salvo exceção prevista expressamente em lei, o período de vacância é de quarenta e cinco (45) dias.
# ESQUEMA PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO:
#- PROCEDIMENTO SUMÁRIO OU ABREVIADO (art. 64, § 1º a 4º)
Indicado para hipóteses de pressa administrativa em razão da matéria, perdeu importância com a MP. É incompatível com os projetos de Código. É regime de urgência.
Presid. Rep. - só ele pode pedir urgência. - inic. geral Câmara de Deput.(45dias)
Senado Federal(45dias)
a) rejeita - arquivo
b) aprova s/ alterar –vai para 3º fase
c) emenda – volta a CD para deliberar.- em tese o procedimento teria o prazo de 100 dias. - desobedecidos os prazos ocorre a obstrução da pauta.
- não correm no recesso 10 dias, sob pena de obstrução de pauta.
PROCESSO LEGISLATIVO ESPECIAL
# EMENDAS À CONSTITUIÇÃO – art. 60, CF:
São as alterações no texto constitucional, sendo manifestação do poder constituinte derivado. Possuem a mesma natureza e força hierárquicas das normas constitucionais, porém, por ser produto do Congresso Nacional e não do Poder Constituinte originário sofrem limitações:
- Limitações materiais ou substanciais:
É a proibição de abolir determinados dispositivos da Constituição. Pode ser:
- explícita, que é aquela declarada - art. 60, § 4º, CF.
Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir (núcleo
essencial):
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.”
- implícita, que é aquela limitação não escrita, mas que decorre do próprio sistema. Por exemplo, não se admite qualquer emenda que tenha por fim abolir o art. 60, § 4º da CF (dupla revisão). Não se admite também qualquer emenda que venha reduzir a competência dos Estados, pois isso tende a abolir a federação.
Não se pode, da mesma forma, numa emenda, admitir a perpetuidade dos mandatos, porque a temporariedade é princípio republicano. Alteração do titular do poder constituinte derivado reformador (sob pena de afrontar a Separação dos Poderes da República).
- Limitações formais ou procedimentais: 60, I a III e §§ 2º, 3º e 5º;
Faz com que a nossa constituição seja rígida, sendo o processo mais trabalhoso e dificultoso Surge da legitimidade de iniciativa (art. 60, I,II e III); do quórum para discussão e aprovação (art. 60, § 2º); da casa onde deve ser apresentado o projeto (art. 64); do órgão promulgador (art. 60, § 3º); e da proibição de reelaboração e apresentação de projeto na mesma sessão legislativa em que ele tenha sido rejeitado (art. 60, § 5º).
Limites subjetivos: proposta de 1/3 da Câmara, ou de 1/3 do Senado, do Presidente da República ou de mais da metade das Assembléias Legislativas (maioria relativa em cada uma delas).
Limites objetivos: Será discutida e votada em cada uma das casas, em dois turnos, devendo ter em cada turno o voto de 3/5 dos respectivos membros. Sendo aprovada sem que haja sanção ou veto, a emenda será promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado.
Qualquer alteração promovida por uma Casa ao texto aprovado pela outra, é como se fosse nova proposta, de maneira que o projeto deve ser totalmente votado pela Casa que recebe a nova redação.
As Emendas de Revisão, que já não mais vigoram em nosso ordenamento atual - por terem ocorrido e produzido todos os seus efeitos, foram previstas no art. 3º do ADCT, onde se exigia que o texto constitucional existisse ao menos há 05 anos, e as deliberações eram realizadas por maioria absoluta, em votação única e unicameral.
- Limitações circunstanciais: 60, §1º
Desde 1934 estatui-se um tipo de limitação ao poder de reforma, qual seja a de que não se procederá à reforma na vigência do estado de sítio; a CF vigente veda emendas na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou estado de sítio (art. 60, § 1º). Surge da proibição de alteração nos momentos de instabilidade ou intranqüilidade social.
- Limitações temporais: não são comumente encontráveis na história constitucional brasileira; só a do Império estabeleceu esse tipo de limitação; visto que previa, que somente após um certo tempo estabelecido, é que ela poderia ser reformada (no caso 4 anos). Aparece quando existe proibição de reforma durante certo espaço de tempo.
#- LEIS COMPLEMENTARES – arts. 59, II e 69:
Toda lei complementa a Constituição. Contudo, a lei complementar é aquela com características formais, consistindo sobre matéria diferente do campo de atuação das demais espécies normativas, matérias expressamente estabelecidas pela Constituição, em razão de sua relevância.
O procedimento para aprovação das leis complementares segue o mesmo das ordinárias, inclusive com a fase de sanção ou veto do Presidente da República, mas a diferença se estabelece no quórum especial exigido na sua aprovação (art. 69, CF) – maioria absoluta.
# LEIS ORDINÁRIAS
São aquelas que não possuem campo de abrangência específico, trata de matéria residual, podendo regular qualquer matéria que não seja limitada pelos adjetivos “complementar” e os casos previstos nos arts. 49, 51 e 52.
# DECRETOS LEGISLATIVOS
São aquelas normas em que a competência é exclusiva do Congresso Nacional. Em regra, produz efeitos externos, fora do Congresso Nacional. O seu conteúdo é basicamente as matérias previstas no art. 49 da CF. A promulgação é realizada pelo Presidente do Senado Federal.
