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@veterinariando_ Artrópodes – arthros = articulado e podos = pés ou patas • São animais invertebrados que possuem exoesqueleto rígido e diversos pares de apêndices articulados – permitem a movimentação • Considerado p maior filo de animais existentes – cerca de 1 milhão de espécies descritas • Os representantes destes filo equivalem a carca de 84% das espécies de animais conhecidas • Habitam quase todos os tipos de ambiente (aquáticos ou terrestres) ARTHROPODA Insecta Arachnida Outros: Quilopodas, Diplopodas Díptera: moscas, mosquitos Phthiraptera: piolhos Siphonaptera: pulgas Hemiptera: percevejos, barbeiros Subclasse Acari: ácaros, carrapatos Outros: aranhas, escorpiões • Possuem uma ampla variedade de cores, formatos e tamanhos • Apresentam corpo segmentado 1. Cabeça 2. Tórax 3. Abdômen • Membros articulados • Muda ou ecdise – passagem de um estágio para outro no ciclo de vida do parasita (troca de exoesqueleto) – varia com a espécie e condições ambientais Morfologia ➢ 3 pares de patas (pernas) ➢ Um par de antenas e asas ➢ Cabeça, tórax e abdômen distintos ➢ O abdômen pode ter até 11 segmentos, modificado caudalmente formando a genitália Ciclo evolutivos o Holometábolo – ocorre metamorfose completa (modificação estrutural importante) em alguma fase do ciclo. Ex: moscas e pulgas o Hemimetábolos – sofre metamorfose incompleta, ou seja, há uma transformação estrutural menor. A fase jovem já tem características da fase adulto, tendo poucas mudanças Ex: gafanhoto – ganham asas quando adultos o Ametábolo – não apresentam fase larval, possui desenvolvimento direto. A ninfa eclode do ovo com todas as estrutura do individuo adulto e apenas cresce em tamanho – não há metamorfose Ex: piolho ✓ Gnatossoma ou capítulo: boca ✓ Idiossoma: fundidos a cabeça, tórax e abdômen ✓ 4 pares de patas – estágio de ninfa e adulto ✓ 3 pares de patas – estágio de larva ✓ Inclui ácaros e carrapatos ➢ Única fase larval ➢ Pode ter diversas fases de ninfa ➢ Ciclo de vida longo ➢ Pode completar seu ciclo todo no hospedeiro, no ambiente ou em ambos – depende muito da espécie ➢ Ácaros parasitas: há espécies que podem ser parasitas em seu estágio larval e depois não ser parasita em seus outros estágios de vida • Ordem: Diptera • Subordens: 1. Nematocera 2. Brachycera 3. Cyclorrhapha • Família ➢ Ceratopogonidae (mosquito-pólvora) ➢ Simuliidae (borrachudo) ➢ Psychodidae (mosquito-palha) ➢ Culicidae (mosquitos) ➢ Tabanidae (mutucas) ➢ Muscidae (moscas domésticas e do estábulos ➢ Calliphoridae (varejeiras) ➢ Hippoboscidae (moscas de florestas e melofagídeos) ➢ Oestridae (mosca do “berne”) NEMATOCERA BRACHYCERA CYCLORRHAPHA • Comuns, entre as 4 ordens megadiversas de insetos holometábolos, 153 mil espécies descritas, compreende de 10 a 15% de toda a biodiversidade mundial • Ordem pouco conhecida, muitas espécies não descritas – cerca de 400 mil espécies no mundo e 60 mil no Br • Amplamente distribuída – recebem uma variedade de nomes, sendo moscas e mosquitos os mais conhecidos e generalizados • Muito estudadas – importantes vetores, ativos e passivos, de organismo que podem causar doenças no homem e animais domésticos 1) Sinantrópicos - (Syn = ação conjunta e Antropos = homem) • São moscas oportunistas que dependem das condições criadas pelo homem • Surgem em condições ambientais onde há baixo nível de higiene (excretas humanos e dos animais domésticos, detritos urbanos e industriais, lixões, aterros sanitários e fossas abertas, feiras livre etc.) • Moscas domésticas – vetor mecânico de patógenos • Chrysomya spp. – causadora de miiase secundárias (precisa de uma lesão preexistente para depositado das larvas) • Lucillia spp. – miíases primárias em ovinos, propiciando as secundárias e infecções bacterianas • Família Sarcophagidae: ovos em alimento em putrefação, fezes, cadáveres, feridas (causando miíases em lesões pré-existentes onde exista necrose) MUSCA DOMESTICA o Hospedeiros – qualquer espécie animal (não são parasitas obrigatórios) ✓ Espécie não-picadora, se alimentam de secreções animais como as feridas ✓ Hábitos onívoros (se alimenta de diversos tipos de alimentos – alimentos sólidos são liquefeitos por meio da saliva e/ou regurgitação) o É cosmopolita Antenas: formada por 3 seguimentos Antenas: formada por mais de 6 artículos (11 geralmente) o Morfologia – peças bucais adaptadas para sucção (evidentes quando distendidas durante a alimentação), possui 4 listas longitudinais escuras no tórax e marcas claras e escuras no abdômen o Patogenia ✓ Vetor mecânico de mais de 60 categorias de patógenos para o homem e os animais e os animais (vírus, bactérias, protozoários, ovos de helmintos, ovos de Dermatobia hominis ✓ Vetor biológico ou hospedeiro intermediário dos nematódeos Habronema muscae e Draschia megastoma (não é comum) o Controle ✓ Melhoria das condições de higiene ✓ Diminuição dos criadouros de moscas (retirar esterco e matérias orgânicas em decomposição) ✓ Uso adequado de inseticidas (brincos, pulverização, sprays, sistêmicos pour-on, oral ou injetável) – uso de telas e grades de eletrocussão CHRYSOMYIA SPP. o Hospedeiro – qualquer espécie animal o É consideradas moscas secundárias, pois não são capazes de iniciar um ataque, atuam em áreas já atacadas ou lesadas, aumentando a agressão o Morfologia: possuem até 1cm de tamanho, cor verde ou azul metálico o Ciclo evolutivo: seus ovos são colocados em fezes ou matérias orgânicas em decomposição o Comportamento ✓ C. putoria – vivem em áreas suburbanas e rurais, muito comum em granjas de galinhas poedeiras se alimentando de ovos quebrados, carcaças de aves, esterco acumulado, alimentos frescos entre outros. Possui hábito alimentar diversificado ✓ C. megacephala e C. albiceps – vivem em áreas urbanas e suburbanas, comuns em feiras livres. É atraída por peixes, aves, vísceras, lixões (fezes, frutas, carcaças etc.) o Patogenia ✓ C. putoria e C. megacephala – vetores mecânicos de microrganismos patogênicos ✓ C. putoria e C. albiceps – causadoras de miíases secundárias o Controle ✓ O mesmo utilizada para Musca domestica 2) Simbovinos • Ocorrem em animais domésticos e selvagens • Causam graves prejuízos econômicos e de saúde animal • Stamoxys calcitrans (mosca-dos-estábulos) – causa ação irritante, hematofagismo, vetor mecânico de patógenos e microrganismos • Haematobia irritans (mosca-dos-chifres) – ação irritante, hematofagismo, vetor mecânico de patógenos e microrganismo STOMOXYS CALCITRANS (mosca-dos-estábulos) o Hospedeiro – pode parasitar a maioria das espécies animais e o homem. Mas parasitam preferencialmente, equinos e bovinos o Distribuição – cosmopolita o Morfologia ✓ Adultos possuem de 5 a 6mm ✓ Ovos com 1mm ✓ É semelhante a Musca domestica, porém possui o abdômen mais curto e largo ✓ Possui 3 manchas escuras no 2º e 3º segmentos abdominais ✓ Sua probóscide é projetada para frente – é com ela que a mosca perfura o couro do animal, chega até o vaso superficial e começa a sucção de sangue o Ciclo biológico – duração total: cerca de 4 semanas ✓ Adultos ➢ Hábitos hematófagos (2x por dia) – não permanecem no animal (ingurgitamento em 3 a 4min) ➢ São encontradas em instalações rurais próximas ao homem e animais, não é tão encontrada invadindo residências ➢ Capacidade de dispersão – a mosca é capaz de voar até 80km ➢ Longevidade média – 17 a 29 dias ✓ Ovos ➢ São depositados preferencialmente em matéria orgânica vegetal em decomposição e fermentada com fezes e urina, esterco de aves (presença de amônia), lixo decomposto em aterros sanitários etc. ➢ Produção total é de 560 a 100 ovos por fêmea ✓ Larvas ➢ Eclosão ocorrede 20 a 80h após a ovipostura ➢ Ocorrem 2 mudas (3 instares larvais: L1, L2 e L3) ➢ Período larval é de 8 a 10 dias ✓ Pupas ➢ Esse período tem duração de 2 a 8 dias o Patogenia ✓ Ação irritante e hematofagismo – 25,8mg de sangue/mosca/raspado, principalmente nas patas e abdômen ✓ Decréscimo de produtividade do animal ✓ Vetores mecânicos – microrganismos ✓ Vetores biológicos (hospedeiro intermediário) – Habronema spp. ✓ Prejuízos econômicos severos, estimados em milhões por ano o Controle – mesmo que para a Musca domestica HAEMATOBIA IRRITANS (mosca-dos-chifres) o Hospedeiros – bovinos e bubalinos o Distribuição – Europa e EUA (1884/86), Brasil (1980) em São Paulo (1990) o Morfologia – adultos com até 4mm (são menores muscídeos hematófagos) e seus ovos possuem de 1 a 1,5mm Ciclo biológico e comportamento ✓ Adultos ➢ Permanecem dia e noite no animal, aglomerados em maior número nas partes altas do corpo dos bovinos (cupim dos zebuínos e região costal e flancos na maioria das raças) ➢ Nas horas quentes do dia, as moscas se abrigam na região ventral do hospedeiro ➢ As moscas ficam pousadas sempre com a cabeça orientada para baixo, com as asas parcialmente abertas ➢ Possuem hábito hematófagos intermitentes – 20 a 40x por dia, com o ingurgitamento em 4 a 10min ➢ Tem preferência por animais de pelume escuro – mais taurinos do que zebuínos e maior preferência por machos do que fêmeas ➢ O número de moscas sobre um hospedeiro pode chegar até 5000 ➢ Tem capacidade de voo de até 15km ➢ Em jejum permanece viva de 18 a 26h ➢ Longevidade média de 40 dias (4 a 6 semanas) ✓ Ovos ➢ São depositados embaixo da borda de massas fecais frescas ➢ Possui produção média de 15 a 24 ciclos ovarianos – a fêmea não deposita os ovos todos de uma vez. Os ovos são depositados conforme ela se alimenta ➢ Produção total = 225 a 375 ovos por fêmea ✓ Larvas ➢ Eclosão 24h após a oviposição ➢ Ocorrem 2 mudas (3 instares larvais = L1, L2 e L3) ➢ Período larval de 3 a 12 dias ✓ Pupas ➢ A fase de pupa acontece no solo ➢ Possui um período pupal de 2 a 8 dias o Patogenia ✓ Hematofagismo – ingestão média de 1,7mg de sangue/mosca/repasto, se alimentando 30x por dia – conclui-se que 500 moscas causam perda de 25,5ml de sangue por dia ▪ Até 50 moscas por animal – grau de infestação baixo ▪ De 50 a 200 moscas por animal – grau de infestação médio ▪ Mais que 200 moscas por animal – grau de infestação alta ✓ Ação irritante pela presença da mosca, causa redução no ganho de peso (até 14%) e da produção leiteira (25 a 50%) ✓ Vetor biológico de Stephanofilaria spp. ✓ Vetor mecânico de microrganismos patogênicos ✓ Causam grande prejuízo econômico, equivalente a milhões por ano o Controle ✓ Uso de brincos, pulverização, faixas impregnadas com inseticidas (facilitado pelo hábito da mosca de permanecer muito tempo nos hospedeiros) ✓ Tratamento deve ser criterioso para evitar ao máximo o surgimento de resistência às drogas disponíveis 3) Produtores de miíases • Definição – síndrome geral que tem como causa o ataque de larvas de dípteros a vertebrados vivos, nos quais aquelas realizam, pelo menos por um certo período (fase de larva), o desenvolvimento a) Miíases obrigatórias ou primárias – a larva precisa estar no hospedeiro, seu desenvolvimento ocorre na lesão