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BIOFISICA DAS CORRENTES ELÉTRICAS Prof. Esp.Cristiano Coelho de Souza Fisioterapeuta CREFITO 10/36701 ccsrio@gmail.com FREQÜÊNCIA Frequência de um pulso: é o número de ciclos por segundo emitido por uma corrente A sua unidade é dada em Hz ou ciclos por segundo Correntes de baixa frequência: 1 a 999 Hz Correntes de média frequência: 1000 a 9.999 Hz Correntes de alta frequência: acima de 10.000 Hz FREQUENCIA DE 2.500 Hz. FREQUENCIA DE REPETIÇÀO DE 100 Hz FREQUENCIA DE 2.500. FREQUENCIA DE REPETIÇÃO DE 80 Hz SENSORIAL MOTOR DOR A M P L I T U D E DURAÇÃO DE PULSO RESPOSTAS SÃO INDIVIDUAIS Recrutamento de Unidades Motoras Músculo Cardíaco Músculo Esquelético Músculo Liso Controle Involuntário Controle Voluntário Músculo Estriado Músculo Estriado Músculo Liso SISTEMA MOTOR SOMÁTICO SISTEMA MOTOR VISCERAL Unidade motora: o motoneuronio e as fibras musculares por ele inervadas. Um músculo é controlado por mais de um motoneuronio; possui várias unidades musculares. Unidade motora: uma unidade funcional onde há trocas de fatores tróficos. Quando um deles morre o outro sofre atrofia. RELAÇÃO DE INERVAÇAO Alta: PRECISÂO 1: poucas fibras Baixa : POTENCIA MECANICA 1: muitas fibras JUNÇÃO NEURO-MUSCULAR A sinapse neuromuscular ocorre na região do sarcolema denominada placa motora para onde os NT são liberados. Propriedades Tipo L (I) Tipo R (IIb) Tipo RRF (IIa) Cor Vermelho Branco Intermediário Suprimento sanguíneo Rico Pobre Intermediário No mitocôndrias Grande Baixo Intermediário Grânulos de Glicogênio Raros Numeroso Freqüentes Quantidade de mioglobina Alta Baixa Média Metabolismo Aeróbico Anaeróbico Médio Velocidade de contração Lenta Rápida Rápida Tempo de contração Longo Curto Intermediário Força contrátil Pouco potente Muito potente Potencia Média Maratonista velocista Watson, T (2000) The role of physiotherapy in contemporary physiotherapy practice. Manual Therapy 5(3): 132-141 IMPEDANCIA Por ser um sistema sofisticado, a pele envolve processos físico-químicos bastante elaborados, principalmente quando é submetida à ação de agressores externos. Seu papel se estende além das propriedades de revestimento e proteção do corpo. Ela possui uma relação singular com os demais órgãos e está integrada aos sistemas de maneira que permite o equilíbrio dinâmico de todo o organismo e o equilíbrio deste com o ambiente externo. Fenômenos simples como sudorese e piloereção, por exemplo, estão relacionados com a regulação térmica de forma central. A pele e as mucosas estabelecem limite até mesmo entre o que é permitido ou não interagir com o organismo. Quando detectam agentes agressores, são responsáveis por desencadear inúmeros fenômenos biológicos envolvidos com a ativação do sistema imune, liberação de mediadores químicos, mudanças estruturais do tecido e diversas interações celulares e moleculares. Juntas estas reações contêm danos expressivos. No entanto, se o dano é persistente, ocorre o comprometimento do tecido, especialmente do estrato córneo, a mais externa de todas as camadas. O comportamento da impedância elétrica da pele pode ser traduzido em um sistema elétrico cujas entrada e saída são sinais que envolvem 4 medidas de corrente. Há mais de 150 anos, a pele foi descrita por Virchow como um envoltório com função de revestimento e proteção a órgãos mais complexos (VIRCHOW, 1860). Durante os últimos anos, no entanto, estudos têm demonstrado que a pele também é um órgão funcionalmente sofisticado. Suas interações celulares e moleculares são complexas e ocorre renovação e reparo de seus componentes a todo o momento. É um tecido altamente dinâmico, capaz de responder a alterações no ambiente externo e interno e isto permite que muitas das manifestações do organismo se expressem por alterações cutâneas. O controle hemodinâmico, o equilíbrio hidro-eletrolítico, a termorregulação, o metabolismo energético, o sistema sensorial e a defesa contra agressões externas dependem da sua viabilidade. A pele desempenha funções específicas em cada região do corpo e as estruturas que a compõem variam de acordo com o sítio anatômico. As regiões palmo-plantares, por exemplo, possuem uma maior queratinização e ausência de pêlos, e estão mais adaptadas à abrasão. As extremidades das falanges distais possuem grande número de receptores sensoriais, o que determina uma elaborada função tátil. A camada córnea, a mais superficial, é plana e repleta de queratina (stratum corneum). É formada por cerca de quinze fileiras de células mortas empilhadas, os corneócios. A camada córnea constitui a principal barreira contra substâncias químicas e microrganismos e está envolvida na regulação da perda de água do organismo para a atmosfera, conhecida como perda de água transepidérmica. A epiderme não possui vascularização, ela recebe seus nutrientes por contiguidade com a derme. A derme, por sua vez, é definida como ―uma rígida matriz de tecido conjuntivo de