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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO 
PETIÇÃO INICIAL
Livro Eletrônico
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Petição Inicial ................................................................................................................................... 4
1. Petição Inicial: Como Fazer? O Passo a Passo ...................................................................... 4
2. Petição Inicial: Como Já Foi Cobrado na Prova da OAB? ..................................................... 6
3. Petição Inicial: Resolução de uma Prova Já Cobrada na Prova da OAB ........................... 8
4. Petição Inicial: Peça Inédita e Dicas de Resolução .............................................................13
5. Direito Material: a Relação de Emprego e Dicas Doutrinárias Essenciais para 
Revisão e para Auxiliar na Resolução de Provas Subjetivas ................................................21
6. Resolução de Questões da Prova de 2021 ...........................................................................34
7. Enunciado das Questões da Prova Prática Processual de 2019 ..................................... 37
Resumo ............................................................................................................................................40
Mapas Mentais ..............................................................................................................................42
Referências .....................................................................................................................................43
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ESTHER TEIXEIRA ALVES - 15820843789, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
ApresentAção
Olá!
Tudo bem contigo? Estudando firme e forte?
Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente sou Juíza do Tra-
balho no TRT 7a Região, doutoranda em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto 
em Portugal, professora de preparatórios e faculdades aqui no Ceará, “a Terra do Sol” e faço 
parte do Time do GRAN CURSOS.
Registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro digital para você atingir 
o sucesso na carreira que sonha, pois a advocacia é uma belíssima carreira para os fortes.
O mais importante da minha apresentação é para te dizer que eu entendo sua dor e pressa 
para ser aprovado na OAB. Também entendo que você quer o máximo de informações de for-
ma objetiva e clara, sem rodeios e que quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances 
da legislação. Veio ao lugar certo. Isso porque a maioria não tem muito tempo para estudar, 
seja porque trabalha, faz estágio, tem aulas na faculdade, aquela preocupação com o TCC etc. 
Eu te parabenizo por você estar lendo este material, pois isso significa que você foi aprova-
do na 1ª fase da OAB. Então, você já está com 50% da vitória. Vamos nos dedicar mais um pou-
co com a leitura dos nossos materiais, pois vai dar certo se houve compromisso e empenho.
Eu e toda a equipe do Gran estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercícios, 
respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você sur-
preenda a Banca examinadora e não, o contrário.
Nesse ponto, esse material vai te ajudar a chegar ao êxito final e já estou feliz e motivada 
em elaborar isso para você. Sendo assim, estude a matéria de direito do trabalho num formato 
diferente.
E acredite: saber direito do trabalho é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível 
ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material 
obrigatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca 
texto, a caneta e se programe para ler tudo que preparei para você e ficar ligado no curso GRAN.
Por gentileza, se você curtiu essa aula, dê um feedback positivo lá no Fórum do Aluno. Se 
tiver críticas construtivas, também use o fórum para melhorarmos o material, ok?
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
PETIÇÃO INICIAL
1. petição iniciAl: como FAzer? o pAsso A pAsso
A petição inicial é o instrumento da demanda e é ato inicial do processo. Portanto, precisa 
preencher alguns requisitos obrigatoriamente. Na prova da OAB e na sua vida prática, é prefe-
rível apenas citar fontes e dispositivos, sem transcrições desnecessárias.
A redação deve ser mais clara e de fácil acesso. É preciso apontar os fatos realmente im-
portantes com os pedidos correlatos. Como requisitos devemos constar:
1. Endereçamento da petição inicial. A petição inicial deve indicar o juízo, o órgão ao qual 
é dirigida no artigo 840 da CLT e artigo 319 do CPC. Aqui também você firma a competência 
do juízo. Então o direcionamento, a depender da competência, pode ser direcionado ao juiz de 
primeiro grau ou de tribunal. É preciso conhecer a competência originária.
2. Qualificação das partes. Deve indicar os dados pessoais mais importantes. Caso o autor 
não dispuser dos dados de qualificação do reu, deve requerer ao juiz as diligências necessárias 
a sua obtenção.
3. Exposição dos fatos e formulação de pedidos com os fundamentos jurídicos. É essen-
cial que apresente os fatos que embasam o pedido. O pedido deve ser formulado com as suas 
especificações, nos termos do artigo 840 da CLT e artigo 319 do CPC.
4. Assinatura. Não pode constar a sua assinatura, sob pena de zerar a prova. Você deve 
constar apenas o nome ADVOGADO.
O PULO DO GATO
Não assine na prova! Não ponha seu nome em nenhum lugar da prova! O caderno de textos de-
finitivos da prova prático-profissional não poderá ser assinado, rubricado e/ou conter qualquer 
palavra e/ou marca que o identifique em outro local que não o apropriado (capa do caderno), 
sob pena de ser anulado. Assim, a detecção de qualquer marca identificadora no espaço des-
tinado à transcrição dos textos definitivos acarretará a anulação da prova prático-profissional 
e a eliminação do examinando. Ao texto que contenha outra assinatura, será atribuída nota 0 
(zero), por se tratar de identificação do examinando em local indevido.
Na peça processual, não assine a prova. O que fazer? Quando da realização das provas prá-
tico-profissionais, caso a peça profissional e/ou as respostas das questões discursivas exijam 
assinatura, o examinando deverá utilizar apenas a palavra “ADVOGADO...”.
5. Valor da causa. Aqui observar sobre a liquidação dos pedidos. Isso porque o valor da cau-
sa corresponde ao benefício econômico que o autor pretende obter. Em caso de vários pedidos 
como é a regra trabalhista, deve-se somar todos os valores para fixação do valor da causa.
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
6. Requerimentos de provas e citação. O artigo 319 do CPC determina que a inicial deve 
constar a indicaçãodas provas para demonstrar a verdade dos fatos. No entanto, a CLT dispen-
sa esse requerimento.
7. Documentos indispensáveis à propositura: normas coletivas por exemplo. Isso está pre-
visto no artigo 787 da CLT e artigos 320 e 321 do CPC. A petição inicial deve ser acompanhada 
dos documentos em que se fundar.
8. Tutela provisória. Se houver urgência no pedido, deve-se abrir um tópico para fins de pe-
dir seja a tutela de urgência ou de evidência, observando no momento da prova a inteligência 
do artigo 311 do CPC.
Obs.: � Acerca das situações em que, na petição inicial, pode ter pedido de tutela de urgência 
ou de evidência, podemos dar como exemplos: liberação do FGTS e seguro desem-
prego; reintegração em caso de garantia provisória de emprego. Também pode ser no 
caso de reintegração em caso de dispensa discriminatória. Também pode pedir multa 
diária ou astreintes. No pedido de tutela, você deve demonstrar se preenche os requi-
sitos legais. Não pode simplesmente colocar o dispositivo e requerer. Deve ser algo 
mais concreto até para o examinador saber que você consegue aplicar a teoria com 
a prática.
9. Requerimento de gratuidade judicial. Lembre-se da Reforma Trabalhista, principalmente, 
observando o valor da remuneração do trabalhador, para fins de encaixar com o direito de gra-
tuidade inferior a 40% do maior benefício pago pelo INSS. Aqui se observa o teor do Art. 790, 
§ 3º, da CLT.
10. Deverá ser requerido o pagamento de honorários advocatícios, conforme o Art. 791-A da 
CLT. No caso, pode exigir o percentual máximo, principalmente, diante da Reforma Trabalhista.
Dicas para a sua petição inicial:
1. Frases curtas.
2. Frases diretas.
3. Detalhar todos os fatos.
4. Fazer a correspondência dos fatos e dos pedidos.
5. Evitar transcrição dos dispositivos legais, bastando para o examinador apenas citar e 
fazer o correspondente com a Súmula ou OJ do TST. O examinador não se importa com a 
transcrição.
6. Fazer sempre referência à CF/88 quando houver previsão do tema.
7. Em processo do trabalho, você pode aplicar subsidiariamente o CPC. Então sempre ficar 
com ele por perto.
Com base nisso, vamos acompanhar com o mapa mental:
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
REQUISITOS DA 
PETIÇÃO INICIAL
Qualificação das partes
Endereçamento do juízo 
Não assine a peça processual
Documentação essencial
Se existe pedido de tutela provisória - 
narrativa dos pressupostos
Correspondente dispositivo legal e 
súmulas / OJ do TST
Narrativa dos fatos em frases curtas, 
diretas e objetivas
Pedidos
Citação
2. petição iniciAl: como Já Foi cobrAdo nA provA dA oAb?
