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Eletrotermofototerapia

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Indaial – 2019
ElEtrotErmofototErapia
Prof. Altair Argentino Pereira Júnior
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Altair Argentino Pereira Júnior
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
P436e
Pereira Júnior, Altair Argentino 
 Eletrotermofototerapia. / Altair Argentino Pereira Júnior. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2019.
 189 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0419-2
1. Fisioterapia. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 612
III
aprEsEntação
Olá, caro acadêmico! Seja muito bem-vindo à disciplina de 
Eletrotermofototerapia. Esta disciplina tem por objetivo apresentar os 
diferentes recursos eletrotermofototerápicos utilizados pelo fisioterapeuta, 
seus efeitos fisiológicos, técnicas de aplicação, indicações e contraindicações. 
Você já parou para pensar de onde vem a energia elétrica que utilizamos 
a todo instante? As usinas hidroelétricas produzem milhões de megawatts 
por hora (MWh) que são distribuídos até nossas residências. Podemos tomar 
como exemplo a usina Itaipu Binacional, líder mundial em produção de 
energia limpa e renovável, que só no ano de 2018 produziu 96,6 milhões de 
MWh. É muita energia, não?
Diferentes motivos fazem com que nós usemos a eletricidade, seja para 
o diagnóstico ou no tratamento de diferentes doenças. Na aplicabilidade dos 
recursos da fisioterapia, a eletricidade é um agente terapêutico, mas também 
contribui para promover outras formas de energia aplicadas à reabilitação. 
Ao longo da história, a eletricidade esteve relacionada às ciências 
médicas, como por exemplo: as descargas do peixe elétrico aplicadas a 
tratamentos na Antiguidade, os estudos eletrofisiológicos em animais, 
os tratamentos com descargas elétricas em pacientes com distúrbios 
psiquiátricos, e chegando até a evolução dos dias atuais em que os aparelhos 
possuem microprocessadores e inúmeras tecnologias que fazem o uso 
adequado e confortável da eletricidade como recurso aplicado ao ser humano 
que se beneficia em diferentes tipos de tratamentos.
Afim de compreender os mecanismos de ação dos recursos 
eletrotermofototerápicos, neste Livro Didático, você irá aprender sobre os 
aspectos físicos, fisiológicos, biofísicos e bioquímicos relacionados com os agentes 
eletroterápicos. Também estudará o reparo dos tecidos desde as unidades celulares, 
compreendendo ainda o processo de cicatrização e o mecanismo de modulação da 
dor. Na sequência, estudará todos os recursos eletrotermofototerápicos utilizados 
pelo fisioterapeuta em sua prática profissional.
Bons estudos, 
Prof. Dr. Altair Argentino Pereira Júnior
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
VII
UNIDADE 1 – PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS .....................................................1
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA .................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A ELETRICIDADE..............................................................................3
 2.1 CORRENTES ELÉTRICAS ...............................................................................................................5
 2.1.1 Corrente direta ...........................................................................................................................6
 2.1.2 Correntes alternadas .................................................................................................................6
 2.1.3 Corrente em pulso ....................................................................................................................7
 2.2 PULSO ELÉTRICO ............................................................................................................................8
 2.2.1 Largura do pulso .....................................................................................................................10
 2.2.2 Salva ou rajada de pulsos .......................................................................................................10
 2.2.3 Tempo do pulso .......................................................................................................................11
 2.2.4 Rampas .....................................................................................................................................11
 2.3 ELETROESTIMULADORES ........................................................................................................12
 2.4 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA ..................................................................................................13
 2.5 IMPEDÂNCIA ...............................................................................................................................14
3 ELETRODO ............................................................................................................................................15 
3.1 POSICIONAMENTO DO ELETRODO ........................................................................................18
 3.1.1 Técnica bipolar e monopolar .................................................................................................19
 3.2 DENSIDADE DA CORRENTE ................................................................................................20
4 ONDAS ...................................................................................................................................................22
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................25
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................26TÓPICO 2 – PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS, BIOFÍSICOS E BIOQUÍMICOS ..........................29
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................29
2 PROPRIEDADES DAS MEMBRANAS CELULARES ..................................................................29
2.1 ESTRUTURA E ORGANELAS CELULARES ..............................................................................30
2.2 MEIOS DE TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR .....................................34
2.3 MECANISMOS DE TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA ..........................................35
 2.3.1 Difusão .....................................................................................................................................36
 2.3.2 Osmose .....................................................................................................................................37
 2.3.3 Transporte ativo ......................................................................................................................39
 2.4 POTENCIAL DE MEMBRANA .....................................................................................................39
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................41
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................42
TÓPICO 3 – REPARO DOS TECIDOS ................................................................................................45
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................45
2 RESPOSTA À LESÃO ..........................................................................................................................45
 2.1 O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DOS TECIDOS MOLES ..................................................46
 2.1.1 Resposta Inflamatória ............................................................................................................46
 2.1.2 Fase Proliferativa ....................................................................................................................48
sumário
VIII
2.1.3 Fase de Remodelamento ......................................................................................................48
 2.2 FATORES QUE INTERFEREM NEGATIVAMENTE NO PROCESSO DE 
CICATRIZAÇÃO ...........................................................................................................................49
 2.3 CICATRIZAÇÃO DOS TECIDOS MOLES ................................................................................49
 2.3.1 Cartilagem ..............................................................................................................................50
 2.3.2 Ligamentos e tendões ...........................................................................................................50
 2.3.3 Músculo ..................................................................................................................................51
 2.3.4 Nervo ......................................................................................................................................51
 2.4 DOR....................................................................................................................................................51
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................................54
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................58
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................59
UNIDADE 2 – CORRENTES ELÉTRICAS .........................................................................................61
TÓPICO 1 – ATIVIDADE ELÉTRICA PARA O CONTROLE DA DOR ......................................63
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................63
2 MECANISMO PERIFÉRICO E CENTRAL DA DOR ....................................................................63
3 ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA – TENS ......................................66
3.1 TIPOS DE TENS ...............................................................................................................................67
 3.1.1 Convencional ...........................................................................................................................68
 3.1.2 Acupuntura .............................................................................................................................68
 3.1.3 Burst ..........................................................................................................................................68
 3.1.4 Breve-intensa............................................................................................................................69
 3.2 MODULAÇÃO DA TENS ..............................................................................................................69
 3.3 COLOCAÇÃO DO ELETRODO ....................................................................................................70
 3.4 EFEITOS DA TENS ..........................................................................................................................71
 3.5 FORMAS DE APLICAÇÃO ............................................................................................................71
 3.6 CUIDADOS E PRECAUÇÕES .......................................................................................................72
 3.7 INDICAÇÕES ...................................................................................................................................72
 3.8 CONTRAINDICAÇÕES .................................................................................................................72
4 CORRENTE INTERFERENCIAL .......................................................................................................73
4.1 EFEITOS ...........................................................................................................................................74
4.2 FORMAS DE APLICAÇÃO ............................................................................................................75
 4.2.1 Método tetrapolar ...................................................................................................................75
 4.2.2 Modo varredura ......................................................................................................................77
 4.2.3 Método bipolar ........................................................................................................................77
4.3 A SELEÇÃO DA FREQUÊNCIA ...................................................................................................78
4.4 CUIDADOS E PRECAUÇÕES .......................................................................................................80
4.5 INDICAÇÕES ...................................................................................................................................80
4.6 CONTRAINDICAÇÕES .................................................................................................................80
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................................81
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................87
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................88TÓPICO 2 – ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA MUSCULAR .................................................................91
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................91
2 ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR (NMES) ......................................................91
3 CORRENTE RUSSA .............................................................................................................................94
3.1 MODOS DE ESTIMULAÇÃO ........................................................................................................97
3.2 COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS ................................................................................................97
 3.3 CONSIDERAÇÕES AO APLICAR A ELETROESTIMULAÇÃO MUSCULAR .....................98
IX
 3.4 INDICAÇÕES ...................................................................................................................................98
 3.5 CONTRAINDICAÇÕES .................................................................................................................99
4 CORRENTE AUSSIE ............................................................................................................................99
4.1 MODALIDADES ............................................................................................................................100
4.2 PARÂMETROS ...............................................................................................................................100
4.3 FORMAS DE APLICAÇÃO ..........................................................................................................101
4.4 INDICAÇÕES .................................................................................................................................101
4.5 CONTRAINDICAÇÕES ...............................................................................................................101
5 ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA FUNCIONAL (FES) .......................................................................101
 5.1 PARÂMETROS ...............................................................................................................................103
 5.2 INDICAÇÕES .................................................................................................................................103
 5.3 CONTRAINDICAÇÕES ...............................................................................................................103
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................105
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................106
TÓPICO 3 – CORRENTES POLARIZADAS ....................................................................................109
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................109
2 CORRENTE GALVÂNICA ...............................................................................................................110
2.1 EFEITOS FÍSICOS E FISIOLÓGICOS..........................................................................................111
2.2 EFEITOS POLARES E INTERPOLARES ....................................................................................112
