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Artropodologia

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@veterinariando_ 
 
Artrópodes – arthros = articulado e podos = pés ou patas 
• São animais invertebrados que possuem exoesqueleto rígido e diversos pares de 
apêndices articulados – permitem a movimentação 
• Considerado p maior filo de animais existentes – cerca de 1 milhão de espécies 
descritas 
• Os representantes destes filo equivalem a carca de 84% das espécies de animais 
conhecidas 
• Habitam quase todos os tipos de ambiente (aquáticos ou terrestres) 
 
ARTHROPODA 
Insecta Arachnida Outros: 
Quilopodas, 
Diplopodas 
Díptera: moscas, 
mosquitos 
Phthiraptera: piolhos 
Siphonaptera: pulgas 
Hemiptera: percevejos, 
barbeiros 
Subclasse 
Acari: ácaros, carrapatos 
Outros: aranhas, 
escorpiões 
• Possuem uma ampla variedade de cores, formatos e tamanhos 
• Apresentam corpo segmentado 
1. Cabeça 
2. Tórax 
3. Abdômen 
• Membros articulados 
• Muda ou ecdise – passagem de um 
estágio para outro no ciclo de vida do 
parasita (troca de exoesqueleto) – varia 
com a espécie e condições ambientais 
 
Morfologia 
➢ 3 pares de patas (pernas) 
➢ Um par de antenas e asas 
➢ Cabeça, tórax e abdômen distintos 
➢ O abdômen pode ter até 11 segmentos, modificado caudalmente formando a 
genitália 
Ciclo evolutivos 
o Holometábolo – ocorre metamorfose completa (modificação estrutural 
importante) em alguma fase do ciclo. 
Ex: moscas e pulgas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Hemimetábolos – sofre metamorfose incompleta, ou seja, há uma transformação 
estrutural menor. A fase jovem já tem características da fase adulto, tendo 
poucas mudanças 
Ex: gafanhoto – ganham asas quando adultos 
 
 
 
 
o Ametábolo – não apresentam fase larval, possui desenvolvimento direto. A ninfa 
eclode do ovo com todas as estrutura do individuo adulto e apenas cresce em 
tamanho – não há metamorfose 
Ex: piolho 
 
 
✓ Gnatossoma ou capítulo: boca 
✓ Idiossoma: fundidos a cabeça, tórax e 
abdômen 
✓ 4 pares de patas – estágio de ninfa e adulto 
✓ 3 pares de patas – estágio de larva 
✓ Inclui ácaros e carrapatos 
 
 
 
 
 
 
➢ Única fase larval 
➢ Pode ter diversas fases de ninfa 
➢ Ciclo de vida longo 
➢ Pode completar seu ciclo todo no 
hospedeiro, no ambiente ou em ambos – 
depende muito da espécie 
➢ Ácaros parasitas: há espécies que 
podem ser parasitas em seu estágio larval e 
depois não ser parasita em seus outros 
estágios de vida 
 
 
 
• Ordem: Diptera 
• Subordens: 
1. Nematocera 
2. Brachycera 
3. Cyclorrhapha 
• Família 
➢ Ceratopogonidae (mosquito-pólvora) 
➢ Simuliidae (borrachudo) 
➢ Psychodidae (mosquito-palha) 
➢ Culicidae (mosquitos) 
 
➢ Tabanidae (mutucas) 
 
➢ Muscidae (moscas domésticas e do estábulos 
➢ Calliphoridae (varejeiras) 
➢ Hippoboscidae (moscas de florestas e melofagídeos) 
➢ Oestridae (mosca do “berne”) 
 
 
NEMATOCERA 
BRACHYCERA 
CYCLORRHAPHA 
• Comuns, entre as 4 ordens megadiversas de insetos holometábolos, 153 mil espécies descritas, 
compreende de 10 a 15% de toda a biodiversidade mundial 
• Ordem pouco conhecida, muitas espécies não descritas – cerca de 400 mil espécies no mundo e 60 mil 
no Br 
• Amplamente distribuída – recebem uma variedade de nomes, sendo moscas e mosquitos os mais 
conhecidos e generalizados 
• Muito estudadas – importantes vetores, ativos e passivos, de organismo que podem causar doenças 
no homem e animais domésticos 
 
