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1 Manual de Química Analítica Quantitativa. 4 2 Manual de Química Analítica Quantitativa. 3 Manual de Química Analítica Quantitativa. TRABALHOS DE PRÉ-LABORATÓRIO. São instrumentos (individuais) exigidos a todos os alunos da disciplina de química analítica quantitativa que tem, como objetivo, levar os estudantes a uma leitura preliminar de cada uma das práticas que serão executadas ao longo do semestre. Esta leitura visa, aos discentes, a tomada de conhecimentos prévios de todos os trabalhos que serão desenvolvidos, bem como, das vidrarias, equipamentos, reagentes, soluções e demais procedimentos que serão necessários em cada atividade. Considerando que a disciplina de quantitativa exige o manuseio de um considerável volume de soluções, os próprios alunos farão as soluções de trabalho de cada prática. Neste caso, será necessário um prévio calculo de todas as soluções que serão montadas. A seguir será mostrado como elaborar um trabalho pré-laboratório que deverá ser entregue ao professor antes de cada prática. A não entrega (por qualquer motivo) penaliza o aluno com a nota daquela pratica. Disciplina : Química Analítica Quantitativa. Nome da prática: por exemplo (volumetria ácido / base, de precipitação, redox, etc.) Nome do aluno: Vidrarias que serão utilizadas: por exemplo, (béquer, erlenmeyer, pipeta, etc) Reagentes que serão necessários: por exemplo (NaOH, H2SO4, NaCl, etc) Soluções que serão preparadas: por exemplo (NaCl, HCl, KMnO4, FeSO4, etc). Calculos necessários para preparar cada solução: por exemplo (para preparar 100mL de NaOH 0,1 mol L-1); m(NaOH)= M x MM x V (L); m(NaOH)= 0,1 mol L-1 x 40 g mol-1 x 0,1L = 0,4 g). E assim se segue para todas as demais soluções. Todos os cálculos, referentes as padronizações das soluções e as suas aplicações em cada prática, deverão ser apresentados nos devidos relatórios em grupo, nas datas previamente programadas. 4 Manual de Química Analítica Quantitativa. INTRODUÇÃO. Este manual foi elaborado baseando-se na Química Analítica Clássica, porém contemplando também alguns aspectos abordando as técnicas modernas, conhecidas como técnicas instrumentais, com o objetivo de aplicar os conceitos teóricos trabalhados ao longo do curso, além de induzir o aluno a questionar possibilidades outras de resolução ou aprimoramento de situações empregadas neste manual. O conteúdo programático apresentado será distribuído da seguinte forma: ● Técnicas operacionais e materiais utilizados; ● Métodos volumétricos de análise; ● Métodos gravimétricos quantitativos; ● Análise instrumental. A Química Analítica Quantitativa fundamenta-se em um conjunto de métodos empregados na determinação do teor de uma dada espécie, principalmente em solução. Esta área da Química emprega uma grande variedade de reagentes capazes de fornecer informações analíticas importantes na quantificação de um analito em uma determinada amostra empregando uma seqüência lógica de procedimentos simples e eficientes para análise de diminutas amostras com grande sucesso. O objetivo da Química Analítica Quantitativa é estabelecer teores de uma dada espécie constituinte de uma determinada matriz. O método empregado depende da natureza e da quantidade da amostra disponível. Os métodos clássicos de análise são constituídos das determinações volumétricas, tais como: volumetria de neutralização, volumetria de precipitação, volumetria de oxi-redução e volumetria de complexação, além da análise gravimétrica. O emprego da metodologia adequada deve levar em conta o caráter do substrato existente na amostra de interesse. Por exemplo, uma substancia ácida ou alcalina, pode ser investigada utilizando-se a volumetria de neutralização. A formação de uma espécie pouco 5 Manual de Química Analítica Quantitativa. solúvel pode muito bem ser tratada com a volumetria de precipitação, enquanto a formação dos compostos de coordenação de Werner pode ser quantificada através da volumetria de complexação. Por fim, a características de transferência eletrônica entre agentes oxidantes e redutores é a base da volumetria de oxi-redução. Outra técnica clássica empregada nos ensaios quantitativos é a gravimetria. Esta técnica explora a obtenção de um produto com escassa solubilidade em um dado solvente. O emprego de procedimentos adequados de depuração, volatilização do solvente e/ou conversão do analito em uma espécie mais estável, bem como o emprego de cálculos simples, permitem o analista estabelecer o real teor de uma espécie de interesse em uma amostra alvo. Por fim, os químicos analistas têm lançado mão de muitas técnicas modernas de análise com o advento dos equipamentos. Diversos instrumentos estão a serviço da Química Analítica e têm-se mostrado de grande valor. O emprego destes equipamentos nos ensaios quantitativos tem explorado as mais variadas possibilidades de monitoramento de uma substancia através das propriedades inerentes de cada elemento. Métodos ópticos, eletroquímicos e de interação com um suporte têm apresentado resultados rápidos, confiáveis e seguros de análise. O TRABALHO NO LABORATÓRIO. No laboratório de Química Analítica, bem como em qualquer outro laboratório, a segurança, limpeza e a organização são imprescindíveis. Assim, alguns pontos devem ser rigorosamente observados: Para um bom desempenho de seu trabalho: ● Deve-se manter a bancada sempre limpa e organizada; ● Os dados e resultados obtidos de seu experimento devem ser sempre anotados imediatamente após sua obtenção; 6 Manual de Química Analítica Quantitativa. ● Objetos pessoais devem ser guardados bem longe das bancadas para evitar acidentes pessoais e coletivos; PARA A SUA SEGURANÇA E DE SEUS COLEGAS: ● É imprescindível o uso do avental; ● Lugar de brincadeiras é em um parque de diversão; ● Não se deve correr ou caminhar olhando para o teto; ● Nunca se alimente, fume ou ingira qualquer coisa no laboratório; ● Antes de levar suas mãos aos olhos, cabelos, face ou outra parte de seu corpo, lave-a com segurança. ● Não usar sapatos abertos, de salto alto, sandálias. Cabelos longos devem ser presos; ● Jamais leve a boca ou ao olfato qualquer reagente químico; ● Sempre fechar os frascos dos reagentes logo após sua utilização, tendo o cuidado de não trocar as respectivas tampas quando do manuseio de mais de um reagente de cada vez; RESPEITO AO MEIO AMBIENTE. o Antes do descarte de qualquer resíduo na pia, assegure-se da existência de um programa de gerenciamento. O descarte de muitas substancia provoca danos ao meio ambiente; o Não lance na pia papeis ou materiais insolúveis. Esta atitude evita o entupimento da tubulação. o Por fim, lembre-se da Lei de Lavoisier: “na natureza não se desperdiça, tudo se reaproveita” depende somente de sua criatividade. 7 Manual de Química Analítica Quantitativa. TÉCNICAS OPERACIONAIS E MATERIAIS USADOS EM QUÍMICA ANALÍTICA. Nas mais variadas atividades desenvolvidas em um laboratório, muitas vezes o analista se depara com situações inusitadas que requer aptidões, criatividade e intuição para a sua resolução. A seguir serão elencadas algumas operações corriqueiramente desenvolvidas em um laboratório para uma boa execução de sua tarefa. MATERIAIS EMPREGADOS NA CONSTRUÇÃO DE UTENSÍLIOS DE LABORATÓRIO. Nos trabalhos experimentais é sempre necessário precaver-se contra a introdução de substancias estranhas no meio reacional para evitar fontes de erro. A substancia analisada deve entrar em contacto somente com materiais que não modifiquem ou interfiram com a matriz investigada. Os materiais mais empregados na construção de recipientes e utensílios para emprego em um laboratório, são: vidro, sílica fundida, porcelana, platina, plásticos, etc, (consulte a Tabela 1). 8 Manual de Química Analítica Quantitativa. Tabela 1: Propriedades de alguns materiais comumente utilizados na construção de recipientes e utensílios para laboratórios. Material T (oC) máxima Choque térmico Inércia químicaVidro borossilicato 200 120 oC Atacados somente por soluções alcalina a quente Sílica ou quartzo fundido 1050 excelente Resistente a maioria dos ácidos e halogênios. Vidro com alto teor de sílica 1000 Excelente Melhor desempenho que os borosilicatos Porcelana 1100 a 140 0 Boa Excelente Platina 1500 - Atacada somente em condições especiais Niquel e Ferro - - Contamina a amostra em casos de fusão Polietileno 150 - Agredidas somente por solventes orgânicos Poliestireno 70 - Idem 9 Manual de Química Analítica Quantitativa. Teflon 250 - Inerte EQUIPAMENTOS PARA AQUECIMENTOS. Vários tipos de aparelhos podem ser empregados em um laboratório para a obtenção de temperaturas reguladas, sejam em baixas, médias ou altas, dependendo do objetivo do emprego. Banhos de água: os banhos a vapor constituem um meio de aquecimento muito usado para evaporação de solventes ou solubilização de um precipitado a uma temperatura inferior a 100oC. São unidades construídas de cobre e aço inoxidável com aquecimento elétrico ou a gás, podendo o mesmo ser dotado de um termostato que confere uma temperatura constante para a realização de um experimento. Lâmpadas de infravermelho: são ideais para evaporar líquidos, dessecar precipitados e incinerar papel de filtro. Estufas: são utilizadas para secar amostras a temperatura relativamente baixa e controlada. As estufas são bem ventiladas para um aquecimento uniforme e permitem trabalhar com controle automático de temperatura, pré-aquecimento do ar de circulação ou mesmo em operação sob pressão reduzida; Chapas de aquecimento: as chapas metálicas com aquecimento elétrico são usadas para efetuar evaporações ou digestões, podendo alcançar temperaturas entre 400 a 500oC. Mantas de aquecimento: estes dispositivos asseguram a distribuição uniforme do calor à frascos de fundo redondo. As espirais de Ni-Cr, completamente envolvidas em tecido de vidro isolante podem ser utilizadas para aquecimento de líquidos inflamáveis e suportam temperaturas ao redor de 500oC. Fornos de muflas: são usadas para aquecer e/ou incinerar amostra a altas temperaturas. Um pré-controle da temperatura desejada permite alcance de até 1200oC. 10 Manual de Química Analítica Quantitativa. 