do hospedeiro ➢ Tecidos dérmicos ou subdérmicos – Dermatobia hominis (mosca-do-berne) e Cochliomyia hominivorax (mosca- da-bicheira) ➢ Cavitárias – tem seu desenvolvimento internamente no hospedeiro ▪ No trato gastrointestinal – Gasterophilus spp. ▪ Em cavidades nasais – Oestrus ovis b) Miíases facultativas ou secundárias – podem viver no hospedeiro criando a miíase ou não, ou elas não conseguem criar a lesão precisando de uma lesão preexistente ➢ Ocorrem em diversos tecidos, onde houver necrose – família Calliphoridae (Chrysomya spp., Sarcophaga spp.) DERMATOBIA HOMINIS (mosca-do-berne) o Hospedeiro – mamíferos, incluindo o homem e as aves o Distribuição – América Latina (preferem locais com temperaturas e umidade maiores e que sejam florestados) o Morfologia – os adultos medem de 1,2 a 1,7cm, possui abdômen com brilho metálico azulado o Ciclo biológico e comportamento – duração média do ciclo é de 120 dias ✓ Adultos ▪ Vivem em refúgios nas matas e florestas, regiões de reflorestamento, plantações de eucaliptos ▪ Longevidade média é de 3 dias ▪ A postura se inicia com até 48h após emergência do pupário ✓ Ovos ▪ Em período de oviposição, as fêmeas capturam os vetores mecânicos ou for éticos para veiculação dos ovos – cerca de 50 espécies de dípteros com hábitos zoofilicos, tamanho adequado e moderadamente ativos ▪ Os ovos são dispostos em cachos, geralmente em um dos lados do abdômen do forético, aderindo-se graças a uma substância aglutinante ▪ Vantagens da utilização de forético: promove a proteção dos ovos contra a dessecação, aumento da probabilidade do encontro entre parasito-hospedeiro e melhor dispersão das larvas ▪ Produção média de 30 a 40 ovos por postura ▪ Produção total de 800 a 1000 ovos por fêmea ✓ Larvas (berne) ▪ A eclosão ocorre de 4 a 9 dias após a ovipostura, normalmente por estímulos ambientais como a temperatura e o CO2 ▪ Viabilidade larval nos ovos – 20 a 28 dias ▪ A penetração larval ocorre na pele integra, até o tecido subcutâneo. Forma uma intumescência com abertura central para respiração ▪ Possui 3 instares larvais: L1, L2 e L3 (respira através de uma perfuração cutânea) ▪ Se alimenta de exsudatos teciduais e de materiais purulentos ▪ Período larval de 35 a 70 dias ▪ Período de queda das L3 – noturno e/ou início da manhã – menor calor ✓ Pupas ▪ Tipo de solo + temperatura do ambiente + umidade relativa = determinam a penetração das larvas no solo, a formação do pupário e a emergência dos adultos ▪ Período pupal médio é de 21 a 35 dias o Suscetibilidade dos hospedeiros Bovinos • Região do costado e paleta • Animais com pelagem escura ou com manchas escuras • Temperatura cutânea maior – maior atratividade aos dípteros hematófagos (que podem ser foréticos – fazer o transporte dos ovos da D. hominis) • Ausência de resistência adquirida às sucessivas reinfestações • Raças taurinas são mais suscetíveis o Patogenia • As larvas provocam um processo doloroso ao hospedeiros – o animais ficam irrequietos, nervosos e se alimentam mal • Mais de 80% dos nódulos parasitados formam abscessos • Secreção + mais o local de entrada da larva = predisposição às bicheiras • No homem é mais comum nas extremidades dos membros e couro cabeludo o Importância econômica • Redução do ganho de peso e da produção leiteira • Comprometimento e diminuição da qualidade dos couros o Controle • Controle dos foréticos – das moscas que levam os ovos aos hospedeiros • Pulverização, pour-on (organofosforados, piretróide, fipronil ) • Avermectina (ivermectin, doramectin) COCHLIOMYIA HOMINIVORAX (mosca-da-bicheira) o Hospedeiros – mamíferos, inclusive o homem o Distribuição – América