Buscar

minicurso_preparo_padronizacao_solucoes

Prévia do material em texto

MINICURSO 
PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES 
FÁBIO IACHEL DA SILVA 
23/03/2016 
 IMPORTÂNCIA DO PREPARO CORRETO DAS SOLUÇÕES; 
 
 UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DE SOLUÇÕES: 
 g/L, porcentagem (%), mg/dL, partes por milhão (p.p.m.), mol/L (M); 
 
 CÁLCULOS PARA O PREPARO DE SOLUÇÕES; 
 
 CUIDADOS GERAIS: SECAGEM DO SOLUTO, PESAGEM, 
LIMPEZA E CALIBRAÇÃO DAS VIDRARIAS, TEMPERATURA, ETC; 
 PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES: DEFINIÇÃO E PADRÕES 
PRIMÁRIOS; 
 VOLUMETRIA OU TITRIMETRIA: ÁCIDO-BASE; PRECIPITAÇÃO, 
COMPLEXAÇÃO E OXIRREDUÇÃO; 
 ATIVIDADE PRÁTICA: PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE 250 mL 
DE SOLUÇÃO DE NaOH A 0,1 MOL/L 
DEFINIÇÕES: SOLUÇÃO É UM SISTEMA HOMOGÊNEO 
CONSTITUÍDO POR PELO MENOS DUAS SUBSTÂNCIAS 
DIFERENTES. TODA SOLUÇÃO É COMPOSTA POR: 
 
SOLUTO: SUBSTÂNCIA EM MENOR QUANTIDADE 
 
SOLVENTE: SUBSTÂNCIA EM MAIOR QUANTIDADE 
IMPORTÂNCIA DO PREPARO CORRETO DAS SOLUÇÕES 
 Tese de doutorado em FQ (IQ-UNESP); 
 
 Salgadinhos extrusados com pimenta; 
 
 Farmacêutica formada na USC. 
UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DE SOLUÇÕES 
O termo “concentração” é freqüentemente 
empregada para indicar a quantidade de uma 
substância em um volume definido de solução. 
 
Geralmente é expressa em: 
g/L (gramas por litro) 
 % (por cento) ou %(v/v), %(m/m) g/100g 
mg/dL (miligramas por decilitro) 
partes por milhão (p.p.m.) 
mol/L (M) ou molar 
Outras (ºGL, ºINPM, Brix, μmol/mL, p.p.b., p.p.t., Normal, etc.) 
IMAGENS DE RÓTULOS 
IMAGENS DE RÓTULOS 
IMAGENS DE RÓTULOS 
CÁLCULOS PARA O PREPARO DE SOLUÇÕES 
 Preparar meio litro de Al2(SO4)3 a 5g/L (5 gramas por litro): 
 
 5,0 g ----- 1 L 
 
 X ------- 0,5 L 
 
1.X = 5,0 . 0,5 
 
X= 2,5 
ENTÃO BASTA PESAR 2,5 GRAMAS DO SOLUTO 
E DISSOLVER NUM TOTAL DE 500 mL. 
 Preparar 2 Litros de NaCl a 0,9% (m/v) = (0,9 g/100mL): 
 
 0,9 g ----- 100 mL 
 
 X ------- 2000 mL 
 
100.X = 0,9 . 2000 
X= 1800 / 100 
X= 18 g 
ENTÃO BASTA PESAR 18 GRAMAS DO SOLUTO 
E DISSOLVER NUM TOTAL DE 2 LITROS. 
CÁLCULOS PARA O PREPARO DE SOLUÇÕES 
 Preparar 1 litro de Glicose a 100mg/dL (100 miligramas 
por decilitro): 
 
 0,100 g ----- 0,1 L 
 
 X --------- 1 L 
 
0,1.X = 0,1 . 1 
 
X= 0,1 / 0,1 = 1 
ENTÃO SE PESAR 1,0 G DE GLICOSE E DISSOLVER PARA 
UM TOTAL DE 1000 mL DE SOLUÇÃO, TEREMOS 100 mg/dL. 
CÁLCULOS PARA O PREPARO DE SOLUÇÕES 
 Preparar 500 mL de solução padrão de Cobre 
a 1000 ppm (1000 partes por milhão): 
Obs: 1000 ppm = 1000 mg/L (ou 1 g/L) 
OPÇÃO 1: a partir do cobre puro. Pesar 0,5000 g (+/- 0,0005) de 
cobre metálico (em fio, aparas ou pó), dissolver em HNO3 em 
ebulição (na capela), resfriar e transferir quantitativamente para 
um balão volumétrico de 500 mL, completar o volume com água 
deionizada até a marca de aferição. 
OPÇÃO 2: a partir do sal CuSO4 .5H2O. 
CuSO4 .5H2O Cu
0 
 249,5 g 63,5 g 
 X 0,5g X= 1,9646 g 
CÁLCULOS PARA O PREPARO DE SOLUÇÕES 
 PREPARAR 250 mL DE KCl A 3 M (3 MOL/L): 
 