11 Manual de Química Analítica Quantitativa. MEIOS FILTRANTES. Um processo de filtração é comumente empregado para separar duas fases distintas, sendo uma sólida e outra líquida. Os meios mais empregados na analise quantitativa são os papeis de filtro e os cadinhos filtrantes de fundo poroso. A operação de filtração pode ser conduzida pela ação da gravidade ou com auxílio de vácuo. Papel de filtro: os papeis de filtro são, deliberadamente, fabricados com vários graus de espessura e capacidade de retenção. Esta capacidade é atribuída a porosidade do filtro, previamente escolhido dependendo do estado de agregação e a natureza de um precipitado. As características de um papel de filtro são especificadas pelo fabricante, conforme mostra a Tabela 2. Tabela 2: Especificações de alguns papeis de filtro empregados na analise quantitativa. Precipitado Whatman Schliecher and Schuel Muito fino (BaSO4) no 42 No 589 faixa azul ou vermelha Pequeno ou médio (AgCl) No 40 No 549 faixa branca Gelatinoso ou cristalinos grande (Fe(OH)3) No 41 No 589 faixa preta. ● Cadinho de Gooch: trata-se de um cadinho de porcelana de forma alta e fundo perfurado com numeroso pequenos orifícios, com uma camada filtrante constituída de fibras de asbesto. A peça de porcelana suporta aquecimentos elevados. 12 Manual de Química Analítica Quantitativa. ● Cadinho de vidro sinterizado: o meio filtrante é constituído de um disco de vidro poroso fundido ao corpo do cadinho. São costumeiramente empregados para a filtração de precipitados que serão submetidos posteriormente a aquecimento em temperaturas de até 150oC. A capacidade de retenção destes dispositivos é indicada pelos fabricantes e não devem ser utilizados para o manuseio de substancias alcalina, especialmente quando quentes. DESSECADORES E DESSECANTES. Os dessecadores são recipientes, geralmente de vidro moldado sob pressão e formados por duas peças: a tampa e a base com bordas esmerilhadas perfeitamente ajustáveis, que permitem manter o conjunto hermeticamente fechado. O dessecador é usado para manter amostras secas enquanto estão sendo esfriadas e antes de serem pesadas e, em alguns casos, para secar uma amostra úmida. Dessecante, tais como cloreto de cálcio anidro e sílica são colocados na parte inferior da base para absorver umidade. O dessecante deve ser trocado periodicamente. Quando um objeto que foi aquecido, for colocado no dessecador, deve-se esperar um pouco (60 segundos) para fechar com a tampa, caso contrário pode ocorrer um aumento na pressão no interior do dessecador que pode ser suficiente para romper a vedação entre a tampa e a base. Após o resfriamento pode ocorrer o oposto, ou seja, o interior do dessecador fica sob pressão reduzida, o que poderá ocasionar uma perda de amostra. Os dessecantes mais utilizados são: oxido de alumínio, perclorato de magnésio, oxido de cálcio, cloreto de cálcio e sílica gel. Todos podem ser regenerados por aquecimento a 150, 240, 500, 275 e 150oC, respectivamente. Os agentes dessecantes podem ser classificados de acordo com sua capacidade de absorção, como: Capacidade alta: CaCl2 anidro , MgClO4 anidro; 13 Manual de Química Analítica Quantitativa. Capacidade média: CaSO4, CaO; Capacidade baixa: sílica gel, Al2O3, P2O5. REAGENTES. Os reagentes são encontrados com diferentes graus de pureza, nem sempre adequados para a prática da análise. Padrões primários e secundários: são reagentes com alto grau de pureza definidos pela seção da Química Analítica da união internacional da Química Pura e Aplicada (IUPAC), da seguinte maneira: ● Padrão primário: é uma substancia disponível comercialmente com pureza de 100 ± 0,02%; ● Padrão de trabalho: é uma substancia disponível comercialmente com pureza de 100 ± 0,05%; ● Padrão secundário: é uma substancia de menor pureza que pode ser padronizada contra um padrão primário ou padrão secundário anteriormente padronizado. ● Os fabricantes não fazem distinção entre padrão primário e de trabalho. Existem reagentes com grau especial de pureza para propósitos analíticos. Por exemplo. Grau espectral e grau cromatográfico. Estes são especificamente purificados para remover impurezas que podem interferir em uma aplicação analítica. Algumas características destes reagentes são mostradas na Tabela 3. 14 Manual de Química Analítica Quantitativa. Tabela 3: Grau de pureza de alguns reagentes. Grau Pureza Observações Padrão primário Mais alta pureza Requerido p/ analise volumétrica precisa. Reagentes analíticos Alta pureza São comumente usados em QA conforme as especificações mínimas estabelecidas. Comerciais Qualidade indeterminada Pode ser utilizado somente na preparação de soluções de limpeza. Quimicamente pura Mais refinado, porém, de pureza não tão elevada - Reagentes segundo a farmacopéia Encontram-se padrões com impurezas mínimas. Atendem as exigências da farmacopéia para contaminantes nocivos a saúde. ● Manuseio dos reagentes: o rótulo do fabricante garante a qualidade do reagente apenas até o momento em que é rompido o lacre original do recipiente. Uma serie de regras devem ser obedecidas para evitar contaminação: 15 Manual de Química Analítica Quantitativa. ● reconhecer a menor embalagem possível; ● O recipiente somente deve ser aberto após uma limpeza escrupulosa do gargalo e de toda o corpo do recipiente; ● Evitar a introdução de espátula e pipetas nos recipiente dos reagentes. Agite o recipiente para soltar o reagente e verta-o para fora apenas a quantidade que deve ser utilizada, recolocando a tampa imediatamente. O resíduo do reagente não deve retornar ao recipiente. ● Não verter o reagente diretamente para dentro do recipiente que contenha uma soluçãoou amostra a analisar da qual possa se desprender gases, vapores, etc. ● A tampa do recipiente deve repousar sobre um vidro de relógio. ÁGUA Os trabalhos exigem o consumo considerável de água destilada na lavagem dos utensílios, preparação de soluções, extração, lavagem e precipitados, etc. Em muitos casos, a água destilada pode ser substituída por água desmineralizada, isto é a água destilada purificada mediante tratamento com resina trocadora de íons. É recomendável conservar a água destilada ou a água desmineralizada em recipientes de polietileno. Água destilada: a purificação da água mediante destilação remove as espécies contaminantes não voláteis, inorgânicas e orgânicas; os gases dissolvidos na água original são livrados durante a destilação junto com o vapor d’agua e, em parte, eliminados por ventilação. A matéria em suspensão é retida no pote de destilação. Outras fontes de contaminação são os materiais de construção dos aparelhos de destilação. Estanho e quartzo são os melhores materiais para a construção dos condensadores e recipientes, porém, são de custo elevado e por isso pouco usados. Traços de cobre são encontrados, muito freqüentemente na água destilada, bem como outros metais cuja presença depende do material que a água condensada 16 Manual de Química Analítica Quantitativa. teve contato. Para avaliar a pureza de uma água destilada, pode-se usar a medida de condutância especifica. Água desmineralizada: o processo de desmineralização mais eficiente consiste em percolar a água original através de uma coluna carregada com uma mistura estequiométrica da forma hidrogenionica de uma resina catiônica e da hidroxilica de uma resina fortemente básica. O processo não remove não-eletrolitos, elimina todo material presente na água original em forma ionizada, o que limita o interesse de seu uso em Quimica Analítica. MATERIAIS VOLUMÉTRICOS. Em um laboratório são basicamente dois os tipos de calibração de fracos volumétricos disponíveis: Aqueles calibrados para conter um certo volume, o qual se transferido não o será totalmente (TC= to contain); Aqueles calibrados para transferir um determinado volume (TD= to deliver), dentro de certos limites de precisão. Os equipamentos volumétricos TD têm seus volumes corrigidos com respeito a aderência do fluido, e por esta razão, escoará o volume indicado, se utilizado em uma transferência. Deve-se conhecer também a exatidão do volume retido em um frasco TC e a precisão do volume escoado por um frasco TD. Balão volumétrico: São usados na diluição e na preparação de uma solução. Eles existem em uma variedade de tamanhos. São para conter (TC) exatamente um certo volume de liquido em uma determinada temperatura. Possuem a forma de uma pêra, fundo chato e gargalo longo provido de uma tampa de vidro esmerilhada ou de teflon. Pipetas: a pipeta é usada para transferir volume particular de solução de modo preciso a determinada temperatura. Existem dois tipos de pipetas TD: 17 Manual de Química Analítica Quantitativa. ● volumétrica ou de transferência: tem uma marca de calibração de seu volume gravada na parte superior acima do bulbo. Variam de 0,5 a 100mL, possuem medidas precisa, por isso, não necessita soprar na ponta. ● Graduada: tubos cilíndricos com escala numerada do alto para baixo até sua capacidade. As pipetas com faixa dupla (anel duplo) requerem que sejam sopradas para liberação da gota que permanece na ponta inferior. Buretas: são pipetas graduadas com controle de fluxo. São frascos volumétricos TD usadas para escoar volumes variados de líquidos e, são geralmente empregadas em titulações. A bureta convencional para macro titulações é marcada com incrementos de 0,1mL de 0 a 50mL. Existem também buretas com capacidade de 10, 25, 100mL, onde o volume é marcado com incrementos de 0,01mL. Provetas: são equipamentos utilizados em medidas aproximadas de volumes. São encontradas no comercio provetas TC e TD de 5mL até vários litros. 