 
 
 
 
1) Sinantrópicos - (Syn = ação conjunta e Antropos = homem) 
• São moscas oportunistas que dependem das condições criadas pelo homem 
• Surgem em condições ambientais onde há baixo nível de higiene (excretas 
humanos e dos animais domésticos, detritos urbanos e industriais, lixões, 
aterros sanitários e fossas abertas, feiras livre etc.) 
• Moscas domésticas – vetor mecânico de patógenos 
• Chrysomya spp. – causadora de miiase secundárias (precisa de uma lesão 
preexistente para depositado das larvas) 
• Lucillia spp. – miíases primárias em ovinos, propiciando as secundárias e 
infecções bacterianas 
• Família Sarcophagidae: ovos em alimento em putrefação, fezes, cadáveres, 
feridas (causando miíases em lesões pré-existentes onde exista necrose) 
 
MUSCA DOMESTICA 
o Hospedeiros – qualquer espécie animal (não são parasitas obrigatórios) 
✓ Espécie não-picadora, se alimentam de secreções animais como as feridas 
✓ Hábitos onívoros (se alimenta de diversos tipos de alimentos – alimentos 
sólidos são liquefeitos por meio da saliva e/ou regurgitação) 
o É cosmopolita 
Antenas: formada por 3 
seguimentos 
 
Antenas: formada por mais de 6 
artículos (11 geralmente) 
o Morfologia – peças bucais adaptadas para sucção (evidentes quando distendidas 
durante a alimentação), possui 4 listas longitudinais escuras no tórax e marcas 
claras e escuras no abdômen 
o Patogenia 
✓ Vetor mecânico de mais de 60 categorias de patógenos para o homem e os 
animais e os animais (vírus, bactérias, protozoários, ovos de helmintos, ovos 
de Dermatobia hominis 
✓ Vetor biológico ou hospedeiro intermediário dos nematódeos Habronema 
muscae e Draschia megastoma (não é comum) 
o Controle 
✓ Melhoria das condições de higiene 
✓ Diminuição dos criadouros de moscas (retirar esterco e matérias orgânicas 
em decomposição) 
✓ Uso adequado de inseticidas (brincos, pulverização, sprays, sistêmicos 
pour-on, oral ou injetável) – uso de telas e grades de eletrocussão 
 
CHRYSOMYIA SPP. 
o Hospedeiro – qualquer espécie animal 
o É consideradas moscas secundárias, pois não são capazes de iniciar um ataque, 
atuam em áreas já atacadas ou lesadas, aumentando a agressão 
o Morfologia: possuem até 1cm de tamanho, cor verde ou azul metálico 
o Ciclo evolutivo: seus ovos são colocados em fezes ou matérias orgânicas em 
decomposição 
o Comportamento 
✓ C. putoria – vivem em áreas suburbanas e rurais, muito comum em granjas 
de galinhas poedeiras se alimentando de ovos quebrados, carcaças de aves, 
esterco acumulado, alimentos frescos entre outros. Possui hábito alimentar 
diversificado 
✓ C. megacephala e C. albiceps – vivem em áreas urbanas e suburbanas, 
comuns em feiras livres. É atraída por peixes, aves, vísceras, lixões (fezes, 
frutas, carcaças etc.) 
o Patogenia 
✓ C. putoria e C. megacephala – vetores mecânicos de microrganismos 
patogênicos 
✓ C. putoria e C. albiceps – causadoras de miíases secundárias 
o Controle 
✓ O mesmo utilizada para Musca domestica 
2) Simbovinos 
• Ocorrem em animais domésticos e selvagens 
• Causam graves prejuízos econômicos e de saúde animal 
• Stamoxys calcitrans (mosca-dos-estábulos) – causa ação irritante, 
hematofagismo, vetor mecânico de patógenos e microrganismos 
• Haematobia irritans (mosca-dos-chifres) – ação irritante, hematofagismo, 
vetor mecânico de patógenos e microrganismo 
 