central e regiões tropicais e subtropicais da América do Sul o Morfologia – os adultos medem até 1cm, possuem olhos castanho-alaranjados, corpo verde azulado e metálico Ciclo biológico e comportamento ✓ Adulto ▪ Se alimentam do néctar das flores e substâncias das plantas ▪ As fêmeas realizam uma única cópula no início do 1º ciclo ovariano – aumento das necessidade proteicas para a maturação dos ovos – atraída para feridas pelo odor – se alimentam de tecidos vivos (sangue, exsudato etc.) ✓ Ovos ▪ Postura preferencial em lesões recentes e em substratos secos, próximos às margens da lesão e /ou sobre superfícies úmidas ✓ Larvas ▪ Eclosão larval – 14 a 18h após a oviposição ▪ 3 instares larvais – L1, L2 e L3 ▪ Período larval de 5 a 9 dias ✓ Pupas ▪ Períodopupal é de 6 a 7 dias o Patogenia • Fatores predisponentes – lesões diversas (cerca de arame, castração, descorna, marcação a fogo, tosquia, umbigo de bezerros neonatos etc.) • Miíases sempre ocorrem sobre lesões recentes • Larvas se alimentam de tecido muscular • A reação dolorosa intensa provoca inquietude, lambimento e mordedura das lesões • Animais de temperamento passivo – alteração do comportamento e emagrecimento • As larvas provocam sangramento e aumento das lesões • Infecções bacterianas secundárias – formação de abcesso • Lesões de odor pútrido e desagradável • Redução do ganho de peso e da produção leiteira • Comprometimento e diminuição da qualidade do couro o Controle • O mesmo utilizado para a Musca domestica • Nos EUA – como a copula é única, esterilização dos machos por irradiação GASTEROPHILUS SPP. o Gaster = estômago e philus = amigo (gasterofilídeos de equinos) o Hospedeiro – equídeos o Espécies – Gasterophilus intestinalis e G. nasalis o Ciclo biológico ✓ Adultos ▪ Moscas robustas, escuras de 1 a 2cm de comprimento ▪ Longevidade média é de 2 a 3 dias ✓ Ovos ▪ G. nasalis – deposição de seus ovos nos pelos da região peribucal e ganacha ▪ G. intestinalis – deposição de seus ovos nos pelos da região escapular e da face interna dos membros anteriores ✓ Larvas ▪ G. nasalis – eclosão espontânea em 5 a 10 dias ▪ G. intestinalis – eclosão ocorre por meio de estímulos como a temperatura e CO2 + autolimpeza ou mútua limpeza dos hospedeiros ▪ L1 G. nasalis – possui cerca de 1mm de comprimento e realiza a locomoção ativa para a cavidade oral do hospedeiro ▪ L1 G. intestinales – é transferida para a língua do hospedeiro quando ele realiza a autolimpeza ▪ A fase migratória oral de L1 – dura cerca de 30 dias Fase 1 = lingual Fase 2 = gengival Fase 3 = raiz lingual ▪ Fase gastrointestinal ❖ L2 se fixa ❖ L3 surge após a fixação de L2 – dura de 10 a 12 meses, quando L3 (com mais ou menos 2cm) se desprende da mucosa e são eliminadas nas fezes ✓ Pupas ▪ Período médio pupal é de 3 a 4 semanas o Patogenia • Ação mecânica ulcerativa sobre a mucosa e/ou submucosa gástrica • Perfuração da parede gástrica, podendo levar à peritonite • Invasão bacteriana da mucosa lesada • Abcessos na subserosa o Controle • Uso de drogas que atinjam as larvas no estômago – ivermectin, tiabendazole + trichlorfon OESTRUS OVIS (bernes nasais) o Hospedeiros – ovinos e caprinos o Distribuição – cosmopolita o Ciclo biológico ✓ Adultos ▪ Medem cerca de 1cm e são revestidos de pelos castanhos curtos ▪ Fêmeas são larvíparas (eliminam L1) – não eliminam ovos ▪ Longevidade média de até 2 semanas ✓ Larvas ▪ Eliminadas pelas fêmeas adultas que durante o voo soltam jatos de líquidos contendo até 25 larvas (no estágio L1) direcionados para as narinas dos hospedeiros ▪ Tamanho médio das L1 é de 1mm ▪ Produção média total de L1 é de 500 larvas ▪ Realizam 