Posicionei abaixo as peças que foram cobradas nos últimos sete certames da OAB para 
que você perceba a repetitividade das cobranças:
EXAME PEÇA
2021 CONTESTAÇÃO
2020 RECURSO ORDINÁRIO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2019 CONTESTAÇÃO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2018 RECURSO ORDINÁRIO
2018 CONTESTAÇÃO E RECONVENÇÃO (PEÇA UNIFICADA)
Assim, passo a analisar duas provas já cobradas pela OAB, mas a resolução veremos no 
próximo capítulo. Perceba que no ano de 2019, foi cobrada em duas ocasiões.
O examinador, na peça processual, narra fatos e quer que o candidato, primeiramente, 
aponte qual a peça processual cabe na situação e, após, desenvolva a redação sobre a temáti-
ca, abordando os temas importantes.
No XXX Exame Unificado, o examinando deverá formular uma petição Inicial de reclamação 
trabalhista dirigida ao juízo da Vara do Trabalho de Parauapebas /PA, qualificando as partes 
envolvidas. Deverá requerer gratuidade de justiça, pois está desempregado atualmente, na for-
ma do Art. 790, § 3º, da CLT.
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
No caso da prova prática, deverá postular a integração das gorjetas espontaneamente con-
cedidas pelos clientes à remuneração, na forma do Art. 457 da CLT e Súmula 354 TST. Veja que 
aqui basta narrar na prova o correspondente legal e sumulado do TST. Não há necessidade de 
transcrição. Entre os pedidos, deverá requerer a retificação de sua carteira profissional para 
que conste a média das gorjetas recebidas, conforme prevê o Art. 29, § 1º, da CLT. Deverá re-
querer a devolução do desconto de contribuição sindical efetuado no mês de março, porque 
não autorizado pelo trabalhador, em violação aos artigos 545, 578, 579 e 582, todos da CLT. 
Novamente, basta fazer as devidas anotações dos dispositivos da CLT.
Deverá requerer o pagamento de horas extras pelo excesso de 8 horas diárias ou 44 horas 
semanais previstas no Art. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e no Art. 58 da CLT. Deverá requerer o 
pagamento de 20 minutos diários pela pausa alimentar concedida parcialmente, conforme o 
Art. 71, § 4º, da CLT. Deverá requerer o pagamento do adicional noturno na jornada realizada a 
partir das 22.00h, conforme o Art. 73 da CLT.
Deverá requerer a reintegração no emprego pela estabilidade não observada em razão 
do acidente do trabalho, conforme o Art. 118 e o Art. 21, inciso II, alínea a, ambos da Lei n. 
8.213/91, e Súmula 378, I e II, do TST. Deverá requerer a tutela de urgência ou evidência ou pro-
visória para a reintegração imediata do trabalhador, na forma do art. 294 ou 300 ou 311 CPC 
(tutela provisória).
Deverá requerer o pagamento de indenização pelo gasto com a vacina antirrábica (dano 
emergente), conforme o Art. 186, Art. 927 e 949, do CC. Deverá requerer o pagamento de inde-
nização por dano moral pelo acidente do trabalho, conforme os artigos 186 e 927 do CC e os 
artigos 223-B, 223-C e 223-G, todos da CLT. Deverá requerer o pagamento do adicional de peri-
culosidade por trabalhar com motocicleta, na forma do Art. 193, § 4º, da CLT. Deverá requerer 
o pagamento de honorários advocatícios, conforme Art. 791-A da CLT, principalmente, após 
a Reforma Trabalhista, em que você pode pleitear, no caso, o percentual máximo. Formular o 
encerramento da peça, reiterando a tutela de urgência ou evidência ou provisória para a rein-
tegração imediata do trabalhador e a procedência dos pedidos, com indicação de data, local, 
advogado(a) e OAB. Sem assinar, por favor!
No ano de 2019, no exame XXVII, também foi exigido que o candidato redigisse uma peti-
ção inicial. Deverá ser redigida uma Petição Inicial de Reclamação Trabalhista endereçada ao 
juízo do Trabalho de Sete Lagoas/MG. As partes deverão ser qualificadas.
No caso prática, o candidato deveria requerer a anulação da justa causa porque o trabalha-
dor não cometeu nenhuma das irregularidades previstas no Art. 482 da CLT, sendo da empresa 
o ônus de comprovar a falta grave praticada pelo empregado, conforme Arts. 818, II, da CLT e 
373, II, do CPC e, consequentemente, deve ser postulado o pagamento das verbas resilitórias 
típicas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, formulá-
rios para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o FGTS.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Deverá ser requerido o pagamento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de 
jornada, das 20.00 às 5.00 h, conforme os Arts. 7º, inciso XIII, da CRFB/88e 58 da CLT.
Lembre-se que se houver correspondência da matéria na CF/88, deve constar, necessa-
riamente, o dispositivo constitucional. Deverá ser requerido o pagamento de 40 minutos diá-
rios com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 
4º, da CLT.
Deverá ser requerido o pagamento do adicional noturno de 20% sobre a jornada cumprida 
a partir das 22.00h, conforme o Art. 73 da CLT. Deverá ser requerida a retificação da CTPS para 
constar a verdadeira função exercida, conforme o Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo 
105 do TST, além da diferença salarial entre as funções de técnico de informática e auxiliar de 
serviços gerais, conforme previsto na norma coletiva da categoria.
Deverá ser requerida indenização por dano moral pela anotação de penalidade na CTPS do 
autor, conforme o Arts. 29, § 4º, da CLT, 223-C, CLT e 8º da Portaria 41 do Ministério do Trabalho.
Deverá ser requerida a devolução do desconto de FGTS, pois se trata de obrigação do 
empregador, conforme os Arts. 15 da Lei n. 8.036/90, 27 Decreto 99684/90 e 7º, inciso III, da 
CRFB/88. Deverá ser requerido o pagamento de honorários advocatícios, conforme o Art. 791-
A da CLT. Deverá ser requerida a procedência dos pedidos, a indicação das provas que a parte 
pretende produzir e o valor atribuído à causa.
Não assine a prova. Faça o fechamento o mais formal possível.
3. petição iniciAl: resolução de umA provA Já cobrAdA nA provA dA oAb
No capítulo acima, abordamos dois exames. Nesse ponto do nosso livro, trarei aqui a ques-
tão e a forma como podemos resolver, bem como uma ideia de como seria a redação da peti-
ção inicial para que você tenha uma noção geral de como elaborar.
Questão da prova prática Pontos a serem desenvolvidos
Nelson Aviz procura você, como advogado(a), 
afirmando que foi empregado da sociedade 
empresária Alfa Ltda. na sede desta, localizada 
em Sete Lagoas/MG, de 17/12/2017 a 
28/04/2018, tendo exercido, na prática, a 
função de técnico de informática.
Nelson informa que foi despedido por justa 
causa, apesar de não ter feito nada de errado, 
não recebendo qualquer indenização, mas 
apenas o saldo salarial do último mês; que a 
empresa não integrava, para fim algum, o salário-
família que Nelson recebia; que trabalhava de 
segunda-feira a sábado, das 20h às 5h,
1) Juízo competente e direcionar: Sete 
Lagoas/MG
2) Qualificar as partes
3) Abrir um tópico: DOS FATOS/SINOPSE 
FÁTICA: abordar os pontos da questão em 
resumo, narrando, principalmente, os pontos 
mais importantes do contrato de emprego, 
como data de admissão, dispensa, salário, 
jornada e função.
4) Observe se existe discussão quanto 
à modalidade de término da relação de 
emprego. No caso da prova em perspectiva, 
temos a situação da justa causa.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
com intervalo de 20 minutos para refeição; 
que o local de trabalho era de difícil acesso e 
não servido por transporte público regular, 
pelo que a empresa fornecia o transporte 
para ir ao trabalho e voltar dele, de forma que 
Nelson demorava uma hora no trajeto de ida e 
outra uma hora no de volta; que realizou exame 
médico na admissão; que Nelson tem uma irmã 
que trabalha na mesma sociedade empresária, 
exercendo a função de programadora de 
jogos digitais. O trabalhador exibe cópias 
dos contracheques, nos quais há, na parte de 
crédito, salário de R$ 1.200,00 e uma cota de 
salário-família; já na parte de descontos, há 
INSS, vale-transporte e FGTS. Nelson ainda 
exibiu sua CTPS, na qual consta admissão 
em 17/12/2017 e saída em 28/04/2018, na 
função de auxiliar de serviços gerais; na parte 
de anotações gerais, há anotação de que o 
empregado foi dispensado por justa causa em 
razão de conduta inadequada. Em pesquisa pela 
Internet, você localiza a convenção coletiva da 
categoria de Nelson, com os pisos normativos 
para todas as funções desempenhadas na 
sociedade empresária Alfa, dentre elas os 
seguintes: auxiliar de serviços gerais: R$ 
1.200,00; técnico em informática: R$ 1.800,00; 
programador: R$ 3.500,00; e engenheiro de 
computação: R$ 6.000,00.
