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RELATÓRIO 06 - AS TROCAS DE ENERGIA QUE OCORREM EM UM SISTEMA MASSA-MOLA OSCILANTE CURSO: Engenharia Civil GRUPO: INTEGRANTES: • Alex Ourives • Beatriz Galdino • Isabela Holder • Larissa Freitas • Letícia Campos • Mábily Almeida I – HABILIDADES E COMPETÊNCIAS O princípio da conservação das massas, do químico Antoine Laurent Lavoisier, traduzida pela frase “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, é de grande importância para diversas áreas de estudo. Na física esse princípio foi aplicado em relação a energia, com o princípio da conservação de energia, que diz que a energia pode ser transformada ou transferida, mas nunca criada ou destruída. Nesse sentido, a energia mecânica tem que ser igual a soma das energias envolvidas no sistema. Assim, um corpo, ao ser elevado ganha energia potencial gravitacional, em função da sua altura, massa e gravidade. Essa energia fica armazenada e, ao cair, o corpo transforma essa energia potencial em energia cinética, por isso o corpo é capaz de adquirir velocidade. A grandeza física trabalho e energia estão profundamente ligadas, uma vez que a definição de energia é ter potencial para realizar trabalho, e a definição de trabalho é a transformação e transferência de energia a um corpo. A realização do trabalho ocorre pela aplicação de uma força. A força elástica é a reação que um corpo flexível (mola) exerce para resistir a uma deformação resultante de uma força aplicada na intenção de esticá-la ou comprimi-la. Assim que essa força aplicada cessar, a mola retornará ao seu comprimento original. A força elástica está diretamente relacionada com a ”Lei de Hooke”, que consiste em estabelecer exatamente quando uma mola produzirá uma força contrária à força externa, gerando assim, uma deformação da mola. Segundo a Lei de Hooke, a força elástica aumenta de acordo com a deformação da mola e utiliza de uma equação matemática para determinar o sentido e calcular o módulo da força elástica produzida durante sua deformação. A fórmula utilizada para esse cálculo é: Fel = - kx, Onde: Fel corresponde a força elástica e é dada em (N); k corresponde a constante elástica (que mede a força necessária para a deformação da mola, ou seja sua rigidez, logo as molas com grandes constantes elásticas são mais difíceis de deformar, então para seu comprimento variar é necessário que se aplique uma força muito maior) é dada em (N/m); x corresponde a deformação da mola (que é a variação do comprimento da mola, sendo calculada pela diferença entre o comprimento final e o comprimento inicial, logo quando a mola se encontra em seu tamanho original, isento de ação de força, a deformação é nula, também é importante ressaltar que quando o comprimento final for maior que o inicial a elongação será positiva [x>0], caso contrário, a elongação será negativa [x<0]) e é dada em (m). O sinal negativo da fórmula está relacionado ao sentido da força elástica, que sempre será oposto à deformação da mola, logo se essa variação é positiva, a força é negativa pois possui o sentido oposto. Com base nesta fórmula, é possível construir um gráfico relacionando a força elástica com o módulo da deformação da mola, que didaticamente é representado desta forma: O oscilador de massa-mola é um sistema físico composto por uma mola ideal (com constante elástica k, presa a um corpo de massa m), quando esticada/comprimida, a mola recebe a Energia Potencial Elástica, e quando solta, essa Epe passa a ser rotineiramente convertida em Energia Cinética. O sistema massa-mola é um tipo de oscilador harmônico (movimento periódico e oscilatório, ou seja, um movimento que uma única situação se repete em intervalos de mesmo tempo). Quando a mola altera seu comprimento, uma força restauradora de origem elástica vai atuar sobre ela até que ela volte à sua posição de equilíbrio. Para o estudo do sistema massa-mola é importante conceituar alguns pontos, como: •Elongação (x): é a variação do comprimento da mola, podendo ser positiva, quando a mola está esticada, e negativa, quando a mola está comprimida. •Amplitude (A): é a maior deformação possível para o oscilador massa-mola (também admite valores negativos). •Período (T): é o tempo necessário para que o sistema complete a oscilação, sendo proporcional à constante elástica k. •Frequência (f): é o número de oscilação que o sistema massa-mola completa por segundo (é uma grandeza de dimensão sˉ¹, medida em Hz). •Velocidade Angular (ω): mede quão rápido a fase do movimento oscilatório varia, sua unidade é rad/s. •Fase Inicial (θ0): é a medida da fase em que o movimento do oscilador harmônico se encontra no instante de tempo inicial). O sistema massa-mola também pode ser representado verticalmente, sendo possível de resolver problemas dessa natureza pois as equações valem para ambos os casos (horizontal e verticalmente). No oscilador massa-mola simples não existe força de atrito ou qualquer força que elimine a energia. Desse modo a energia mecânica total do sistema permanece