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Centro Universitário de Brasília – UniCEUB Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais Aplicadas - FATECS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL RELATÓRIO - FÍSICA 2 Centro Universitário de Brasília – UniCEUB Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais Aplicadas - FATECS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL RELATÓRIO - FÍSICA 2 RELATÓRIO FÍSICA 2 SISTEMA MASSA-MOLA Nome dos alunos / Componentes do grupo: Aline Rocha Oliveira / RA: 21502922 Caroline Borges Farias / RA: 21500485 Jane Betânia de Lima Capiberibe / RA: 21501187 Jéssica Santana Martins / RA: 21501224 Lorena Lopes Delgado / RA: 21508610 Data da realização da experiência: 13 de maio de 2016 Introdução Seja um sistema em situação de equilíbrio estável. Quando esse sistema é levemente afastado dessa situação e liberado, passa a executar um movimento periódico ou oscilatório, em torno da posição de equilíbrio, chamado de Movimento Harmônico Simples(MHS), se não existirem forças dissipativas. O oscilador massa-mola é constituído de um corpo de massa m ligado a uma mola de constante elástica k, presa a uma parede. O corpo executa MHS sobre uma superfície horizontal sem atrito. (Vide figura 1 a baixo). Figura 1 - Oscilador massa - mola sobre uma s superfície horizontal sem atrito. Quando a mola é comprimida/esticada e em seguida liberada, o corpo passa a executar um movimento unidimensional oscilatório em torno da posição de equilíbrio governado pela força restauradora exercida pela mola (Lei de Hooke): Em que é a deformação unidimensional da mola. O sinal negativo indica que a força é sempre contrária à deformação, isto é: se x > 0, então, F < 0; e se x < 0, então, F > 0. Portanto, a força tem caráter restaurador, ou seja, possui a característica de restaurar o estado de equilíbrio estável original. A equação acima é válida apenas para pequenas deformações da mola (Lei de Hooke). O corpo executa Movimento Harmônico Simples. A força restauradora atua na direção do movimento, porém no sentido de levar o corpo de massa m para a posição de equilíbrio (). (a) Mola esticada (), força para a esquerda (F < 0). (b) Mola comprimida ( ), força para a direita (F > 0). Em geral, pode-se escrever a seguinte expressão para a força: . De acordo com a segunda lei de Newton, na ausência de forças dissipativas, Então, a equação de movimento para o corpo no oscilador massa-mola é dada pela equação diferencial: onde a solução é do tipo: , em que, é a frequência angular da oscilação, A é a amplitude da oscilação, e a constante de fase () depende de condições iniciais do movimento. Note-se que a solução apresentada é válida no limite da Lei de Hooke, isto é, pequenas deformações da mola, e consequentemente, pequenas amplitudes de oscilação. A frequência angular () está relacionada com a frequência () e o período () da oscilação através das relações: Quando o sistema massa-mola é posto a oscilar na direção vertical, o peso da própria mola a deforma, mesmo na ausência do corpo de massa m. Entretanto, a experiência mostra que, para pequenas deformações da mola, e pequenas massas, o sistema massa-mola na vertical apresenta movimento oscilatório. Objetivo O objetivo geral de experimento consiste em analisar o movimento oscilatório do tipo MHS (Movimento Harmônico Simples). Os objetivos específicos desta atividade consistem em: Medir as grandezas que caracterizam um movimento harmônico simples; Verificar que grandezas interferem no período do oscilador; Comparar cálculos teóricos com resultados experimentais. Material e equipamentos 3.1 Mola helicoidal; 3.2 Cronômetro; 3.3 Suporte universal; 3.4 Objetos com massas distintas; 3.5 Balança Digital; 3.6 Régua milimetrada. Procedimento Experimental O equipamento utilizado nesse experimento é constituído por um suporte universal com uma mola suspensa, acoplados a essa objetos com massas diferentes, separadamente. 