Elabore a peça prático-profissional que melhor 
defenda os interesses de Nelson, sem usar 
dados ou informações que não estejam no 
enunciado. (Valor: 5,00)
5) Na jornada apontada, verifique se existe 
supressão do intervalo intrajornada ou 
interjornada ou ambos. Verifica se ultrapassa 
as 8 horas diárias e as 44 horas semanais 
para ver se é o caso de pedido de pagamento 
de horas extras. Lembre que a Reforma 
Trabalhista suprimiu as horas in itinere.
6) Veja que provas documentais são 
mencionadas na abordagem do examinador, 
principalmente, para fins de fundamentar os 
seus pedidos. No caso da prova, o examinador 
trouxe os contracheques do obreiro autor 
e, ainda, da existência de uma convenção 
coletiva de trabalho. No caso de negociação 
coletiva, observe se são normas/regras mais 
favoráveis, aplicando o princípio da aplicação 
da norma/condição mais benéfica.
7) Veja se é o caso de discussão de dispensa 
por justa causa, na medida em que esse tema 
é cobrado com certa frequência pela OAB. 
Observe se essa discussão da dispensa por 
justa causa vem acompanhada de pedido 
de danos morais, como no caso de anotação 
indevida do motivo da dispensa.
8) Atenha-se ao que foi mencionado pelo 
examinador. Não crie situações que não 
existem, pois isso pode te prejudicar.
9) Veja que o examinador vem colocando 
pontos relacionados com os descontos que 
são feitos no contracheque do trabalhador. 
Deverá ser requerida a devolução do 
desconto de FGTS, pois se trata de obrigação 
do empregador, conforme os Arts. 15 da Lei n. 
8.036/90, 27 Decreto 99684/90 e 7º, inciso 
III, da CRFB/88.
10) Deverá ser requerido o pagamento de 
honorários advocatícios, conforme o Art. 791-
A da CLT. Deverá ser requerida a procedência 
dos pedidos, a indicação das provas que a parte 
pretende produzir e o valor atribuído à causa.
Como poderíamos, em síntese, elaborar a peça processual? Acompanhe um passo a passo:
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) da _____ Vara do Trabalho de Sete Lagoas/MG (DIRECIO-
NAMENTO DO JUÍZO)
Nelson Aviz, brasileiro, casado, desempregado, CPF X, Rg Y, domiciliado e residente no seguin-
te endereço (…), com procuração anexada aos autos, interpõe RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
em face da ré Alfa Ltda, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ ABC, cuja sede está loca-
lizada no endereço (….) em Sete Lagoas/MG. (QUALIFICAÇÃO DAS PARTES)
I – SINOPSE FÁTICA
O reclamante foi empregado da sociedade empresária Alfa Ltda, no período de 17/12/2017 a 
28/04/2018, tendo exercido, na prática, a função de técnico de informática.
O término da relação foi dispensa por justa causa aplicada indevidamente pelo empregador, 
haja vista que o autor não fez nada de errado e quando da dispensa, não recebeu qualquer inde-
nização, mas apenas o saldo salarial do último mês.
Além da injusta dispensa por justa causa, verifica-se na CTPS do trabalhador anotação inde-
vida relacionada ao suposto motivo da justa causa, pois consta admissão em 17/12/2017 
e saída em 28/04/2018, na função de auxiliar de serviços gerais, e não na função realmen-
te desempenhada pelo trabalhador. Na parte de anotações gerais, conforme documento em 
anexo, há anotação de que o empregado foi dispensado por justa causaem razão de conduta 
inadequada, havendo uma exposição abusiva do trabalhador.
A empresa ré cometia irregularidades quando do pagamento dos valores, principalmente, 
porque, nos termos dos contracheques anexados com a petição inicial, a empresa não integra-
va, para fim algum, o salário-família que recebia e ainda não fazia os devidos pagamentos das 
horas extras trabalhadas.
O reclamante trabalhava de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de 20 minu-
tos para refeição, em contrariedade com a legislação em vigente.
Além da anotação indevida, o empregador não anotou corretamente a função e o salário do 
autor, na medida em que há uma convenção coletiva da categoria, com os pisos normativos 
para todas as funções desempenhadas na sociedade empresária Alfa, dentre elas os seguin-
tes: auxiliar de serviços gerais: R$ 1.200,00; técnico em informática: R$ 1.800,00; programador: 
R$ 3.500,00; e engenheiro de computação: R$ 6.000,00.
A função desempenhada do reclamante é diversa do que consta na anotação, o que deve ser 
retificado com as devidas alterações salariais e da base de cálculo. Com isso, em afronta ao 
princípio da primazia da realidade sobre a forma, as irregularidades devem ser supridas por 
prejudiciais ao trabalhador, importando enriquecimento indevido do empregador.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Primeiramente, destaca-se o abuso do poder diretivo do empregador que incorreu em erro 
grave ao encerrar o pacto laboral com o reclamante pela justa causa. Não há razão, pois não 
preenchidos os requisitos legais, bem como a anulação da justa causa é a medida mais corre-
ta a ser feita pelo Judiciário, porque o trabalhador não cometeu nenhuma das irregularidades 
previstas no Art. 482 da CLT.
Ressalte-se que o ônus de comprovar a falta grave praticada pelo empregado, é da empresa, 
conforme Arts. 818, II, da CLT e 373, II, do CPC e, consequentemente, deve ser postulado o 
pagamento das verbas resilitórias típicas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias pro-
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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porcionais acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o 
FGTS. Observa-se que o obreiro agiu corretamente em suas atividades e, ainda, o comporta-
mento do empregador feriu a razoabilidade e a proporcionalidade exigidas.
Acerca da jornada do trabalhador no caso em comento, conforme narrado, percebe-se que havia 
extrapolamento da jornada constitucionalmente permitida, o que leva ao direito ao recebimento 
de horas extras, na medida em que não há nenhum banco de horas ou compensação de jorna-
da. Deverá ser requerido o pagamento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de 
jornada, das 20.00 às 5.00 h, conforme os Arts. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e pelo artigo 58 da 
CLT. A fundamentação jurídica está atrelada à narrativa fática desenvolvida. Logo, não pode o 
empregador enriquecer indevidamente com o labor extraordinário do obreiro. O intrajornada 
também foi descumprido, e, portanto, é devido o pagamento de 40 minutos diários com adicio-
nal de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 4º, da CLT.
Como a jornada do obreiro extrapolava o previsto na CF/88, ainda se observa que avançava 
pela noite, concedendo ao obreiro o adicional noturno, pois a jornada avançava as 22 h. Dever 
a ré proceder ao pagamento do adicional noturno de 20% sobre a jornada cumprida a partir das 
22.00h, conforme o Art. 73 da CLT.
Pelo princípio da primazia da realidade sobre a forma, e, ainda, pelo princípio da proteção e a 
súmula 12 do TST, nota-se que a atividade realmente desempenhada pelo obreiro não corres-
pondia ao que era anotado na CTPS. 
E, com isso, deve a ré proceder com a devida retificação da CTPS para constar a verdadeira 
função exercida, conforme o Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo 105 do TST, além da dife-
rença salarial entre as funções de técnico de informática e auxiliar de serviços gerais, confor-
me previsto na norma coletiva da categoria. Afinal, com a juntada da CCT, nota-se o equívoco 
da anotação, prejudicando o trabalhador no que tange à sua função e à sua remuneração.
Como a medida de justa causa aplicada pelo empregador foi indevida, o RH da empresa ainda 
cometeu o grave erro de fazer anotações desabonadoras da conduta do obreiro e escrever tex-
tualmente a modalidade de ruptura contratual, o que gera um dano in re ipsa ao obreiro, geran-
do prejuízos de ordem moral e, ainda, um abuso do poder diretivo, ferindo frontalmente a CLT.