STOMOXYS CALCITRANS (mosca-dos-estábulos) 
o Hospedeiro – pode parasitar a maioria das espécies animais e o homem. Mas 
parasitam preferencialmente, equinos e bovinos 
o Distribuição – cosmopolita 
o Morfologia 
✓ Adultos possuem de 5 a 6mm 
✓ Ovos com 1mm 
✓ É semelhante a Musca domestica, porém possui o abdômen mais curto e 
largo 
✓ Possui 3 manchas escuras no 2º e 3º segmentos abdominais 
✓ Sua probóscide é projetada para frente – é com ela que a mosca perfura o 
couro do animal, chega até o vaso superficial e começa a sucção de sangue 
o Ciclo biológico – duração total: cerca de 4 semanas 
✓ Adultos 
➢ Hábitos hematófagos (2x por dia) – não permanecem no animal 
(ingurgitamento em 3 a 4min) 
➢ São encontradas em instalações rurais próximas ao homem e 
animais, não é tão encontrada invadindo residências 
➢ Capacidade de dispersão – a mosca é capaz de voar até 80km 
➢ Longevidade média – 17 a 29 dias 
✓ Ovos 
➢ São depositados preferencialmente em matéria orgânica vegetal em 
decomposição e fermentada com fezes e urina, esterco de aves 
(presença de amônia), lixo decomposto em aterros sanitários etc. 
➢ Produção total é de 560 a 100 ovos por fêmea 
✓ Larvas 
➢ Eclosão ocorrede 20 a 80h após a ovipostura 
➢ Ocorrem 2 mudas (3 instares larvais: L1, L2 e L3) 
➢ Período larval é de 8 a 10 dias 
✓ Pupas 
➢ Esse período tem duração de 2 a 8 dias 
o Patogenia 
✓ Ação irritante e hematofagismo – 25,8mg de sangue/mosca/raspado, 
principalmente nas patas e abdômen 
✓ Decréscimo de produtividade do animal 
✓ Vetores mecânicos – microrganismos 
✓ Vetores biológicos (hospedeiro intermediário) – Habronema spp. 
✓ Prejuízos econômicos severos, estimados em milhões por ano 
o Controle – mesmo que para a Musca domestica 
 
HAEMATOBIA IRRITANS (mosca-dos-chifres) 
o Hospedeiros – bovinos e bubalinos 
o Distribuição – Europa e EUA (1884/86), Brasil (1980) em São Paulo (1990) 
o Morfologia – adultos com até 4mm (são menores muscídeos hematófagos) e 
seus ovos possuem de 1 a 1,5mm 
 
