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4 - Recurso Ordinário

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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO 
RECURSO ORDINÁRIO
Livro Eletrônico
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Recurso Ordinário 
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Recurso Ordinário ........................................................................................................................... 4
1. Recurso Ordinário no Processo do Trabalho: como fazer? O Passo a Passo ................. 4
2. Recurso Ordinário: como já Foi Cobrado na Prova da OAB? .............................................. 8
3. Recurso Ordinário: Resolução da Prova Passada da OAB .................................................. 9
4. Recurso Ordinário: Peça Inédita e Dicas de Resolução .....................................................15
5. Direito Material: Equiparação Salarial para Revisão e para Auxiliar na Resolução 
de Provas Subjetivas .....................................................................................................................21
6. Direito Material: Horas Extras para Revisão e para Auxiliar na Resolução de 
Provas Subjetivas.......................................................................................................................... 22
7. Resolução de Questões de Provas Subjetivas Anteriores do Exame da Ordem 
sobre Horas Extras e Remuneração, para Melhor Fixação e Sucesso nas Próximas 
Provas .............................................................................................................................................. 32
8. Resolução de Questões de Provas Subjetivas Anteriores do Exame da Ordem 
sobre Rescisão do Contrato de Trabalho para Melhor Fixação e Sucesso nas 
Próximas Provas ........................................................................................................................... 36
Resumo ............................................................................................................................................40
Questões de Concurso .................................................................................................................42
Referências ..................................................................................................................................... 45
Anexo ..............................................................................................................................................46
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Recurso Ordinário 
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
ApresentAção
Olá, futuro (a) advogado (a)!
Tudo bem contigo? Estudando firme e forte?
Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente sou Juíza do Tra-
balho no TRT 4 Região, doutoranda em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto 
em Portugal, professora de preparatórios e faculdades aqui no Ceará, “a Terra do Sol”, e faço 
parte do time do Gran Cursos.
Registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro digital para você atingir 
o sucesso na carreira que sonha, pois a advocacia é uma belíssima carreira para os fortes.
O mais importante da minha apresentação é te dizer que eu entendo sua dor e pressa para 
ser aprovado na OAB. Também entendo que você quer o máximo de informações de forma 
objetiva e clara, sem rodeios e que quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances da 
legislação. Veio ao lugar certo. Isso porque a maioria não tem muito tempo para estudar, seja 
porque trabalha, faz estágio, tem aulas na faculdade, aquela preocupação com o TCC etc.
Eu te parabenizo por você estar lendo este material, pois isso significa que você foi apro-
vado na primeira fase da OAB. Então, você já está com 50% da vitória. Vamos nos dedicar 
mais um pouco com a leitura dos nossos materiais, pois vai dar certo se houver compromisso 
e empenho.
Eu e toda a equipe do Gran estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercícios, 
respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você surpre-
enda a Banca examinadora, e não o contrário.
Nesse ponto, esse material vai te ajudar a chegar ao êxito final e já estou feliz e motivada 
em elaborar isso para você. Sendo assim, estude a matéria de direito do trabalho num formato 
diferente.
E acredite: saber direito do trabalho é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível 
ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material 
obrigatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca-
-texto, a caneta e se programe para ler tudo que preparei para você e fique ligado no curso Gran.
Por gentileza, se você curtiu essa aula, dê um feedback positivo lá no Fórum do Aluno. Se 
tiver críticas construtivas, também use o fórum para melhorarmos o material, ok?
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela
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Recurso Ordinário 
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
RECURSO ORDINÁRIO
1. recurso ordinário no processo do trAbAlho: como fAzer? o pAsso A 
pAsso
É cabível o Recurso Ordinário diante de sentenças definitivas ou terminativas e das deci-
sões do TRT definitivas ou terminativas quando esteja atuando em sua competência originária.
Isto é, cabe recurso da sentença do Juiz de primeiro grau e de decisão em ação rescisória, 
por exemplo, julgada e processada pelo TRT, pois é sua competência originária.
Esse recurso tem efeito DEVOLUTIVO AMPLO, razão pela qual o recorrente pode devolver 
ao tribunal toda a matéria novamente, tanto fática como jurídica. Faz as vezes da apelação no 
processo civil comum e, por isso, muitas regras são aplicadas subsidiariamente.
Possui o prazo de oito dias a contar da ciência da sentença. Quando não há concessão de 
gratuidade judicial, deve-se pagar o preparo, nos termos da súmula 245 do TST, com o recolhi-
mento das custas fixadas e na realização de depósito recursal.
