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08/09/2015 1 Controle Biológico I e II Prof. Eliseu José G. Pereira Bioagro, Anexo INCT eliseu.pereira@ufv.br Universidade Federal deViçosa ENT 360 – Entomologia Agrícola Atualizado Agosto 2015 Que Fatores Controlam Populações de Pragas? Planta hospedeira Clima Inimigos naturais Homem 08/09/2015 2 Controle Biológico I • Conceito • Grupos de Inimigos Naturais Predadores Parasitoides Parasitas Competidores Entomopatógenos Inimigo Natural Características Tamanho Especificidade Grupo Taxonômico Pragas mortas no ciclo de vida Momento da morte Predadores Geralmente maiores que a presa Generalistas Insetos e não-insetos Várias No contato Parasi- toides Geralmente menores que o hospedeiro Especialistas Insetos: Hymenoptera e Diptera, principal- mente Uma Após o contato Parasitas Menores que o hospedeiro Têm alguma especificidade Nematoides, protozoários, etc. Debilita a praga Debilita a praga Competi- dores Variável Geralmente têm baixa especificidade Insetos, outros artrópodes, microrganismos, etc. Compete Compete Entomo- patógenos Microrganismos e nematoides Depende do grupo Fungos, bactérias, vírus (e nematoides) Muitos Mais de 1semana Características dos Grupos de Inimigos Naturais 08/09/2015 3 Predadores Parasitoides 08/09/2015 4 Parasitoides – Ciclo de Vida Parasitoides de Larvas 08/09/2015 5 Parasitoides de Ovos Trichogramma ovipositando em ovo de Lepidoptera Larva de Trichogramma dentro do ovo de Lepidoptera Pupa de Trichogramma dentro do ovo de Lepidoptera Pupa de Trichogramma emergindo do ovo de Lepidoptera 08/09/2015 6 Parasitoides de Ninfas Encarsia ovipositando em ninfa de mosca-branca Larva de Encasria dentro da ninfa de mosca-branca Pupa de Encarsia dentro da ninfa de mosca-branca Emergência do adulto da Enacarsia Competidores 08/09/2015 7 Parasitas - Nematoides Fonte: Dillman et al. 2012 08/09/2015 8 Nematoides Entomopatogênicos Ciclo de vida de nematoides Steinernematidae ou Heterorhabiditidae (Desenho de A. E. Burke) Controle de pragas de solo Disponível para venda em alguns países Brasil? Alguém encontrou informações na pesquisa para-casa? FungosVírusVí BactériaBactérias Outros Grupos de Entomopatógenos 08/09/2015 9 Entomopatógenos: Fungos Esporo do fungo germinando no corpo da lagarta Esporos do fungo sobre o corpo da lagarya Lagarta morta Esporos do fungo da lagarta morta Epiderme Cutícula Esporo 08/09/2015 10 Entomopatógenos: Bactérias e Vírus Life cycle of Bacillus thuringiensis 08/09/2015 11 Toxinas de Bt são usadas também em Plantas Transgênicas Modo de ação de Bt será mais estudado na ENT 360 Ciclo de uma infecção por Baculovírus a. Corpos de oclusão do vírus (Foto J. Podgwaite, USDA) b. Seção transversal de um corpo de oclusão. As pequenas estruturas escuras na matriz proteica do corpo oclusão são os virions. (Foto James Slavicek, USDA.) Baculovírus (Micrografia eletrônica) A lagarta ingere corpos de oclusão (poliedros) e o vírus entra nas células do intestino e replica. Depois formas não‐ oclusas do vírus são liberadas na cavidade corporal (hemocele) e se espalham para infectar novas células do inseto. Em fases avançadas de infecção, novamente a forma oclusa do vírus é produzida e liberada no ambiente (Hajek 2004) 08/09/2015 12 Vírus Geneticamente Modicados Esforços tem sido feitos para melhorar baculovírus (NPVs) para uso no controle de pragas A ênfase tem sido sobre vírus transgênico para aumentar a sua velocidade de matar o hospedeiro, diminuindo assim o dano do inseto Genes de toxinas de invertebrados, neurohormônios de insetos e enzimas tem sido transferidos para NPVs. Em particular, a utilização de toxinas específicas para insetos, p.ex., de escorpião, aumenta a rapidez de morte de lagartas infectadas em laboratório Sabatina 1. Por que parasitoides são geralmente menores que os seus hospedeiros? 2. Por que os baculovírus são os inimigos naturais mais específicos usados em controle biológico? 08/09/2015 13 CONTROLE BIOLÓGICO II: Identificação dos Principais Grupos de Inimigos Naturais Competidores Características: Patas fossoriais Corpo arredondado Antena labelada Scarabaeidae: Scarabaeinae (Rola-bostas) 08/09/2015 14 Aracnídeos Predadores Aranhas Ácaros Predadores Características: 4 pares de pernas Cefalotórax (tórax e cabeças fundidos) e abdome bem distintos. Tamanho varia de 0,25 – 0,5 (Ácaros) 08/09/2015 15 Besouros Predadores Staphylinidae (potós) Histeridae (histerídeo) Carabidae (carabídeo) Três ou mais seguimentos do abdome descobertos pelos élitros Dois seguimentos do abdome descobertos pelos élitros Cabeça mais fina que o pronoto Estrias ou pontuações nos élitros Besouros Predadores Anthicidae (anticídeo) Cantharidae (cantarídeo) Geralmente menores que 3 mm Cabeça de largura igual ou mais fina que o pronoto Vivem na planta Cabeça não escondida pelo pronoto Elitros usualmente arredondados no ápice Larvas e adultos são predadores 08/09/2015 16 Besouros Predadores Coccinellidae (joaninha) Joaninha vs. Vaquinha, Sabe diferenciar? Geralmente o corpo é oval Antenas curtas (setáceas) Geralmente possuem de cores vivas As espécies de corpo alongado geralmente possuem o pronoto achatado dorsoventralmente Dermaptera (tesourinhas) Neuroptera: Chrysopidae (bicho lixeiro) Primeiro par de asas não recobrindo todo Cercos em forma de pinças no final do abdome. Asas membranosas e quando em repouso inclinadas As larvas possuem mandíbulas longas e às vezes são recobertas por exúvias. 