Ciclo biológico e comportamento 
✓ Adultos 
➢ Permanecem dia e noite no animal, aglomerados em maior 
número nas partes altas do corpo dos bovinos (cupim dos 
zebuínos e região costal e flancos na maioria das raças) 
➢ Nas horas quentes do dia, as moscas se abrigam na região 
ventral do hospedeiro 
➢ As moscas ficam pousadas sempre com a cabeça orientada para 
baixo, com as asas parcialmente abertas 
➢ Possuem hábito hematófagos intermitentes – 20 a 40x por dia, 
com o ingurgitamento em 4 a 10min 
➢ Tem preferência por animais de pelume escuro – mais taurinos 
do que zebuínos e maior preferência por machos do que fêmeas 
➢ O número de moscas sobre um hospedeiro pode chegar até 5000 
➢ Tem capacidade de voo de até 15km 
➢ Em jejum permanece viva de 18 a 26h 
➢ Longevidade média de 40 dias (4 a 6 semanas) 
✓ Ovos 
➢ São depositados embaixo da borda de massas fecais frescas 
➢ Possui produção média de 15 a 24 ciclos ovarianos – a fêmea não 
deposita os ovos todos de uma vez. Os ovos são depositados 
conforme ela se alimenta 
➢ Produção total = 225 a 375 ovos por fêmea 
✓ Larvas 
➢ Eclosão 24h após a oviposição 
➢ Ocorrem 2 mudas (3 instares larvais = L1, L2 e L3) 
➢ Período larval de 3 a 12 dias 
✓ Pupas 
➢ A fase de pupa acontece no solo 
➢ Possui um período pupal de 2 a 8 dias 
o Patogenia 
✓ Hematofagismo – ingestão média de 1,7mg de 
sangue/mosca/repasto, se alimentando 30x por dia – conclui-se que 
500 moscas causam perda de 25,5ml de sangue por dia 
▪ Até 50 moscas por animal – grau de infestação baixo 
▪ De 50 a 200 moscas por animal – grau de infestação médio 
▪ Mais que 200 moscas por animal – grau de infestação alta 
✓ Ação irritante pela presença da mosca, causa redução no ganho de 
peso (até 14%) e da produção leiteira (25 a 50%) 
✓ Vetor biológico de Stephanofilaria spp. 
✓ Vetor mecânico de microrganismos patogênicos 
✓ Causam grande prejuízo econômico, equivalente a milhões por ano 
o Controle 
✓ Uso de brincos, pulverização, faixas impregnadas com inseticidas 
(facilitado pelo hábito da mosca de permanecer muito tempo nos 
hospedeiros) 
✓ Tratamento deve ser criterioso para evitar ao máximo o surgimento de 
resistência às drogas disponíveis 
 
 
3) Produtores de miíases 
• Definição – síndrome geral que tem como causa o ataque de larvas de 
dípteros a vertebrados vivos, nos quais aquelas realizam, pelo menos 
por um certo período (fase de larva), o desenvolvimento 
a) Miíases obrigatórias ou primárias – a larva precisa estar no 
hospedeiro, seu desenvolvimento ocorre na lesão do hospedeiro 
➢ Tecidos dérmicos ou subdérmicos – Dermatobia hominis 
(mosca-do-berne) e Cochliomyia hominivorax (mosca-
da-bicheira) 
➢ Cavitárias – tem seu desenvolvimento internamente no 
hospedeiro 
▪ No trato gastrointestinal – Gasterophilus spp. 
▪ Em cavidades nasais – Oestrus ovis 
 
b) Miíases facultativas ou secundárias – podem viver no 
hospedeiro criando a miíase ou não, ou elas não conseguem 
criar a lesão precisando de uma lesão preexistente 
➢ Ocorrem em diversos tecidos, onde houver necrose – 
família Calliphoridae (Chrysomya spp., Sarcophaga spp.) 
DERMATOBIA HOMINIS (mosca-do-berne) 
o Hospedeiro – mamíferos, incluindo o homem e as aves 
o Distribuição – América Latina (preferem locais com temperaturas e umidade 
maiores e que sejam florestados) 
o Morfologia – os adultos medem de 1,2 a 1,7cm, possui abdômen com brilho 
metálico azulado 
o Ciclo biológico e comportamento – duração média do ciclo é de 120 dias 
✓ Adultos 
▪ Vivem em refúgios nas matas e florestas, regiões de reflorestamento, 
plantações de eucaliptos 
▪ Longevidade média é de 3 dias 
▪ A postura se inicia com até 48h após emergência do pupário 
 