3 instares larvais ▪ Após a fixação na membrana mucosa dos condutos nasais (2 semanas) – surgem as L2 – invadem os seios frontais – mudam para L3 (com 2,5 a 3cm) – voltam para os condutos nasais – são expelidas por meio da descarga nasal ou espirros do hospedeiro ▪ O período larval dura de 25 dias a 12 meses ✓ Pupas ▪ Período médio pupal é de 3 a 6 semanas o Patogenia, sintomas e prejuízos econômicos • Animais apresentam excitação, espirros, mudanças comportamentais como esfregar o focinho em objetos fixos • Ação mecânica dos ganchos orais e dos espinhos larvais causam processo inflamatório das membranas nasais, com secreção mucosa a mucopurulenta e sangramentos • Decréscimo na produção de carne (cerca de 1,1 a 4,6kg) e de lã (200 a 500g) o Controle • Tratamento são feitos em casos de infestações maciças Tabanus spp e Chrysops spp. – Tabanídeos (“moscas dos cavalos” ou “mutucas”) o Hospedeiro – animais domésticos e homem o Espécies – mais de 3000 o Distribuição – cosmopolita o Morfologia - ▪ Adultos podem chegar a medir 2,5cm ▪ Apenas as fêmeas são hematófagas ▪ Possuem 1 par de antenas projetadas para frente (ao contrário das moscas cyclorraphas, que possuem as antenas direcionadas ventralmente), tri-segmentada, curtas e grossas o Ciclo biológico – tem duração de 5 meses ou mais ✓ Adultos ▪ Mais ativos durante os dias quentes ✓ Ovos ▪ São depositados na vegetação ou pedras, em áreas úmidas, barrentas ou pantanosas ✓ Larvas ▪ Eclodem em 1 a 2 semanas ▪ Caem na água e se alimentam de matéria orgânica ▪ Período larval de 3 meses a 3 anos ✓ Pupas ▪ Ficam parcialmente enterradas na lama ou no solo ▪ Período pupal de 1 a 3 semanas o Patogenia • Cada mosca adulta suga cerca de 0,36ml de sangue/raspado • Picadas são profundas e dolorosas • Causam inquietação e desconforto • Vetores mecânicos de vírus, bactérias, protozoários e nematoides o Controle – é dificultado pelos hábitos das moscas (uso de inseticida e telas) • Apenas as fêmeas são hematófagas • Culicoides spp. – mosquito pólvora • Simulium spp. – borrachudos • Lutzomya spp. e Nyssomya spp. (flebotomíneos) – mosquito palha, birigui e cangalhinha • Anopheles spp. ; Culex spp. e Aedes spp. – pernilongos CULICOIDES SPP o Hospedeiros – animais domésticos e homem o Espécies – mais de 800 o Distribuição – cosmopolita o Morfologia – antenas proeminentes, patas curtas e peças bucais pequenas o Importância – hematofagia e o incomodo caudado pela picadura do mosquito LUTZOMYIA SPP. E NYSSOMYIA SPP. o Hospedeiros – mamíferos, repteis, aves e o homem o Sinonímia – mosquito palha, birigui ou cangalhinha o Importância – transmissão de agentes patogênicos o Ciclo biológico – semelhante aos outros nematoceras, com 30 a 100 dias de duração ▪ Adultos – medem cerca de 5mm, com patas longas ▪ Ovos – não são colocados na água, mas necessitam de umidade o Patogenia – são vetores de Leishmania spp. o Controle – inseticidas, telas protetoras e repelentes ANOPHELES SPP. ; CULEX SPP. E AEDES SPP. o Hospedeiros – mamíferos, répteis, aves e homens o Ciclo biológico – semelhante aos outros nematoceras, com 30 a 100 dias de duração ▪ Adultos medem cerca de 5mm, com patas longas ▪ Ovos – colocados na superfície da água o Patogenia ▪ Possuem hábitos alimentares diurnos e noturnos ▪ São vetores biológicos de diferentes agentes ❖ Anopheles spp. – malária ❖ Aedes spp. – dengue, febre amarela, zica ... ❖ Anopheles, Culex e Aedes – Dirofilaria immitis o Controle ▪ Inseticidas, telas de proteção, repelentes ▪ Controle das larvas (inseticidas, controle biológico, retirada dos criatórios aquáticos)
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