18 Manual de Química Analítica Quantitativa. LIMPEZA DOS MATERIAIS. Todos os equipamentos volumétricos utilizados em uma analise quantitativa devem estar perfeitamente limpos antes do uso, pois a presença de substancias gordurosas nas paredes internas pode introduzir erros nos resultados das analises. Utiliza-se geralmente como soluções de limpeza solução detergente, solução sulfocrômica (esta é desaconselhável devido ao caráter nocivo a saúde humana) ou solução de etanolato de sódio ou potássio. Os materiais volumétricos devem ser limpos agitando-se uma pequena quantidade de solução de limpeza neles introduzida. Em seguida, deve-se enxaguar muito bem com água e com água destilada. Após a lavagem, o material é deixado em repouso apropriado para facilitar o escoamento da água. A secagem do equipamento pode ser também realizada em estufa (béquer, funil, erlenmeyer, etc) ou por sucção em tropa de vácuo (pipetas, buretas, etc.). TRABALHO NO LABORATÓRIO. Em um laboratório de Química Analítica, a limpeza e a organização são de fundamental importância. Deve-se manter a bancada sempre limpa, organizada e, os dados experimentais obtidos de seu trabalho, devidamente anotados em um caderno especifico para este fim. ANÁLISE QUIMICA QUANTITATIVA CLÁSSICA REGRAS PARA USO DA BALANÇA ANALÍTICA. ● a balança deve ficar em um lugar adequado. O melhor local é uma sala separada do laboratório, protegida de vapores corrosivos e mantidas em temperatura constante. Não deve ficar próxima a uma janela, deve ser fixada em um suporte 19 Manual de Química Analítica Quantitativa. para protege-la de vibrações. O equipamento não deve receber luz solar direta, devendo permanecer suficientemente distante de aquecedores e deve conter em seu interior um deposito de sílica gel anidra, cuja finalidade é reduzir a umidade relativa; ● a balança deve permanecer nivelada; ● quando não estiver sendo utilizada a balança deve permanecer desligada, travadas, sem pesos com seus pratos limpos e não conter qualquer objeto sobre a mesma, com as portilholas laterais e superiores fechadas e cobertas com capa plástica; ● deve-se ajustar o zero antes de qualquer pesagem, a menos que seja feita por diferença entre a ultima pesagem e uma outra recentemente; ● nenhum material em pó, de qualquer espécie deve ser colocado diretamente sobre o prato. Toda e qualquer pesagem deve ser realizada em um recipiente para evitar danos ao aparelho e imprecisão na medida. Os recipientes adequados para pesagem são: pesa-filtro, béquer pequenos, cadinhos, vidros de relógio. Atenção redobrada deve ser dispensada na pesagem de líquidos, principalmente os corrosivos e voláteis; ● o recipiente e a substancia submetido à pesagem, devem estar a mesma temperatura da balança, pois se a temperatura estiver elevada poderá haver dilatação do prata da balança, ocorrendo pesagem grosseira e riscos de danificar o aparelho; ● a balança não deve ser sobrecarregada. Certifique-se da máxima carga a qual a mesma pode ser seguramente usada e, como margem de segurança, não efetue pesagens de massa acima de 10g além de sua capacidade; ● mantenha a balança limpa. Se alguma substancia cair sobre o prato ou em qualquer superfície da mesma, limpe-a imediatamente com uma escova de pêlos de camelo. Não use líquidos para efetuar a limpeza. ● se a balança apresentar algum defeito ou estiver necessitando de ajuste, não tente conserta-la. 20 Manual de Química Analítica Quantitativa. VOLUMETRIA ACIDO-BASE. PREPARO DE SOLUÇÕES DE NaOH, HCl e C6H4COOKCOOH. PREPARO DE SOLUÇÃO DE NaOH 0,1 MOL L-1. O hidróxido de sódio (NaOH) tanto no estado sólido como em solução, absorve rapidamente CO2 da atmosfera produzindo carbonato de cálcio, segundo a reação: 2NaOH + CO2 → Na2CO3 + H2O. O carbonato de sódio pode ser eliminado da solução de hidróxido de sódio preparando-se uma solução concentrada. O carbonato fica em solução e depois que a base for dissolvida ele sedimenta muito lentamente. Processo A: (utilizadapara preparar grandes quantidades de solução): Pese a massa previamente calculada para a obtenção de 1.000mL (1,0 mol L-1) e dissolva na menor quantidade de água, previamente fervida para a liberação de CO2. Cubra o recipiente durante certo tempo ate observar que o carbonato sedimentou. Decante e filtre através de cadinho de vidro sinterizado. Recolha o filtrado, que deve ser límpido e dilua para 1000 mL em um balão volumétrico com água destilada recentemente fervida e esfriada. Homogenize. A partir desta solução, prepare 200mL de solução 0,1 mol L-1. Esta solução deve ser padronizada. Processo B: calcule a massa de NaOH necessária para preparar 1.000mL de uma solução 1,0 mol L-1. Pese uma massa equivalente a massa calculada, dissolva e dilua a 1,0L, usando água destilada recentemente fervida e esfriada. A partir da solução 1,0 mol L-1 obtida acima, prepare 200mL de uma solução 0,1 mol L-1 e guarde-a em um frasco de polietileno ou vidro parafinado com rolha de borracha. Esta solução deverá ser padronizada. 21 Manual de Química Analítica Quantitativa. 22 Manual de Química Analítica Quantitativa. PREPARO DA SOLUÇÃO DE HCl 0,1 MOL L -1. a) O ácido clorídrico concentrado apresenta um valor de 12 mol L-1. b) com base na concentração molar do HCl, calcule o volume necessário do mesmo para preparar, por diluição, 250 mL de uma solução 0,1M de HCl. Prepare a solução adicionando, em um bequer o ácido concentrado sobre cerca de 50 mL de água (nunca adicionar água diretamente sobre o acido concentrado; o certo é adicionar o acido sobre a água). Após a diluição, transfira para um balão volumétrico de 250mL e complete o volume com água destilada. PREPARO DA SOLUÇÃO DE BIFTALATO DE POTÁSSIO 0,1 MOL L-1. a) veja no frasco que contem o biftalato de potássio a sua massa molar e calcule, a partir desta, a massa necessária para preparar 50mL de uma solução 0,1 mol L-1. b) Faça a dissolução do sal e complete com água destilada o volume do balão; c) homogenizar e guarde em um frasco de polietileno. Esta é uma solução padrão de trabalho. d) OBS: como o biftalato de potássio é uma substancia padrão primário, a solução obtida não necessita padronização. É necessário conhecer somente sua concentração a partir da massa pesada e do volume de diluição. Esta solução padrão será utilizada para a padronização da solução de hidróxido de sódio. 23 Manual de Química Analítica Quantitativa. PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE HIDRÓXIDO DE SÓDIO 0,1 MOL L-1. OBS: antes de qualquer titulação a bureta deve ser lavada e enxaguada com porções de água destilada e da solução que será usada na titulação. As titulações devem ser conduzidas gota a gota e sob constante agitação. As titulações devem ser sempre efetuadas em duplicatas ou, quando possível, em triplicatas, utilizado-se nos cálculos, o valor médio entre os volumes encontrado. Os frascos de armazenagem devem ser sempre lavados e, posteriormente rinsados com porções das soluções. a) retire com pipeta de transferência uma alíquota de 10,0mL da solução de biftalato de potássio 0,1 mol L-1 preparada e transferira para um erlenmeyer; b) acrescente 2 gotas de fenolftaleina 1% e adicione lentamente, com o auxilio de uma bureta, a solução de NaOH (0,1 mol L-1) preparada anteriormente, até que se observe uma coloração levemente rosa; c) repita os dois itens anteriores (duplicata); d) anote os volumes gastos de NaOH e calcule sua concentração real utilizando a media dos volumes encontrados, em mol L-1. Rotule corretamente o frasco contendo essa solução; PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE ACIDO CLORÍDRICO. a) meça com a pipeta de transferência 10,0mL da solução de HCl (0,1 mol L-1) anteriormente preparada. Transfira para um erlenmeyer, acrescente 2 gotas de solução 0,1% de vermelho de metila e, com o auxilio de uma bureta, adicione a solução de NaOH (0,1 mol L-1) que você preparou anteriormente, até uma mudança de coloração de vermelho para amarelo; b) repita o item anterior (duplicata); 24 Manual de Química Analítica Quantitativa. c) anote os volumes gastos da solução de NaOH e calcule a sua concentração real utilizando a media dos volumes encontrados, em mol L-1. Rotule corretamente o frasco contendo esta solução. APLICAÇÕES DA VOLUMETRIA ACIDO-BASE. DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO ACÉTICO EM VINAGRE. a) pipete 10mL do vinagre comercial para um balão volumétrico de 100mL completando o volume com água destilada e homogeneizando. Esta solução será utilizada por todos. b) tome uma alíquota de 10mL da solução de vinagre preparada, com uma pipeta e transfira para um erlenmeyer . Adicione aproximadamente 20mL de água e 2 a 3 gotas de fenolftaleina a 1% e titule com solução de NaOH 0,1 M que você padronizou, ate obter uma coloração levemente rosa que não desaparece quando você agita a solução. c) repita o procedimento e anote os volumes utilizados de NaOH para calcular a % de acido acético no vinagre comercial. DETERMINAÇÃO DE ACIDO ACETILSALICÍLICO EM COMPRIMIDOS FARMACÊUTICOS. a) triture ½ comprimido e pese exatamente 300mg. b) dissolva o resíduo em etanol com a ajuda de um bastão de vidro (adicione aos poucos cerca de 20mL do álcool para promover a dissolução; c) transfira quantitativamente para um erlenmeyer; d) adicione 5-7 gotas do indicador azul de bromotimol; e) titule com a solução de NaOH que você padronizou até mudança de cor para azul permanente; 25 Manual de Química Analítica Quantitativa. f) repita o todo o procedimento e trabalhe com a media dos valores dos volumes gastos na titulação para a determinação do teor de acido acetilsalicílico nos comprimidos comerciais. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE Mg(OH)2 EM LEITE DE MAGNÉSIA EM FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA. a) Agitar muito bem o frasco do leite de magnésia. Medir com uma proveta 12,5 mL deste medicamento; b) Transferir quantitativamente para um balão volumétrico de 250 mL e complete o volume. Agite bem esta solução para garantir homogeneidade. c) Agite bastante e retire, com o auxilio de uma pipeta, uma alíquota de 10 mL e transfira para um erlenmeyer. Lave as paredes da pipeta para a coleta de todo o material; d) Adicionar 30 mL de HCl 0,1 mol L-1 que você preparou e agitar. Adicione algumas gotas do indicador vermelho de metila. Neste momento a solução deverá apresentar uma coloração vermelha. Caso isso não ocorra, acrescente mais incrementos de HCl até a obtenção dos resultados esperados. Anote todos os volumes de HCl adicionados; e) Titular o excesso do ácido com solução de NaOH 0,1 mol L-1 que você padronizou até o aparecimento da coloração amarelo claro. f) Anotar o volume gasto na bureta e calcular a massa de Mg(OH)2 contida em 15 mL da suspensão. 26 Manual de Química Analítica Quantitativa. VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO. PREPARO DE SOLUÇÕES DE AgNO3 E NaCl. PREPARAÇÃO DE SOLUÇÃO DE AgNO3 0,1 MOL L-1. a) prepare 100,0mL de AgNO3 0,1 mol L-1 usando água destilada e armazene esta solução em um frasco escuro para evitar a redução dos íons Ag+. Esta solução deve ser padronizada. b) prepare 50,0mL de solução de NaCl 0,1 mol L-1 usando o sal previamente dessecado a 105oC. Esta solução é um padrão primário, pois o NaCl é um padrão primário, portanto deve ser cuidadosamente pesado e preparado. PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE AgNO 3 0,1 MOL L-1. a) retire com uma pipeta de transferência uma alíquota de 5,0mL da solução de NaCl e transfira para um erlenmeyer acrescentando 1,0mL do indicador K2CrO4 a 5%; b) adicione, gota a gota, com o auxilio de uma bureta, a solução de AgNO3 até observar uma leve coloração castanho que não desaparece após agitação; c) repita todo o procedimento e anote o volume gasto. Para efeito de cálculos, utilize a media dos volumes consumidos. Expresse a concentração da solução de AgNO3 em mol L-1 e rotule o recipiente contendo esta solução. As reações que ocorrem durante o processo de titulação podem ser representadas pelas equações: Ag+ + Cl- → AgCl↓ (reação de titulação direta) 2Ag+ + CrO4-2 → Ag2CrO4↓ (reaçãono ponto final). OBS. Faça um ensaio em branco: em outro erlenmeyer, adicione 10,0mL de água destilada, 0,5mL do indicador e aproximadamente 0,2g de carbonato de cálcio livre de cloreto. Titule com solução de nitrato de prata ate obtenção da mesma coloração anteriormente observada. A adição de CaCO3 tem a finalidade de facilitar a igualdade de cores, uma vez que ambos recipientes contem precipitados 27 Manual de Química Analítica Quantitativa. brancos. O volume do ensaio em branco (0,05 a 0,1ml) deve ser descontado do volume de nitrato de prata gasto na titulação do NaCl, ou seja: V= V1-V2, onde: V= volume de AgNO3 que reagiu apenas com o íon cloreto; V1= volume de AgNO3 que reagiu com o íon cloreto e com o íon cromato; V2= volume de AgNO3 que reagiu apenas com o íon cromato (ensaio em branco). APLICAÇÕES DA VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO. MÉTODO DE MOHR (MÉTODO DIRETO) DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CLORETO EM ÁGUA POTÁVEL. a) Meça, com uma proveta, exatamente 100,0mL de água da torneira. Transfira para um erlenmeyer e adicione 1mL de K2CrO4 a 5%. b) titule com solução de nitrato de prata que você padronizou ate que se observe uma coloração castanho que não desaparece por agitação. Faça o teste em branco; c) repita todo o procedimento e trabalhe com a media dos volume consumidos; d) calcule o teor de cloreto expressando o resultado em ppm (partes por milhão) e em g / 100mL. OBS. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a água potável deve conter até 250ppm de cloreto (1ppm= 1mg/L). 28 Manual de Química Analítica Quantitativa. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE NaCl EM SORO FISIOLÓGICO. a) meça com uma pipeta volumétrica 5mL de soro fisiológico e transfira para um erlenmeyer. Adicione 0,5mL do indicador cromato de potássio e titule com a solução de nitrato de prata 0,1 mol L-1. b) repita todo o procedimento e utilize a média dos volumes gastos para calcular o teor de NaCl na preparação farmacêutica. DETERMINAÇÃO DA PUREZA DO SAL DE COZINHA (% DE NaCl). a) pese cerca de 500mg do sal de cozinha, transferindo quantitativamente para um balão volumétrico de 100mL completando o volume com água destilada; b) retire uma alíquota de 5,0mL com uma pipeta de transferência para um erlenmeyer e junte 0,5mL do indicador cromato de potássio; c) titule com a solução de AgNO3 preparada por você até que se observe uma coloração levemente avermelhada que não desaparece após agitação; d) repita todo o procedimento e efetue os cálculos utilizando a media dos volumes; e) expresse seu resultado em % de NaCl na amostra analisada. 29 Manual de Química Analítica Quantitativa. PREPARO E PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE TIOCIANATO DE POTÁSSIO 0,1 MOL L-1. a) prepare 50,0mL de KSCN 0,1 mol L-1 e padronize conforme o roteiro a seguir; b) retire com o auxilio de uma pipeta de transferência 5,0mL da solução de AgNO3 que você padronizou anteriormente e transfira para um erlenmeyer; c) adicione 1,5mL de HNO3 6 mol L-1 e 0,25mL de sulfato férrico amoniacal (indicador); d) adicione com o auxilio de uma bureta a solução de KSCN que você preparou até observar o aparecimento de uma coloração vermelho alaranjado; e) deixe o precipitado sedimentar e observe se a solução sobrenadante apresenta a coloração alaranjada; f) agite fortemente. Caso a coloração não mude, o processo de titulação estará terminado. Caso contrário, continue a titulação; g) repita todo o procedimento para obtenção de um valor médio de consumo da solução de trabalho (duplicata); h) anote os volumes gastos e calcule a real concentração de KSCN em mol L-1 da solução preparada. As reações que ocorrem durante o processo de titulação são expressas pelas equações que se seguem: Ag+ + → SCN- → AgSCN↓ (reação de titulação direta); SCN- + Fe+3 → [FeSCN]+2 (reação no ponto final). OBS. No inicio da precipitação se produz um precipitado branco que dá a solução uma aparência leitosa. Cada gota de tiocianato de potássio adicionado produzirá uma coloração castanho vermelho-alaranjado que logo desaparece por agitação. Ao aproximar-se o ponto final, o precipitado coagula e sedimenta. Finalmente, quando uma gota de tiocianato de potássio produzir uma leve coloração 30 Manual de Química Analítica Quantitativa. vermelho-alaranjado que não desaparece, ter-se-á chegado ao ponto final da titulação. MÉTODO DE VOLHARD (TITULAÇÃO DE RETORNO OU RETROTITULAÇÃO). DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE KI (% DE KI) EM XAROPES. a) meça com pipeta volumétrica 5,0mL da amostra de xarope e transfira para um erlenmeyer. Adicione cerca de 25,0mL de água se o xarope for muito colorido. Junte 2,0mL de HNO3 6 mol L-1 e 10,0 mL da solução de AgNO3 0,1 mol L-1. Agite para coagular o precipitado amarelo que se forma; b) adicione 1,0mL de sulfato férrico (indicador); c) titule com a solução de KSCN e agite até aparecer uma coloração alaranjada, bem perceptível quando o precipitado sedimenta; d) repita todo o procedimento e efetue os cálculos utilizando a media dos volumes gastos na titulação, expressando o resultado em mg/5mL e g/100mL de KI na amostra analisada. e) As reações observadas neste experimento podem ser expressas pelas equações que se seguem: Ag+ + I- → AgI↓ + Ag (excesso) (reação de precipitação do haleto). Ag+ (excesso) + SCN- → AgSCN (reação de titulação de retorno). SCN- + Fe+3 → [FeSCN]+2 (reação no ponto final). 31 Manual de Química Analítica Quantitativa. VOLUMETRIA DE COMPLEXAÇÃO. COMPLEXOMETRIA DO EDTA. Preparação de soluções. a) prepare 250mL de solução de EDTA 0,01 mol L-1 utilizando o sal dissodico dihidratado (Na2H2Y.2H2O, MM= 372,24 g mol), reagente quimicamente puro seco por duas horas em estufa a 70 – 80oC e esfriado em dessecador. Dissolva o sal em água destilada, completando o volume da solução com a mesma; b) preparar 50mL de solução padrão de CaCO3 0,01 mol L-1, (após aquecimento em estufa a 110oC por 1h) pela dissolução do sal em HCl diluído. PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE EDTA. a) pipetar 10,0mL da solução padrão de CaCO3, transferindo este volume para um erlenmeyer de 250mL. Adicione solução de amônia concentrada gota a gota até pH alcalino. Em seguida, adicione mais 3mL da solução tampão pH 10,0 e alguns cristais do indicador negro de eriocromo T e titular com solução de EDTA até a mudança de cor da solução de violeta para azul. b) repita todo o procedimento e efetue seus cálculos com a media dos volumes gastos na titulação para descobrir a real concentração da solução de EDTA. 32 Manual de Química Analítica Quantitativa. APLICAÇÕES DA VOLUMETRIA DE COMPLEXOS. DETERMINAÇÃO COMPLEXOMETRICA DE CÁTIONS. NÍQUEL. Titulação direta. a) pipetar 5,0 mL da solução estoque de Ni+2, transferindo-a para um erlenmeyer de 250mL. Adicionar 5mL de solução tampão pH 10,0 e diluir para 50-100mL. Adicionar alguns cristais do indicador murexida e titular com a solução de EDTA 0,01 mol L-1 que você padronizou até ocorrer a mudança de cor da solução de amarelo para violeta; b) repita todo o procedimento e expresse seu resultado em ppm e molaridade de níquel na solução de trabalho. COBRE. a) pipetar 5,0mL da solução estoque de Cu+2 transferindo para um erlenmeyer de 250mL. Adicionar solução tampão pH 10,0 gota a gota até que a coloração fique completamente azul e se verifique a solubilização de um precipitado recém formado. Diluir para 50 ou 100mL. Caso a solução ainda apresente um aspecto leitoso, adicionar mais solução tampão pH 10,0 . Em seguida adicione alguns cristais do indicador murexida e titular com solução de EDTA que você padronizou até que a cor da solução mude de amarelo (ou verde) para violeta; b) repita o procedimento e expresse seu resultado em molaridade e ppm de cobre na amostra analisada. 