✓ Ovos 
▪ Em período de oviposição, as fêmeas capturam os vetores mecânicos 
ou for éticos para veiculação dos ovos – cerca de 50 espécies de 
dípteros com hábitos zoofilicos, tamanho adequado e moderadamente 
ativos 
▪ Os ovos são dispostos em cachos, geralmente em um dos lados do 
abdômen do forético, aderindo-se graças a uma substância 
aglutinante 
▪ Vantagens da utilização de forético: promove a proteção dos ovos 
contra a dessecação, aumento da probabilidade do encontro entre 
parasito-hospedeiro e melhor dispersão das larvas 
▪ Produção média de 30 a 40 ovos por postura 
▪ Produção total de 800 a 1000 ovos por fêmea 
✓ Larvas (berne) 
▪ A eclosão ocorre de 4 a 9 dias após a ovipostura, normalmente por 
estímulos ambientais como a temperatura e o CO2 
▪ Viabilidade larval nos ovos – 20 a 28 dias 
▪ A penetração larval ocorre na pele integra, até o tecido subcutâneo. 
Forma uma intumescência com abertura central para respiração 
▪ Possui 3 instares larvais: L1, L2 e L3 (respira através de uma 
perfuração cutânea) 
▪ Se alimenta de exsudatos teciduais e de materiais purulentos 
▪ Período larval de 35 a 70 dias 
▪ Período de queda das L3 – noturno e/ou início da manhã – menor 
calor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Pupas 
▪ Tipo de solo + temperatura do ambiente + umidade relativa = 
determinam a penetração das larvas no solo, a formação do pupário 
e a emergência dos adultos 
▪ Período pupal médio é de 21 a 35 dias 
o Suscetibilidade dos hospedeiros 
Bovinos 
• Região do costado e paleta 
• Animais com pelagem escura ou com manchas escuras 
• Temperatura cutânea maior – maior atratividade aos dípteros 
hematófagos (que podem ser foréticos – fazer o transporte dos ovos da D. 
hominis) 
• Ausência de resistência adquirida às sucessivas reinfestações 
• Raças taurinas são mais suscetíveis 
o Patogenia 
• As larvas provocam um processo doloroso ao hospedeiros – o animais ficam 
irrequietos, nervosos e se alimentam mal 
• Mais de 80% dos nódulos parasitados formam abscessos 
• Secreção + mais o local de entrada da larva = predisposição às bicheiras 
• No homem é mais comum nas extremidades dos membros e couro cabeludo 
o Importância econômica 
• Redução do ganho de peso e da produção leiteira 
• Comprometimento e diminuição da qualidade dos couros 
o Controle 
• Controle dos foréticos – das moscas que levam os ovos aos hospedeiros 
• Pulverização, pour-on (organofosforados, piretróide, fipronil ) 
• Avermectina (ivermectin, doramectin) 
 
COCHLIOMYIA HOMINIVORAX (mosca-da-bicheira) 
o Hospedeiros – mamíferos, inclusive o homem 
o Distribuição – América central e regiões tropicais e subtropicais da América do 
Sul 
o Morfologia – os adultos medem até 1cm, possuem olhos castanho-alaranjados, 
corpo verde azulado e metálico 
 
Ciclo biológico e comportamento 
✓ Adulto 
▪ Se alimentam do néctar das flores e substâncias das plantas 
▪ As fêmeas realizam uma única cópula no início do 1º ciclo ovariano – 
aumento das necessidade proteicas para a maturação dos ovos – 
atraída para feridas pelo odor – se alimentam de tecidos vivos 
(sangue, exsudato etc.) 
✓ Ovos 
▪ Postura preferencial em lesões recentes e em substratos secos, 
próximos às margens da lesão e /ou sobre superfícies úmidas 
✓ Larvas 
▪ Eclosão larval – 14 a 18h após a oviposição 
▪ 3 instares larvais – L1, L2 e L3 
▪ Período larval de 5 a 9 dias 
✓ Pupas 
▪ Períodopupal é de 6 a 7 dias 
 
o Patogenia 
• Fatores predisponentes – lesões diversas (cerca de arame, castração, 
descorna, marcação a fogo, tosquia, umbigo de bezerros neonatos etc.) 
• Miíases sempre ocorrem sobre lesões recentes 
• Larvas se alimentam de tecido muscular 
• A reação dolorosa intensa provoca inquietude, lambimento e mordedura 
das lesões 
• Animais de temperamento passivo – alteração do comportamento e 
emagrecimento 
• As larvas provocam sangramento e aumento das lesões 
• Infecções bacterianas secundárias – formação de abcesso 
• Lesões de odor pútrido e desagradável 
• Redução do ganho de peso e da produção leiteira 
• Comprometimento e diminuição da qualidade do couro 
o Controle 
• O mesmo utilizado para a Musca domestica 
• Nos EUA – como a copula é única, esterilização dos machos por irradiação 
 