A finalidade do Recurso Ordinário é demonstrar a insatisfação de quem recorre e, para tal 
desiderato, pode ocorrer pedido recursal em dois formatos:
(a) o recorrente requer a modificação do teor da decisão recorrida, com a explanação da 
tese que deveria ser a vencedora (reforma da decisão). Por exemplo: o juiz acolheu o pedido de 
horas extras, mas o recorrente que é a empresa sustenta que é o caso de aplicar as hipóteses 
do artigo 62 da CLT;
(b) o recorrente requer a cassação da decisão recorrida, aduzindo que existe vícios/nuli-
dades na decisão recorrida. Exemplo: o juiz não cumpriu o devido processo legal, não opor-
tunizando o contraditório ou aceitando para valorar sue convencimento a utilização de pro-
vas ilícitas.
A legitimidade para recorrer é daquele que detém o interesse recursal, como no caso da-
quele que teve contra si uma decisão judicial ou no caso de terceiro interessado, como o Mi-
nistério Público.
Como na Justiça do Trabalho não se admite recurso das decisões interlocutórias, quando 
do manejo do RO, o recorrente pode suscitar toda a sua insatisfação com as decisões inter-
locutórias.
O procedimento deve ser feito no seguinte formato: uma primeirapetição escrita dirigida 
ao juiz a quo (aquele que prolatou a decisão) para que ele faça um juízo prévio de admissibili-
dade e, num segundo momento, as razões recursais que, conforme o mapa mental abaixo deve 
conter os seguintes dados:
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Recurso Ordinário 
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Razões 
recursais
Nomes e qualificação das partes.
Exposição do fato e do direito , com as razões do 
pedido de reforma ou de decretação da nulidade.
Pedido de nova decisão.
Reforma: modificação da decisão recorrida.
Anulação da decisão recorrida que resulta na 
sua cassação.
O PULO DO GATO
Pode aqui no RO o recorrente utilizar fatos ou provas novas, aplicando-se subsidiariamente o 
artigo 1014 do CPC, desde que o motivo da não apresentação anteriormente seja por motivo de 
força maior. Mas, essa tese não se aplica ao terceiro interessado, como o Ministério Público.
No passo a passo, o (a) candidato (a) deve utilizar o seguinte passo para ajudar a elabora-
ção da peça:
(a) uma peça de rosto que deve ser dirigida ao juízo a quo; (perde ponto na OAB se esque-
cer essa primeira peça)
(b) uma outra peça com as razões recursais que deve ser dirigida ao Tribunal ou juízo ad 
quem em que vai apontar as insurgências contra a decisão recorrida. Nesse momento, devem 
ser arguidas todas as matérias de fato e de direito, e, no caso do recorrente ser o demanda-
do, devem ser reiteradas todas as preliminares que não foram arguidas. (no exame da OAB, 
pela restrição de linhas, essa peça pode ser escrita logo após a primeira peça de rosto na 
mesma folha).
A folha de rosto pode ser feita no seguinte modelo:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da 8a Vara do Trabalho de Fortaleza – CE (exemplo de 
direcionamento)
N. do processo:
HOSPITAL SÓ MÉDICOS, já qualificada nos autos do processo acima descrito, inconformada 
com a respeitável sentença prolatada na Reclamação Trabalhista proposta pelo empregado RUI 
DA SILVA, também já qualificado nos autos, vem tempestivamente perante Vossa Excelência, 
por intermédio de seu advogado que esta subscreve, interpor:
RECURSO ORDINÁRIO,
com fundamento no art. 895, inciso I, da CLT, juntando as razões recursais, as quais requer 
sejam recebidas e remetidas ao Tribunal Regional da 7a Região.( CE pertente ao TRT da 7a 
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638801/artigo-895-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638692/inciso-i-do-artigo-895-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Região)
Seguem os comprovantes do recolhimento das custas e do depósito recursal.
2. REQUERIMENTOS FINAIS
Por todo o exposto, REQUER:
1. Requerer a intimação da parte contrária para contra-arrazoar (ou contrarrazoar) o recurso.
Nestes termos, pede deferimento,
Localidade
ADVOGADO (não assine a peça, bastando colocar o nome ADVOGADO)
A folha das razões recursais que deve ocorrer após a primeira petição acima, podem ser 
redigidas observando a seguir:
Exmos. Desembargadores da Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 7a Região 
(aqui estamos seguindo acima o exemplo dado – era o juízo de Fortaleza- CE, logo, o TRT 
correspondente é o da 7a Região)
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO N..
RECORRENTE:
RECORRIDO:
Doutos Julgadores,
Merece reforma a respeitável sentença de origem, pelos argumentos de fato e de direito, a 
seguir:
RESUMO DOS FATOS
Consta aqui o básico da Ação Trabalhista, do pedido, da defesa e da decisão.
PRELIMINARES
NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL
(desenvolve a violação do inciso IX do art. 93 da CR/88)
NULIDADE POR CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA -
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1699445/inciso-ix-do-artigo-93-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10626510/artigo-93-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
(desenvolve o inciso LV do art. 5 º da CR/88).
DO MÉRITO
Não merece prosperar a respeitável sentença, pelas razões a seguir expostas.