Diante desse cenário, reque-se o pagamento de indenização por dano moral pela anotação de 
penalidade na CTPS do autor, conforme o Arts. 29, § 4º, da CLT, 223-C, CLT e 8º da Portaria 41 
do Ministério do Trabalho.
Além dos sucessivos erros e afrontas à legislação trabalhista, a parte ré ainda fez descontos 
indevidos no salário do obreiro, conforme se observa claramente na prova documentação em 
anexo com essa petição inicial relacionada aos contracheques. Por isso, é justificado o pedido 
de devolução do desconto de FGTS, pois se trata de obrigação do empregador, conforme os 
Arts. 15 da Lei n. 8.036/90, 27 Decreto 99684/90 e 7º, inciso III, da CRFB/88.
E, ainda, pelo exercício do direito de ação e diante da Reforma Trabalhista, deve o reclamado 
arcar com os créditos trabalhistas e, ainda, honorários advocatícios sucumbenciais, conforme 
o Art. 791-A da CLT.
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III – DOS PEDIDOS
Diante da argumentação fática e jurídica requer-se ao douto juízo:
Pedidos declaratórios (é importante quando dividimos no raciocínio e também para o examina-
dor entender que temos uma lógica argumentativa e plena da prova e do que foi solicitado por 
ele): que seja declarada nula a dispensa por justa causa e a real jornada do trabalhador, bem 
como a sua função e salário realmente devidos. Que seja declarada que a dispensa do obreiro 
foi sem justa causa, com o direito ao recebimento de todas as verbas rescisórias nesta moda-
lidade. Que seja declarada a situação de pobre na forma da lei, com a concessão das benesses 
da gratuidade judicial.
Obrigação de fazer: que seja retificada a data da dispensa, fazendo constar o aviso prévio 
indenizado proporcional, com a devida projeção, bem como retificada a função e o salário do 
obreiro, conforme o princípio da primazia da realidade sobre a forma. Se não fizer a retifica-
ção no prazo determinado pelo juízo, já requer a aplicação da multa de R$5.000,00 em prol do 
trabalhador, sem prejuízo da anotação pela Secretaria da Vara. Requer também a expedição 
de alvarás para o obreiro movimentar sua conta vinculada do FGTS e receber o devido seguro 
desemprego. (aqui se poderia colocar como pedido de tutela provisória a liberação do FGTS 
e do seguro desemprego pela peculiar situação pandêmica em que o mundo está passando, 
pelo fato do obreiro estar desempregado, ser arrimo de família etc.)
Obrigação de pagar: que a ré seja condenada a pagar, com juros e correção monetária, as 
seguintes obrigações trabalhistas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais 
acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o FGTS; paga-
mento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de jornada, das 20.00 às 5.00 h; 
pagamento de 40 minutos diários com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespei-
tado, conforme o Art. 71,§ 4º, da CLT; pagamento do adicional noturno de 20% sobre a jornada 
cumprida a partir das 22.00h, conforme o Art. 73 da CLT e planilha em anexo; pagamento da 
diferença salarial entre as funções de técnico de informática e auxiliar de serviços gerais, con-
forme previsto na norma coletiva da categoria;indenização por dano moral pela anotação de 
penalidade na CTPS do autor no importe de R$10.000,00 (dez mil reais); devolução do descon-
to de FGTS, pois se trata de obrigação do empregador, conforme os Arts. 15 da Lei n. 8.036/90, 
27 Decreto 99684/90 e 7º, inciso III, da CRFB/88; pagamento de honorários advocatícios, con-
forme o Art. 791-A da CLT. (colocar todos os pedidos condenatórios, não precisando colocar a 
liquidação exata de todos os valores correspondentes).
Requer a citação da ré para responder no prazo legal e, na sua inércia, já requer a declaração 
dos efeitos da revelia e da confissão ficta. Requer a realização de audiência, ocasião em que 
produzirá todos os meios de provas orais, comprometendo-se a trazer as testemunhas inde-
pendentemente de intimação. Requer o recebimento da prova documental anexada com a pre-
sente peça e o deferimento de juntada de provas posteriores relacionadas a fatos novos ou 
supervenientes.
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Requer o deferimento da gratuidade judicial, tendo em vista o salário do obreiro na época em 
que laborava e, pela atual conjuntura, encontrar-se desemprego, sem recursos.
Requer a procedência de todos os pedidos (não se diz procedência da ação), com a condena-
ção da ré em pagar tudo que está na planilha do PJE em anexo, além das custas processuais 
e honorários advocatícios em 15% sobre o valor da condenação líquida (é sobre a condenação 
líquida e, não bruta).
Requer que sejam recolhidos todos os encargos previdenciários e fiscais pelo empregador, ora 
ré no processo.
Nestes termos, pede deferimento.
Dá-se à causa, nos termos da planilha, o importe de R$30.000,00 (imprescindível colocar o 
valor da causa).
Localidade, data.
ADVOGADO (não coloque seu nome na peça)
Para ficar mais fácil ainda de fixar vamos criar um mapa mental sobre o que não se 
pode esquecer:
ELABORAÇÃO DA 
PETIÇÃO INICIAL
valor da causa tem que 
constar 
raciocionar o que é pedido 
declaratório, obrigação de 
fazer e pedido condenatório
capricho nas provas que o examinador já 
te proporciona no enunciado da questão
cuidado com os endereçamentos
pedidos: pedir a procedência dos pedidos. 
Não se pede procedência da ação.
fundamentação jurídica: usar 
corretamente os dispositivos 
constitucionais, da CLT, da legislação e 
das súmulas dos Tribunais Superiores
sinospe fática: trazer os fatos principais
pedir gratuidade judicial e honorárrios 
advocatícios
4. petição iniciAl: peçA inéditA e dicAs de resolução
Nesse capítulo do nosso livro, trago uma questão nova/inédita para abordagens de assun-
tos atuais para ajudar a revisão da matéria, bem como já passar como seria a elaboração da 
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petição inicial no caso. Vou reproduzir aquele mesmo esquema do capítulo anterior. Vamos no 
passo a passo que eu acho ser fundamental na sua aprendizagem:
Caso/questão inédita (2021): Rui da Silva foi contratado pela empresa SO MEDICOS e teve 
seu contrato de trabalho devidamente assinado na data correta antes da pandemia, na data de 
01.01.2019, porém com o salário a menor do que consta no acordo coletivo de trabalho que ele 
levou ao seu escritório, junto com todos os contracheques do pacto laboral. Como enfermeiro 
na época de COVID 19, Rui precisou trabalhar em plantões seguidos sendo que não foi conce-
dido intervalo para suas refeições e descansos e nem obedecida a jornada 12 x 36. Apesar da 
situação pandêmica, o hospital não teve o cuidado de estabelecer um banco de horas ou de 
compensação de jornada. Além disso, Rui batia o ponto manualmente em jornada britânica. 
Rui só tinha 10 min de intrajornada e laborava, na prática, 24 horas folgando 24 horas. O ponto 
clímax foi quando o hospital se recusou a trocar as máscaras N95 e oferecer luvas adequadas. 
Temendo pela própria vida e contaminação de COVID 19 sendo que sua mãe de 85 anos mora-
va com ele, deixou de trabalhar na data de 01.02.2021, procurando um advogado para ver seus 
direitos. O hospital fica localizado em Barreirinhas/MA.
Questão inédita/2021 Pontos a serem desenvolvidos
Rui foi contratado pela empresa SO MEDICOS 
e teve seu contrato de trabalho devidamente 
assinado na data correta antes da pandemia, 
na data de 01.01.2019, porém com o salário 
a menor do que consta no acordo coletivo de 
trabalho que ele levou ao seu escritório, junto com 
todos os contracheques do pacto laboral. Como 
enfermeiro na época de COVID 19, Rui precisou 
trabalhar em plantões seguidos sendo que não 
foi concedido intervalo para suas refeições e 
descansos e nem obedecida a jornada 12 x 36. 
Apesar da situação pandêmica, o hospital não teve 
o cuidado de estabelecer um banco de horas ou de 
compensação de jornada. Além disso, Rui batia o 
ponto manualmente em jornada britânica. Rui só 
tinha 10 min de intrajornada e laborava, na prática, 
24 horas folgando 24 horas. O ponto clímax foi 
quando o hospital se recusou a trocar as máscaras 
N95 e oferecer luvas adequadas. Temendo pela 
própria vida e contaminação de COVID 19 sendo 
que sua mãe de 85 anos morava com ele, deixou 
de trabalhar na data de 01.02.2021, procurando 
um advogado para ver seus direitos.