33 Manual de Química Analítica Quantitativa. DETERMINAÇÃO DA DUREZA DA ÁGUA. a) colocar 100,0mL da amostra de água (torneira) para um erlenmyer de 250 mL. Adicionar cerca de 6mL do tampão pH 10,0, alguns cristais de acido ascórbico e alguns cristais de doindicador negro de eriocromo-T (somente para a visualização). Titular com solução de EDTA ate ocorrer mudança de cor da solução de violeta para azul; b) repita o procedimento e estabeleça a dureza da água, expressando o resultado em grau alemão e ppm. OBS. ppm= mg/L de CaO e DHo (grau alemão)= 1 DHo= 10 ppm de CaO. Escala de dureza da água em graus alemães: 0-4 DHo= muito branda; 4-8 DHo=branda; 8-12 DHo= semi-dura; 12-18 DHo= bastante dura; 18-30 DHo= dura e > 30 DHo= muito dura. DETERMINAÇÃO COMPLEXOMETRICA DE ALUMÍNIO POR TITULAÇÃO DE RETORNO. a) pipetar 5,0mL de uma solução de Al+3, transferindo-a para um erlenmeyer de 250mL. Adicionar cerca de 20,0mL de EDTA 0,01 mol L-1 que você preparou. Em seguida, ajuste o pH da solução para 7 ou 8 por adição de amônia concentrada. Aquecer a solução até a ebulição, mantendo sob aquecimento por alguns minutos para assegurar a total complexação do alumínio. Resfriar à temperatura ambiente e ajustar o pH para 7 ou 8. Adicionar alguns cristais de indicador negro de eriocromo-T e titular rapidamente com solução de sulfato de zinco 0,01 mol L-1 até que a cor da solução mude de azul para vermelho-vinho. b) repita o procedimento e calcule o teor de alumínio na amostra. 34 Manual de Química Analítica Quantitativa. VOLUMETRIA DE OXI-REDUÇÃO. PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE KMnO4 0,02 MOL L-1. Preparação. a) Calcule a massa de permanganato de potássio necessária para preparar 250mL de solução 0,02 mol L-1. Dissolva o sal em água destilada e aqueça a solução até a ebulição por 1 hora. Deixe a solução esfriar a temperatura ambiente por 2 ou 3 dias. Filtre-a utilizando lã de vidro ou cadinho de vidro sinterizado. Transfira para um frasco escuro e proteja a solução de vapores redutores e da ação da luz. Se o dióxido de manganês sedimentar depois de algum tempo, filtre e re-padronize a solução. Padronização. a) Em meio acido, o ion oxalato (C2O4-2) é oxidado pelo íon permanganato a dióxido de carbono e água, segundo a reação: 5C2O4-2 + 2MnO4- + 16H+ → 10CO2 + 2Mn+2 + 8H2O. b) pese aproximadamente 0,125g de oxalato de sódio previamente dessecado em estufa a 105oC. Transfira, quantitativamente, para um erlenmeyer de 250mL e dissolva com aproximadamente 70 a 100mL de água. Junte 15mL de H2SO4 1:5, aqueça a 80-90oC e titule à quente com KMnO4 até aparecimento permanente da cor rosa. Anote o volume gasto na bureta e repita o procedimento para a obtenção de uma média de volumes. Por fim, calcule a molaridade da solução de permanganato. OBS. A temperatura da solução deverá estar acima de 60oC no ponto final da titulação. As primeiras gotas de permanganato reagem vagarosamente com o oxalato, devido a ausência de Mn+2 no inicio da titulação. 35 Manual de Química Analítica Quantitativa. APLICAÇÕES DA PERMANGANIMETRIA. DETERMINAÇÃO DA PUREZA DO SAL DE MOHR (FeSO 4(NH4)2SO4.6H2O). a) pese aproximadamente 0,6g do sal de Mohr. Dissolva com cerca de 25mL de H2SO4 1:5; b) titule com solução de KMnO4 que você padronizou até a observação de uma coloração rosa do titulante no erlenmeyer; c) repita o procedimento e calcule a pureza do sal de Mohr, segundo a reação: 5Fe+2 + MnO4- + 8H+ → Fe+3 + Mn+2 + 4H2O. DETERMINAÇÃO DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (H2O2). a) retire uma alíquota de 5,0mL de água oxigenada comercial e transfira para um balão volumétrico de 50mL completando o volume com água destilada, seguido de homogeneização; b) retire uma alíquota de 10,0mL desta solução e transfira para um erlenmyer e junte 10mL de H2SO4 1:5; c) titule com a solução de permanganato até o aparecimento de uma cor rosa persistente; d) repita o procedimento e calcule a massa, por litro, e o teor de H2O2. Em seguida, calcule a força (em volumes) da solução, segundo a reação: 2MnO4- + 5H2O2 + 6H+ → 2Mn+2 + 8H2O + 5O2. Decomposição do H2O2: 2H2O2 → 2H2O + O2. 36 Manual de Química Analítica Quantitativa. PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DE TIOSSULFATO DE SÓDIO 0,1 MOL L-1 E DICROMATO DE POTÁSSIO 0,017 MOL L-1. Preparo da solução de K2Cr2O7 0,017 mol L-1. a) Prepare 50,0mL de solução K2Cr2O7 0,017 mol L-1 (previamente dessecado em estufa a 150-200oC). Esta solução é padrão primário pois o K2Cr2O7 é um padrão primário, portanto deve ser cuidadosamente preparada e sua concentração calculada a partir da massa pesada e do volume usado. Preparo da solução de Na2S2O3.5H2O 0,1 mol L-1. a) Calcule a massa necessária para preparar 100,0mL de uma solução de tiossulfato de sódio 0,1 mol L-1. Esta solução deve ser padronizada. Padronização da solução de Na2S2O3.5H2O. a) retire 5,0mL da solução de dicromato de potássio e coloque em um erlenmeyer de 250mL. Junte 0,5g de KI, 2,5mL de HCl 6 mol L-1 e agite; b) lave as paredes do erlenmeyer com água destilada, feche com um vidro de relógio e aguarde uns 5 minutos; c) titule com a solução de tiossulfato até obter uma solução verde-amarelada; d) acrescente 1mL de solução de amido 1% (indicador) e continue a titular até mudança brusca do azul para verde-claro; e) anote o volume gasto e repita todo o procedimento, utilizando o valor médio dos volumes gastos para calcular a concentração real da solução de tiossulfato de sódio. As reações do ensaio podem ser representadas pelas seguintes equações: 37 Manual de Química Analítica Quantitativa. Cr2O7-2 + 14H+ + 6I- → 2Cr+3 + 3I2 + 7H2O. I2 + 2S2O3-2 → 2I- + S4O6-2. APLICAÇÕES DA IODOMETRIA. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CLORO ATIVO EM ÁGUA SANITÁRIA. a) meça 10,0mL da amostra de água sanitária e dilua com água destilada para 100,0mL utilizando um balão volumétrico; b) retire uma alíquota de 5,0mL da solução diluída da amostra e passe para um erlenmeyer de 250mL. Adicione 2,5g de KI e acidifique o meio com 12,5mL de acido acético 1:4; c) cubra o erlenmeyer com um vidro de relógio e aguarde pelo menos 5 minutos; d) titule o iodo liberado com a solução de tiossulfato que você padronizou previamente, até que a coloração torne-se amarelada; e) adicione, então, 50mL de água destilada e 0,5mL de solução de amido a 1% recém preparada. Continue a titulação até a solução tornar-se incolor; f) anote o volume gasto e repita todo o procedimento, trabalhando com a media dos volumes para encontrar o teor de cloro ativo na água sanitária. As reações que ocorrem neste ensaio podem ser representadas pelas equações: ClO- + 2I- + 2H+ → Cl- + I2 + H2O. I2 + 2S2O3- → 2I- + S4O6-2. 38 Manual de Química Analítica Quantitativa. ANALISE GRAVIMÉTRICA. DETERMINAÇÃO DE FERRO EM SULFATO FERROSO AMONIACAL (FeSO4(NH4)2SO4.6H2O). a) pese aproximadamente 1,0g da amostra e transfira quantitativamente, com o auxilio de 50 a 100mL de água destilada, para um béquer de vidro grande (≥ 500mL). Junte 0,5mL HCl 12M. Aqueça até a fervura; b) adicione lentamente 1,5mL de HNO3 concentrado com agitação e mantendo a solução sob moderada ebulição por uns 3 a 5 minutos até obter uma solução de cor amarela; c) retire cuidadosamente, com a ajuda de um bastão de vidro, uma gota da solução, transfira para um tubo de ensaio, contendo alguns cristais de ferricianeto de potássio, previamente dissolvido em água. Caso apareça uma coloração azul, ainda existe ferro (II) na solução. Deve-se, neste caso, adicionar mais HNO3 concentrado e continuar a ebulição até teste negativo para Fe(II); d) Acrescente 5 gotas de fenolftaleína ao meio. e) Adicione o agente precipitante (NaOH) 1,0 mol L-1 sob constante agitação com um bastão até a obtenção da cor vermelha do indicador no meio liquido. Aqueça por mais alguns minutos até que o precipitado flocule; f) espere o precipitado sedimentar e separe cuidadosamente o liquido sobrenadante por filtração através de papel de filtro de separação rápida, tendo o cuidado de manter o máximo possível o precipitado no béquer, pois as lavagens do precipitado devem ser feitas por decantação no béquer; g) proceda a lavagens usando porções de solução constituída de NH4NO3 (1%) + algumas gotas de amônia).Espere o precipitado sedimentar e separe cuidadosamente o liquido sobrenadante, deixando a maior parte do precipitado no béquer; 39 Manual de Química Analítica Quantitativa. h) depois da 5ª lavagem efetue o teste para cloreto no liquido que escoa, usando HNO3 e AgNO3; i) se neste teste para cloreto houver apenas uma turvação, transfira então, com solução de lavagem, o precipitado que se encontra no béquer, para um papel de filtro. Lave o béquer varias vezes com solução de lavagem até desagregar as partículas aderidas nas paredes do mesmo. Use um bastão auxiliar neste processo; j) deixe o filtro com o precipitado dentro durante toda a semana para o processo de drenagem e secura; k) dobre cuidadosamente o papel de filtro com seu conteúdo e coloque em um cadinho de porcelana previamente pesado; l) calcine o cadinho de porcelana em forno mufla a 800-1.000oC. Deixe esfriar para temperatura abaixo do rubro e coloque no dessecador e, depois de totalmente frio, pese-o e anote sua massa; m) Efetue o cálculo expressando seus resultados em (%) de ferro e de FeSO4 na amostra que você analisou. 40 Manual de Química Analítica Quantitativa. ANALISE GRAVIMÉTRICA POR VOLATILIZAÇÃO. DETERMINAÇÃO DE ÁGUA HIDROSCÓPICA (UMIDADE) PELO MÉTODO INDIRETO) a) pese aproximadamente 1,0g da amostra em um béquer; b) leve a amostra em uma estufa regulada a 150oC por 1 hora para evaporação da água; c) deixe esfriar em um dessecador por 30 minutos e efetue uma nova pesagem; d) Calcule o teor de água na amostra analisada utilizando os valores observados nas pesagens. Os cálculos podem ser efetuados pela diferença de massa antes e após o processo de aquecimento. OBS. Durante os processos de pesagem, não toque no béquer com as mãos. Utilize uma pinça ou papel nesta etapa. Todas as pesagens devem ser realizadas em balança analítica e os pesos anotados com 4 casas decimais. 