K= 39; Cl= 35,5 → MASSA MOLECULAR = 74,5 (74,5 g por mol) 
 
ENTÃO: SE FOSSEMOS P/ PREPARAR 1 LITRO A 3 MOLAR: 
 74,5g x 3 = 223,5g. COMO SÓ PRECISAMOS DE 250 mL, 
BASTA DIVIDIR ESTE VALOR POR 4. ENTÃO 223,5 / 4 = 58,875 g. 
 FACILITANDO O CÁLCULO DA MOLARIDADE: 
 
M = m . Onde: M= MOLARIDADE DA SOLUÇÃO; 
 MM.V m = MASSA DO SOLUTO (g); 
 MM= MASSA MOLECULAR; 
 V= VOLUME (em LITRO) 
CÁLCULOS PARA O PREPARO DE SOLUÇÕES 
 Preparar 2 Litros de Ca(NO3)2 a 0,1 M (0,1 mol/L): 
 
Ca= 40; N= 14(x2), O=16 (x6=96) → MASSA MOLECULAR = 164 (164 g 
por mol) 
 
ENTÃO: SE FOSSEMOS P/ PREPARAR 1 LITRO A 0,1 MOLAR: 
 164g x 0,1 = 16,4g. COMO PRECISAMOS DE 2 L, 
BASTA ESTE VALOR POR 2. ENTÃO 16,4 / 2 = 32,8 g. 
ENTÃO BASTA PESAR 32,8 GRAMAS DO SOLUTO E 
DISSOLVER NUM TOTAL DE 2 LITROS. 
CÁLCULOS PARA O PREPARO DE SOLUÇÕES POR 
 MEIO DA DILUIÇÃO DE UMA MAIS CONCENTRADA 
EXEMPLO: Preparar 200 mL de HNO3 a 0,5 M a partir do HNO3 a 2 M 
 
FORMULA PARA DILUIÇÃO: C1.V1 = C2.V2 
 
Então, substituindo: 2.V1 = 0,5.200 
V1= 100 / 2 
V1= 50 (mL) 
ENTÃO BASTA PIPETAR 50,0 mL DA SOLUÇÃO DE HNO3 a 2M, 
TRANSFERIR PARA UM BALÃO VOLUMÉTRICO DE 200 mL 
E COMPLETAR COM ÁGUA DEIONIZADA ATÉ O MENISCO. 
 CUIDADOS GERAIS: 
 
SECAGEM DO SOLUTO; 
 
PESAGEM; 
 
LIMPEZA DAS VIDRARIAS; 
 
CALIBRAÇÃO DAS VIDRARIAS; 
 
AJUSTE DA TEMPERATURA; 
 
ACERTO DO MENISCO; 
 