2.3 TÉCNICA DE APLICAÇÃO .......................................................................................................112
 2.3.1 Cuidados na aplicação ..........................................................................................................113
2.4 CONTRAINDICAÇÕES ...............................................................................................................113
3 IONTOFORESE ...................................................................................................................................114
 3.1 VANTAGENS DA IONTOFORESE .............................................................................................115
 3.2 DESVANTAGENS DA IONTOFORESE .....................................................................................115
 3.3 SESSÃO DE TRATAMENTO E APLICAÇÃO ...........................................................................115
 3.4 INDICAÇÕES DA IONTOFORESE ............................................................................................116
 3.5 CONTRAINDICAÇÕES DA IONTOFORESE ...........................................................................116
4 CORRENTES DIADINÂMICAS .....................................................................................................117
 4.1 FORMAS DE CORRENTES ..........................................................................................................117
 4.1.1 Monofásica Fixa .....................................................................................................................117
 4.1.2 Difásica Fixa ...........................................................................................................................118
 4.1.3 Curtos Períodos .....................................................................................................................118
 4.1.4 Longos Períodos ....................................................................................................................119
 4.1.5 Ritmo Sincopado ...................................................................................................................119
 4.2 EFEITOS FISIOLÓGICOS .............................................................................................................120
 4.3 TÉCNICA DE APLICAÇÃO ........................................................................................................120
 4.3.1 Tempo de aplicação ..................................................................................................................120
 4.4 INDICAÇÕES .................................................................................................................................121
 4.5 CONTRAINDICAÇÕES ...............................................................................................................121
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................122
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................123
UNIDADE 3 – TERMOTERAPIA E FOTOTERAPIA .....................................................................125
TÓPICO 1 – MODALIDADE SONORA ...........................................................................................127
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................127
2 ULTRASSOM TERAPÊUTICO ........................................................................................................127
3 CARACTERÍSTICAS DA PROPAGAÇÃO DA ONDA SONORA ..........................................130
X
3.1 REFLEXÃO ......................................................................................................................................130
3.2 REFRAÇÃO .....................................................................................................................................130
3.3 ATENUAÇÃO .................................................................................................................................131
3.4 ABSORÇÃO ....................................................................................................................................131
4 PROFUNDIDADE DE AÇÃO DO ULTRASSOM TERAPÊUTICO .........................................132
 4.1 PROPRIEDADES DO FEIXE DE ULTRASSOM ........................................................................1324.2 FREQUÊNCIA DO UST ................................................................................................................133
 4.3 MODO PULSADO E CONTÍNUO ..............................................................................................134
 4.4 INTENSIDADE ...............................................................................................................................134
5 DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DO TRATAMENTO .....................................................................135
6 EFEITOS TÉRMICOS ........................................................................................................................136
7 EFEITOS NÃO TÉRMICOS..............................................................................................................137
8 MODALIDADES ................................................................................................................................138
9 EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS ............................................................................138
10 MEIO DE ACOPLAMENTO DO UST ..........................................................................................140
11 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO .........................................................................................................141
 11.1 CONTATO DIRETO ...................................................................................................................141
 11.2 TÉCNICA SUBAQUÁTICA .....................................................................................................141
 11.3 SONOFORESE OU FONOFORESE .........................................................................................142
12 CUIDADOS E PRECAUÇÕES .......................................................................................................142
13 INDICAÇÕES ....................................................................................................................................143
14 CONTRAINDICAÇÕES .................................................................................................................143
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................145
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................146
TÓPICO 2 – AGENTES TÉRMICOS ..................................................................................................149
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................149
2 TRANSFERÊNCIA DE CALOR .......................................................................................................149
3 ONDAS CURTAS ...............................................................................................................................150
 3.1 PRODUÇÃO DO CALOR ............................................................................................................150
 3.2 DIATERMIA POR ONDAS CURTAS, PULSADAS E CONTÍNUAS .....................................151
 3.3 ELETRODOS ..................................................................................................................................152
 3.3.1 Placas metálicas flexíveis ......................................................................................................152
 3.3.2 Discos metálicos rígidos .......................................................................................................153
 3.3.3 Eletrodos de aplicação indutiva (Tambor) ........................................................................153
 3.4 DOSE ................................................................................................................................................154
 3.5 AJUSTE DA SINTONIA ................................................................................................................154
 3.6 FORMAS DE APLICAÇÃO ..........................................................................................................155
 3.6.1 Contraplanar ..........................................................................................................................155
 3.6.2 Longitudinal ..........................................................................................................................155
 3.6.3 Coplanar .................................................................................................................................156
 3.7 CUIDADOS AO OPERAR O APARELHO DE OC ...................................................................156
 3.8 CUIDADOS E PRECAUÇÕES .....................................................................................................157
 3.9 INDICAÇÕES .................................................................................................................................157
 3.10 CONTRAINDICAÇÕES .............................................................................................................157
4 CRIOTERAPIA ....................................................................................................................................158
 4.1 EFEITOS FISIOLÓGICOS .............................................................................................................158
 4.1.1 Temperatura corporal ...........................................................................................................159
 4.1.2 Redução de edema.................................................................................................................159
 4.1.3 Efeitos circulatórios ...............................................................................................................159
 4.1.4 Efeito analgésico ....................................................................................................................159
 4.1.5 Efeito na inflamação ..............................................................................................................160
XI
 4.2 FORMAS DE APLICAÇÃO ..........................................................................................................160
 4.2.1 Bolsas de gelo .........................................................................................................................160
 4.2.2 Toalhas com gelo ...................................................................................................................161
 4.2.3 Panqueca de gelo ...................................................................................................................161
 4.2.4 Imersão no gelo .....................................................................................................................162
 4.2.5 Spray .......................................................................................................................................162
 4.2.6 Tratamento criocinético ........................................................................................................162
 4.2.7 Criomassagem .......................................................................................................................162
 4.2.8 Banho de contraste ................................................................................................................163
 4.2.9 Protocolo RICE e PRICE .......................................................................................................163
 4.2.10 Bolsas de gelo instantâneo .................................................................................................164
 4.3 INDICAÇÕES ................................................................................................................................164
 4.4 CONTRAINDICAÇÕES ...............................................................................................................165
RESUMO DOTÓPICO 2......................................................................................................................166
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................167
TÓPICO 3 – AGENTES LUMINOSOS ..............................................................................................169
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................169
2 PROPRIEDADES FÍSICAS ...............................................................................................................169
3 EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS ............................................................................170
 3.1 EFEITOS NO REPARO DE TENDÕES .......................................................................................171
 3.2 EFEITOS NO TECIDO CUTÂNEO .............................................................................................171
 3.3 EFEITOS NO REPARO ÓSSEO ....................................................................................................172
 3.4 EFEITOS NO TECIDO NERVOSO ..............................................................................................172
 3.5 OUTROS EFEITOS .........................................................................................................................172
4 MODALIDADES ................................................................................................................................173
 4.1 FORMAS DE APLICAÇÃO .........................................................................................................174
 4.2 PARÂMETROS ..............................................................................................................................174
 4.3 CUIDADOS E PRECAUÇÕES .....................................................................................................175
 4.4 INDICAÇÕES ................................................................................................................................176
 4.5 CONTRAINDICAÇÕES ...............................................................................................................176
5 INFRAVERMELHO ............................................................................................................................176
5.1 EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS ..........................................................................177
5.2 CUIDADOS NA APLICAÇÃO ....................................................................................................177
5.3 INDICAÇÕES .................................................................................................................................178
5.4 CONTRAINDICAÇÕES ...............................................................................................................178
5.5 CALOR ÚMIDO .............................................................................................................................179
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................180
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................184
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................185
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................187
XII
1
UNIDADE 1
PROPRIEDADES DOS
AGENTES ELÉTRICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer as propriedades físicas da eletricidade;
• aprender os diferentes tipos de correntes elétricas, bem como os de 
ondas aplicadas utilizados com fins terapêuticos;
• estudar os efeitos fisiológicos, biofísicos, bioquímicos e a ação celular; 
• compreender o processo de reparo tecidual, fases da inflamação e 
mecanismo de modulação da dor.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 - INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
TÓPICO 2 - PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS, BIOFÍSICOS E BIOQUÍMICOS
TÓPICO 3 - REPARO DOS TECIDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, neste primeiro tópico da Unidade 1 do livro de 
Eletrotermofototerapia falaremos de uma maneira bem abrangente a respeito 
das características dos recursos eletrotermofototerápicos para após aprender sua 
aplicabilidade prática.