ABRIR UM TÓPICO POR ASSUNTO
Rebater todos os argumentos descritos na sentença, apontando as razões da reforma da 
sentença
FECHAMENTO
Pelo exposto, requer seja acolhida a preliminar de nulidade por negativa de prestação 
jurisdicional, para determinar o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem para que seja 
apreciada a omissão suscitada nos embargos de declaração, bem como requer seja acolhida 
a preliminar de cerceamento do direito de defesa e, em consequência, seja anulada a sentença 
proferida, determinando o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem, a fim de que seja 
reaberta a instrução processual e se proceda à oitiva da testemunha que não foi ouvida. Por 
fim, requer que o presente recurso ordinário seja conhecido e provido.
Nestes termos, pede deferimento,
Localização
Advogado OAB/ ____________(não assine a peça)
Não se esqueça que deve encerrar com os requerimentos finais: admissibilidade do recur-
so, renovação das preliminares e, no mérito, pelo provimento do recurso.
 Vamos continuar com os mapas mentais para fixar melhor o conteúdo:
Cabimento 
de RO
Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e 
Juízos, no prazo de oito dias.
Das decisões definitivas ou terminativas dos tribunais 
regionais, em processos de sua competência originária, 
no prazo de oito dias, quer nos dissídios individuais, 
quer nos dissídios coletivos.
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituição-federal-de-1988
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
RO no 
sumaríssimo
Será imediatamente distribuído 
uma vez recebido no tribunal.
Devendo o relator liberá-lo no 
prazo máximo de 10 dias.
Se a sentença for confirmada pelos 
próprios fundamentos, a certidão 
de julgamento, registrando tal 
circunstância, servirá de acórdão.
Com a indicação suficiente do 
processo e parte dispositiva, e das 
razões de decidir do voto prevalente.
Terá parecer oral do representante do 
Ministério Público presente à sessão 
de julgamento, se este entender 
necessário o parecer, com registro na 
certidão.A Secretaria do Tribunal ou Turma 
colocá-lo imediatamente em pauta 
para julgamento, sem revisor.
2. recurso ordinário: como já foi cobrAdo nA provA dA oAb?
Posicionei abaixo as peças que foram cobradas nos últimos sete certames da OAB para 
que você perceba a repetitividade das cobranças:
EXAME PEÇA
2021 CONTESTAÇÃO
2020 RECURSO ORDINÁRIO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2019 CONTESTAÇÃO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2018 RECURSO ORDINÁRIO
2018 CONTESTAÇÃO E RECONVENÇÃO (PEÇA UNIFICADA)
Assim, passo a analisar duas provas já cobradas pela OAB, mas a resolução veremos no 
próximo capítulo da prova no ano de 2020 (XXXII exame). Perceba que no ano de 2018 foi co-
brada também.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
O examinador, na peça processual, narra fatos e quer que o candidato, primeiramente, 
aponte qual a peça processual cabe na situação e, após, desenvolva a redação sobre a temáti-
ca, abordando os temas importantes.
No XXXI Exame Unificado, o examinando deveria formular o seguinte: apresentar um recur-
so ordinário por parte da sociedade RÉ, elaborando a petição de interposição ao juízo da 90ª 
Vara do Trabalho de Teresina/PI e as razões recursais, ao TRT. Deverá indicar as partes (recor-
rente e recorrido), citar o Art. 895, inciso I, da CLT.
Também deveria indicar o recolhimento das custas e do depósito recursal (tal como no 
exemplo modelo que colocamos acima, principalmente, quando se recorre em favor da em-
presa). Deverá ser apresentada preliminar de cerceamento de defesa pelo indeferimento da 
oitiva das testemunhas da empresa, com a consequente anulação do processo e retorno à 
Vara de origem para oitiva delas e prolação de nova sentença, conforme o Art. 5º, inciso LV, 
da CRFB/88.
Deveria ser renovada a preliminar de inépcia em relação aos feriados, porque indicados de 
forma genérica, aplicando-se o Art. 330, inciso I, ou o Art. 330, § 1º, inciso II, do CPC, ou o Art. 
840, § 1º, da CLT. (devem ser novamente suscitadas todas as preliminares da empresa que não 
foram acolhidas na sentença. A matéria aqui não precluiu).
Em relação à pausa alimentar, deve ser sustentado ser indevido o pagamento integral do 
intervalo, mas apenas do tempo suprimido, e, ainda assim, com caráter indenizatório, sem re-
percussão em outras parcelas, na forma do Art. 71, § 4º, da CLT.
Sobre a indenização por dano extrapatrimonial, deve ser sustentado que doença degenera-
tiva não é considerada doença do trabalho, conforme previsto no Art. 20, § 1º, alínea a, da Lei 
n. 8.213/91, não gerando responsabilidade do empregador. Quanto à devolução dos descontos 
em dobro, o candidato deverá se insurgir contra a determinação da dobra porque não existe 
previsão legal na CLT para tanto, sendo então de se observar o princípio da legalidade previsto 
no Art. 5º, inciso II, da CRFB/88.