ROTULAGEM CORRETA 
 
ERRO DE PARALAXE 
 PROBLEMAS DE ROTULAGEM 
 
 CASO VERA CRUZ 
O Caso Vera Cruz ficou conhecido no Brasil todo por causa da 
morte de três pessoas no dia 28 de janeiro após a realização de 
exames de ressonância magnética com uso do contraste no 
Hospital Vera Cruz. A hipótese do contraste foi descartada após 
vários testes. Exame toxicológico convencional deu resultados 
negativos. Após constatação anatomopatológica de que as 
mortes foram provocadas por embolia gasosa, várias outras 
substâncias foram testadas, sem sucesso, pela equipe do CCI. 
O laudo da Unicamp e do Instituto de Criminalística (IC) constatou 
o uso de perfluorocarbono na veia dos pacientes, o que causou 
embolia gasosa e parada cardiorrespiratória nos pacientes. 
PERFLUOROCARBONO 
Ao pressionar sobre mais informações, descobriu-se um pista vital: 
antes do exame de ressonância magnética nos pacientes, houve uma 
pesquisa de próstata no hospital e a substância usada nesse tipo de 
pesquisa é o perfluorocarbono. Com a apreensão da amostra do 
hospital, os investigadores do CCI fizeram testes, inéditos pela 
metodologia empregada, e confirmaram que a substância era a mesma 
que aparecia nos exames anatomopatológicos. 
A Polícia Civil concluiu que uma auxiliar de enfermagem, de 20 
anos, preparou uma solução com perfluorocarbono, em vez de 
soro fisiológico, aplicada por outras duas profissionais nas 
vítimas. Ela pode ter sido induzida ao erro, já que os produtos 
têm aspectos semelhantes e a RMC reutilizava bolsas de soro 
fisiológico para guardar a substância usada indevidamente. 
Sem identificação, os materiais ficavam em gavetas diferentes, 
segundo o delegado José Carlos Fernandes. 
 PROBLEMAS DE ROTULAGEM 
 
 
 INGESTÃO DE DOMISSANITÁRIOS (CRIANÇAS) 
 
 
 “SODA DIET” 
 
 
 PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES 
DEFINIÇÃO: É UM PROCEDIMENTO QUE PERMITE 
DETERMINAR A CONCENTRAÇÃO EXATA DE UMA 
SOLUÇÃO, GERALMENTE PARA USÁ-LA EM UMA 
ANÁLISE VOLUMÉTRICA (QUANTITATIVA). 
CONSISTE EM FAZER UMA TITULAÇÃO DA SOLUÇÃO 
PREPARADA, EM RELAÇÃO À UM PADRÃO PRIMÁRIO 
(OU SECUNDÁRIO). COM BASE NOS VOLUMES E NA 
MASSA DO PADRÃO PRIMÁRIO (OU CONCENTRAÇÃO 
DO PADRÃO SECUNDÁRIO) UTILIZADOS, É POSSÍVEL 
CALCULAR A CONCENTRAÇÃO MOLAR EXATA DA 
SOLUÇÃO. 
 PROBLEMAS DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS: 
 Pureza; 
 Higroscopicidade; 
 Oxidação. 
PADRÕES PRIMÁRIOS 
SÃO SUBSTÂNCIAS DE REFERÊNCIA EM RELAÇÃO À SUA 
MASSA E PUREZA. DEVEM POSSUIR: 
 
 ALTA ESTABILIDADE FÍSICA E QUÍMICA; 
 
 ALTO PESO MOLECULAR PARA DIMINUIR ERROS NAS 
PESAGENS; 
 
 ALTA SOLUBILIDADE EM ÁGUA; 
 
 REAÇÃO ESTEQUIOMÉTRICA E INSTANTÂNEA C/ SOLUÇÃO 
AS SUBSTÂNCIAS MAIS EMPREGADAS COMO PADRÕES 
PRIMÁRIOS SÃO: 
 
 Em reações ácido–base: carbonato de sódio (Na2CO3), 
tetraborato de sódio (Na2B4O7) e hidrogenoftalato de potássio 
ou biftalato de potássio KH(C8H4O4). 
 
 Em reações de formação de complexos: metais puros 
(por exemplo, zinco, magnésio, cobre emanganês) e alguns 
de seus sais, dependendo da reação usada. 
 
 Em reações de precipitação: nitrato de prata (AgNO3), 
cloreto de sódio, cloreto de potássio e brometo de potássio. 
 
 Reações de oxidação-redução: dicromato de 
potássio, K2Cr2O7, bromato de potássio, KBrO3, 
iodato de potássio, KIO3, hidrogenoiodato de 
potássio, KH(IO3)2, oxalato de sódio, Na2C2O4, 
óxido de arsênio (III), As2O3 e ferro (Fe). 
Sais que não eflorescem, como o tetraborato de 
sódio, Na2B4O7.10H2O, e o sulfato de cobre, 
CuSO4.5H2O, entretanto, são, na prática, usados 
como padrões secundários satisfatórios. 
Padrão secundário é uma substância química 
que pode ser usado nas padronizações e cujo 
teor de substância ativa foi determinado por 
comparação contra um padrão primário. 
Exemplo: Uma solução de NaOH a 0,5 M que tenha 
sido padronizada com biftalato de potássio, apresenta 
“Fator de correção” = 1,03 (Fc=1,03). Isto significa que 
sua concentração real é 0,515 M, pois 0,5 x 1,03 = 
0,515. 
 
