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AVA 5 CONTRARRAZÕES DE RECURSO ORDINARIO ADESIVO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA, DE FLORIANÓPOLIS, ESTADO DE SANTA CATARINA.
CONTRARRAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO ADESIVO
ORIGEM 1ª VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS
PROCESSO Nº. 0010101-20.2017.512.0001
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 12ª REGIÃO
COLENDA TURMA
NOBRES JULGADORES
JONAS FAGUNDES, brasileiro, estado civil, profissão, portadora de cédula de identidade de nº x, inscrito no cadastro de pessoas físicas n. º123.456.789-00, Carteira de Trabalho e Previdência Social de nº. xxx série xxx, residente de domiciliado na Avenida das Acácias, nº 100, bairro União, CEP: 88.010-030 Florianópolis- SC, por seu advogado e procurador infra-assinado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 900 da Consolidação das Leis do Trabalho, para apresentar, tempestivamente, no octídio legal, suas CONTRARRAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO ADESIVO em face de LOJAS MENSA LTDA, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob o nº. 15.155.000/0001-00, com sede na Alameda Flores, nº 30, Lagoa da Conceição, CEP: 88.010-000 Florianópolis-SC.
CERCEAMENTO DE DEFESA 
No Recurso Ordinário interposto, o recorrente tem o dever de explicitar as razões pelas quais não se conforma com a sentença prolatada. A ausência de combate aos fundamentos da decisão judicial acarreta o não conhecimento do recurso, ou seja, ele sequer tem seu mérito analisado pelo órgão julgador. 
Neste contexto, o Tribunal 10 Superior do Trabalho (TST) editou a Súmula n. 422, cuja redação é a seguinte: RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO CONHECIMENTO (redação alterada, com inserção dos itens I, II e III) – Res. 199/2015, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.06.2015. Com errata publicada no DEJT divulgado em 01.07.2015 I – 
Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida. II – O entendimento referido no item anterior não se aplica em relação à motivação secundária e impertinente, consubstanciada em despacho de admissibilidade de recurso ou em decisão monocrática. III – Inaplicável a exigência do item I relativamente ao recurso ordinário da competência de Tribunal Regional do Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteiramente dissociada dos fundamentos da sentença. No atual momento, merece destaque o disposto em seu inciso I, que prevê justamente que a falta de impugnação dos fundamentos da decisão faz com que o recurso não seja conhecido. Embora a mencionada Súmula verse sobre recurso para o TST, ela se aplica analogicamente aos demais recursos. As razões recursais, portanto, delimitam a matéria que foi devolvida ao Tribunal para a prolação de nova sentença. 
As contrarrazões são, portanto, o exercício pleno do contraditório garantido pelo art. 5º, inciso LV, da CF/88, consagrando a dialeticidade processual., conforme disposto no art. 900, da CLT: Art. 900 – Interposto o recurso, será notificado o recorrido para oferecer as suas razões, em prazo igual ao que tiver tido o recorrente. 
 
RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
A relação de emprego é uma espécie de relação de trabalho que se caracteriza pela existência concomitante dos seguintes elementos: Trabalho prestado por pessoa física: é aquele trabalho prestado por pessoa física, pois a pessoa jurídica prestadora de serviços não pode ser considerada empregada; Pessoalidade: é elemento vinculado ao anterior, mas o fato de ser prestado por pessoa física não quer dizer, necessariamente, que haja pessoalidade. Para tanto, o trabalhador não pode ser substituído por outro, pois a prestação de trabalho é intuito personae. Eventuais substituições consentidas pelo empregador não desnaturam o vínculo empregatício, assim como substituição em virtude de férias, cumprimento de mandato sindical, dentre outros; Não eventualidade: é desdobramento do princípio da continuada. Para a caracterização do vínculo empregatício, é necessário que o trabalho tenha caráter de permanência, não se qualificando como trabalho esporádico. A não eventualidade na prestação dos serviços significa a prestação de trabalho em caráter permanente, o que não se confunde com intermitência; Onerosidade: existência de contraprestação, posto que o trabalho prestado de forma voluntaria, sem pagamento de salário, também descaracteriza a relação de emprego. A pesquisa da onerosidade tem esferas objetiva que se traduz pela verificação do pagamento da contraprestação, do salário, e subjetiva. Esta última deve ser pesquisada quando a contraprestação não for clara, como em trabalho religioso, voluntario ou político. Nesses casos deve-se analisar a intenção contra prestativa, econômica, conferida pelas partes, em especial pelo prestador dos serviços; Subordinação: é a dependência hierárquica em que se encontra o emprego em face do empregador. O empregado, então subordina-se à vontade do empregador, respeitados os limites contratuais, legais e constitucionais. 
Tais elementos elencados acima estão expressamente previstos no artigo 3º da CLT, que assim dispõe: ‘’ considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salario’’. 
Como também as lojas Mensa se encaixa perfeitamente na definição de empregador conforme prescreve o artigo 2º§§ 1º e 2º da CLT. 
Não se pode perder que a hipossuficiência do trabalhador e a proteção a ele conferida pelo Estado, consubstanciada em normas de proteção, que não podem ser afastadas pela vontade dos contratantes, eis que são de ordem pública, imperativa. 
O respectivo artigo 9º da CLT prescreve ‘’Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação’’. 
Em relação a assinatura da CTPS a Orientação Jurisprudencial n.82 da SDI-I, do TST esclarece ‘’ A data de saída deve ser anotada na CTPS deve corresponder a do termino do aviso prévio, ainda que indenizado’’. 
MULTA
Há entendimentos jurisprudencial quanto a multa a ser aplicada que esta preconizada no artigo 477 da CLT ‘’ É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa’’. E seus §§. 
ALUGUEL DA MOTOCICLETA 
Diante do caso exposto o reclamante narra que utilizava sua motocicleta para visitar os clientes das Lojas Mensa, tendo recebido mensalmente a quantia de R$ 1.500,00 (hum mil e quintos reais) por mês, a título de aluguel, combustível e despesas com a manutenção. 
Entretanto, o artigo 2º, 9º e 457 da CLT ‘’ Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço’’. 
 ‘’Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação’’. 
‘’Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço as gorjetas que receber’’.
Diante de todo o exposto requer:
PEDIDO 
 Não seja conhecido o Recurso de Revista em debate, tendo-se em conta que não obedece aos pressupostos recursais extrínsecos e intrínsecos;
 
Não sendo este o entendimento, o que se afirma apenas por argumentar, espera-se que seja mantida a decisão proferida pelo Tribunal local, maiormente quando inexiste qualquer violação de norma infraconstitucional e/ou constitucional.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Florianópolis x de x de 20xx
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(Nome advogado)
OAB/SC (registro do profissional do direito)
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