Em relação à cesta básica, deve ser sustentado que a norma coletiva não tem ultratividade, 
na forma do Art. 614, § 3º, da CLT, daí porque ser indevida para a autora, pois ela foi admitida 
após o término da convenção coletiva anterior. Em relação aos honorários advocatícios, deve 
ser sustentado que o percentual deferido em favor do advogado da autora suplanta o limite 
legal, que é de 15%, conforme o Art. 791-A, da CLT, pelo que deve ser reduzido.
E, por derradeiro, os requerimentos finais pela admissibilidade do recurso, renovação das 
preliminares e, no mérito, pelo provimento do recurso.
No capítulo seguinte, vamos desenvolver a redação para ajudar a visibilidade do que deve 
ser elaborado.
3. recurso ordinário: resolução dA provA pAssAdA dA oAb
Como já passamos no capítulo acima, estamos tratando do Exame XXXI, do ano de 2020.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Enunciado da questão prática:
Débora Pimenta trabalhou como auxiliar de coveiro na sociedade empresária Morada Eter-
na Ltda., de 30/03/2018 a 07/01/2019, quando foi dispensada sem justa causa, recebendo, 
por último, o salário de R$ 1.250,00 mensais, conforme anotado na CTPS. Em razão disso, ela 
ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária. A ação foi distribuída ao ju-
ízo da 90ª Vara do Trabalho de Teresina/PI, recebendo o número 0050000-80.2019.5.22.0090. 
Débora formulou vários pedidos, que assim foram julgados: o juízo declarou a incompetência 
material da Justiça do Trabalho para apreciar o pedido de recolhimento do INSS do período 
trabalhado; foi reconhecido que a jornada se desenvolvia de 2ª a 6ª feira, das 10 às 16 horas, 
com intervalo de 10 minutos para refeição, conforme confessado pelo preposto em interroga-
tório, sendo, então, deferido o pagamento de 15 minutos com adicional de 50%, em razão do 
intervalo desrespeitado, e reflexos nas demais verbas salariais; não foi reconhecido o salário 
oficioso de mais R$ 2.000,00 alegado na petição inicial, já que o julgador entendeu não haver 
prova de qualquer pagamento “por fora”; foi deferido o pagamento de horas extras pelos feria-
dos, conforme requerido pela trabalhadora na inicial, que pediu extraordinário em “todo e qual-
quer feriado brasileiro”, sendo rejeitada a preliminar suscitada na defesa contra a forma desse 
pedido; foi deferida indenização de R$ 6.000,00 a título de dano moral por acidente do trabalho 
em razão de doença degenerativa da qual a trabalhadora foi vítima, conforme laudos médicos 
juntados aos autos; foi indeferido o pagamento de adicional noturno, já que a autora não com-
provou que houvesse enterro, ou preparação para tal fim, no período compreendido entre 22 
e 5 horas; foi deferido o pagamento do vale-transporte em todo o período trabalhado, sendo 
que, na instrução, o magistrado indeferiu a oitiva de duas testemunhas trazidas pela sociedade 
empresária, que seriam ouvidas para provar que ela entregava o valor da passagem em espé-
cie diariamente à trabalhadora; foi julgado procedente o pedido de devolução em dobro, como 
requerido na exordial, de 5 dias de faltas justificadas por atestados médicos, pois a preposta 
reconheceu que a empresa se negou a aceitar os atestados porque não continham CID (Classi-
ficação Internacional de Doenças); foi deferido o pagamento correspondente a 1 cesta básica 
mensal, porque sua entrega era prevista na convenção coletiva que vigorou no ano anterior (de 
janeiro de 2017 a janeiro de 2018) e, no entendimento do julgador, uma vez que não houve es-
tipulação de uma nova norma coletiva, a anterior foi, automaticamente, prorrogada no tempo; 
foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado da autora na razão de 20% da 
liquidação e, em favor do advogado da ré, no importe de 10% em relação aos pedidos julgados 
improcedentes. Diante disso, na condição de advogado da ré, redija a peça prático-profissional 
para a defesa dos interesses da sua cliente em juízo, ciente de que, na sentença, não havia 
vício ou falha estrutural que comprometesse sua integridade. (Valor: 5,00)
Pontos a serem observados:
1) redigir a petição dirigida ao juiz a quo, qual seja, juízo da 90ª Vara do Trabalho de Teresina/PI.
2) indicar o recolhimento das custas e do depósito recursal.
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Maria Rafaela
3) após, redigir a petição dirigida ao Tribunal, aduzindo, num primeiro aspecto, as duas prelimi-
nares: cerceamento de defesa pelo indeferimento da oitiva das testemunhas da empresa, com 
a consequente anulação do processo e retorno à Vara de origem para oitiva delas e prolação de 
nova sentença, conforme o Art. 5º, inciso LV, da CRFB/88. Deverá ser renovada a preliminar de 
inépcia em relação aos feriados, porque indicados de forma genérica, aplicando-se o Art. 330, 
inciso I, ou o Art. 330, § 1º, inciso II, do CPC, ou o Art. 840, § 1º, da CLT.