 
O fisioterapeuta dispõe de vários agentes físicos, cada qual, reagindo de 
maneira característica a nível celular, no reparo de diferentes lesões.
O êxito no tratamento dar-se-á quando o profissional entender as 
diferentes formas de energia disponíveis no âmbito terapêutico, assim como 
correlacionar efeitos fisiológicos produzidos pelo recurso com a natureza da 
lesão e a fase em que a mesma se encontra. A partir de agora vamos dar início a 
este processo de aprendizagem.
2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A ELETRICIDADE
A eletroestimulação é chamada de transcutânea, pois os eletrodos utilizados 
no paciente com finalidades analgésica e de estimulação funcional, são colocados 
ou dispostos sobre a pele.
Para entender a Eletricidade você deve compreender que a matéria é feita 
de átomos, com o átomo sendo a menor partícula de um elemento que pode ser 
identificada como sendo daquele elemento. O átomo é feito de um núcleo central 
carregado positivamente (constituído de prótons carregados + e nêutrons sem 
carga), com partículas carregadas negativamente (elétrons) (KITCHEN, 2003).
 
Os circuitos elétricos precisam de um suprimento de potência para conduzir 
os elétrons em torno dos condutores. Uma fonte de potência tem um terminal 
positivo e um negativo, e a fonte força os elétrons para fora de seu terminal 
negativo (KITCHEN, 2003). A corrente elétrica pode ser definida como um fluxo 
ordenado de partículas portadoras de carga elétrica ou o deslocamento de cargas 
dentro de um condutor, quando existir uma diferença de potencial elétrico entre 
as extremidades. O fluxo ordenado é a passagem de elétrons do polo negativo 
(cátodo) com elevada concentração de elétrons, para o polo positivo (ânodo), área 
de baixa concentração de elétrons. Este é o sentido real da corrente elétrica.
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
4
É importante entender que, quando falamos de movimento de carga 
elétrica no interior do organismo, não são os elétrons que se movem, 
mas sim os eletrólitos dissolvidos na água e nos tecidos. Essas agitações 
moleculares, geradoras de energias n o tecido, são conhecidas por 
movimento Browniano (AGNE, 2005, p. 42).
FIGURA 1 - CORRENTE ELÉTRICA
FONTE: O autor
A interação entre as cargas elétricas tem sido aplicada em algumas correntes 
elétricas, pois as cargas opostas se atraem e as cargas iguais se repelem. 
FIGURA 2 - CARGAS ELÉTRICAS
FONTE: O autor
Assim, a eletricidade é uma força criada por um desequilíbrio no número de 
elétrons entre dois pontos. Essa força é conhecida como eletromagnética, diferença 
de potencial ou voltagem, e cria uma situação na qual os elétrons se movimentam 
numa tentativa de equilibrar as cargas, criando assim, uma corrente elétrica.
Outros aspectos físicos devem ser considerados ao utilizar as correntes 
elétricas para a reabilitação, entre estes destacam-se:
• Resistência: que é considerada a maior ou menor dificuldade ou oposição à 
passagem dos elétrons no interior de um condutor. Por exemplo: a pele deum paciente oferece resistência à passagem da corrente elétrica. É medida em 
ohms, sendo representada pela letra R. O ohm é definido como a resistência de 
um corpo de modo que uma diferença de potencial de 1 volt através do corpo 
resulte em uma corrente de 1 ampère através dele (KITCHEN, 2003). 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
5
FIGURA 3 - RESISTÊNCIA
FONTE: O autor
• Intensidade: o fluxo de elétrons que atravessa um condutor num determinado 
espaço de tempo é denominado de intensidade. Usamos esta intensidade ao 
aplicar a corrente elétrica no paciente, pois a intensidade é expressa em ampère 
(A). No entanto, na Eletroterapia usamos uma intensidade muito baixa e a 
chamamos de miliamperagem ou microamperagem (mA), pois os eletrodos 
estão aplicados diretamente na pele dos pacientes, de forma transcutânea. Este 
parâmetro se mantém inalterável e ainda que mude a resistência, a voltagem 
manter-se-á adaptando ao circuito.
• Voltagem: pode ser chamada de diferença de potencial (ddp), sendo responsável 
pelo fluxo de elétrons e seu deslocamento dentro do campo elétrico. Sua 
unidade de medida é o Volt (V) (CISNEROS; SALGADO, 2006). Por exemplo: a 
voltagem especificada que encontramos em alguns aparelhos de Eletroterapia 
de 100 a 240 V. 
2.1 CORRENTES ELÉTRICAS
As correntes elétricas aplicadas com fins terapêuticos apresentam 
propriedades elétricas específicas que são empregadas na prática clínica para a 
reabilitação dos pacientes. No entanto, as respostas terapêuticas obtidas dependem 
da escolha da corrente, da maneira de como a corrente elétrica é aplicada e 
modulada e das características biológicas dos pacientes entre outros fatores que 
interferem na resposta ao tratamento.
A eletroterapia empregada via transcutânea poderá promover 
distintos efeitos nos tecidos que receberão sua energia, mas, para que 
isso aconteça, essa energia deverá estar previamente identificada em 
parâmetros primários como a forma do pulso elétrico, a taxa de repetição 
(frequência) e a intensidade ou amplitude de carga (AGNE, 2013 p. 24).
As correntes elétricas aplicadas com fins terapêuticos ainda podem ser 
classificadas de diferentes maneiras, de acordo com Agne (2013):
• segundo os efeitos fisiológicos gerados no organismo;
• através da frequência de repetição dos pulsos elétricos;
• segundo a forma do pulso elétrico aplicado.
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
6
As correntes elétricas ainda podem ser subdivididas em contínuas e 
alternadas, dependendo do percurso do fluxo de elétrons, ou ainda corrente de 
pulso, que foi modificada para produzir efeitos específicos. Quando usados os 
termos alternada e direta, ocorre fluxo ininterrupto de elétrons; e quando em pulso, 
indica que o fluxo de elétrons é interrompido.
O fluxo elétrico possui propriedades como a amplitude e duração. A 
distância que o pulso alcança representa a amplitude da onda. A distância 
necessária para completar a forma representa a duração do pulso. 