suporte, contendo estruturas especializadas dispostas imediatamente abaixo e intimamente conectadas à epiderme‖ (GAWKRODGER, 2002). Eczema de contato. O termo bioimpedância refere-se ao estudo da impedância elétrica de materiais biológicos. É a propriedade elétrica passiva do tecido de se opor a um fluxo de corrente (GRIMNES, MARTINSEN, 2008). Suas medidas guardam relação com os processos eletroquímicos fisiológicos e variam quanto ao grupo celular e à organização destes para formar o tecido. A bioimpedância é estimada pela relação entre a diferença de potencial, medida entre dois eletrodos, e a corrente elétrica que percorre o meio em estudo. A corrente elétrica sempre segue o caminho de menor oposição e, portanto, a impedância do tecido biológico depende de vários fatores: estrutura anatômica, quantidade de água, número de camadas do estrato córneo, distância entre os eletrodos, localização do campo elétrico (BOLFE et al., 2007). Segundo PLIQUETT e PLIQUETT (1996), os valores de impedância dependem até mesmo das condições de circulação sanguínea e da densidade dos ductos sudoríparos. Estes, juntamente com os folículos pilosos, dominam os caminhos da corrente elétrica em baixas frequências. A impedância elétrica (Z) refere-se à propriedade de um material de opor-se à passagem de corrente elétrica. A impedância segue uma relação algébrica entre a tensão e a corrente, conforme a lei de Ohm: onde u é a tensão (volts, V), Z é a impedância (ohms, Ω) e i é a corrente (ampères, A). A condução de eletricidade também se aplica aos materiais biológicos (WEBSTER, 2000). Eles possuem tanto propriedades capacitivas como resistivas e, portanto, exibem um comportamento dependente da freqüência. Isto significa que, a nível molecular e celular, os componentes do tecido (membrana celular, líquidos intra e extracelular e outros) contribuem para a impedância de forma variada nas diferentes freqüências. Um tecido biológico pode apresentar-se tanto como um condutor como um dielétrico (isolante seco capaz de armazenar energia elétrica). O primeiro caso aplica-se às soluções eletrolíticas, as quais permitem a condução de corrente pela atividade iônica. Quando se trata de estruturas moleculares, no entanto, o fenômeno sucedido à passagem de corrente é o da polarização, um comportamento típico do material dielétrico. A polarização pode ser descrita como um distúrbio de distribuição de cargas em uma região devido à presença de energia externa ou interna (GRIMNES, MARTINSEN, 2008, FERREIRA, 2006). O tecidobiológico não se qualifica unicamente como seco ou úmido, condutor ou não condutor, mas é possível admitir que há nele ambas as propriedades e muitos outros conceitos estão relacionados. Por ora, sabe-se que a pele, apesar de abranger várias propriedades elétricas, encontra o comportamento dielétrico como o principal descritor do estrato córneo. Quanto mais água tem o tecido, melhor é a sua propriedade de conduzir a corrente elétrica. Pouco condutores Condutores médios Bons condutores Osso Pele úmida Sangue Gordura Tendões Linfa Pele seca Fáscias grossas Líquidos corporais Pêlos Cartilagens Músculos Unhas -- Vísceras -- -- Tecido nervoso IMPEDANCIA Estimulação seletiva dos Nervos Durante a estimulação elétrica, em primeiro lugar, são estimulados nervos sensoriais, depois, os motores e, em seguida, as fibras dolorosas Só depois que essas três estruturas forem despolarizadas, a corrente elétrica poderá afetar diretamente as fibras musculares A amplitude para um nervo ser estimulado é inversamente proporcional ao diâmetro do nervo Estimulação seletiva dos Nervos Os nervos sensoriais superficiais recebem uma quantidade maior de estimulação do que os nervos motores mais profundos As fibras de dor são mais superficiais que os nervos motores, mas também elas tendem a ter diâmetro maior Sua resistência é tão grande que os nervos motores atingem seu limiar antes, permitindo o aparecimento de contrações musculares antes da dor Níveis de Estimulação 1. Nível subsensorial: o paciente começa a sentir uma discreta sensação elétrica 2. Nível sensorial: estimula apenas nervos sensoriais. Observa-se ligeira contração muscular e, em seguida, diminui-se a intensidade de saída em aproximadamente 10% 3. Nível motor: descreve uma intensidade que produz uma contração muscular visível e sem dor 4. Nível nocivo: corresponde à corrente aplicada com uma intensidade que estimula fibras de dor. QUANTO MENOR O TAMANHO DO ELETRODO, MAIOR SERÁA RESISTÊNCIA DA PELE À PASSAGEM DACORRENTE ELÉTRICA EVICE –VERSA.. QUANTOMENOROTAMANHODO ELETRODO, MAIOR SERÁA DENSIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA PASSANDOPELAÁREA DO ELETRODO. ELETRODOS - Propriedades (Tamanho, Distância e Posicionamento) Muitos dos problemas que surgem quando se tenta promover uma eletroestimulação, deve-se a fatores muito simples relacionados aos eletrodos, por isso vamos discutir três abaixo:
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