41 Manual de Química Analítica Quantitativa. LISTAS DE EXERCÍCIOS. ASSUNTO: VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO. (ACIDOS E BASES FORTES E FRACOS). 1. Um volume de 25,0 mL de uma solução de NaOH foram submetidos à titulação com uma solução de H2SO4 de concentração 0,075 mol L-1. Terminada a titulação, verificou-se que foram gastos 26,5 mL da solução de H2SO4. Calcular a concentração da solução de NaOH. Resposta: 0,16 mol L-1. 2. Na titulação de 10,0 mL de uma solução de KOH foram consumidos 18,5 mL de uma solução de H2SO4 0,25 mol L-1. Calcule a concentração da solução de KOH. Resposta: 0,925 mol L-1. 3. Para a neutralização de 18 mL de uma solução 0,1 mol L-1 de HCl, foram gastos 12 mL de uma solução de NaOH. Determine a molaridade da solução de NaOH. Resposta: 0,15 mol L-1. 4. Um volume de 25 mL de uma solução de H2SO4 foram submetidos à titulação com uma solução de NaOH 0,1 mol L-1. Determine a concentração da solução de H2SO4 sabendo que foram consumidos 22,5 mL da solução de NaOH. Resposta: 0,045 mol L-1. 5. Na titulação de 5 mL de uma solução de H3PO4 forma gastos 20 mL de uma solução de KOH 0,1 mol L-1. Determine a concentração da solução de H3PO4. Resposta: 0,13 mol L-1. 6. De uma solução de H2SO4 foram pipetados 25 mL e transferidos para um erlenmeyer que, na titulação, exigiram 24,5 mL de uma solução 0,15 mol L-1 de NaOH. Determine a concentração da solução de H2SO4. Resposta: 0,0735 mol L-1. 7. Um comprimido de ácido acetil salicílico (AAS), foi finamente pulverizado. Uma massa de 0,400g desta amostra foi analisada com NaOH 0,1 mol L-1. Sabendo que 42 Manual de Química Analítica Quantitativa. o volume da base consumida foi igual a 20,0 mL. Calcule o teor do principio ativo no medicamento analisado. Dado MM (AAS)= 180 g/mol. Resposta: 90%. 8. Se 50,0mL de uma solução de HCl 1,0M são titulados com NaOH 1,0M. determine o pH da solução após adição dos seguintes volumes de hidróxido de sódio: a) 20mL (Resposta: pH 0,37) b) 49,99mL (Resposta: pH 4,0) c) 50,0mL (Resposta: pH 7,0) e d) 50,1mL (Resposta: pH 11). Em seguida, construa a respectiva curva de titulação para os dados. 9. Calcule o volume de NaOH 0,20M necessários para titular: a) 12,6mL de HF 0,20M (Resposta: 12,6 ml) b) 15,0mL de HClO4 0,14M (Resposta: 10,5 mL). 10. Qual o pH no ponto de equivalência de uma titulação de 25,0mL de ácido acético 0,1 M com NaOH 0,1M? Dado: Ka= 1,8x10-5. Resposta: pH 8,72. 11. Uma solução de um ácido fraco mono prótico 0,25 mol L-1 é titulada com NaOH equimolar. Quando metade da base necessária para alcançar o ponto de equivalência tiver sido adicionada, o pH da solução será de 4,41. Qual a constante de ionização deste ácido? Resposta: 3,9x10-5. 12. Considere a titulação de 25mL de ácido acético(Ka= 1,8x10-5), 1,0M com NaOH 1,0M. Calcule o pH da solução resultante após adição dos seguintes volumes de base: a) zero mL (Resposta: pH 2,37) b) 12,5mL (Resposta: 4,74) 43 Manual de Química Analítica Quantitativa. c) 25,0mL (Resposta: 9,2) e d) 30,0mL (Resposta: 12,96). 13 Titulam-se 25,0mL de NH3 (Kb= 1,8x10-5) 0,10M com HCl 0,10M. Qual o pH da solução: a) no início da titulação? (Resposta: pH 11,13) b) no ponto de equivalência? (Resposta: 5,28) c) no ponto meio da titulação? (Resposta: 9,25). 14. Extraem-se 10mL de suco gástrico de uma paciente com acloridria. Qual a concentração de ácido clorídrico presente no suco gástrico sabendo-se que para titula-los foram gastos 16mL de NaOH 0,05 mol/L? Resposta: 0,08 mol L-1. 15. Enquanto titula 25,0mL de ácido sulfúrico com uma solução de hidróxido de sódio 0,205 mol L-1, um químico ultrapassa o ponto final e tem que fazer uma titulação de retorno com uma solução 0,10 mol L-1 de ácido clorídrico para obter um ponto final adequado. Se ele adicionar 32,50mL de hidróxido de sódio e 2,50mL de ácido clorídrico, qual será a molaridade da solução de ácido sulfúrico? Resposta: 0,128 mol L-1. 16. Um volume de 10mL de uma solução 0,1 mol L-1 de amônia são titulados com ácido clorídrico equimolar. Calcule o pH da solução após adição dos seguintes volumes: a) 1mL (Resposta: pH 10,2) b) 5mL (Resposta: pH 9,25) c) 10mL (Resposta: pH 5,28) e d) 15 mL (Resposta: 1,7). Em seguida, construa a respectiva curva de titulação. Dado: Kb= 1,8x10-5. 44 Manual de Química Analítica Quantitativa. 17. Derive uma curva de titulação para 50,0mL de HCl 0,05 mol L-1 com NaOH 0,1 mol L-1. Escolhas os volumes e mostre os cálculos. 18. Gasta-se mais NaOH para alcalinizar 100,0 ml de 0,01 mol L-1 HNO3 que 100,0 ml de 0,01 mol L-1 de ácido acético. Discuta esta afirmação. 19. Qual o pH no ponto de equivalência, em uma titulação de HCl 0,10mol L-1 com NaOH equimolar? 20. Um volume de 25mL de acido acético 0,18mol L-1 é titulado com NaOH 0,20 mol L-1. Qual o pH no ponto de equivalência? Dado Ka= 1,8x10-5. Resposta: pH 8,86. 21. Um volume de 35,0mL de amônia 0,10 mol L-1 é titulado com HNO3 0,25mol L-1. Qual o pH no ponto de equivalência? Dado Kb= 1,8x10-5. Resposta: pH 5,2. 22. Um volume de10,0mL de uma solução de amônia (Kb= 1,8x10-5) 0,10mol L-1 são titulados com HCl 0,10 mol L-1. Calcule o pH da solução depois da adição dos seguintes volumes: a) 1,0mL (Resposta: pH 10,2) b) 5,0mL (Resposta: pH 9,26) c) 9,0mL (Resposta: pH 8,3) d) 9,9mL (Resposta: pH 7,2) e) 10,0mL (Resposta: pH 5,27) 23. Construa um gráfico de titulação de 10,0mL de acido acético 0,10mol L-1 com NaOH 0,10mol L-1. Os pontos serão dados pelos cálculos de pH da solução após adição de 1,0mL no inicio até o total de 20,0mL adicionados. Dado Ka= 1,8x10-5. 24. Uma solução foi preparada dissolvendo-se 6,005g de acido acético em 1L de água. Uma alíquota de 50,0mL desta solução foi titulada com NaOH 0,100mol L-1. Dado Ka= 1,8x10-5. Calcular o pH quando foram adicionados: a) 0,0 mL (Resposta: pH 2,87) 45 Manual de Química Analítica Quantitativa. b) 20,0 mL (Resposta: pH 4,55) c) 50,0 mL (Resposta: pH 8,72) d) 75,0 mL (Resposta: pH 12,3) e) 100,0 mL do titulante (Resposta: pH 12,52) 25. Tudo o que se sabe sobre o HA é que o mesmo é um acido fraco monoprotico. Uma amostrade 0,50g deste acido foi dissolvida em 50,0mL de água. Com os dados abaixo, obtidos da curva de titulação com NaOH 0,100mol L-1, pede-se para calcular a massa molecular do acido e o seu Ka: mL de NaOH pH 0,0 2,65 20,47 4,21 40,94 8,43 (ponto de equivalência). Respostas: MM= 122 g mol-1 e Ka= 6,1x10-5. 26. A massa de 0,3658g de um acido fraco, H2A, foram dissolvidos em 50,2mL de água e a solução resultante foi titulada com NaOH 0,0954mol L-1. A partir dos dados obtidos da curva de titulação, calcule K1 e K2. mL de NaOH pH 18,42 2,87 36,83 4,26 (1º ponto de equivalência 46 Manual de Química Analítica Quantitativa. 55,24 5,66 73,66 ~8,5 (2º ponto de equivalência). Respostas: Ka1= 1,3x10-3 e Ka2= 2,3x10-6. 27. Qual é a molaridade de uma solução de NaOH da qual 50,00 mL requer 42,19 mL de HCl 0,1184 mols L-1 para total neutralização? Resposta: 0,0999 mol L-1. 28. Uma amostra, pesando 3,0 g, contendo (NH4)2SO4, NH4NO3 e outros materiais inertes foi dissolvida em água e diluída para 250,0 mL solução (A). Uma alíquota de 25,0 mL da solução (A) foi alcalinizada a ponto de converter todo NH4+ a NH3 (equação I), que foi, por sua vez, destilado e desprezado. A solução resultante foi titulada com uma solução padrão de Ba+2 0,1 mol L-1, consumindo 8,0 mL desta. Outra alíquota de 25,0 mL da solução (A) foi tratada com alumínio metálico a fim de reduzir o NO3- a NH3 (equação II). A NH3 foi destilada sob ácido bórico (equação III) e 20,0 mL do HCl 0,10 mol L-1 foi consumido para titular os íons H2BO3- (equação IV). Calcule a percentagem de (NH4)2SO4 e NH4NO3 na amostra. Equação I: NH4+ + OH- → NH3 + H2O. Equação II: 3NO3- + 8Alo + 5OH- + 18H2O → 3NH3↑ + 8[Al(OH)4]-. Equação III: H3BO3 + NH3 →NH4+ + H2BO3-. Equação IV: H2BO3- + H+ → H3BO3. Respostas: (NH4)2SO4= 35,2% e NH4NO3= 53,3%. 29. Uma amostra pesando 0,5027 g, contendo Na3PO4 e outros materiais inertes é titulada com 16,16 mL de HCl 0,1044 mols L-1 na presença de fenolftaleína como indicador. Calcule a percentagem do sal e materiais inertes na amostra. Resposta: Na3PO4= 18,36%. 30. Você recebe um frasco de P2O5 que o cliente supõe estar contaminado com H3PO4, já que o mesmo foi estocado não lacrado em ambiente úmido (P2O5 + 3H2O →2H3PO4). Você pesa 0,8g do material, dissolve em água e titula com NaOH 0,10 mols L-1, gastando 42,0 mL da base para virar a fenolftaleína. Calcule a 47 Manual de Química Analítica Quantitativa. composição percentual da amostra supondo que ela só contenha P2O5 e H3PO4. Respostas: (H3PO4= 17,15% e P2O5= 82,85%). 48 Manual de Química Analítica Quantitativa. 31. Uma amostra de álcool etílico pesando 0,2208 g foi tratada com um excesso de anidrido acético (equação I). A solução resultante foi tratada a fim de destruir o excesso do anidrido e, em seguida, titulada com 36,76 mL de solução de NaOH (equação II) 0,10 mols L-1. Calcule o conteúdo percentual de etanol na amostra. Equação I: (CH3CO)2O + C2H5OH → CH3COOC2H5 + CH3COOH. Equação II: CH3COOH + OH- → CH3COO- + H2O. Resposta: 76,56%. 32. Um ácido orgânico de massa molar 170 g mol-1 contém apenas C, H e O. A massa pura de 0,3657g desse ácido são titulados com 43,21 mL de NaOH 0,10 mols L-1 na presença de fenolftaleína como indicador. Calcule o número de grupos ácidos tituláveis em cada molécula do ácido. Resposta: 2. 33. A massa de 1,15g de uma amostra de hidróxido de amônio técnico foi transferida para um frasco Erlenmeyer contendo 30 mL de água. Juntou-se vermelho de metila e titulou-se com 16,75 mL de solução de H2SO4 0,5 M. Calcular o teor de NH3 na amostra. Resposta: 24,76%. 34. Um carregamento de ácido acético foi adquirido por uma empresa de produtos químicos. Na nota fiscal constava o teor de 20 g L-1 de acidez total. Por sua vez, o químico responsável pela análise do produto, retirou uma alíquota de 20 mL e titulou-a na presença de fenolftaleína, com solução de NaOH 0,10 mol L-1, consumindo 53 mL. Qual a atitude do químico frente ao aludido carregamento? Resposta: reprovou. 