2.1.1 Corrente direta 
É o fluxo ordenado de elétrons sempre em uma mesma direção. Apesar de 
diferenças de voltagem ou amperagem, o fluxo de corrente permanece em uma 
direção só. Em fisioterapia, o termo “galvânica” é utilizado para descrever um tipo 
de corrente direta ininterrupta.
FIGURA 4 - CORRENTE DIRETA
FONTE: O autor
2.1.2 Correntes alternadas 
A direção e a magnitude do fluxo se invertem, embora possa a magnitude 
não ser a mesma nas duas direções. Diferentemente da corrente direta, a corrente 
alternada não possui polo positivo e negativo verdadeiros. Sendo assim, os 
elétrons se movem para frente e para trás, entre os dois eletrodos que se tornam 
polos positivos e negativos. Um exemplo desta corrente é a eletricidade usadas 
em nossas casas.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
7
A amplitude, ou valor de pico de uma corrente elétrica alternada, está 
relacionada à distância máxima que a onda atinge acima ou abaixo do valor de 
referência. O valor de pico é medido a partir do pico do lado positivo do valor de 
referência até o pico do lado negativo. A duração do ciclo de uma corrente alternada 
é calculada a partir do ponto de origem no valor de referência até o ponto em que 
ele acaba, representando a quantidade de tempo necessária para completar um 
ciclo completo, número de ciclos ou pulsos por segundo (cps/pps). É o número 
de vezes que repete uma cadência em 1s, medido em hertz (Hz). Por exemplo: 
uma corrente com frequência de 150Hz muda sua direção de fluxo 150 vezes por 
segundo; já uma corrente de 3 mega-hertz (MHz) altera sua direção 3 milhões de 
vezes por segundo (STARKEY, 2001).
Estes valores de 150 hertz podem ser observados em correntes de baixa 
frequência, como o TENS e FES. Já os valores de milhões de hertz, classificados 
como alta frequência, vimos no ultrassom.
FIGURA 5 - CORRENTE ALTERNADA
FONTE: O autor
2.1.3 Corrente em pulso 
Possuem fluxos unidirecionais (monofásicas) ou bidirecionais (as chamadas 
bifásicas) de elétrons que são interrompidos por períodos discretos de fluxo sem 
corrente. A sua unidade é a fase, sendo esta um corte individual de um pulso que 
se origina acima ou abaixo do valor de referência, por um período de tempo. Os 
pulsos monofásicos apresentam apenas uma fase para um único pulso e o fluxo 
de corrente é unidirecional. 
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
8
FIGURA 6 - CORRENTE MONOFÁSICA
FONTE: O autor
Os pulsos bifásicos consistem de duas fases, cada uma delas ocorrendo nos 
lados opostos do valor de referência. A fase do início do pulso é a primeira área 
que aparece acima ou abaixo do valor de referência, e a fase de término ocorre do 
lado oposto (STARKEY, 2001).
FIGURA 7 - CORRENTE BIFÁSICA
FONTE: O autor
As formas de pulsos das correntes elétricas variam na prática de acordo 
com cada corrente elétrica empregada na reabilitação. Esta forma de pulso 
está relacionada com a intensidade aplicada e a largura do pulso elétrico. Um 
impulso (pulso) elétrico é uma descarga de corrente durante um tempo. Podem 
ser quadrados, retangulares, senoidais etc. Ainda classificados como simétricos 
ou assimétricos, balanceados ou desbalanceados.
2.2 PULSO ELÉTRICO
A carga produzida por um gerador elétrico é dependente da duração e 
amplitude do pulso. Assim, a relação existente entre a intensidade e a duração de 
um pulso determina a carga total descarregada no corpo. Então, ao aumentar a 
amplitude e ou a duração, aumenta-se a descarga total do pulso (STARKEY, 2001). 
Entre os parâmetros do pulso, tem-se a duração, a intensidade, a forma, e quando 
aplicado de forma repetida, a frequência. 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
9
• A duração relaciona-se com o tempo entre a fase inicial até a fase final, incluindo o 
intervalo intrapulso. A unidade de medida é expressa em ms e nos equipamentos 
microprocessados, em μs. Ex: 500 (μs), 0,5 ms. Ex: TENS – 1 a 300 (μs). 
• A intensidade se relaciona com a amplitude da corrente elétrica, sendo expressa 
em miliampere.
• A forma do pulso utilizada na prática clínica varia bastante, os mais utilizados 
são quadrados, retangulares, senoidais, exponenciais.
• A frequência do pulso depende da duração do impulso e da pausa entre eles. 
É expressa em Hz, sendo alguma vezes encontradas em pulso por segundo 
(pps) ou ciclo por segundo (cps). Se a corrente em pulso está sendo aplicada, a 
frequência é geralmente medida pelo número de pulsos por segundo (pps); já a 
frequência do ciclo de uma corrente alternada é medida pelo número de ciclos 
por segundo (cps) ou hertz (STARKEY, 2001).
As formas de pulso elétrico podem ser ainda classificadas:
• Quanto à forma da onda:
 ◦ o triangular;
 ◦ o senoidal;
 ◦ o exponencial;
 ◦ o retangular.
• Quanto à direção:
◦ o unidirecionais;
◦ o bidirecionais.
• Quanto à simetria:
 ◦ o simétrico;
 ◦ o assimétrico;
 ◦ o balanceado;
 ◦ o desbalanceado.
FIGURA 8 - CLASSIFICAÇÃO DOS PULSOS ELÉTRICOS
FONTE: O autor
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS10
2.2.1 Largura do pulso
É o tempo de duração de cada um dos pulsos, sendo geralmente expressa 
em segundos (ms), (μs). É medida a partir do momento que o pulso deixa o ponto 
zero e volta a encontrá-lo. Nos aparelhos, geralmente encontramos a largura do 
pulso identificada como a letra (T).
Ao contrário da corrente contínua, a corrente pulsada possui períodos em 
que a corrente não flui. Sendo assim, a duração do tempo entre a conclusão de um 
pulso e o início do pulso seguinte é chamada de intervalo interpulso. Quando em 
conjunto, a duração do pulso e o intervalo interpulso formam o período de pulso, 
tempo decorrido entre o início de um pulso e o começo do pulso seguinte. Já o 
intervalo de pulso é o tempo que transcorre entre dois pulsos ou conjunto de pulsos.
2.2.2 Salva ou rajada de pulsos
A Salva, ou rajada de pulsos elétricos, pode ser definida como o conjunto 
de impulsos que se repetem num determinado tempo. O estímulo Burst é um 
exemplo clássico de uma salva, onde os impulsos se repetem por uma média de 
duas a seis vezes por segundo. Um conjunto de duas ou mais salvas formam um 
trem de pulso, como, por exemplo, ocorre na Corrente russa (Figura 9).
FIGURA 9 - SALVA OU RAJADA DE IMPULSOS
FONTE: Nelson, Hayes e Currier (2003, p. 72)
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
11
2.2.3 Tempo do pulso
Há um tempo necessário para a elevação do pulso elétrico, até o momento 
em que este atinge seu pico. À medida que os pulsos se elevam, ocorre a 
despolarização neuronal. Quando a elevação do pulso ocorre de forma lenta, pode 
o nervo se acomodar e não ocorrer o potencial de ação. Se isso ocorrer, ao invés do 
pulso se elevar ele cai, chegando a seu pico zero (STARKEY, 2001). 
Os pulsos ainda apresentam sequências que podem ser considerados 
padrões individuais de formas, frequências de ondas entre si, o que varia de acordo 
com a corrente elétrica aplicada ao paciente. A elevação ou queda formam rampas 
de amplitude, e elas causam um aumento da contração muscular, pois recrutam 
unidades motoras. À medida que a intensidade continua a subir, mais unidades 
motoras são recrutadas. O paciente pode relatar desconforto caso a elevação seja 
rápida, e para evitar tal situação é recomendável que o aumento da intensidade 
da corrente seja gradual (STARKEY, 2001).