4) atacar os fundamentos da decisão do juiz de primeiro grau em tópicos ou no caso de restri-
ção de linhas, deixe em caixa alta o pedido que você está analisando.
5) Em relação à pausa alimentar, deve ser sustentado ser indevido o pagamento integral do 
intervalo, mas apenas do tempo suprimido, e, ainda assim, com caráter indenizatório, sem re-
percussão em outras parcelas, na forma do Art. 71, § 4º, da CLT. Sobre a indenização por dano 
extrapatrimonial, deve ser sustentado que doença degenerativa não é considerada doença do 
trabalho, conforme previsto no Art. 20, § 1º, alínea a, da Lei n. 8.213/91, não gerando respon-
sabilidade do empregador. Quanto à devolução dos descontos em dobro, o candidato deverá 
se insurgir contra a determinação da dobra porque não existe previsão legal na CLT para tanto, 
sendo então de se observar o princípio da legalidade previsto no Art. 5º, inciso II, da CRFB/88. 
Em relação à cesta básica, deve ser sustentado que a norma coletiva não tem ultratividade, na 
forma do Art. 614, § 3º, da CLT, daí porque ser indevida para a autora, pois ela foi admitida após 
o término da convenção coletiva anterior.
6) Em relação aos honorários advocatícios, deve ser sustentado que o percentual deferido em 
favor do advogado da autora suplanta o limite legal, que é de 15%, conforme o Art. 791-A, da 
CLT, pelo que deve ser reduzido.
7)Requerimentos finais: admissibilidade do recurso, renovação das preliminares e, no mérito, 
pelo provimento do recurso.
8) Pedir que o presente apelo deve ser reconhecido vez que é adequado e foi interposto pela 
parte legítima, processualmente interessada e regularmente apresentada. O recurso é tempes-
tivo pois foi interposto no no prazo legalmente previsto do art. 895 a CLT.
9) Localidade e colocar ADVOGADO, não assinando a peça. Deve constar isso nas duas petições.
Vamos ensaiar como seria na elaboração da prova. Estou colocando aqui de forma sucinta, 
mas deixo consignado aquilo que deve ser aprimorado:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da 90ª Vara do Trabalho de Teresina/PI
N. do processo: 0050000-80.2019.5.22.0090
sociedade empresária Morada Eterna Ltda, já qualificada nos autos do processo acima des-
crito, inconformada com a respeitável sentença prolatada na Reclamação Trabalhista proposta 
pela obreira Débora Pimenta, também já qualificado nos autos, vem tempestivamente perante 
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, interpor:
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
RECURSO ORDINÁRIO,
com fundamento no art. 895, inciso I, da CLT, juntando as razões recursais, as quais requer 
sejam recebidas e remetidas ao Tribunal Regional da 22a Região.( PI pertente ao TRT da 22a 
Região)
Seguem os comprovantes do recolhimento das custas e do depósito recursal.
2. REQUERIMENTOS FINAIS
Por todo o exposto, REQUER:
1. Requerer a intimação da parte contrária para contra-arrazoar (ou contrarrazoar) o recurso.
Nestes termos, pede deferimento,
Localidade
ADVOGADO (não assine a peça, bastando colocar o nome ADVOGADO)
Exmos. Desembargadores da Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 22a Região 
(aqui estamos seguindo acima o exemplo dado – era o juízo de PI, logo, o TRT correspondente 
é o da 22a Região)
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO N.. 0050000-80.2019.5.22.0090
RECORRENTE: sociedade empresária Morada Eterna Ltda
RECORRIDO: Débora Pimenta
Doutos Julgadores,
Merece reforma a respeitável sentença de origem, pelos argumentos de fato e de direito, a 
seguir:
RESUMO DOS FATOS
A recorrida trabalhou como auxiliar de coveiro na sociedade empresária Morada Eterna Ltda., 
de 30/03/2018 a 07/01/2019, quando foi dispensada sem justa causa, recebendo, por último, 
o salário de R$ 1.250,00 mensais, conforme anotado na CTPS.