35. Uma alíquota de 16 mL de uma solução de um diácido, cuja concentração é 15 g L-1, é titulada com 20 mL de solução de KOH 0,1 mol L-1. Qual a massa molar do ácido? Resposta: 240 g mol-1. 36. A massa de 1,475g de ácido ortofosfórico comercial foram dissolvidos em 250 mL de água. Uma alíquota de 25 mL dessa solução foram titulados com solução de NaOH 0,14 mol L-1, usando a timolftaleína como indicador, gastando-se 21,0 mL. Pede-se calcular o teor de H3PO4 na amostra. Resposta: 65,1%. 49 Manual de Química Analítica Quantitativa. 37. Considere o seguinte sistema: 20 mL de ácido acético contendo 0,18g do reagente, sendo titulados com solução de hidróxido de potássio 0,12 mol L-1. Elabore a curva de titulação nas proximidades do ponto estequiométrico. Ka= 1,8x10-5. 38. Uma amostra pesando 1,0 g de uma mistura de carbonato de sódio e hidróxido de sódio impuro foi dissolvida em água, e a solução transferida para um balão de 250 mL com o seu volume completado com água. Uma alíquota de 25 mL dessa solução foi titulada com solução de ácido clorídrico 0,15 mol L-1, na presença de azul de bromofenol, consumindo-se 10,0 mL do titulante e depois desprezada. Outra alíquota de 25 mL foi transferida para um erlenmeyer e submetida a um ligeiro aquecimento. Juntou-se solução de cloreto de bário a 1% até a precipitação total do carbonato (BaCO3). Em seguida, juntou-se fenolftaleína, titulando-a com a mesma solução de ácido clorídrico que consumiu 3,0 mL. Pede-se o teor dos componentes da amostra. Respostas: NaOH= 18,0% e Na2CO3= 55,6%. 39. Calcular a concentração em g L-1 de uma solução de NaOH sabendo-se que 25 mL de solução consumiram 72 mL de HCl 0,12 mol L -1. Resposta: 13,8 g L-1. 40. Considere o seguinte sistema: 30 mL de solução de NaOH 0,17 mol L-1 sendo titulados com solução de HCl 0,12 mol L-1. Elabore a curva de titulação nas proximidades do P.E. 41. Considere o seguinte sistema: 30 mL de ácido nítrico 0,10 mol L-1 sendo titulados com solução de hidróxido de potássio 0,20 mol L-1. Quais os valores de pH nas proximidades do P.E.? 42. Um volume de 20 mL de solução de H2SO4 0,25 mol L-1 é titulado com solução 0,25 mol L-1 de NaOH. Qual o volume da solução alcalina necessário para se obter uma solução de pH final igual a 12,0. Resposta: 42,5 mL. 43. Uma solução contendo 0,750g de H2C2O4.2H2O foi adicionada de 25 mL de solução de KOH. O excesso desta base foi titulado com 4,02 mL de solução de HCl a 0,1250 mol L-1. Qual a concentração molar da solução alcalina? Resposta: 0,496 mol L-1. 50 Manual de Química Analítica Quantitativa. 44. De uma solução de KOH retirou-se uma alíquota de 25 mL. Juntou-se água e fenolftaleína e, em seguida, titulou-se com solução de HCl 0,10 mol L-1 consumindo 9,5 mL do ácido. Calcular a concentração em g L-1 da base. Resposta: 2,13 g L-1. 45. São necessários 27,63 mL de uma solução de hidróxido de sódio 0,09381 mol L-1 para alcançar o ponto de equivalente de uma titulação de 100,0 mL de uma solução de um ácido monoprótico muito fraco. O pH alcançado neste ponto foi 10,99. Calcule o pKa deste ácido. Resposta: 9,67. 51 Manual de Química Analítica Quantitativa. ASSUNTO VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO. 1. 20mL de uma solução de cloreto de sódio exigiram 15mL de uma solução 0,1M de nitrato de prata para a completa precipitação. Qual a concentração original da solução de cloreto de sódio? Resposta: 0,075 mol L-1. 2. Uma solução de nitrato de prata contendo 7,5g do sal em 250mL foi utilizada para titular 25mL de uma solução de cloreto de sódio. Observou-se que foram gastos na titulação 24,5mL da solução de nitrato de prata. Qual a molaridade e a concentração em gramas por litros da solução de cloreto de sódio? Resposta: M= 0,173 mol L-1 e 10,1 g L-1. 3. Que volume de solução de AgNO3 0,120M é necessário para precipitação do íon cloreto contido em 0,250g de uma amostra do sal comum (NaCl) com 98,4% de pureza? Resposta: V= 35 mL. 4. Um volume de 50mL de umasalmoura foram diluídos a 500mL. Em uma alíquota de 50mL da solução diluída foram adicionados 50mL de solução 0,25M de AgNO3, sendo o excesso de nitrato de prata titulado por 15mL de solução 0,1M de NH4SCN. Calcular a concentração de NaCl na solução original. Resposta: 2,2 mol L-1. 5. Uma moeda de prata pesando 2,8g é dissolvida em ácido nítrico e a solução resultante diluída a 250mL em balão volumétrico. Uma alíquota de 25mL desta solução foi titulada por 23,4mL de solução 0,1M de tiocianato de potássio, usando-se um sal férrico com indicador. Calcular o teor de prata na moeda. Resposta: 89,4%. 6. Na determinação da prova de salinidade, 50mL de uma amostra de água de caldeira necessitam de 30mL de uma solução 0,2M de AgNO3. Calcule a concentração de cloreto na amostra, expressando o resultado em mg por litro. Resposta: 4.260 mg L-1. 52 Manual de Química Analítica Quantitativa. 7. Seja a titulação de 50mL de NaCl 0,2M com AgNO3 0,1M. Qual o pCl no ponto de equivalência? Esboce um gráfico de pAg contra o volume de AgNO3 adicionado. Dado: Kps (AgCl= 1,6x10-10). Resposta: pCl= 4,9. 8. Pede-se para calcular a % de prata em uma liga e para tal uma amostra de 0,2025g foi pesada e dissolvida adequadamente. A amostra em solução foi transferida para um erlenmeyer e titulada com uma solução padrão de KSCN 0,100mol L-1. Foram gastos 15,25mL deste padrão para atingir o ponto final da titulação. Resposta: 80,6%. 9. É uma pratica de laboratório de analise clinica, proceder a determinação de cloreto em soro pelo método de Volhard. Para isso, uma amostra de 5,00mL de soro foi tratada com 8,450mL de solução de AgNO3 0,100mol L-1 e o excesso de íons prata foi titulado com 4,250mL de uma solução de KSCN 0,100mol L-1 usando uma solução de Fe+3 como indicador. Calcular quantos mg de cloreto existem na amostra. Resposta: 14,9 mg. 10. Uma amostra de salmora (NaCl em solução aquosa) é entregue para analise. O analista transferiu uma alíquota de 10,00mL da amostra para um erlenmeyer e titulou com 32,75mL de uma solução de AgNO3 0,100mol L-1. Calcular a quantidade de NaCl (em g L-1) na salmora. Resposta: 19,158 g L-1. 11. Considere uma titulação na qual 50,00mL de uma solução de AgNO3 0,120mol L-1 são titulados com uma solução padrão de KSCN 0,100mol L-1, usando Fe+3 como indicador. Calcular o volume de SCN- gasto na titulação. Resposta: V= 60 mL. 12. A massa de 252mg de uma amostra de NaCl necessitam de 42,4mL de uma solução 0,1mol L-1 de AgNO3 para a precipitação completa do íon cloreto sob a forma de AgCl, utilizando K2CrO4 como indicador. Calcular a % de NaCl na amostra analisada. Resposta: 98,4%. 13. O volume de 11,85mL de uma solução de cloreto de cálcio, exigiram 7,56mL de AgNO3 0,1 mol L-1 para a sua completa precipitação. Qual a concentração da solução de cloreto de cálcio em gramas por litro? Resposta: 3,55 g L-1. 53 Manual de Química Analítica Quantitativa. 14. Dissolvem-se 1,5g de MgCl2.6H2O comercial em 100mL de água destilada. Uma alíquota de 25mL é retirada e diluída novamente a 100mL com água destilada. 25mL da solução final exigiram 15,8mL de uma solução 0,05 mol L-1 de AgNO3 para a precipitação completa. Qual a pureza do sal analisado? Resposta: 85,5%. 15. Calcular o pAg em uma solução durante a titulação de 50,00mL de NaCl 0,05 mol L-1 com AgNO3 0,1 mol L-1 após adição dos seguintes volumes do titulante: a) 0,0 mL; (resposta: não existe leitura) b) 24,5 mL; (resposta: 6,57) c) 25,0mL; (resposta: 4,87) d) 25,5 mL (resposta: 3,17). Dado: Kps (AgCl)= 1,8x10-10. 16. Uma moeda de prata pesando 2,0g é dissolvida em meio nítrico e a solução resultante diluía a 500mL em balão volumétrico. 50mL da solução resultante foram titulados por 14,8mL de solução 0,100mol L-1 de KSCN. Calcular o teor de prata na moeda. Resposta: 79,2%. 17. Qual a molaridade de uma solução de AgNO3 da qual 41,5mL são equivalentes a 245,7mg de NaCl? Resposta: 0,1012 mol L-1. 18. Um volume de 25mL de uma solução de NaBr foram tratados por 50,0mL de solução de AgNO3 que contem 20g do sal por litro. O precipitado de AgBr foi separado por filtração. O excesso de nitrato de prata foi titulado por 15,4mL da solução de KSCN 0,100mol L-1. Qual a concentração molar da solução de NaBr? Resposta: 0,174 mol L-1. 19. Um volume de 44,8mL de uma solução de AgNO3 foram necessários para precipitar completamente o íon cloreto contido em 257,4mg de NaCl. Calcular a molaridade da solução de AgNO3. Resposta: 0,098 mol L-1. 54 Manual de Química Analítica Quantitativa. 20. Um volume de 100,0mL de água corrente necessitam de 8,54mL de uma solução de 0,010mol L-1 de AgNO3 para a completa precipitação do Cl- nela contido. Qual a concentração de Cl- em ppm? Resposta: 30,32. 21. Calcular e graficar a curva de titulação (pAg+ versus volume da SCN-) para 50mL de uma solução 0,1 mol L-1 de AgNO3 com solução 0,1 mol L-1 de NH4SCN. Dado Kps AgSCN= 1x10-12. 22. Um volume de 50,0 mL de solução de cloreto de cálcio 0,1 mol L-1 é titulado com solução 0,1 mol L-1 de sulfato de sódio. Encontre o pCa+2: a) no inicio da titulação, b) na metade do ponto de equivalência e no ponto final da titulação. Dado Kps CaSO4= 6x10-5. Respostas: a) 1; b) 1,48 e c) 2,1. 23. Encontre a porcentagem de prata em uma liga, se uma solução deste material foi obtida pela dissolução de 0,3g em HNO3 seguida pelo consumo de 23,8 mL de uma solução padrão 0,1 mol L-1 de tiocianato de amônio. Resposta: 84,9%. 24. Encontre a massa, em 250 mL de cloreto de potássio, da qual 25,0 mL necessitou de 34 mL de uma solução de nitrato de prata 0,105 mol L-1 para a completa precipitação. Resposta: 2,66 g. 25. Uma amostra, pesando 0,7439g, é dissolvida em água e 50,0 mL de AgNO3 0,10 mols L-1 são adicionados. O excesso de AgNO3 não reagido é titulado com 7,86 mL de KSCN 0,0996 mols L-1. Calcule a percentagem de cloreto na amostra. Resposta: 20,1%. 