2.2.4 Rampas
Alguns tipos de correntes elétricas, como a Corrente Russa e a Estimulação 
Elétrica Funcional (o FES), têm a particularidade de formar rampas durante a modulação 
de seus parâmetros. Estabelecendo a rampa, a carga do pulso elétrico vai aumentar 
gradativamente dentro de um determinado período de tempo, normalmente variando 
de 1 a 5 segundos, permitindo então um aumento progressivo da contração muscular. 
Tal modulação é chamada de rampa de subida. Muitos estimuladores também permitem 
uma rampa de descida, resultando em uma diminuição gradual da carga da fase até o 
fim do tempo ON (NELSON; HAYES; CURRIER, 2003).
FIGURA 10 - MODULAÇÃO EM RAMPAS
FONTE: Nelson; Hayes; Currier (2003, p. 72)
Rampa de subida
Monofásica
Bifásica
Bifásico Simétrico
CA modulada no tempo
A
m
pl
itu
de
 (m
A
)
Rampa de descida
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
12
2.3 ELETROESTIMULADORES 
Provavelmente você deve estar perguntando: por que é tão importante 
estabelecer essa relação da Física com a Eletroterapia? Pois bem, para aplicar de 
forma segura e eficiente os recursos elétricos é necessário um amplo conhecimento 
dos aspectos, físicos, biofísicos e fisiológicos que os eletroestimuladores produzem 
no tratamento dos pacientes.
Outro aspecto a se levar em consideração na aplicação dos eletroestimuladores 
é a fonte geradora de energia, isto é, se são através de bateria ou de energia elétrica. 
Essa diferença de fonte geradora os caracteriza como portáteis e estacionários.
Cada aparelho possui um número de canais específicos, que levará a 
corrente já configurada até a pele do paciente. Desta forma, teremos a aplicação 
de diferentes modalidades de corrente elétrica como Interferencial, Corrente russa, 
Diadinâmicas etc.
Alguns equipamentos operam com mais canais, como a Corrente 
Interferencial, em que a colocação (disposição dos eletrodos) pode ser tetrapolar. 
Já outros, conseguem ser modulados apenas com um canal. Todas essas 
particularidades se correlacionam com a área da lesão e o objetivo proposto, como 
por exemplo a eletroestimulação neuromuscular transcutânea. 
FIGURA 11 - CANAIS DE APLICAÇÃO
FONTE: O autor
Os controles empregados nos aparelhos atuais são na sua maioria de forma 
digital, o que proporciona valores mais precisos e confiáveis para a aplicação dos 
parâmetros do eletroestimulador, e, em geral, cada aparelho possui múltiplas 
correntes que poderão ser escolhidas conforme o objetivo de tratamento. Existem 
ainda aparelhos que possuem protocolos específicos para determinadas lesões 
ou fases da dor, como, por exemplo, reabilitação de pós-operatório do ligamento 
cruzado anterior, dor crônica ou aguda, aumento da força muscular, controle da 
espasticidade entre outros. Como são aparelhos microprocessados podem ainda 
armazenar dados do paciente, finalizar o tempo de aplicação com apito sonoro e 
ainda detectar erros de operação. 
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
13
Os aparelhos analógicos possuem como vantagem a simples forma de 
ajuste através dos botões. No entanto, podem ser menos seguros se o manuseio 
não ocorrer de forma adequada ou ainda se os botões não estiverem zerados no 
início da aplicação, o que poderá ocasionar descarga elétrica no paciente. 
Observe ainda que os fios que conectam os eletrodos aos canais de aplicação 
são finos quando comparados aos fios da rede elétrica, e isto está relacionado à 
resistência a passagem da corrente elétrica ao paciente, pois a intensidade da 
corrente elétrica que chega à pele do paciente é muito baixa, expressa em mA ou μA.
FIGURA 12 - FIOS DE CONEXÃO
FONTE: O autor
2.4 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
O organismo humano, ou os materiais, podem ser classificados de acordo 
com sua capacidade de conduzir a corrente elétrica. Alguns materiais podem ser 
isolantes elétricos como vidro, isopor, cerâmica; outros podem ser bons condutores 
de eletricidade como os metais, cobre, ferro, ouro.
Quando nos referimos ao organismo, podemos dizer que se trata de 
um condutor de segunda ordem ou semicondutor, isso ocorre em 
função dos íons presentes nas dissoluções e dispersões coloidais, que 
transmitirão parcialmente a energia aplicada. Quando comparados 
com os condutores de primeira ordem (fios, eletrodos), que apresentam 
uma excelente condutividade elétrica e admite grande intensidade, 
estes semicondutores ao contrário, não admitem elevada intensidade 
elétrica, já que a passagem da corrente apresenta manifestações de 
trocas físicas e/ou químicas, pois os íons serão transportadores de 
energia. Por isso é fácil entender porque os eletroestimuladores devem 
ter sua intensidade inferior a 120 mA. (AGNE, 2013 p. 35).
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
14
No organismo humano existem diferentes composições teciduais 
com variação na concentração de líquidos, e isso influencia diretamente no 
comportamento da corrente elétrica, ofertando maior ou menor resistência à 
passagem desta. A capacidade tecidual em conduzir a corrente elétrica está 
relacionada com seu conteúdo de água, consequentemente tecidos bem hidratados 
possuem melhor capacidade de condução elétrica e, por conseguinte, facilitam as 
ações biofísicas e fisiológicas da corrente elétrica aplicada.
FIGURA 13 - CONDUTIVIDADE ELÉTRICA CORPORAL
FONTE: O autor
A condutividade elétrica dos tecidos depende também do seu estado 
funcional em determinado momento. Assim, as células nos estados inflamatórios 
aumentam seu volume e diminuem a secção das uniões intercelulares, o que 
aumenta a resistência elétrica. Você deve levar em consideração esses quadros 
inflamatórios na prática clínica, de forma a avaliar os aspectos clínicos do paciente 
aoescolher o tipo de corrente elétrica.
2.5 IMPEDÂNCIA
Quando se aplica a corrente elétrica, observa-se que a R da pele constitui 
uma importante barreira à passagem. Isso ocorre, como visto antes, pelo teor de 
água da pele que está sendo estimulada. Se a pele estiver seca ou desidratada, 
por exemplo, será preciso que em primeiro lugar seja reduzida essa impedância. 
Fatores como tipo de eletrodos, condições teciduais e temperatura da pele podem 
constituir fatores de resistência à passagem da corrente elétrica. Caro acadêmico, 
existem algumas formas de reduzir a impedância, observe o quadro a seguir:
Pouco condutores (osso, gordura, 
pele seca e grossa, pelos e unhas)
Médio condutores (pele úmida, 
tendões, fáscias, cartilagens)
Bons condutores (sangue, linfa, 
líquidos intra e extracelulares, 
músculos, vísceras, tecido nervoso)
Geradores de eletricidade (tecido 
Nervoso, nó sinusal)
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
15
QUADRO 1 - FORMAS DE REDUZIR A IMPEDÂNCIA
• Colocar gel condutor nos eletrodos de silicone ou água nos eletrodos de 
esponja.
• Limpar de forma adequada a pele do paciente, tirando a oleosidade e as 
células mortas.
• Aquecer previamente a área com compressas úmidas e quentes.
• Realizar a tricotomia dos pelos da área de tratamento para aumentar o 
tamanho da superfície do eletrodo.
• Saturar as esponjas com solução salina comercial.
• Utilizar uma corrente elétrica que promova vasodilatação prévia.
FONTE: O autor
É importante destacar que as correntes elétricas possuem diferentes níveis 
de frequência que se relacionam com a resistência dos tecidos. A frequência deve 
ser suficiente para atingir os tecidos e provocar estímulos adequados.