constante ao logo do movimento, sendo calculada pela soma da energia cinética com a energia potencial elástica: EM = EC + EP → EM = (mv²/2) + (kx²/2) II – ANÁLISE DOS RESULTADOS Foi realizado, em laboratório, um experimento que possibilitou analisar e compreender as trocas de energia que ocorrem em um sistema massa-mola. O primeiro passo dado foi anotar a constante de elasticidade da mola, N/m, em seguida a mola foi pendurada pelo seu gancho e𝑘 = 20 ao seu lado uma régua, nesse momento foi possível identificar a posição inicial ( ) ocupada por ela,𝑋0 logo após foram adicionadas três massas com pesos de aproximadamente 0,5N, sendo anotada a posição que a mola ocupou em cada acréscimo de massa, inclusive na posição inicial. Sabendo que a deformação ( ) sofrida no sistema massa-mola é expressa pela seguinte equação ,∆𝑋 △𝑋 = 𝑋𝑛 − 𝑋0 foi possível calcular a deformação sofrida pela mola em cada estágio do experimento, de posse das deformações e da constante de elasticidade foi possível descobrir o trabalho ( ) que cada força𝑊 realizou ao ser aplicada no sistema, através da fórmula , sendo assim tangível𝑊 = 12 × 𝑘 × ∆𝑋² formular a tabela abaixo: n Fn (N) Xn (m) Xn (m)△ W (N/m) 0 0 0,076 0 0 1 0,5 0,109 0,033 0,01089 2 1,0 0,137 0,061 0,03721 3 1,5 0,165 0,089 0,07921 Analisando todo o sistema, os cálculos e seus respectivos resultados é notório que o trabalho realizado advém de uma energia que transita pelo sistema, energia qual é denominada de Energia Potencial Gravitacional, seu valor deve ser superior a energia que mantém a mola em repouso, para que de fato ocorra o trabalho, e como a energia gerada para alongar a mola não pode ser destruída, ela se armazena na própria mola, transformando-se em Energia Potencial Elástica. Percebemos que ao puxar o conjunto massa-mola com velocidade constante, 10mm abaixo do ponto de equilíbrio e soltar, a massa estaciona ao atingir o ponto de equilíbrio, isso porque a mola sempre tende a voltar para o seu ponto de equilíbrio, onde o valor da energia potencial elástica será igual a zero. No entanto, antes da mola estacionar no seu ponto de equilíbrio ela continua a subir, nesse momento ocorre a transformação de energia, quando a energia potencial elástica passa a ser cinética. Pelo princípio da conservação da energia, quando a energia potencial elástica for mínima, ou seja zero, a energia cinética é máxima e vice versa, portanto a energia cinética do sistema quando a massa passa pelo ponto de equilíbrio da mola é máxima e quando passa pelo ponto mais alto da oscilação é mínima. Tomando os extremos da trajetória como parâmetro temos que na parte inferior (quando a mola está esticada) quem atua é a energia cinética, já que a energia potencial é mínima, e na parte superior (quando a mola está comprimida) é a energia potencial que atua, uma vez que a energia cinética é mínima e a potencial é máxima, como ilustra a imagem abaixo: Como dito anteriormente a energia mecânica é dada pela somatória da energia potencial e da energiacinética, sabendo que a fórmula para calcular a energia potencial elástica é: 𝐸𝑃𝑒 = 𝑘×𝑋²2 Onde, é a constante de elasticidade da mola;𝑘 é a deformação sofrida pela mola.𝑋 E conhecendo, também, a fórmula para calcular a energia cinética: 𝐸𝐶 = 𝑀×𝑉²2 Onde, é a massa adicionada ao sistema;𝑀 é a velocidade.𝑉 Temos que a energia mecânica pode ser obtida através da expressão matemática: 𝐸𝑀 = 𝑘×𝑋²2 + 𝑀×𝑉² 2 III – CONCLUSÕES A realização deste experimento possibilitou ver a aplicação prática da conservação de energia de um sistema e o funcionamento de um sistema massa-mola. A transferência da energia potencial gravitacional, que estava armazenada no sistema por ter altura, para energia cinética gera o movimento da mola, ao se expandir. Essa expansão é o sistema realizando trabalho, ao aplicar a força peso das massas na mola. A oscilação da mola tem sempre a mesma quantidade de energia envolvida, pois a energia mecânica não se altera, o que diferencia um movimento para o outro é qual energia está atuando, seja a potencial gravitacional no início do movimento, quando há altura para atuar nessa energia, seja a cinética quando o corpo ganha aceleração. Também foi possível observar a deformação e compressão da mola, realizada com a energia potencial elástica, ao puxar a mola, que armazena energia elástica e a transforma em energia cinética no movimento, o que a impede de parar quando a mola volta a atingir seu ponto de equilíbrio. Esse experimento mostra o sistema tentando voltar ao equilíbrio, o que ocorre ao final de algum tempo, entretanto, como as energia não pode ser perdida, tal equilíbrio não deveria ocorrer. A mola deveria permanecer eternamente alterando o movimento entre energia potencial elástica e energia cinética. Porém, o que ocorre na prática é a atuação de uma terceira força, que usa essa energia até parar o sistema, a força de atrito. É por causa do atrito do ar que, após algum tempo, a mola perde todo o movimento e entra em equilíbrio.
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