GASTEROPHILUS SPP. 
o Gaster = estômago e philus = amigo (gasterofilídeos de equinos) 
o Hospedeiro – equídeos 
o Espécies – Gasterophilus intestinalis e G. nasalis 
o Ciclo biológico 
✓ Adultos 
▪ Moscas robustas, escuras de 1 a 2cm de comprimento 
▪ Longevidade média é de 2 a 3 dias 
✓ Ovos 
▪ G. nasalis – deposição de seus ovos nos pelos da região peribucal e 
ganacha 
▪ G. intestinalis – deposição de seus ovos nos pelos da região escapular 
e da face interna dos membros anteriores 
✓ Larvas 
▪ G. nasalis – eclosão espontânea em 5 a 10 dias 
▪ G. intestinalis – eclosão ocorre por meio de estímulos como a 
temperatura e CO2 + autolimpeza ou mútua limpeza dos hospedeiros 
▪ L1 G. nasalis – possui cerca de 1mm de comprimento e realiza a 
locomoção ativa para a cavidade oral do hospedeiro 
▪ L1 G. intestinales – é transferida para a língua do hospedeiro quando 
ele realiza a autolimpeza 
▪ A fase migratória oral de L1 – dura cerca de 30 dias 
Fase 1 = lingual 
Fase 2 = gengival 
Fase 3 = raiz lingual 
▪ Fase gastrointestinal 
❖ L2 se fixa 
❖ L3 surge após a fixação de L2 – dura de 10 a 12 meses, quando 
L3 (com mais ou menos 2cm) se desprende da mucosa e são 
eliminadas nas fezes 
✓ Pupas 
▪ Período médio pupal é de 3 a 4 semanas 
o Patogenia 
• Ação mecânica ulcerativa sobre a mucosa e/ou submucosa gástrica 
• Perfuração da parede gástrica, podendo levar à peritonite 
• Invasão bacteriana da mucosa lesada 
• Abcessos na subserosa 
o Controle 
• Uso de drogas que atinjam as larvas no estômago – ivermectin, 
tiabendazole + trichlorfon 
 
OESTRUS OVIS (bernes nasais) 
o Hospedeiros – ovinos e caprinos 
o Distribuição – cosmopolita 
o Ciclo biológico 
✓ Adultos 
▪ Medem cerca de 1cm e são revestidos de pelos castanhos curtos 
▪ Fêmeas são larvíparas (eliminam L1) – não eliminam ovos 
▪ Longevidade média de até 2 semanas 
✓ Larvas 
▪ Eliminadas pelas fêmeas adultas que durante o voo soltam jatos 
de líquidos contendo até 25 larvas (no estágio L1) direcionados 
para as narinas dos hospedeiros 
▪ Tamanho médio das L1 é de 1mm 
▪ Produção média total de L1 é de 500 larvas 
▪ Realizam 3 instares larvais 
▪ Após a fixação na membrana mucosa dos condutos nasais (2 
semanas) – surgem as L2 – invadem os seios frontais – mudam 
para L3 (com 2,5 a 3cm) – voltam para os condutos nasais – são 
expelidas por meio da descarga nasal ou espirros do hospedeiro 
▪ O período larval dura de 25 dias a 12 meses 
✓ Pupas 
▪ Período médio pupal é de 3 a 6 semanas 
o Patogenia, sintomas e prejuízos econômicos 
• Animais apresentam excitação, espirros, mudanças comportamentais 
como esfregar o focinho em objetos fixos 
• Ação mecânica dos ganchos orais e dos espinhos larvais causam 
processo inflamatório das membranas nasais, com secreção mucosa a 
mucopurulenta e sangramentos 
• Decréscimo na produção de carne (cerca de 1,1 a 4,6kg) e de lã (200 a 
500g) 
o Controle 
• Tratamento são feitos em casos de infestações maciças 
 