1) Nesse caso, a questão trata de uma 
rescisão indireta do contrato de trabalho. 
Deve-se desenvolver a situação de que o 
empregador descumpriu regras básicas 
trabalhistas como entregar EPI adequado 
para o desenvolvimento das atividades, 
principalmente, sendo atividade de risco do 
trabalhador que é um enfermeiro num hospital 
privado atendendo pacientes com COVID 19. 
E, com isso, deve-se pleitear todos os direitos 
trabalhistas nesta modalidade, inclusive, aviso 
prévio indenizado, proporcional, com a devida 
projeção na CTPS do trabalhador e anotação 
de baixa, com as liberações do FGTS e do 
seguro desemprego.
2) Também deve ser abordado que o salário 
do obreiro Rui está sendo pago de forma 
irregular, o que lhe assiste o direito de 
pagamento de diferenças salariais e ainda 
anotação na CTPS mediante retificação. 
Observe que há prova documental referente 
ao ACT, aplicando-se o princípio da aplicação 
da condição mais benéfica.
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3) Outro ponto importante é que, muito 
embora, Rui seja da área da saúde e laborou em 
situação pandêmica, sob a égide de medidas 
provisórias, o hospital réu não teve o máximo 
de cuidado no que tange ao regime de banco 
de horas ou compensação de jornada e que 
descumpriu totalmente o regime de labor 12 
x 36, na medida em que ele passou a laborar 
em regime de 12x12, sendo devidas as horas 
extras que extrapolam a jornada de 44 horas 
semanais com percentual de 50% e reflexos 
em todas as verbas rescisórias.
4) Deve-se pedir também a concessão 
de gratuidade judiciale a condenação em 
honorários advocatícios.
5) Pode pedir danos morais pelas péssimas 
condições de trabalho e pela exposição 
excessiva ao risco na negativa de fornecimento 
de EPI para fins de realização das atividades.
6) Diante da jornada excessiva em que foi 
descaracterizado o regime de 12 x 36 pode 
pleitear também dano existencial.
7) Pedir a inversão do ônus da prova, haja vista 
a jornada britânica nos cartões de pontos 
anotados pelo Rui durante o pacto laboral.
8) Pedir a citação do réu e a produção de todos 
os meios de provas.
9) Ainda pode pedir aqui a aplicação das 
multas dos artigos 467 e 477 da CLT.
10) As retificações na CTPS do obreiro, com 
a devida baixa, pedindo desde logo aplicação 
de multa caso o hospital se recuse a cumprir a 
ordem judicial.
Como poderíamos, em síntese, elaborar a peça processual? Acompanhe um passo a passo:
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) da _____ Vara do Trabalho de Barreirinhas/Maranhão 
(DIRECIONAMENTO DO JUÍZO)
Rui da Silva, brasileiro, casado, desempregado, CPF X, Rg Y, domiciliado e residente no seguinte 
endereço (…), com procuração anexada aos autos, interpõe RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em 
face da ré SÓ MÉDICOS, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ ABC, cuja sede está loca-
lizada no endereço (….) em Barreirinhas/MA. (QUALIFICAÇÃO DAS PARTES)
I – SINOPSE FÁTICA
O reclamante foi empregado da sociedade empresária SÓ MÉDICOS, no período de 01/01/2019 
a 01/02/2021, tendo exercido, na prática, a função de enfermeiro. Na data de 01/02/2021, o 
reclamante teve seu último dia de trabalho, não conseguindo mais desempenhar suas ativi-
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dades, haja vista a recusa do empregador em fornecer EPI para o labor, observando-se que a 
atividade do reclamante se insere em alto risco, trabalhando em hospital que atende pacientes 
com COVID 19.
Diante da recusa da ré em oferecer condições mínimas de trabalho, como máscaras N 95 e 
luvas, o autor não mais retornou às suas atividades, com medo de adoecer, haja vista que sua 
mãe de 85 anos mora com ele e esse fato era de conhecimento do empregador.
O término da relação foi a rescisão indireta, nada recebendo em relação às verbas rescisórias 
até o presente momento, e, com isso, encontra-se desempregado.
Além rescisão indireta mediante o descumprimento reiterado do empregador em atender os 
diversos comandos legais e constitucionais, verifica-se na CTPS do trabalhador que não foi 
anotada a devida baixa. 
A empresa ré cometia irregularidades quando do pagamento dos valores, principalmente, 
porque, nos termos dos contracheques anexados com a petição inicial, o hospital descumpria 
as regras impostas no acordo coletivo quanto ao valor do salário do enfermeiro e, ainda, des-
caracterizou a jornada de 12x36, quando, na verdade, o obreiro fazia jornada de 24x24, diverso 
do que consta na CTPS e, com isso, a ré não fazia os devidos pagamentos das horas extras 
trabalhadas.
O reclamante trabalhava com intervalo de 10 minutos para refeição, em contrariedade com 
a legislação em vigente, verificando-se que além de extrapolar o regime do pacto de 12 x 36, 
ainda, não se concedia sequer o intervalo de 1 hora, sobrecarregando o reclamante em jornada 
extenuante, ocasionando-lhe um cansaço contínuo, acarretando diversos prejuízos nas varia-
das esferas de sua vida. 
Além da anotação indevida do salário do reclamante, o empregador não anotou corretamente 
o salário do autor, na medida em que há acordo coletivo de trabalho categoria, com os pisos 
normativos para todas as funções desempenhadas no hospital. Com isso, em afronta ao prin-
cípio da primazia da realidade sobre a forma, as irregularidades devem ser supridas por preju-
diciais ao trabalhador, importando enriquecimento indevido do empregador.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Primeiramente, destaca-se o abuso do poder diretivo do empregador que incorreu em erro 
grave no descumprimento de fornecimento de EPI para que o autor pudesse desempenhar 
suas funções, recaindo clara situação de rescisão indireta, com a justificada resistência do 
autor em permanecer nessa situação empregatícia abusiva.
Nesse azo, atrai-se a aplicação da rescisão indireta, pois, além de não fornecer condições 
de trabalho, o réu cometeu diversas irregularidades como pagamento a menor de salários e, 
sobretudo, descumprindo a jornada inicial pactuada de 12 x 36.
Além dos prejuízos financeiros, ainda se constata prejuízos morais, o que leva à compreensão 
de clara situação de rescisão indireta, proporcionando ao obreiro o pagamento das verbas refe-
rentes ao aviso prévio indenizado, com a devida projeção na baixa da CTPS, a multa de 40% do 
FGTS e liberação do seguro desemprego.
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Ressalte-se que o ônus de comprovar a falta grave praticada pelo empregado, é da empresa, 
conforme Arts. 818, II, da CLT e 373, II, do CPC e, consequentemente, deve ser postulado o 
pagamento das verbas resilitórias típicas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias pro-
porcionais acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o 
FGTS. Observa-se que o obreiro agiu corretamente em suas atividades e, ainda, o comporta-
mento do empregador feriu a razoabilidade e a proporcionalidade exigidas.
Acerca da jornada do trabalhador no caso em comento, conforme narrado, percebe-se que 
havia extrapolamento da jornada constitucionalmente permitida, o que leva ao direito ao rece-
bimento de horas extras, na medida em que não há nenhum banco de horas ou compensação 
de jornada.
No caso em comento, apesar da situação pandêmica que admite certa flexibilização da jor-
nada, nota-se que a ré não cumpria uma jornada que ela mesma pactuou como 12 x 36, e não 
concedia intervalo para o trabalhador fazer suas refeições, salvo 10 minutos.
Na realidade, o obreiro laborava em jornada 24 x 24, diverso do pactuado e não consta em 
nenhum momento banco de horas ou compensação de jornada, sendo a anotação do horário 
realizado de forma manual, sendo todos britânicos, invertendo o ônus da prova mais uma vez 
em desfavor do Hospital demandado. E, portanto, aplica-se o teor da Súmula 338 do TST.
Deverá ser requerido o pagamento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de jor-
nada, e, ainda, deve ser considerado o abuso do poder diretivo, ocasionando um dano excessi-
vo ao obreiro, o que fundamenta o pedido de dano existencial pelo excesso de jornada 24 x 24, 
destacadamente, em situação de stress ocasionado pela pandemia.