Em razão disso, ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária. A ação foi 
distribuída ao juízo da 90ª Vara do Trabalho de Teresina/PI, recebendo o número 0050000-
80.2019.5.22.0090 e formulou vários pedidos, que assim foram julgados: o juízo declarou a 
incompetência material da Justiça do Trabalho para apreciar o pedido de recolhimento do INSS 
do período trabalhado; foi reconhecido que a jornada se desenvolvia de 2ª a 6ª feira, das 10 às 
16 horas, com intervalo de 10 minutos para refeição, conforme confessado pelo preposto em 
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638801/artigo-895-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638692/inciso-i-do-artigo-895-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
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interrogatório, sendo, então, deferido o pagamento de 15 minutos com adicional de 50%, em 
razão do intervalo desrespeitado, e reflexos nas demais verbas salariais; não foi reconhecido o 
salário oficioso de mais R$ 2.000,00 alegado na petição inicial, já que o julgador entendeu não 
haver prova de qualquer pagamento “por fora”; foi deferido o pagamento de horas extras pelos 
feriados, conforme requerido pela trabalhadora na inicial, que pediu extraordinário em “todo e 
qualquer feriado brasileiro”, sendo rejeitada a preliminar suscitada na defesa contra a forma 
desse pedido; foi deferida indenização de R$ 6.000,00 a título de dano moral por acidente do 
trabalho em razão de doença degenerativa da qual a trabalhadora foi vítima, conforme laudos 
médicos juntados aos autos; foi indeferido o pagamento de adicional noturno, já que a autora 
não comprovou que houvesse enterro, ou preparação para tal fim, no período compreendido 
entre 22 e 5 horas; foi deferido o pagamento do vale-transporte em todo o período trabalhado, 
sendo que, na instrução, o magistrado indeferiu a oitiva de duas testemunhas trazidas pela 
sociedade empresária, que seriam ouvidas para provar que ela entregava o valor da passa-
gem em espécie diariamente à trabalhadora; foi julgado procedente o pedido de devolução 
em dobro, como requerido na exordial, de 5 dias de faltas justificadas por atestados médicos, 
pois a preposta reconheceu que a empresa se negou a aceitar os atestados porque não conti-
nham CID (Classificação Internacional de Doenças); foi deferido o pagamento correspondente 
a 1 cesta básica mensal, porque sua entrega era prevista na convenção coletiva que vigorou 
no ano anterior(de janeiro de 2017 a janeiro de 2018) e, no entendimento do julgador, uma vez 
que não houve estipulação de uma nova norma coletiva, a anterior foi, automaticamente, pror-
rogada no tempo; foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado da autora na 
razão de 20% da liquidação e, em favor do advogado da ré, no importe de 10% em relação aos 
pedidos julgados improcedentes.
PRELIMINARES
NULIDADE POR CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA -
Nesse ponto, padece de nulidade o julgamento do 1º grau por ofensa direta ao inciso LV do 
art. 5 º da CR/88.O juiz de primeiro grau se negou a ouvir as testemunhas do réu, de forma 
arbitrária, não garantindo o livre desempenho do devido processo legal, da ampla defesa e do 
contraditório. Conforme se observa na última ata de audiência, o juiz indeferiu a oitiva das duas 
testemunhas da defesa, o que a prejudicou notadamente, em ofensa ao texto constitucional. 
Diante disso, requer a nulidade da sentença nesse tocante, com a devolução dos autos para 
a instância de origem, no sentido de existir a devida produção regular da prova e garantindo o 
direito constitucional do contraditório.
PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL REITERADA
A recorrida, em sua peça inicial, pediu extraordinário em “todo e qualquer feriado brasileiro”. No 
entanto, não descreveu quais feriados efetivamente foram laborados, sendo um pedido gené-
rico. Logo, não poderia ser acolhido. Sendo assim, apesar da alegação do recorrente em sua 
contestação, o juízo a quo afrontou a legislação, julgando procedente um pedido genérico sem 
qualquer discriminação de feriados e que tipo de feriado, impossibilitando até mesmo a defesa 
da recorrente na ocasião. Com base nisso, requer a reanálise pelo TRT para fins de acolher 
essa preliminar no tocante ao pedido de condenação em pagamento dos feriados.
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DO MÉRITO
Não merece prosperar a respeitável sentença, pelas razões a seguir expostas.
PAUSA ALIMENTAR/INTERVALO INTRAJORNADA/CONDENAÇÃO INDEVIDA
O juiz de piso condenou a recorrente, indevidamente, ao pagamento de intervalo intrajornada 
na sua integralidade, muito embora confessado que existia gozo de períodos pela recorrida, 
e, tal fato foi desconsiderado pelo juízo quando da sentença. No entanto, não merece pros-
perar, tendo em vista ser indevido o pagamento integral do intervalo, mas apenas do tempo 
suprimido (a diferença do tempo), e, ainda assim, com caráter indenizatório, sem repercussão 
em outras parcelas, na forma do Art. 71, § 4º, da CLT. Logo, não há como manter condenação 
sobre os reflexos em todas as verbas rescisórias, como feito na sentença.
CONDENAÇÃO EM DANO EXTRAPATRIMONIAL INDEVIDA – MERECE REFORMA
Sobre a indenização por dano extrapatrimonial, a sentença considerou a doença da recorrida 
como doença do trabalho, o que não merece prosperar. Não se considerou o laudo pericial que 
confirmou se tratar de doença degenerativa. Com isso, a sentença não analisou ou valorou cor-
retamente todos os meios de prova produzidos que se encontram nos autos.