26. A massa de 0,79g de um desinfetante é dissolvida em etanol e o iodofórmio é decomposto com ácido nítrico concentrado. Em seguida, o volume de 8,40 mL de AgNO3 0,169 mols L-1 é adicionado ao meio, de acordo com a reação: CHI3 + 3Ag+ + H2O →3AgI + 3H+ + CO. Após a reação estar completa, o excesso de Ag+ não reagido, é titulado com 1,79 mL de KSCN 0,095 mols L-1. Calcule a percentagem de iodofórmio no desinfetante. Resposta: 20,8%. 55 Manual de Química Analítica Quantitativa. 27. A massa de 0,2142g do sal MCl2 puro é dissolvida em água e titulados com 36,0 mL de AgNO 3 0,125 mols L-1. Calcule a massa molar do metal M. Resposta: 24,2 g mol-1. 28. A massa de 1,5 g de um minério de cálcio foi dissolvida e a solução obtida consumiu, quantitativamente, 200 mL de solução 0,05 mol L-1 de ácido sulfúrico para a precipitação total do cálcio. Pede-se o teor de óxido de cálcio na amostra. Resposta: 37,3%. 29. Uma amostra pesando 0,40g, consistindo de uma mistura de BaCl2, KCl e impurezas requereu 30,25 mL de AgNO3 0,120 mols L-1 para a precipitação quantitativa do cloreto. A mesma massa da mesma amostra, quando titulada com uma solução padrão de Na2SO4 0,1 mol L-1 necessitou de 10 mL para a precipitação do BaSO4. Calcule a percentagem de cada sal nesta amostra. Respostas: BaCl2= 52,0%, KCl= 30,4% e impurezas= 17,6%. 30. Uma amostra de NaBr comercial pesando 0,60 g foi dissolvida em água e o volume da solução elevado a 200 mL. Uma alíquota de 20 mL foi titulada com solução de AgNO3 0,1 mol L-1, em presença de K2CrO4, consumindo 5,25 mL do titulante. Calcular o teor da NaBr e de Br- na amostra. Respostas: NaBr= 90,0% e Br-= 69,6%. 31. Uma amostra de NaCl pesando 0,3 g foi dissolvida em água e o volume da solução elevado a 250 mL. Uma alíquota de 25 mL de solução foi adicionada de 5 mL de AgNO3 0,1 mol L-1 e o precipitado formado foi protegido com nitrobenzeno. Em seguida, a mistura foi titulada com solução de KSCN 0,01 mol L-1 em presença de Fe+3 e de ácido nítrico, consumindo-se 1,6 mL. Calcular o teor do sal na amostra. Resposta: 94,38%. 32. Uma amostrade 27,73mg contem somente cloreto de ferro (II). Dissolvida em água, necessitou de 18,49 mL de solução de nitrato de prata 0,02237 mol L-1 para a titulação completa de seus cloretos. Calcule a % de cloreto de ferro (II) e a porcentagem de ferro na amostra. Respostas: FeCl2= 93,76% e Fe= 41,6%. 56 Manual de Química Analítica Quantitativa. 33. Se dissolve uma amostra de 0,410g de brometo de potássio impuro em 25,0 mL de água e junta-se 50,0 mL de nitrato de prata 0,0492 mol L-1 em excesso para precipitar todo o íon brometo presente na amostra. De acordo com o método de Volhard, são necessários 7,50 mL de tiocianato de potássio 0,060 mol L-1 para precipitar o excesso da prata. Calcule a porcentagem da amostra original. Resposta: 58%. 34. Uma amostra de 0,17g de uma matéria prima que contem clorato de magnésio é dissolvida e todo o clorato reduzido a cloreto com um agente redutor adequado; o cloreto resultante é titulado com uma solução de nitrato de prata 0,102 mol L-1, consumindo 15,0 mL. Calcule a porcentagem de magnésio na matéria prima analizada. Resposta: 10,9%. 57 Manual de Química Analítica Quantitativa. ASSUNTO VOLUMETRIA DE COMPLEXOS. 1. Uma alíquota de 50,0mL de uma solução contendo ferro (II) e (III) requer 13,73mL 0,012M de EDTA quando titulada em pH 2,0 e 29,62mL quando titulada em pH 6,0. Expresse a concentração de cada espécie presente na solução em termos de partes por milhão. Resposta: Fe+3= 184,8 ppm e Fe+2= 212,8 ppm. 2. Considere a titulação de 25,0mL de uma solução 0,02M de MnSO4 com uma solução 0,01M de EDTA tamponada em pH 8,0. Calcule pMn+2 nos seguintes volumes de EDTA adicionados: (Dados: K= 6,2x1013 e αY-4=5,4x10-3). a. 0,0mL (Resposta: pMn+2= 1,7) b. 20,0mL (Resposta: pMn+2= 2,17) c. 40,0mL (Resposta: pMn+2= 2,8) d. 49,0mL (Resposta: pMn+2= 3,87) e. 50,0mL (Resposta: pMn+2= 6,85) f. 60,0mL (Resposta: pMn+2= 10,8) 3. Derive a curva (pCa+2 como uma função do volume de EDTA) para a titulação de 50mL de Ca+2 0,005M com EDTA 0,01M em solução tamponada em pH=10,0. Dados: K= 5x1010 e αY-4( pH 10,0)=0,35. 4. Calcule o volume de EDTA 0,050M necessário para titular: a) 26,37mL de Mg(NO3)2 0,0741M (Resposta: 39 mL) b) O Ca em 0,2145g de CaCO3 (Resposta: 42,9 mL) c) O Ca em uma amostra de 0,4397g de CaHPO4.2H2O com 81,4% de pureza (Resposta: 41,6 mL) 58 Manual de Química Analítica Quantitativa. 5. Uma solução contém 1,694mg de CoSO4 por mL. Calcule: a) O volume de EDTA 0,08640M necessário para titular 25,0mL desta solução (Resposta: v= 3,18 mL) b) O volume de Zn+2 0,009450M necessário para titular o excesso do reagente após adição de 50,0mL de EDTA 0,08640M a uma alíquota de 25,0mL desta solução (Resposta: v= 428 mL) 6. Uma amostra de 0,7556g contendo zinco foi titulada com 21,27mL de EDTA 0,01645M. Calcule a porcentagem de Zn nesta amostra. (Resposta: 3%) 7. Calcule a concentração de Ni+2 livre em uma solução que foi preparada pela mistura de 50,0mL de uma solução 0,03M do metal com 50,0mL de EDTA 0,03M em valor de pH 3,0. Dados: K= 4,2x1018 e αY-4=2,5x10-11. (Resposta: 1,2x10-5 M) 8. Uma solução (50,0 mL) de íons magnésio de concentração 1,0x10-3 mol L-1 é tamponada em pH 10,0 e titulada com uma solução padrão de EDTA 0,100mol L-1. Sabendo que a constante de formação do complexo é 4,9x108 e αY-4= 0,35: a) calcular a constante de formação condicional para o complexo Mg-EDTA. (Resposta: 1,7x108) b) construir a curva de titulação de pMg versus volume de EDTA. 9. Uma massa de MgCO3 puro, pesando 0,1225g foi adequadamente dissolvida em um mínimo de HCl diluído, o pH ajustado e tamponado, e daí titulado com EDTA usando negro de eriocromo T como indicador. Gastaram-se 19,72mL da solução de EDTA. Calcular a concentração, em mol L-1, da solução de EDTA. (Resposta: 0,074 mol L-1). 59 Manual de Química Analítica Quantitativa. 10. Algumas pomadas são comercializadas como de uso auxiliar na cicatrização de ferimentos e têm como principio ativo uma mistura de ZnO-ZnSO4. Uma amostra de 5,50g de tal pomada foi dissolvida e o material cuidadosamente transferido para um balão volumétrico de 250,0mL e depois acertado o volume com água destilada. Uma alíquota de 50,0mL desta solução foi transferida para um erlenmeyer de 250,0mL, o pH ajustado corretamente, e daí titulado com 12,35mL de uma solução de EDTA 0,050mol L-1. Pede-se para calcular a % de Zn na pomada. (Resposta: 3,65%) 11. Sob solicitação médica, o teor de cálcio no soro sanguíneo pode ser determinado em um laboratório clinico por meio de uma microtitulação com EDTA. No procedimento geral, 100,0mL do soro são cuidadosamente transferidos para um frasco de vidro adequado, adicionando-se em seguida 2 gotas de KOH 2,0mol L-1 e o indicador. A amostra é titulada com uma solução de EDTA 1,0x10-2mol L-1. Considerando que foram gastos 0,975mL do titulante, calcular quantos mg de Ca por 100,0mL se soro existem na amostra analisada. Lembrar que o soro de pessoas adultas saudáveis contém de 9 a 11mg de Ca por 100,0mL de soro. (Resposta: 0,39 mg / 100mL) 12. Geralmente o teor de sulfatos em sais impuros pode ser determinado por meio de uma titulação indireta com EDTA. Uma amostra de 50mg de um sulfato solúvel foi dissolvida, acidulada com HNO3, e a esta solução foi adicionado excesso de uma solução de Pb(NO3)2. O precipitado PbSO4 foi filtrado, lavado e depois dissolvido em uma solução contendo NH3 pela adição de 50,0mL de EDTA 1,0x10-2mol L-1. A seguir o excesso de EDTA foi titulado em pH 10,0 com 10,50mL de uma solução 1,0x10-2 mol L-1 de Zn(NO3)2 usando eriocromo T como indicador. Calcular a % de sulfato na amostra analisada. (Resposta: 75,8%) 13. Uma alíquota de 25,0mL de água natural é titulada com uma solução de EDTA 1,0x10-2mol L-1. Foram gastos 16,45mL do titulante para atingir o ponto final. Qual é a dureza desta água, expressa em mg mL-1 de CaCO3? (Resposta: 0,658 mg mL-1) 60 Manual de Química Analítica Quantitativa. 14. Um medicamento em pó, a base de sulfas e contendo ZnO como auxiliar cicatrizante que protege a pele absorvendo a umidade e secando-a, deve ser analisado para seu controle farmacêutico. Para sua analise foram pesados 1,0g do pó, devidamente dissolvido e tamponado e titulado com 20,55mL de EDTA 2,0x10-2mol L-1. Calcular a % de ZnO na amostra. (Resposta: 3,32%) 15. Um complexo genérico MY tem uma constante de estabilidade de 6,0x106. Qual será a concentração de íon metálico livre em uma solução 1,8x10-3mol L-1 do complexo e 2,0x10-1mol L-1 do agente complexante? (Resposta: 1,5x10-9 mol L-1). 16. Suponha que a um estudante sejam dados 25,0mL de uma solução de EDTA de concentração 4,5x10-2mol L-1. A esta solução o estudante juntou 6,0mL de uma solução de CuSO4 4,7x10-3mol L-1 em meio tamponado pH 10,0. Calcular a concentração de metal livre. Dado K [Cu-EDTA]= 6,3x1018 e αY-4= 0,35. (Resposta: 1,16x10-20 mol L-1). 17. A um estudante é pedido para calcular quanto CaCl2 (em mg) existe em uma amostra que necessitou de 20,25mL de uma solução de EDTA 1,4x10-2mol L-1 para realizar a titulação utilizando Eriocromo T como indicador. Resposta: 31,47 mg. 18. Um estudante usou uma solução de EDTA 2,0x10-1mol L-1 para titular exatamente 100,0mL de uma solução ZnCl2. Na titulação foram gastos 50,0mL de EDTA, usando negro de eriocromo T para detectar o ponto final. Nestas condições qual será a massa do sal de zinco na solução? (Resposta: 1,36g) 61 Manual de Química Analítica Quantitativa. 19. O íon M+n (100,0mL de uma solução 0,050mol L-1 do íon metálico tamponado em pH 9,0) foi titulado com uma solução de EDTA 0,050mol L-1. a) Qual é o volume equivalente em mililitros? (Resposta: 100mL) b) Calcule a concentração de M+n livre em v= 1/2Ve (Resposta: 1,67x10-2 mol L-1) c) A constante de formação é 1012 e o αY-4 5,1x10-2. Calcular o valor da constante de formação condicional (Resposta: 5,1x1010) d) Calcule a concentração de M+n em V=Ve (Resposta: 7x10-7 mol L-1) e) Qual a concentração de M+n em V=1,10Ve? (Resposta:
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