Tabanus spp e Chrysops spp. – Tabanídeos (“moscas dos cavalos” ou “mutucas”) 
o Hospedeiro – animais domésticos e homem 
o Espécies – mais de 3000 
o Distribuição – cosmopolita 
o Morfologia - 
▪ Adultos podem chegar a medir 2,5cm 
▪ Apenas as fêmeas são hematófagas 
▪ Possuem 1 par de antenas projetadas para frente (ao contrário das 
moscas cyclorraphas, que possuem as antenas direcionadas 
ventralmente), tri-segmentada, curtas e grossas 
o Ciclo biológico – tem duração de 5 meses ou mais 
✓ Adultos 
▪ Mais ativos durante os dias quentes 
✓ Ovos 
▪ São depositados na vegetação ou pedras, em áreas úmidas, 
barrentas ou pantanosas 
✓ Larvas 
▪ Eclodem em 1 a 2 semanas 
▪ Caem na água e se alimentam de matéria orgânica 
▪ Período larval de 3 meses a 3 anos 
✓ Pupas 
▪ Ficam parcialmente enterradas na lama ou no solo 
▪ Período pupal de 1 a 3 semanas 
o Patogenia 
• Cada mosca adulta suga cerca de 0,36ml de sangue/raspado 
• Picadas são profundas e dolorosas 
• Causam inquietação e desconforto 
• Vetores mecânicos de vírus, bactérias, protozoários e nematoides 
o Controle – é dificultado pelos hábitos das moscas (uso de inseticida e telas) 
• Apenas as fêmeas são hematófagas 
• Culicoides spp. – mosquito pólvora 
• Simulium spp. – borrachudos 
• Lutzomya spp. e Nyssomya spp. (flebotomíneos) – mosquito palha, birigui e 
cangalhinha 
• Anopheles spp. ; Culex spp. e Aedes spp. – pernilongos 
 
CULICOIDES SPP 
o Hospedeiros – animais domésticos e homem 
o Espécies – mais de 800 
o Distribuição – cosmopolita 
o Morfologia – antenas proeminentes, patas curtas e peças bucais pequenas 
o Importância – hematofagia e o incomodo caudado pela picadura do 
mosquito 
 
LUTZOMYIA SPP. E NYSSOMYIA SPP. 
o Hospedeiros – mamíferos, repteis, aves e o homem 
o Sinonímia – mosquito palha, birigui ou cangalhinha 
o Importância – transmissão de agentes patogênicos 
o Ciclo biológico – semelhante aos outros nematoceras, com 30 a 100 dias de 
duração 
▪ Adultos – medem cerca de 5mm, com patas longas 
▪ Ovos – não são colocados na água, mas necessitam de umidade 
o Patogenia – são vetores de Leishmania spp. 
o Controle – inseticidas, telas protetoras e repelentes 
 
ANOPHELES SPP. ; CULEX SPP. E AEDES SPP. 
o Hospedeiros – mamíferos, répteis, aves e homens 
o Ciclo biológico – semelhante aos outros nematoceras, com 30 a 100 dias de 
duração 
▪ Adultos medem cerca de 5mm, com patas longas 
▪ Ovos – colocados na superfície da água 
o Patogenia 
▪ Possuem hábitos alimentares diurnos e noturnos 
▪ São vetores biológicos de diferentes agentes 
❖ Anopheles spp. – malária 
❖ Aedes spp. – dengue, febre amarela, zica ... 
❖ Anopheles, Culex e Aedes – Dirofilaria immitis 
o Controle 
▪ Inseticidas, telas de proteção, repelentes 
▪ Controle das larvas (inseticidas, controle biológico, retirada dos 
criatórios aquáticos)

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