08/09/2015 17 Thysanoptera (Tripes Predadores) Aeolothripidae Phlaeothripidae Tamanho médio (2.5 mm de comprimento) Asas anteriores com manchas Predadores de ácaros e tripes Tamanho variável (0.5 a 1.5 mm de comprimento) Adultos pretos, as ninfas podem ser vermelhas Predadores de tripes Thysanoptera (Tripes Predadores) 08/09/2015 18 Corpo alongado Hemiptera (Percevejos Predadores) Aparelho bucal curto e curvo Predador ou hematófago Fitófago Hematófago (Barbeiro) Aparelho bucal curto e reto Corpo poligonal Hemiptera: Pentatomidae Antenas com 5 segmentos - rostro longo 1° segmento do aparelho bucal não fundido 08/09/2015 19 Exemplos Corpo pequeno: < 5 mm Hemiptera: Anthocoridae Formicidae (Formiga predadora) Hymenoptera Predadores Vespidae (Vespa predadora) x A formiga da sua direita é predadora? Inserção das asas distante da cabeça Abdome globoso 08/09/2015 20 Braconidae + Ichneumonidae Hymenoptera Parasitoides (Vespas) Chalcididae Microhimenópteros Abdome curvo e achatado lateralmente, ovipositor longo Dilatação no último par de patas. Tamanho menor que 3 mm Asilidae Diptera Predadores Syrphidae Patas raptatórias Abdome afilado na parte terminal Assemelham-se à abelhas ou vespas Geralmente coloridas. 08/09/2015 21 Diptera Predadores Dolichopodidae Cores metálicas Manchas nas asas Tachinidae Diptera Parasitoides Sarcophagidae Phoridae Abdome muito piloso Amarelo ao final do abdome Listras longinais ao longo do corpo 08/09/2015 22 CONTROLE BIOLÓGICO II: Estratégias de Controle Biológico e Programas de Controle Biológico Aplicado08/09/2015 23 Estratégias de Controle Biológico (CB) Controle Biológico Natural Refere-se ao CB que usa a população de inimigos que ocorre naturalmente Deve-se conservar ou aumentar a abundância ou efeito dos agentes de CB Controle Biológico Clássico Refere-se à importação de inimigos naturais de um país para outro ou de uma região para outra, visando ao controle de pragas exóticas Estratégias de Controle Biológico Controle Biológico Aplicado Inundativo: Liberações periódicas de inimigos naturais em grande número para obter controle imediato da praga, Bioinseticidas ou “inseticidas biológicos” Culturas anuais, ou cultivos onde o nível de dano é muito baixo Inoculativo: Liberação de menor número de inimigos naturais, com objetivo de controle da praga ao longo da safra Cultivos protegido, culturas perenes ou semiperenes e florestas 08/09/2015 24 Controle biológico: Florestas Programas de Controle Biológico Aplicado Predadores Thyrinteina arnobia vs Podisus spp. Joaninha Cryptolaemus montrouzieri para controle de cochonilhas farinhentas em citros Predadores Controle biológico: Cultura do Café 08/09/2015 25 Chrysoperla carnea - Controle de pequenos insetos da parte aérea Predadores Controle biológico: Cultura do Algodão Controle de pulgão: Liberar 730 larvas/ha Parasitoides de ovos Percevejos em sojaTrissolcus basalis Telenomus podisi Controle: Liberar 5.000 vespinhas/ha Controle biológico: Cultura da Soja 08/09/2015 26 Parasitoides de ovos Tuta absoluta vs Trichogramma spp. Helicoverpa spp. vs Trichogramma Controle: Liberar 5 milhões de parasitóides/ha Controle biológico: Cultura do Tomate Parasitoides de Pulgão Aphidius colemani vs Rophalosiphum spp. Controle biológico: Cultura do Trigo 08/09/2015 27 Parasitoides de Larvas Cotesia flavipes vs Diatrea sachalaris Controle biológico: Cana-de-açúcar Controle: Liberar 6.000 vespinhas/ha Fungos Metarhizium anisopliae Beauveria bassiana Cigarrinhas em cana e pastagem, Cupins e Coleobrocas Moleque da bananeira, Broca do café e Brocas do coqueiro Percevejo de renda da seringueira Cochonilhas Lecanicillium lecaniiSporothrix insectorum 08/09/2015 28 Bactéria Bacillus thuringiensis kurstaki Controle de Lepidoptera – lagartas desfolhadoras Recomendações para uso correto: Aplicar no início da infestação Evitar horários de muita luz solar Reaplicar se ocorrer chuva Vírus Baculovirus anticarsia Baculovirus spodoptera Lagarta da soja, Anticarsia gemmatalis Lagarta do cartucho do milho, Spodoptera frugiperda Recomendações para uso correto: Aplicar no início da infestação Evitar horários de muita luz solar Reaplicar se ocorrer chuva 08/09/2015 29 Sabatina Qual estratégia de controle biológico você recomendaria para controle de Helicoverpa armigera no Brasil? Por quê?
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