4.1 Meça o comprimento inicial da mola suspensa; 4.2 Meça amassa do objeto de menor massa; 4.3 Coloque o objeto inicialmente no suporte preso à mola conforme a ilustração abaixo: 4.4 Antes de iniciar o movimento oscilatório meça o comprimento inicial da mola () e sua deformação () após a inserção do objeto ao suporte; 4.5 Coloque o sistema para oscilar com pequenas amplitudes, e meça o tempo para 10 oscilações; 4.6 Para cada massa repita a operação por três vezes; 4.7 Obtenha o valor médio para o período; 4.8 Considere agora outro objeto de massa diferente2. Meça a sua massa. Repita os procedimentos 4.3 a 4.7; 4.9 Anote todas as medidas na tabela 1 abaixo: Tabela 01- Medidas de massa, período e valores estatísticos para o sistema massa-mola (com uma mola). Medida 10T1 (s) T1 (s) 10T2 (s) T2 (s) 10T3 (s) T3 (s) Medida 1 6,10 0,610 6,85 0,685 6,94 0,694 Medida 2 6,03 0,603 6,85 0,685 6,97 0,697 Medida 3 5,97 0,597 6,84 0,684 6,93 0,693 Média () 0,6033 0,6847 0,6947 2 Cuidado: o excesso de massas pode danificar a mola e tornar inválido o experimento! Figura 2 - Oscilador massa-mola vertical Figura 3 - Associação de Molas. a) Associação em série. b) Associação em paralelo. 4.10 Repita os procedimentos 4.3 a 4.8 para a associação em série (veja a figura 3) e complete a tabela 02 (escolha duas molas com constantes elásticas semelhantes); Tabela 02 - Medidas de massa, período e valores estatísticos para o sistema massa-mola associado em série. Medida 10T1 (s) T1 (s) 10T2 (s) T2 (s) 10T3 (s) T3 (s) Medida 1 8,44 0,844 10,03 1,003 10,10 1,010 Medida 2 8,53 0,853 10,10 1,010 10,12 1,012 Medida 3 8,53 0,853 9,94 0,994 10,07 1,007 Média () 0,85 1,002 1,010 4.11 Repita os procedimentos 4.3 a 4.8 para a associação em paralelo (veja a figura 3) e complete a tabela 03(escolha duas molas com constantes elásticas semelhantes); Tabela 03- Medidas de massa, período e valores estatísticos para o sistema massa-mola associado em paralelo. Medida 10T1 (s) T1 (s) 10T2 (s) T2 (s) 10T3 (s) T3 (s) Medida 1 4,85 0,485 5,44 0,544 5,49 0,549 Medida 2 4,77 0,477 5,50 0,550 5,51 0,551 Medida 3 4,88 0,488 5,46 0,546 5,50 0,550 Média () 0,483 0,547 0,550 Dados Coletados e Análise/Avaliação Experimental 5.1 Para cada valor de medida, calcular o período médio, o desvio padrão dos períodos e o quadrado dos períodos. Organize os dados na forma tabelar; R Sistema massa-mola (com uma mola): Período Médio Desvio Padrão dos períodos Quadrado dos Períodos 0,6033 0,6033 ± 0,0663 0,3640 0,6847 0,6847 ± 0,0007 0,4688 0,6947 0,6947 ± 0,0023 0,4826 Sistema massa-mola associado em série: Período Médio Desvio Padrão dos períodos Quadrado dos Períodos 0,85 0,85 ± 0,006 0,7225 1,002 1,002 ± 0,008 1,0040 1,010 1,010 ± 0,003 1,0201 Sistema massa-mola associado em paralelo: Período Médio Desvio Padrão dos períodos Quadrado dos Períodos 0,483 0,483 ± 0,006 0,2333 0,547 0,547 ± 0,003 0,2992 0,550 0,550 ± 0,001 0,3025 5.2 Para cada tabela, faça o gráfico de em função da massa ; R 1. Tabela 01: 2. Tabela 02: 3. Tabela 03: 5.3 A partir dos gráficos, determine: 5.3.1 A constante elástica ; 5.3.2 A constante elástica ; 5.3.3 A constante elástica . R A fórmula para o período de um sistema massa-mola é dada por: Ao elevar os dois lados da função ao quadrado temos: 5.3.1 - Para descobri a constante elástica utilizamos o gráfico para a tabela 01, o qual temos os seguintes dados: A B C Massa (kg) 0,07508 0,101970,10312 (s) 0,364 0,4688 0,4826 Para A: N/m; Para B: N/m; Para C: Fazendo uma média entre as constantes obtidas, tem –se : N/m. 5.3.2 - Para descobri a constante elástica utilizamos o gráfico para a tabela 02, o qual temos os seguintes dados: A B C Massa (kg) 0,07508 0,10197 0,10312 (s) 0,7225 1,0040 1,0201 Para A: N/m; Para B: N/m; Para C: Fazendo uma média entre as constantes obtidas, tem –se : N/m. 5.3.3 - Para descobri a constante elástica utilizamos o gráfico para a tabela 02, o qual temos os seguintes dados: A B C Massa (kg) 0,07508 0,10197 0,10312 (s) 0,2333 0,2992 0,3025 Para A: N/m; Para B: N/m; Para C: Fazendo uma média entre as constantes obtidas, tem –se : N/m. 5.4 A partir da constante elástica , utilizando a abordagem teórica para associação de molas em série e paralelo (veja a atividade do pré-relatório), calcule as constantes elásticas e . R O cálculo da constante elástica é dada por : Sabendo que N/m, temos : N/m. Já para o cálculo da constante elástica é dada por: Sabendo que N/m, temos : N/m. 5.5 Obtenha o erro percentual entre os valores das constantes elásticas calculadas no item anterior e aqueles medidos (determinados experimentalmente) no item 5.3; R Para calcular o erro percentual () para essa questão foi utilizado a fórmula representada abaixo: Com isso, para calcular o erro percentual da constante elástica tem –se: Para o cálculo do erro percentual da constante elástica é feito: 5.6 Discuta relação entre a massa e o período de oscilação do sistema massa-mola. R Em uma oscilação do sistema massa-mola, pelo experimento, foi observado que a amplitude do movimento não alterava o período, sendo somente a massa e a constante elástica resultante que conseguia alterar o valor do período do oscilador. Quanto maior a massa maior foi o período, concluindo que a massa é diretamente proporcional. A força peso é a grande responsável por realizar o movimento oscilatório, portanto quanto maior a massa, maior será a força peso e consequentemente maior será a força elástica para restaurar o equilíbrio, utilizando um tempo maior. Portanto, percebe-se que a massa é significativa para o cálculo do período de um sistema massa-mola. Conclusão Visto que o período () no oscilador massa-mola é representado pela fórmula: Sendo: = período de oscilação do pêndulo; =massa do objeto; = constante elástica; A partir do experimento realizado pôde-se analisar o movimento harmônico simples através de um oscilador massa-mola na posição vertical e calcular as grandezas que o caracterizam. Conclui-se que, a deformação da mola () não altera o cálculo do período oscilatório, porém com o aumento da massa, o período consequentemente aumenta devido à proporcionalidade direta entre as duas grandezas na fórmula dada. Infere-se também pela teoria que, a constante elástica é única para cada tipo de mola, e ao aumentar a constante elástica, o período diminui devido à proporção indireta das mesmas. Na teoria, deveriam ser encontrados valores iguais para a constante elástica para cada teste realizado com a mesma configuração das molas- única e dupla (em série e paralelo) - visto que é uma constante fixa. Porém, houve uma pequena porcentagem de erro nos resultados experimentais devido à imprecisão da marcação do início e fim das oscilações (manuseamento incorreto do cronômetro), desvio padrão no cálculo das massas (erro instrumental de 0,01g da balança), aproximações incorretas de valores encontrados. Referências TIPLES, P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica. 6. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. V. 1. RESNICK, R.; HALLIDAY, D.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas, termodinâmica. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 2.
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