Destaque-se que a doença degenerativa não é considerada doença do trabalho, conforme pre-
visto no Art. 20, § 1º, alínea a, da Lei n. 8.213/91, não gerando responsabilidade do emprega-
dor. Nesse caso, qualquer condenação é indevida, na medida em que não há previsão legal e 
não se constatou qualquer exercício de abuso do poder diretivo. A doença da recorrida não se 
encaixa como doença do trabalho e, por isso, sequer se configuram os pressupostos. A titulo 
de princípio da eventualidade, caso mantida a condenação pelo TRT, requer a diminuição con-
siderável do quantum indenizatório, diante das difíceis condições econômicas da recorrente e 
pelo exíguo período trabalhado (é possível formular pedidos sucessivos para fins de diminuir o 
quantum indenizatório, por exemplo).
DEVOLUÇÃO DOS DESCONTOS EM DOBRO – INDEVIDOS.
Quanto à devolução dos descontos em dobro formulados na sentença, devem ser modifica-
dos, para fins de ser mantido somente a devolução de descontos simples. Isso porque não há 
como prosperar a tese de dobra de valores, como já argumentado na peça contestatória, pois 
não existe previsão legal na CLT para tanto, sendo então de se observar o princípio da legali-
dade previsto no Art. 5º, inciso II, da CRFB/88.
CESTA BÁSICA - INDEVIDA
O juiz a quo aplicou indevidamente o princípio da ultratividade da negociação coletiva, em des-
compasso com o atual entendimento do STF que suspendeu os alcances da súmula do TST 
sobre ultratividade e, ainda, nos termos da Reforma Trabalhista. A norma coletiva, usada pelo 
juiz para fundamentar a condenação da ora recorrente, não tem ultratividade, na forma do Art. 
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614, § 3º, da CLT, daí porque ser indevida para a autora, pois ela foi admitida após o término da 
convenção coletiva anterior.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS INDEVIDOS NO PERCENTUAL DA SENTENÇA
Em relação aos honorários advocatícios, na sentença houve condenação no importe de 20%, 
o que não deve ser mantido, urgindo por modificação, pois o percentual deferido em favor do 
advogado da autora suplanta o limite legal, que é de 15%, conforme o Art. 791-A, da CLT, pelo 
que deve ser reduzido. Pela complexidade da causa, verifica-se ser um processo com poucos 
atos processuais, sugerindo-se o importe mínimo de 5%.
REQUERIMENTOS FINAIS
Pelo exposto, requer seja acolhida a preliminar de nulidade por cerceamento de defesa, para 
determinar o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem, e, em consequência, seja anulada 
a sentença proferida, determinando o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem, a fim 
de que seja reaberta a instrução processual e se proceda à oitiva da testemunha que não foi 
ouvida. Também requer que seja acolhida a preliminar da inépcia da inicial quanto ao pedido 
de feriados. Em relação aos demais pleitos, requer a modificação do julgado de 1º grau, com 
a reforma da sentença do juízo de piso para que sejam julgados improcedentes os pedidos de 
horas extras, danos morais,
Por fim, requer que o presente recurso ordinário seja conhecido e provido.
Nestes termos, pede deferimento,
Localização
Advogado OAB/ ____________(não assine a peça
4. recurso ordinário: peçA inéditA e dicAs de resolução
Neste capítulo, trago uma questão inédita para resolvermos mais uma vez no passo a pas-
so a peça de Recurso Ordinário. Vamos lá:
001. RUI SILVA trabalhou como ENFERMEIRO NO HOSPITAL SÓ MÉDICOS, de 
01/01/2019 a 02/03/2021, quando alegou rescisão indireta pela ausência de fornecimento 
de EPI pelo hospital réu. Em razão disso, ele ajuizou reclamação trabalhista em face da socie-
dade empresária. A ação foi distribuída ao juízo da Vara do Trabalho Única de Barreirinhas/MA, 
recebendo o número 0050000-80.2019.5.22.0090. Débora formulou vários pedidos, que assim 
foram julgados: foi reconhecida a rescisão indireta, em detrimento da tese de abandono de 
emprego do Hospital e não foi acolhido o pedido de reconvenção doHospital de ressarcimento 
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de R$5.000,00 pelos gastos com uma contratação imediata para ocupar a vaga deixada pelo 
reclamante; foi reconhecido que a jornada se desenvolvia de 2ª a 6ª feira, das 10 às 16 horas, 
com intervalo de 10 minutos para refeição, conforme confessado pelo preposto em interroga-
tório, sendo, então, deferido o pagamento de 15 minutos com adicional de 50%, em razão do 
intervalo desrespeitado, e reflexos nas demais verbas salariais; foi deferida indenização de R$ 
6.000,00 a título de dano moral pelo excessivo labor a que foi submetido durante a pandemia, 
e, principalmente, considerando que não teve entrega de EPI para continuar suas atividades; 
foi deferido o pagamento do vale-transporte em todo o período trabalhado, muito embora haja 
prova testemunhal de que o autor comparecia, na maioria dos plantões, diante de compar-
tilhamento do UBER; o juiz negou a oitiva de uma testemunha do hospital sob a alegação 
de ser inimiga de Rui, pela mera afirmação de reclamante em audiência, sem demais provas 
apresentadas; foram deferidos honorários advocatícios em favor do advogado da autora 
na razão de 20% da liquidação e, em favor do advogado da ré, no importe de 10% 
em relação aos pedidos julgados improcedentes. Diante disso, na condição de advogado do 
HOSPITAL SÓ MÉDICOS, redija a peça prático-profissional para a defesa dos interesses da sua 
cliente em juízo, ciente de que, na sentença, não havia vício ou falha estrutural que comprome-
tesse sua integridade.