Sugere-se o pagamento de indenização pelo dano existencial o importe de dez mil reais. A 
submissão habitual do empregado à jornada excessiva, por si só, caracterizava o dano existen-
cial, “que dispensa comprovação da existência e da extensão, sendo presumível em razão do 
fato danoso. A fundamentação jurídica está atrelada à narrativa fática desenvolvida. Logo, não 
pode o empregador enriquecer indevidamente com o labor extraordinário do obreiro, seja pela 
supressão do intrajornada, seja pela descaracterização da jornada que fixou anteriormente e, 
sobretudo, pelo cansaço ao obreiro sem precedentes, gerando diversos transtornos psicológi-
cos e em sua vida pessoal.
O intrajornada também foi descumprido, e, portanto, é devido o pagamento de 40 minutos diá-
rios com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 4º,da CLT.
Nos termos do Acordo Coletivo do Trabalho juntado em anexo, nota-se que os pagamentos 
salariais do obreiro eram inferiores ao piso fixado à função de enfermeiro. E, com isso, deve a 
ré proceder com a devida retificação da CTPS para constar o verdadeiro salário, conforme o 
Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo 105 do TST, além da diferença salarial da função de 
enfermeiro, conforme previsto na norma coletiva da categoria – o acordo coletivo de trabalho.
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Como o reclamante foi submetido a risco de sua própria vida e integridade, além de colocar 
em risco de morte sua mãe de 85 anos que mora com ele, verifica-se o comportamento ina-
propriado e injusto do empregador em não fornecer sequer o EPI ao obreiro, gerando um risco 
de morte de uma doença nefasta como a COVID 19. Diante desse cenário, reque-se o paga-
mento de indenização por dano moral nos termos do artigo 223-C, CLT, sugerindo-se o valor de 
R$10.000,00.
E, ainda, pelo exercício do direito de ação e diante da Reforma Trabalhista, deve o reclamado 
arcar com os créditos trabalhistas e, ainda, honorários advocatícios sucumbenciais, conforme 
o Art. 791-A da CLT.
O reclamante está desempregado e é arrimo de família, razão pela qual requer que seja deferi-
da a gratuidade judicial.
III – DOS PEDIDOS
Diante da argumentação fática e jurídica requer-se ao douto juízo:
Pedidos declaratórios (é importante quando dividimos no raciocínio e também para o exami-
nador entender que temos uma lógica argumentativa e plena da prova e do que foi solicitado 
por ele): que seja declarada a rescisão indireta no caso concreto e a real jornada do trabalha-
dor, bem como o salário realmente devidos. Que seja declarada que a dispensa do obreiro foi 
mediante rescisão indireta, com o direito ao recebimento de todas as verbas rescisórias nesta 
modalidade. Que seja declarada a situação de pobre na forma da lei, com a concessão das 
benesses da gratuidade judicial.
Obrigação de fazer: que seja anotada a data da dispensa, fazendo constar o aviso prévio inde-
nizado proporcional, com a devida projeção, bem como retificado o salário do obreiro, confor-
me o princípio da primazia da realidade sobre a forma. Se não fizer a retificação no prazo deter-
minado pelo juízo, já requer a aplicação da multa de R$5.000,00 em prol do trabalhador, sem 
prejuízo da anotação pela Secretaria da Vara. Requer também a expedição de alvarás para o 
obreiro movimentar sua conta vinculada do FGTS e receber o devido seguro desemprego. (aqui 
se poderia colocar como pedido de tutela provisória a liberação do FGTS e do seguro desem-
prego pela peculiar situação pandêmica em que o mundo está passando, pelo fato do obreiro 
estar desempregado, ser arrimo de família etc.)
Obrigação de pagar: que a ré seja condenada a pagar, com juros e correção monetária, as 
seguintes obrigações trabalhistas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais 
acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o FGTS; paga-
mento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de jornada, declarando-se a jornada 
do obreiro, desde o começo do pacto laboral, como 24 x 24; pagamento de 50 minutos diários 
com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 4º, da 
CLT; pagamento da diferença salarial, conforme previsto na norma coletiva da categoria e refle-
xos em todas as verbas rescisórias;indenização por dano moral pelo dano existencial sofrido 
pelo autor no importe de R$10.000,00 (dez mil reais); indenização pela situação de risco que 
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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a empresa colocou o trabalhador com a recusa de EPI no importe de R$10.000,00 (dez mil 
reais); pagamento de honorários advocatícios, conforme o Art. 791-A da CLT. (colocar todos os 
pedidos condenatórios, não precisando colocar a liquidação exata de todos os valores corres-
pondentes).
Requer a citação da ré para responder no prazo legal e, na sua inércia, já requer a declaração 
dos efeitos da revelia e da confissão ficta. Requer a realização de audiência, ocasião em que 
produzirá todos os meios de provas orais, comprometendo-se a trazer as testemunhas inde-
pendentemente de intimação. Requer o recebimento da prova documental anexada com a pre-
sente peça e o deferimento de juntada de provas posteriores relacionadas a fatos novos ou 
supervenientes.
Requer o deferimento da gratuidade judicial, tendo em vista o salário do obreiro na época em 
que laborava e, pela atual conjuntura, encontrar-se desemprego, sem recursos.
Requer a procedência de todos os pedidos (não se diz procedência da ação), com a condena-
ção da ré em pagar tudo que está na planilha do PJE em anexo, além das custas processuais 
e honorários advocatícios em 15% sobre o valor da condenação líquida (é sobre a condenação 
líquida e, não bruta).
Requer que sejam recolhidos todos os encargos previdenciários e fiscais pelo empregador, ora 
ré no processo.
Nestes termos, pede deferimento.
Dá-se à causa, nos termos da planilha, o importe de R$50.000,00 (imprescindível colocar o 
valor da causa).
Localidade, data.
ADVOGADO (não coloque seu nome na peça)
Sugere-se, ainda, como dicas:
a) não use palavras ou expressões agressivas por mais grave e “revoltante” a situação fáti-
ca trazida pelo examinador. Mantenha-se numa linha ZEN, embora sua obrigação é pedir tudo;
b) diga o valor da indenização por danos morais;
c) analise fato por fato trazido pelo examinador para analisar se existe a afronta a alguma 
legislação;
d) sempre fique atento para qual modalidade de ruptura contratual é o caso trazido pelo 
examinador;
e) não esqueça de pedir a projeção do aviso prévio com o pagamento das verbas;
f) no caso de verbas rescisórias ou verbas complementares, peça também os reflexos. 
Muito cuidado com as gorjetas;
g) procure saber e expor de quem é o ônus da prova.
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O PULO DO GATO
Devemos fazer uma observação relevante. No caso em comento, temos que se exigia 10 obrei-
ros por estabelecimento para fins de ser obrigatório o controle de ponto. Houve mudança na 
CLT para 20 obreiros por estabelecimento. Ocorre que a Súmula 338 do TST ainda está com 
base na CLT antes da alteração legislativa e, sendo assim, ainda não foi cancelada a Súmula 
ou alterada pelo TST, mas na questão de prova, deve ser feita a observação mencionada, des-
tacando-se, no entanto, que há Súmula do TST em sentido diverso da legislação e que ainda é 
fomentada na prática trabalhista. Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, 
mencione e revise a seguinte súmula do TST: Nº 338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. 
ÔNUS DA PROVA. É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o regis-
tro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada 
dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a 
qual pode ser elidida por prova em contrário. II -A presunção de veracidadeda jornada de tra-
balho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. 
III -Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos 
como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser 
do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, mencione e revise o conceito de 
dano existencial, conforme notícia do TST: em 2020, a Subseção I Especializada em Dissídios 
Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta à Tropical 
Transportes Ipiranga Ltda., de Ourinhos (SP), o pagamento de indenização de R$ 15 mil a um 
motorista de caminhão por dano existencial. Por maioria, o colegiado entendeu que o empre-
gado não conseguiu comprovar prejuízo familiar ou social em razão da jornada considerada 
extenuante. Processo n. E-RR-402-61.2014.5.15.0030.
O PULO DO GATO
Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, mencione e revise o conceito 
de dano existencial, conforme notícia do TST: em 2020, a Subseção I Especializada em Dis-
sídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta à 
Tropical Transportes Ipiranga Ltda., de Ourinhos (SP), o pagamento de indenização de R$ 15 
mil a um motorista de caminhão por dano existencial. Por maioria, o colegiado entendeu que o 
empregado não conseguiu comprovar prejuízo familiar ou social em razão da jornada conside-
rada extenuante. Processo n. E-RR-402-61.2014.5.15.0030
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5. direito mAteriAl: A relAção de emprego e dicAs doutrináriAs essen-
ciAis pArA revisão e pArA AuxiliAr nA resolução de provAs subJetivAs
Já tratamos que a relação de trabalho é gênero e a relação de emprego é espécie. A relação 
de emprego está caracterizada nos artigos 2 e 3 da CLT, bem como confere nessa relação ao 
empregado os direitos que já estudamos no artigo 7 da CF/88. A relação de emprego cria a 
relação contratual entre as partes – empregado e empregador.