3 ELETRODO
Os eletrodos são amplamente utilizados na eletroterapia para administrar 
o fluxo de elétrons produzidos pelos eletroestimuladores aos tecidos biológicos 
dos pacientes.
O tamanho dos eletrodos é inversamente proporcional à densidade da 
corrente. Quanto menor o tamanho do eletrodo, maior é a densidade da corrente. 
Desta forma, os eletrodos menores precisam de menos corrente para estimular 
os tecidos. Por isso, deve ser sempre levado em consideração o tamanho do 
eletrodo escolhido e a área a ser tratada. Outro fator que deve ser considerado é a 
distância entre os eletrodos, pois quanto maior a distância entre eletrodos, menor a 
densidade da corrente transmitida aos tecidos biológicos. Entretanto, se estiverem 
muito próximos, os efeitos da corrente serão localizados na área da pele entre eles 
(CISNEROS; SALGADO, 2006).
Podemos concluir que manipulando o tamanho dos eletrodos e a forma de 
aplicação destes, diferentes efeitos fisiológicos adequados poderão ser alcançados 
durante o processo de reabilitação. 
Os eletrodos são chamados de eletrodos de contato, pois são aplicados 
diretamente sobre as camadas da pele. Como citado anteriormente, utilizamos 
meios de contato, como por exemplo o gel condutor para realizar a aplicação do 
eletrodo na pele. Os eletrodos apresentam variedades de tamanho e formatos e 
deverão ser escolhidos de acordo com os objetivos propostos para a reabilitação.
Na prática clínica existem alguns tipos de eletrodo, dentre os quais, 
destacam-se:
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
16
• metálicos revestidos com esponja umedecida;
• os impregnados com partículas de carbono;
• eletrodos autoadesivos.
E ainda existem alguns eletrodos intracavitários, utilizados na reabilitação 
uroginecológica. 
FIGURA 14 - ELETRODOS IMPREGNADOS COM PARTÍCULAS DE CARBONO
FONTE: O autor
Os eletrodos têm sido impregnados com partículas de carbono, pois este 
material é biocompatível e pode ser misturado a outros materiais como o silicone 
ou a borracha sintética. Desta maneira, podem ser utilizados na fabricação dos 
eletrodos para produzir uma estrutura flexível e durável.
FIGURA 15 - ELETRODOS DO TIPO METÁLICO REVESTIDO COM ESPONJA
FONTE: O autor
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
17
FIGURA 16 - ELETRODO AUTOADESIVO
FONTE: O autor
Sequência para colocação de eletrodos:
1) Conecte o orifício dos eletrodos (silicone ou autoadesivos) no cabo de saída que 
está ligado ao eletroestimulador, cuide para não deixar nenhuma área metálica 
descoberta que possa ficar em contato com a pele do paciente, isso ocasiona 
risco de lesões.
2) Nos eletrodos de silicone, passe uma camada de gel adequada e de maneira 
uniforme, cobrindo todas as áreas do eletrodo.
3) A pele do paciente deve estar limpa e sem pelos que possam ocasionar impedâncias.
4) Prenda o eletrodo com fitas adesivas ou faixa elástica de forma firme.
5) Após a utilização, remova os eletrodos, lave com água e sabão neutro, seque 
em seguida. Não puxe os eletrodos autoadesivos na hora de desconectar pelo 
cabo, pois ocasiona rompimento do fio. 
A respeito do uso de eletrodos autoadesivos, Agne (2013) apresenta 
algumas vantagens e desvantagens que serão apresentadas a seguir:
QUADRO 2 - VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS ELETRODOS AUTOADESIVOS
Vantagens Desvantagens
• São práticos e fáceis de adaptar.
• O uso é individual.
• São mais higiênicos.
• Se adaptam em diferentes estruturas anatômicas.
• Não necessitam da aplicação do gel condutor.
• Raramente necessitam de fitas ou faixas de fixação.
• Não se eslocam durante a contração muscular.
• Possuem diferentes tamanhos e formatos.
• Podem ser fixados em locais difíceis como a 
face, mãos e pés.
• São mais caros.
• Duram pouco.
• Não podem ser limpos.
• Devem ser guardados em local apropriado.
• Não podem ser usados sobre pelos.
• Não suportam grande intensidade de carga.
• São de uso exclusivo e individual (essa é 
a recomendação).
FONTE: Adaptado de Agne (2013)
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
18
3.1 POSICIONAMENTO DO ELETRODO
Ao posicionar o eletrodo você deverá estar atento ao local de tratamento e 
sua relação anátomo-fisiológica com a lesão, a intensidade de aplicação da corrente 
elétrica, o tipo de tecido estimulado e a escolha do eletrodo adequado. “Existem 
alguns mitos para a colocação dos eletrodos autoadesivos, especialmente quanto a 
direção do cabo de conexão. Estes cabos poderão ficar em qualquer direção, pois a 
densidade da energia do eletrodo deve ser homogênea” (AGNE, 2013 p. 38).
Algumas áreas do corpo conduzem melhor a corrente elétrica que 
outras. Estes pontos de estimulação são chamados de pontos motores e são 
os que melhor conduzem a corrente elétrica por exigirem menos correntes 
para produzir os efeitos excitatórios desejados, como a contração muscular 
e sensações dolorosas. Os pontos motores são áreas do músculo próximas à 
superfície da pele nos quais nervos e vasos sanguíneos penetram na camada de 
fibras musculares, possuindo assim, baixa resistência e facilitando a contração 
muscular mais forte com menor intensidade necessária de corrente elétrica. 
Muitas aplicações podem ser planejadas estimulando esses pontos motores, 
como, por exemplo, a estimulação elétrica funcional de um músculo em 
pacientes com músculos enfraquecidos pelo desuso.
FIGURA 17 - PONTOS MOTORES
FONTE: <https://www.bioset.com.br/Conteudo/Template/img/biblioteca/tema%2015.jpg>. 
Acesso em: 28 jun. 2019.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
19
Não devem ser confundidos os pontos motores com os pontos-gatilho.
Os pontos-gatilho estão relacionados com as áreas de dor patológicas, 
bastantes sensíveis e localizados em músculos e outros tecidos moles como tendões e 
fasciais. Quando uma área de ponto-gatilho é estimulada dispara uma dor que pode se 
irradiar para um outro local ou ser referida.
IMPORTANT
E
A proximidade entre os eletrodos é outro fator que deverá ser considerado 
durante a aplicação dos tratamentos, pois cria circuitos elétricos entre os eletrodos 
para que se estabeleça um campo elétrico. Sendo assim, quando aumentamos a 
distância entre os eletrodos em uma mesma superfície da pele, a profundidade que 
a corrente pode atingir nos tecidos biológicos será maior (Figura 18A). No entanto 
seos eletrodos ficam muitos próximos a corrente flui mais superficial (Figura 18B).
FIGURA 18 - RELAÇÃO DA DISTÂNCIA ELETRODO E PROFUNDIDADE DE APLICAÇÃO
A
B
FONTE: O autor
3.1.1 Técnica bipolar e monopolar 
Ao optar pela técnica de aplicação bipolar é feito o uso de eletrodos de 
tamanhos iguais ou quase iguais. Estes são posicionados na área de tratamento, 
a densidade da corrente é igual se um dos eletrodos ficar posicionado sobre um 
ponto motor, como descrito anteriormente, os efeitos sensoriais poderão ser 
maiores. Esta técnica pode ser útil no tratamento de pontos-gatilho.
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
20
Nas aplicações do tipo monopolar podem ser usados dois tipos de 
eletrodos. Um deles é chamado de eletrodo ativo, localizado diretamente sobre o 
ponto que se deseja tratar, e um outro eletrodo serve como dispersivo, preso em 
local distante ao eletrodo ativo. Neste caso, a densidade maior da corrente fica 
no eletrodo menor. Observa-se ainda que se a distância entre eletrodos é maior, a 
corrente pode atingir maior profundidade.