Neste caso, esta solução de NaOH recém padronizada 
(fatorada) pode ser usada como um padrão 
secundário, para padronizar uma solução ácida. 
 VOLUMETRIA OU TITRIMETRIA: 
 
 
ÁCIDO-BASE: HCl, H2SO4, NaOH, Al(OH3); 
 
 
PRECIPITAÇÃO: (NaCl, KCl, Ag+); 
 
 
COMPLEXAÇÃO: (EDTA, Dureza da água, Pb+2); 
 
 
OXIRREDUÇÃO: (KMnO4, I2, H2O2). 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
“Digamos que a solução a ser titulada, com concentração 
desconhecida, seja o ácido clorídrico (HCl), e o titulante 
usado seja o hidróxido de sódio (NaOH) a 0,1 mol. L-1. 
Uma alíquota (amostra) de 25 mL de HCl é neutralizada 
totalmente quando titulada com 10 mL do hidróxido. Qual 
é a concentração inicial da solução de HCl?” 
 Resolução: 
 
 nNaOH = M . V 
 nNaOH = 0,1 mol. L
-1. 10-2L (10 mL) 
 nNaOH = 10
-3 mol 
 A equação química da reação de neutralização, para vermos a 
proporção estequiométrica: 
 NaOH + HCl → NaCl + H2O 
 Proporção: 1mol 1 mol 1 mol 
 10-3mol 10-3mol 10-3mol 
A estequiometria mostra que, para neutralizar 10-3 mol de NaOH, foram 
necessários 10-3 mol de HCl, pois a proporção é de 1:1. Assim, aplicando 
na fórmula da concentração molar e encontrar a concentração de HCl: 
 
MHCl = _n_ 
 V 
MHCl = __10
-3 mol_ 
 25 . 10-3 L 
MHCl = 0,04 mol/L 
ATIVIDADE PRÁTICA: PREPARO E PADRONIZAÇÃO 
DE 250 mL DE SOLUÇÃO DE NaOH A 0,1 MOL/L 
 Método de preparo: 
 _ Pesar ....... g de hidróxido de sódio P.A. em um 
béquer de 100 mL; 
 _ Dissolver com aproximadamente 60 mL de água 
deionizada; 
 _ Transferir para um balão volumétrico de 250 mL, 
com auxílio de funil e bastão de vidro; 
 _ Lavar 2x o béquer internamente com água 
deionizada e transferir para o mesmo balão volumétrico; 
 _ Conferir e corrigir a temperatura para 20ºC; 
 _ Completar o volume até o menisco e agitar. 
ATIVIDADE PRÁTICA: PREPARO E PADRONIZAÇÃO 
DE 250 mL DE SOLUÇÃO DE NaOH A 0,1 MOL/L 
 Método de padronização: 
_ Preencher uma bureta com a solução a ser padronizada; 
_ Em um erlenmeyer de 250 mL, pesar em balança analítica 0,3 g 
de biftalato de potássio (anotar valor exato); 
_ Dissolver em aproximadamente 50 mL de água deionizada; 
_ Adicionar 3 gotas de indicador Fenolftaleína a 1% (em etanol); 
_ Titular essa solução gota a gota até obter coloração rosa 
persistente por pelo menos 15 segundos; 
_ Anotar o volume gasto na bureta; 
_ Calcular o fator de correção da solução de NaOH por meio da 
fórmula: Fc= m/V x 48,964 e Molaridade exata = 0,1x Fc 
ILUSTRAÇÕES DE UMA TITULAÇÃO ÁCIDO-BASE 
 BIBLIOGRAFIA 
TOKIO MORITA E ROSELY M.V.ASSUMPÇÃO. Manual de soluções, 
reagentes e solventes. Padronização, preparação e purificação. 
2ª edição. Editora Edgard Blücher LTDA. São Paulo – SP. 1972. 630 p. 
 
BACCAN, Nivaldo et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 
3ª edição. São Paulo – SP. Editora Edgard Blücher, 2001. 324 p. 
 
MENDHAM, J. et al. Vogel: Análise Química Quantitativa. 6. ed. 
Tradução de Júlio Carlos Afonso et al. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2002. 
488 p. 
DÚVIDAS ??? 
OBRIGADO PELA ATENÇÃO

Continue navegando