Por sua vez, o contrato de trabalho pode ser escrito ou verbal, expresso ou tácito e, com 
isso, é válido pata todos os fins, e a falta de assinatura da CTPS leva às sanções administra-
tivas pela Secretaria do Ministério do Trabalho, pois foi extinto o Ministério do Trabalho. Por 
isso, muito cuidado nas provas em não confundir o gênero com a espécie.
Veja a diferença nesse quadro:
Relação de Trabalho (gênero) Relação de emprego (espécie)
É uma expressa ampla, abrangendo não só 
quem tem CTPS (Carteira de Trabalho e 
Previdência Social) assinada, mas também 
todos que prestam serviços de alguma 
forma. Exemplos: cooperativos, autônomos, 
prestadores de serviços, a diarista, os 
estagiários, portuários avulsos etc. Aqui 
temos os trabalhadores.
Aqui é um exemplo de relação de trabalho. 
É a espécie, como o caso de quem tem 
todos os requisitos dos artigos 2º e 3º da 
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho). 
É aquele que tem CTPS assinada ou que 
preenche os requisitos legais como não 
eventualidade, onerosidade, pessoalidade, 
subordinação jurídica. A exclusividade não é 
requisito essencial. Exemplo: a doméstica, o 
assalariado etc. Aqui temos os empregados.
Para caracterização da relação de emprego é preciso reunir CUMULATIVAMENTE alguns 
requisitos que chamamos de elementos fáticos jurídicos que a lei enumera em cinco e do qual 
você deve ter em mente para fins de resolver as questões de provas:
A) prestação por PESSOA FÍSICA (ou pessoa natural). Podem, na prática, utilizarem uma 
situação de pejotização para mascarar a realidade de uma relação de emprego, como uma 
espécie de fraude. Nesse sentido, muitas empresas, em algumas situações, exigem que em-
pregados constituam Pessoas Jurídicas para emitirem notas fiscais, mas que, na prática, são 
empregados, aplicando-se, com isso os efeitos da CLT: Art. 9º – Serão nulos de pleno direito 
os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos 
contidos na presente Consolidação. Logo, a essência do direito do trabalho na condição de 
empregado é que seja PESSOA FÍSICA/OU NATURAL.
O PULO DO GATO
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual 
a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Não haverá distinções relativas 
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à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técni-
co e manual.
B) PESSOALIDADE DO TRABALHADOR: confere uma natureza de infungibilidade no que 
tange ao trabalhador. Para o empregador, pode haver mudança da sua situação societária ou 
até sucessão trabalhista. Mas o empregado deve realizar a sua função, sendo possível, excep-
cionalmente, a sua substituição quando houve consentimento das partes para uma situação 
provisória ou eventual, ou nas substituições previstas em lei ou por negociação coletiva. A re-
lação entre as partes desempenhada pelo empregado deve ser pessoal, ou seja, intuito perso-
nae, na medida em que o trabalhador não passa suas funções obrigacionais para terceiros ou 
seus sucessores. Nesse sentido, GODINHO (2019;339) afirma e, na sequência, existe a Súmula 
151 do TST:
Há, contudo, situações ensejadoras de substituição do trabalhador sem que se veja 
suprimida a pessoalidade inerente à relação empregatícia. Em primeiro lugar, citem-se as 
situações de substituição propiciadas pelo consentimento do tomador de serviços: uma 
eventual substituição consentida (seja mais longa, seja mais curta no tempo), por exem-
plo, não afasta, necessariamente, a pessoalidade em relação ao trabalhador original.
Súmula n. 159 do TST
SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO
I – Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive 
nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído.
II – Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salá-
rio igual ao do antecessor.
O PULO DO GATO
Na relação de emprego o trabalho prestado tem caráter infungível, pois quem o executa deve 
realizá-lo pessoalmente, não podendo fazer-se substituir por outra pessoa, salvo se, excep-
cionalmente, o empregador concordar. Substituições eventuais com o consentimento do em-
pregador ou substituições previstas e autorizadas por lei ou por norma coletiva, como, por 
exemplo, férias, licença gestante, são válidas e não afastam a característica da pessoalidade;
C) NÃO EVENTUALIDADE: traduz a ideia de continuidade da relação empregatícia. Ou seja, 
há a ideia de que o trabalhador pretende continuar no desempenho de suas funções (princí-
pio da continuidade da relação de emprego). Existem diversas teorias que regulamentam a 
não eventualidade, há diversas teorias que explicam, mas no direito do trabalho para analisar 
esse pressuposto, pode-se levar em consideração os fins do empreendimento que emprega; 
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a teoria do evento e a teoria da fixação jurídica. A teoria dos fins do empreendimento analisa 
a não eventualidade de acordo com seus negócios jurídicos, os fins normais da empresa. A 
teoria do evento leva em consideração determinado EVENTO/FATO. A teoria da fixação jurídica 
leva em consideração se o trabalho se fixa ou não a uma fonte de trabalho, ou seja, a questão 
da exclusividade. Essas teorias apenas são o ponto de partida para tratar da eventualidade 
na relação de emprego. Cuidado que na LEI COMPLEMENTAR que regulamenta o doméstico, 
existe norma específica da não eventualidade que, no artigo 1, caput, da LC 150/2015 dispõe 
ao doméstico (e se aplica somente a eles) o seguinte:
Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subor-
dinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial 
destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
PEGADINHA DA BANCA
Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, 
subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito 
residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. OU 
SEJA, A PARTIR DE 3 DIAS SEMANAIS JÁ CONFIGURA RELAÇÃO DE EMPREGO. Não se esque-
ça: pela lei tem possuir 18 anos, no mínimo.
D) mediante SUBORDINAÇÃO JURÍDICA: na relação de emprego, há subordinação jurídica 
do empregado ao empregador, ou seja, a relação de dependência decorre do fato de que o 
empregado transfere ao empregador o poder de direção e este assume os riscos da atividade 
econômica, passando a estabelecer os contornos da organização do trabalho do emprega-
do (poder de organização), a fiscalizar o cumprimento pelo empregado das ordens dadas no 
exercício do poder de organização (poder de controle), podendo, em caso de descumprimento 
pelo empregado das determinações, impor-lhe as sanções previstas no ordenamento jurídico 
(poder disciplinar). Para fins de identificação da subordinação jurídica, os meios telemáticos e 
informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam aos meios pessoais e diretos 
de comando, controle e supervisão.
Sobre esse assunto, destaque-se a posição de GODINHO (2019;354):
Desse modo, o novo preceito da CLT permite considerar subordinados profissionais que realizem 
trabalho a distância, submetidos a meios telemáticos e informatizados de comando, controle e su-
pervisão. Esclarece a regra que os “meios telemáticos e informatizados de comando, controle e su-
pervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos do coman-
do, controle e supervisão do trabalhador alheio. Ora, essa equiparação se dá em face de dimensões 
objetiva e também estrutural que caracterizam a subordinação, já que a dimensão tradicional (ou 
clássica) usualmente não comparece nessas relações de trabalho à distância.
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O PULO DO GATO
a subordinação é um conceito dinâmico. Logo, a subordinação que importa para a configu-
ração da relação de emprego é a SUBORDINAÇÃO JURÍDICA. Nesse ponto, a subordinação, 
atualmente, atinge o trabalho home office, por meios telemáticos, serviços de trabalho externo, 
que se pode controlar por todos os meios, inclusive, é possível falar em subordinação estru-
tural em que vários empregados estão na estrutura produtiva, como ocorreu, por exemplo, em 
casos de “facções de empresas de roupas” que revendiam para as grandes marcas.
Importante destacar a ideia de subordinação ESTRUTURAL, em que GODINHO (2019;352-
353) aborda a inserção do trabalhador na dinâmica do tomador de seus serviços, independen-
temente de receber ou não as ordens diretas, mas acolhendo a estrutura de sua dinâmica de 
organização e funcionamento. Aqui temos a influência do direito italiano e aqui surge também 
os PARASSUBORDINADOS, que são aqueles inseridos nessa subordinação em rede.