#RESOLUÇÕES
São atos de competência exclusiva tanto do Congresso Nacional, Senado Federal como da Câmara dos Deputados. Em regra, produz efeitos dentro de cada casa legislativa.
Não estão sujeitas à sanção presidencial. A promulgação é realizada pela Mesa da Casa Legislativa que as expedir. Em se tratando de resolução do Congresso Nacional, é promulgada pelo presidente do Senado Federal. Art. 68, §2º, CF - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
#LEIS DELEGADAS
São leis editadas pelo Presidente da República, através de delegação recebida pelo Congresso Nacional (através de resolução, §2º do art. 68), que o qualifica para editar a norma em conformidade com o art. 68 da CF.
Matérias que não poderão ser delegadas: as de competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49); as de competência exclusiva da Câmara dos Deputados (art. 51); as de competência exclusiva do Senado (art. 52); as reservadas à lei complementar e as leis de organização do PoderJudiciário, e do Ministério Público; legislação sobre nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos, eleitoral, planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamento.
Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. (Delegação atípica)
Se o presidente da república exceder aos limites da delegação, o congresso nacional poderá sustar tais atos por Decreto Legislativo - Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
#MEDIDAS PROVISÓRIAS – Art. 62
Medida provisória não é lei em sentido formal, mas é lei em sentido material, sendo um ato normativo de competência do chefe do executivo, que não pode aguardar o devido processo legislativo em sua completitude.
Requisitos: relevância e urgência.
· Origem - existe, em regra, em Estados que adotam o sistema de governo parlamentarista. Previstas no art. 62 do Constituição, as MP’s são verdadeiras exceções ao princípio de que compete ao Poder Legislativo a função legiferante.
· Procedimento
- Seqüência dos atos: editada a MP pelo PR sobre qualquer matéria, publicada no DO, passa a ter vigência e eficácia, com força de lei mas, depende de aprovação do CN, sendo possíveis as seguintes hipóteses:
a) MP aprovada: se transforma em LO, promulgada pelo Pres. do CN, dispensa sanção.
b) rejeitada: é ato declaratório, a MP deixa de existir desde sua publicação (ex tunc). As relações jurídicas o período em que vigorava a MP posteriormente rejeitada serão disciplinadas pelo CN, por Decreto Legislativo.
c) decurso do prazo: decorrido o prazo (60 dias, prorrogável uma vez por igual período) sem manifestação do CN a MP está rejeitada (aprovação só expressa). É possível reedição com o mesmo número só mudando o dígito, colocando cláusula de convalidação.
d) emendada: aprovado o projeto de lei com as alterações teremos o Projeto de lei de conversão – em substituição à MP - daí em diante segue o rito ordinário (sanção e veto)
Exceções ao efeito ex tunc da rejeição da MP ou perda de sua eficácia - §§ 11 e 12 do art. 62 - caso não seja editado o decreto legislativo regulamentador até 60 dias após a rejeição ou perda de eficácia da MP, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da MP rejeitada ou não apreciada no prazo legal, conservar-se-ão por ela regidas (efeito ex nunc). 
Por outro lado, caso seja aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta se manterá integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. Regime de Urgência - se a MP não for apreciada em até 45 dias contados da sua publicação, entrará em regime de urgência Proibição de reedição de MP’s - vedada expressamente, na mesma sessão legislativa.
· Vedações materiais
(I) relativa a (a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; (b) direito penal, processual penal e processual civil; (c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; (d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3° (abertura de créditos extraordinários para atender despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública);
(II) que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; (III) reservada a lei complementar; (IV) já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
· Medida provisória em matéria tributária (princípio da anterioridade) - a medida provisória que implique em instituição ou majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada (§ 2°, art. 62), exceto no caso do (a) imposto de importação, (b) imposto de exportação, (c) imposto sobre produtos industrializados (IPI), (d) imposto sobre operações financeiras (IOF) e os impostos extraordinários de guerra, tendo em vista que estes impostos são excepcionados da regra do princípio da anterioridade. (art. 150, § 1° da CF).
· Estados e municípios – Possibilidade de edição de MP’s
- MP Estadual – é possível, desde que tenha previsão na constituição estadual (Art. 25, § 2 da CF) 
· Medidas provisórias e controle de constitucionalidade - a MP está sujeita ao controle de constitucionalidade, porque se trata de ato “com força de lei”, portanto a ela equiparado.
A exceção ao controle de constitucionalidade, segundo entendimento do STF, se dá em relação aos requisitosda relevância e urgência, sob pena de invasão da esfera discricionária do Executivo.
· MP contrária a uma lei - não lhe revoga somente lhe suspende a eficácia (continua vigente, mas, ineficaz). Não se trata de anomia (falta de lei) ou repristinação (restabelecimento de vigência).
 FUNÇÃO FISCALIZADORA
Existe a fiscalização econômico-financeira desenvolvida em auxílio com o TCU, conforme arts. 70 a 75, da CF. Outrossim, também se desempenha a fiscalização político-administrativa, realizada pelas CPIs, conforme art. 58, § 3º.

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