Quando usados eletrodos de tamanhos diferentes na mesma aplicação, a 
dose deverá sempre ser considerada pelo eletrodo menor, o eletrodo ativo. Pois sendo 
menor o eletrodo, maior a densidade da corrente.
NOTA
A técnica tetrapolar envolve o uso de dois pares de eletrodos, cada um 
destes sai do seu próprio canal. Esta técnica pode ser usada quando se deseja 
atingir uma maior área, como, por exemplo, ao usarmos a corrente interferencial 
ou estimularmos agonistas e antagonistas, ou ainda nas técnicas de estimulação 
neural transcutânea
3.2 DENSIDADE DA CORRENTE
A densidade da corrente elétrica se relaciona com seus efeitos fisiológicos 
e com a quantidade de corrente elétrica que passa por área unitária dos eletrodos, 
sendo que a densidade da corrente é inversamente proporcional ao tamanho do 
eletrodo. Por exemplo: ao aplicar uma corrente elétrica de 50 V em um eletrodo de 10 
cm², a densidade da corrente será de 5 V por cm², no entanto se a área de superfície 
do eletrodo for reduzida para 5 cm², a densidade da corrente ficará em 10 V por cm².
FIGURA 19 - DENSIDADE DA CORRENTE
FONTE: Adaptado de Starkey (2001)
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
21
Caro acadêmico, sabendo que a densidade da corrente elétrica possui 
estreita relação com o eletrodo, você deve estar se perguntando se as correntes 
elétricas percorrem linhas retas em direção ao eletrodo oposto. Bom, em alguns 
casos isso pode acontecer, pois os elétrons seguem a via de menor resistência, e a 
amperagem e voltagem devem ser adequada para vencer a resistência dos tecidos 
do corpo humano. 
Pense em uma situação clínica na qual o fisioterapeuta aplica eletrodos 
na região anterior e posterior da articulação do ombro. Inicialmente parece que 
a corrente poderia atravessar seguindo em direção ao eletrodo oposto, como 
apresentado na letra A da figura seguinte. No entanto, a corrente elétrica não 
possui voltagem, amperagem e potência para vencer tamanha resistência. Desta 
maneira, em várias aplicações, a corrente segue pela periferia em direção ao 
eletrodo oposto, sendo conduzida por vasos sanguíneos e nervos periféricos 
(letra B da figura seguinte). 
Sabendo disso, você deverá sempre avaliar os tecidos em que serão 
aplicadas as correntes elétricas, sua integridade, função, área a ser estimulada e a 
resistência tecidual oferecida a passagem da corrente.
FIGURA 20 - VIA DE MENOR RESISTÊNCIA
FONTE: Starkey (2001, p. 200)
Prezado acadêmico, considere que a frequência aplicada nas correntes 
elétricas é bastante variável. Na eletroterapia, possuímos correntes de baixa 
frequência, citamos por exemplo o TENS e FES, e outras já com média frequência, 
como a corrente russa. Desta forma, os tecidos oferecem menor resistência às 
frequências mais elevadas e maior resistência às frequências mais baixas. Este é o 
motivo pelo qual algumas correntes são utilizadas, como Russa e Interferencial, 
quando se deseja atingir tecidos mais profundos com os mesmos resultados e 
fazer o uso de intensidades de aplicação mais altas que o FES. Desta maneira, 
fica claro que ao aumentar a frequência, podemos diminuir a barreira cutânea 
imposta pela pele do paciente, tendo então menos impedância.
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
22
Alguns outros fatores ainda devem ser levados em consideração durante 
a aplicação das correntes elétricas, como pode ser observado na figura a seguir:
FIGURA 21 - FATORES RELACIONADOS A APLICAÇÃO DAS CORRENTES ELÉTRICAS
FONTE: O autor
 4 ONDAS
Prezado acadêmico, agora você vai conhecer um pouco mais sobre a ondas 
e sua relação com a fisioterapia. Interessante, certo? Na fisioterapia possuímos 
recursos que propagam ondas sonoras, o Ultrassom, e recursos que propagam 
ondas eletromagnéticas como o Ondas Curtas. Esses recursos serão discutidos 
detalhadamente nas próximas unidades.
Neste momento é importante que você conheça a distinção entre as ondas. 
De acordo com Cutnell e Johnson (2016), existem duas características comuns a 
todas as ondas: 
• Uma onda é uma perturbação que se propaga. 
• Uma onda transporta energia de um local para outro.
Vamos considerar esses dois tipos de ondas, e um bom exemplo para 
compreender como estas se propagam é uma mola. Pense numa mola se 
deslocando para cima e para baixo. Durante este movimento ela forma uma onda 
transversal, e este movimento acontece em direção perpendicular. Desta maneira 
possui vibrações perpendiculares à direção da propagação. Por exemplo: as 
ondas eletromagnéticas emitidas por ondas curtas, ondas de rádio, ondas de luz.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À ELETROTERMOFOTOTERAPIA
23
FIGURA 22 - ONDA TRANSVERSAL
FONTE: O autor
Agora, pense na mola sendo puxada em linha reta para frente e empurrada 
de volta a seu ponto inicial. Neste momento seguimos a forma de uma onda 
longitudinal. Podemos concluir, assim, que uma onda longitudinal é aquela na 
qual a perturbação ocorre paralela à linha de propagação da onda, ou seja, as 
vibrações coincidem com a propagação como observado ao aplicarmos o aparelho 
de ultrassom. Uma onda sonora é uma onda longitudinal.
FIGURA 23 - ONDA LONGITUDINAL
FONTE: O autor
Cada ciclo de uma onda sonora inclui uma condensação, uma rarefação e 
a frequência, como relatado anteriormente. Esta é o número de ciclos por segundo 
que passam por um dado local. Por exemplo, se o diafragma presente no cabeçote 
do Ultrassom vibrar para a frente e para trás descrevendo um movimento 
harmônico simples a uma frequência de 1 MHz, então 1 milhão condensações 
são geradas a cada segundo, formando assim uma onda sonora cuja frequência 
também é de 1 MHz. Experimentos mostraram que uma pessoa jovem saudável 
escuta todas as frequências de som de aproximadamente 20 até 20.000 Hz (20 
kHz), sendo assim, as vibrações do ultrassom não são audíveis por humanos 
(CUTNELL; JOHNSON, 2016). 
Onda Transversal
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
24
Leia o artigo Influência da impedância e relutância em recursos 
eletroterapêuticos utilizados em tratamentos fisioterapêuticos de Patrik Nepomuceno, 
Claudia Betina Rei e Luciana Cezimbra Weis, disponível no endereço: https://online.unisc.
br/seer/index.php/cinergis/article/download/10460/7146.
DICAS
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Neste tópico, você aprendeu que:
• A eletroestimulação é chamada de transcutânea, pois os eletrodos são aplicados 
na pele do paciente.
• Existem vários conceitos físicos que precisam ser entendidos de forma clara 
antes de aplicar os recursos elétricos.
• As respostas terapêuticas obtidas dependem da escolha da corrente, da maneira 
como são aplicadas, das características biológicas dos pacientes entre outros 
fatores que interferem na resposta ao tratamento.
• As correntes elétricas ainda podem ser divididas em diretas e alternadas, 
dependendo do percurso do fluxo de elétrons. Ou ainda corrente de pulso, que 
foi modificada para produzir efeitos específicos.
• Um impulso (pulso) elétricoé uma descarga de corrente durante um tempo. 
Seus parâmetros são: duração, intensidade, forma, e quando aplicado 
repetidamente, frequência. 
• O organismo humano, ou os materiais, podem ser classificados de acordo com 
sua capacidade de conduzir a corrente elétrica.
• A resistência da pele constitui uma barreira importante na passagem da 
corrente elétrica.
• O tamanho dos eletrodos é inversamente proporcional à densidade da corrente.