Um caso clássico temos aqui na condenação da ZARA e as demais facções “de fundo de 
quintal” que forneciam a matéria-prima mediante mão de obra mais barata e sem vínculos for-
mais e documentais. Aqui temos a tal da subordinação RETICULAR. Destaque-se essa citação 
abaixo de JOSIANE RODRIGUES JALES BATISTA:
Essa subordinação se justifica, na medida em que se acredita que a nova organização produtiva 
faça nascer a empresa rede, que desenvolve uma forma correlata de subordinação, ou seja, de 
empresas interligadas em rede, que, ao final, irão beneficiar uma empregadora. Logo, havendo a 
subordinação econômica entre a empresa prestadora de serviços com a tomadora, esta será tam-
bém responsável pelos empregados daquela, o que configura a subordinação reticular. Para seus 
idealizadores, esta modalidade de subordinação poderá alcançar vários casos de alguns trabalha-
dores em situações especiais, estendendo a eles os direitos celetistas.
E) em que o trabalho deve ser pago – ONEROSIDADE. Significa o ponto econômico da força 
de trabalho (contrapartida econômica pela prestação do serviço feito pelo trabalhador). Ora, se 
o contrato de trabalho é bilateral implica concessões e obrigações recíprocas, razão pela qual 
o trabalhador oferece sua mão de obra em troca de uma contraprestação econômica. O que 
importa não é o quantum a ser pago, mas, sim, o pacto. Significa que existirá um pagamento 
pelo serviço prestado. A forma e o tempo de pagamento são acertados pelas partes, podendo 
ser quinzenal, semanal, mensal. Na verdade, não ultrapassa, geralmente, o mês. O pagamento 
é “MEDIANTE SALÁRIO”.
Lembre-se que, para fins de caracterização do contrato de trabalho, as anotações da CTPS 
geram apenas presunção juris tantum, ou seja, relativa. Isso significa que as anotações ali pre-
sentes, podem ser elididas (descaracterizadas) por prova contrária, nos termos da Súmula 12 
do TST, nos seguintes termos:
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Súmula n. 12 do TST
CARTEIRA PROFISSIONAL (mantida)
As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram 
presunção juris et de jure”, mas apenas juris tantum”.
O PULO DO GATO
Alteridade que é justamente o risco do empreendimento é uma característica do EMPREGA-
DOR e, não, do empregado. A exclusividade na realização do trabalho também não é requisito 
essencial para a caracterização do emprego. Cuidado com isso, porque é frequente em provas 
cobrarem esses dois nomes: alteridade (risco do empreendimento) e exclusividade.
O trabalhador eventual é aquele que não preenche o requisito que tratamos acima da não 
eventualidade.
Nesse caso, para desconfigurar a relação de emprego, o trabalho eventual é aquele que 
não possui ânimo definitivo de continuar laborando, não se fixa a uma fonte de trabalho, de-
sempenha atividades de curto prazo, geralmente, laborando para um determinado evento e não 
possui, em regra, relação com os fins do empreendimento.
Mas é preciso não confundir com o trabalhador intermitente que possui relação de empre-
go. Ele foi trazido pela Reforma Trabalhista, e, atualmente, ultrapassadas a MP 808, a literalida-
de para as provas é a seguinte na CLT:
Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especi-
ficamente o valor da hora de trabalho, que não podeser inferior ao valor horário do salário mínimo 
ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em 
contrato intermitente ou não
§ 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de servi-
ços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
§ 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, 
presumindo-se, no silêncio, a recusa.
§ 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho inter-
mitente.
§ 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, 
pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração 
que seria devida, permitida a compensação em igual prazo
§ 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o 
trabalhador prestar serviços a outros contratantes.
§ 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato 
das seguintes parcelas:
I – remuneração;
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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II – férias proporcionais com acréscimo de um terço;
III – décimo terceiro salário proporcional;
IV – repouso semanal remunerado; e
V – adicionais legais.
§ 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma 
das parcelas referidas no § 6º deste artigo.
§ 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e 
fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações.
§ 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, 
um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo 
empregador.
O PULO DO GATO
TRABALHADOR INTERMITENTE tem direitos trabalhistas e é regulamentado na CLT.
Nesse ponto, temos a reunião dos cinco elementos primordiais: PRESTAÇÃO DE TRABA-
LHO POR PESSOA FÍSICA; COM PESSOALIDADE; NÃO EVENTUALIDADE; ONEROSIDADE E SU-
BORDINAÇÃO.
Em continuidade, as partes devem ser capazes, o objeto do contrato de trabalho deve 
ser lícito, possível, determinado ou determinável; forma contratual prescrita em lei e vonta-
de das partes em continuar juntas no desempenho de uma atividade mediante recebimento 
de salários.
Dispõe a CF/88 no artigo 7, XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre 
a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição 
de aprendiz, a partir de quatorze anos.
Além disso, é preciso tratar do objeto, que pode deve ser lícito. Com isso, já adianto uma 
matéria muito importante: trabalho ilícito x trabalho proibido.
Há uma peculiaridade que já abordei antes e que preciso enfatizar pela frequência da co-
brança em provas: POLICIAL MILITAR que, inclusive, deixei ao fim do material uma notícia 
importante do TST. (Por coincidência até julguei um caso parecido quando estava no TRT 14).
Então, veja lá no anexo de jurisprudências. Não se esqueça da Súmula n. 386 do TST:
POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA 
PRIVADA
Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de 
emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabi-
mento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.
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Trabalho proibido Trabalho ilícito
É aquela que ofende a CF/88, mas tem seus 
direitos resguardados em âmbito trabalhista. 
É o caso do trabalho infantil dos menores de 
18 anos feito de forma irregular, do trabalho 
em condições insalubres, por exemplo, aos 
menores de 18 anos. Consequência: a relação de 
trabalho deve ser preservada para os efeitos 
trabalhistas e previdenciários.
Observações: 1) vamos aprofundar essa matéria 
na aula de contrato de aprendizagem; 2) também 
é chamado de trabalho IRREGULAR em algumas 
bancas.
É aquele que corresponde a um ilícito penal. É o 
caso, por exemplo, da pessoa que trabalha como 
“avião” no tráfico.
No caso do jogo do bicho, veja o seguinte: OJ 199 
do TST e uma notícia ao final do material: 199. 
JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. 
NULIDADE. OBJETO ILÍCITO É nulo o contrato de 
trabalho celebrado para o desempenho de atividade 
inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude 
de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade 
para a formação do ato jurídico.
Consequência: a relação de trabalho não é 
preservada para os efeitos trabalhistas e 
previdenciários.
Aqui temos que estabelecer a competência da Justiça do Trabalho para fins de processar e 
julgar servidores celetistas e empregados públicos que são os concursados submetidos à CLT.
Note-se, entendimento, recente do STF sobre a questão da competência no caso de greve, 
nos termos de Repercussão Geral de número 544: A justiça comum, federal ou estadual, é com-
petente para julgar a abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração 
pública direta, autarquias e fundações públicas.
Logo, muito cuidado! Porque isso é pegadinha de prova!
PEGADINHA DA BANCA
(STF) A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de gre-
ve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e funda-
ções públicas.
Vamos tratar com profundidade em outras aulas sobre o tema, mas é preciso destacar o 
caso dos servidores administrativos irregulares, ou seja, aqueles que não fizeram concurso pú-
blico e ocupam cargos na Administração. Nesse ponto, existe uma súmula específica acerca 
do tema do TST:
SÚMULA N. 363 CONTRATO NULO. EFEITOS
A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso 
público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao 
pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, res-
peitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
Mais uma vez, não se confunda: foi cancelada a OJ 205 do TST.
O STF entende o seguinte:
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Maria Rafaela
1) A Justiça do Trabalho não é mais competente para dirimir dissídio individual entre traba-
lhador e ente público se há controvérsia acerca do vínculo empregatício.
2) A lei que disciplina a contratação por tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público (art. 37, inciso IX, da CF/1988) é suficiente para 
deslocar a competência da Justiça do Trabalho para a Justiça Comum.
Logo, discussões sobre dúvidas se é contrato temporário ou não, quem vai resolver é a 
Justiça Comum, Federal ou Estadual.
001. (INÉDITA/2020) Valentina ajuíza ação trabalhista na Justiça do Trabalho para discutir 
controvérsia da relação de emprego com o Município de São Gonçalo do Amarante, aqui no 
Ceará.

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