• Os pontos motores são áreas do músculo próximas a superfície da pele, 
facilitando a contração muscular mais forte com menor intensidade necessária 
de corrente elétrica.
• Existe uma relação entre a proximidade dos eletrodos e a profundidade da corrente.
• A densidade da corrente elétrica se relaciona com seus efeitos fisiológicos e com 
a quantidade de corrente elétrica que passa por área unitária dos eletrodos.
• As ondas são transversais e longitudinais, propagam-se e transportam energia.
RESUMO DO TÓPICO 1
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1 São diferentes os motivos pelos quais utilizamos as correntes elétricas sobre 
um ser vivo, seja na busca de resoluções de um quadro patológico ou até 
mesmo na investigação do funcionamento celular. A definição de corrente 
elétrica é:
a) ( ) A força impulsora que induz os elétrons a deslocarem de uma zona com 
excesso a outra com déficit.
b) ( ) O fluxo de elétrons en tre os extremos de um condutor de forma 
ordenada quando submetidos a uma diferença de potencial.
c) ( ) A maior ou menor dificuldade ou oposição a passagem dos elétrons no 
interior de um condutor.
d) ( ) Uma perturbação que se propaga através de um meio, que se transmite 
em forma de movimento ondulatório a uma velocidade constante, 
característica deste meio.
e) ( ) A força mecânica que induz elétrons através de polos opostos.
2 Os corpos ou materiais podem ser classificados quanto ao seu comportamento 
elétrico, segundo permitam ou não seu o transporte de carga elétrica. São 
tecidos bons condutores de corrente elétrica:
a) ( ) Osso, gordura, pele seca.
b) ( ) Osso, coração, neurônios.
c) ( ) Músculo, sangue, linfa.
d) ( ) Gordura, tendões, osso.
e) ( ) Fígado, linfa, periósteo.
3 Denomina-se onda uma perturbação que se propaga através de um meio 
que se transmite em forma de movimento ondulatório a uma velocidade 
constante, característica deste meio. Sobre as ondas leia as afirmações a 
seguir:
I- A onda mecânica precisa de um meio natural para se propagar (não se 
propaga no vácuo).
II- A onda eletromagnética não necessita de um meio natural para se propagar.
III- As ondas transversais possuem vibrações perpendiculares à direção da 
propagação.
IV- As ondas longitudinais às vibrações coincidem com a direção de 
propagação.
AUTOATIVIDADE
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A alternativa que apresenta as sentenças CORRETAS é:
a) ( ) I, II apenas.
b) ( ) I, II, III apenas.
c) ( ) I, II, III, IV.
d) ( ) II, IV apenas.
e) ( ) III, IV apenas.
4 A Impedância é a resistência da pele que constitui o maior obstáculo à 
passagem das correntes de baixa frequência empregadas na eletroestimulação. 
Com base nesta definição, leia as afirmações a seguir:
I- A impedância não varia de acordo com a espessura da pele e quantidade 
de gordura no local em que está sendo realizada a eletroestimulação.
II- A aplicação de gel condutor é necessária para reduzir a impedância e 
consequentemente melhorar a condução elétrica.
III- O uso de uma corrente Diadinâmica do tipo difásica ajuda a reduzir a 
impedância devido seus efeitos vasculares.
IV- Quanto menor o aporte sanguíneo no local, menor a impedância oferecida 
pela pele.
É CORRETO o que se afirma em:
a) ( ) I, II apenas.
b) ( ) I, II, III apenas.
c) ( ) I, II, III, IV.
d) ( ) II, IV apenas.
e) ( ) II, III apenas.
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TÓPICO 2
PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS, BIOFÍSICOS E BIOQUÍMICOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico! Como já é de seu conhecimento, nosso corpo é formado 
por trilhões de células que trabalham de maneira integrada desempenhando 
inúmeras funções. As células são as menores estruturas dos tecidos biológicos e 
seu conjunto forma os tecidos do corpo humano, que formam órgãos e todos os 
sistemas do corpo.
Quando pensamos na reabilitação das lesões, devemos ter em mente 
que ela se dá nas estruturas microscópicas para que se tenha um resultado 
macroscópico, que se manifesta com a melhora ou cura de determinada lesão.
Ao empregarmos os recursos fisioterapêuticos, em especial os agentes 
eletrotermofototerápicos, buscamos diferentes respostas sobre os tecidos 
biológicos, que podem ser: para promover analgesia, auxiliar a cicatrização, 
melhorar o metabolismo ou estimular um músculo entre outros objetivos.
Para isso, é necessário compreender os mecanismos fisiológicos, biofísicos 
e bioquímicos relacionados com as células do corpo humano. Neste momento, 
vamos falar um pouco sobre as células, suas organelas, funções, meios de 
transporte e potenciais celulares.
2 PROPRIEDADES DAS MEMBRANAS CELULARES
Assim como os equipamentos utilizados na fisioterapia precisam de uma 
fonte de energia para funcionar, as células vivas dependem da atividade elétrica para 
sua existência e os tecidos formados por elas apresentam propriedades elétricas. 
No tópico anterior vimos que nosso organismo possui tecidos com capacidade 
de condução elétrica. A capacidade tecidual em conduzir a corrente elétrica está 
relacionada com seu conteúdo de água e o estado funcional de cada tecido.
[…] A principal diferença entre a eletricidade nos tecidos biológicos 
e a eletricidade nos equipamentos é que as células e tecidos usam 
átomos com carga, ou íons, para o movimento das cargas, enquanto os 
sistemas elétricos e eletrônicos usam elétrons (KITCHEN, 2003, p. 65).
UNIDADE 1 | PROPRIEDADES DOS AGENTES ELÉTRICOS
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Podemos constatar então que as células vivas possuem atividade elétrica 
para sua existência, e os tecidos formados por elas, como osso e fáscia, exibem 
uma grande variedade de propriedades elétricas (KITCHEN, 2011). Aspectos 
físicos relacionados com a eletricidade, como já visto, são aplicados às células e ao 
seu mecanismo de regulação. As células apresentam propriedades físicas como 
a impedância, resistência, volt, que no caso das células é medido em milivolt 
(por exemplo 1 mv = 1/1000 volt). Os íons podem ter permeabilidade através da 
membrana por meio de gradiente elétrico, ou seja, a sua carga elétrica interfere 
no seu movimento e regulação celular. Existe ainda um fluxo de eletrólitos e 
uma agitação de moléculas chamado de movimento browniano, um movimento 
aleatório de partículas microscópicas. As substâncias iônicas quando submetidas 
a uma diferença de potencial elétrico, induzem ao deslocamento iônico, sendo 
que íons com a mesma carga se repelem e íons de carga oposta se atraem (os 
íons negativos chamados ânions e os íons positivos cátions se atraem). Aí reside 
o princípio da utilização de correntes elétricas polarizadas que ainda serão 
discutidas neste Livro Didático. 
No organismo, a célula é a menor unidade estrutural e funcional que executa 
uma inúmera variedade de processos vitais. As células possuem potenciais de 
membrana e potenciais de ação. Estes potenciais, por sua vez, são conduzidos por 
diferenças de potenciais elétricos, regulando assim as diferentes ações celulares, 
como por exemplo a contração de um músculo estriado esquelético. 
2.1 ESTRUTURA E ORGANELAS CELULARES
As células contêm seu envoltório denominado de membrana celular. 
Esta estrutura fina que envolve cada célula é composta por lipídeos e proteínas. 
A membrana celular divide a célula em dois meios: o interno (intracelular) e o 
externo (extracelular). Se uma célula possui dois meios, as substâncias precisam 
atravessar esta membrana, então, através da célula, ocorrem vários mecanismos 
de transporte. Sabendo disso, devemos pensar que ao aplicarmos os recursos 
eletrotermofototerapêuticos, os efeitos físicos promovem mudanças a nível celular, 
respostas bioquímicas e fisiológicas, que envolvem

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