Pontos a serem ventilados
1) redigir a petição dirigida ao juiz a quo, qual seja, juízo da Vara UNICA do Trabalho de Barreirinhas/MA.
2) indicar o recolhimento das custas e do depósito recursal.
3) após, redigir a petição dirigida ao Tribunal, aduzindo, num primeiro aspecto, a preliminar: cerceamento de 
defesa pelo indeferimento da oitiva das testemunhas da empresa, com a consequente anulação do processo 
e retorno à Vara de origem para oitiva delas e prolação de nova sentença, conforme o Art. 5º, inciso LV, da 
CRFB/88.
4) atacar os fundamentos da decisão do juiz de primeiro grau em tópicos ou no caso de restrição de linhas, deixe 
em caixa alta o pedido que você está analisando.
5) Deve sustentar que o reclamante não provou o descumprimento de obrigações e, com isso, persiste a ideia de 
abandono aos postos de trabalho. E, ainda, deve ser revista a sentença do juiz que não acolheu o pedido objeto 
da reconvenção, apesar dos danos causados pelo trabalhador ao hospital em plena situação de pandemia. Em 
relação à pausa alimentar, deve ser sustentado ser indevido o pagamento integral do intervalo, mas apenas do 
tempo suprimido, e, ainda assim, com caráter indenizatório, sem repercussão em outras parcelas, na forma do 
Art. 71, § 4º, da CLT, além de enfatizar que havia quarto de descanso para o reclamante fazer as pausas. Sobre 
a indenização por dano extrapatrimonial, deve ser sustentado que a pandemia é uma situação de força maior, 
não gerando responsabilidade do empregador que não pode ser punido pela necessidade de maiores horas 
de plantão do trabalhador, pois não deu causa ao evento. A concessão de vale transporte não prospera, pois 
o reclamante não ia laborar diariamente mediante o uso de transporte público coletivo. Inclusive, o juiz julgou 
contra as provas, o que urge por reforma.
6) Em relação aos honorários advocatícios, deve ser sustentado que o percentual deferido em favor do advogado 
da autora suplanta o limite legal, que é de 15%, conforme o Art. 791-A, da CLT, pelo que deve ser reduzido.
7)Requerimentos finais: admissibilidade do recurso, renovação das preliminares e, no mérito, pelo provimento do 
recurso.
8) Pedir que o presente apelo deve ser reconhecido vez que é adequado e foi interposto pela parte legítima, 
processualmente interessada e regularmente apresentada. O recurso é tempestivo pois foi interposto no no 
prazo legalmente previsto do art. 895 a CLT.
9) Localidade e colocar ADVOGADO, não assinando a peça. Deve constar isso nas duas petições.
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Vamos ensaiar como seria na elaboração da prova. Estou colocando aqui de forma sucinta, 
mas deixo consignado aquilo que deve ser aprimorado:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da Vara Única do Trabalho de Barreirinhas/MA
N. do processo: 0050000-80.2019.5.22.0090
HOSPITAL SÓ MÉDICOS, já qualificada nos autos do processo acima descrito, inconformada 
com a respeitável sentença prolatada na Reclamação Trabalhista proposta pelo obreiro rui da 
silva, também já qualificado nos autos, vem tempestivamente perante Vossa Excelência, por 
intermédio de seu advogado que esta subscreve, interpor:
RECURSO ORDINÁRIO,
com fundamento no art. 895, inciso I, da CLT, juntando as razões recursais, as quais requer 
sejam recebidas e remetidas ao Tribunal Regional da 16a Região.( MA pertente ao TRT da 16a 
Região)
Seguem os comprovantes do recolhimento das custas e do depósito recursal.
2. REQUERIMENTOS FINAIS
Por todo o exposto, REQUER:
1. Requerer a intimação da parte contrária para contra-arrazoar (ou contrarrazoar) o recurso.
Nestes termos, pede deferimento,
Localidade
ADVOGADO (não assine a peça, bastando colocar o nome ADVOGADO)
Exmos. Desembargadores da Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 16a Região 
(aqui estamos seguindo acima o exemplo dado – era o juízo de MA, logo, o TRT correspondente 
é o da 16a Região)
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO N.. 0050000-80.2019.5.22.0090
RECORRENTE: hospital só médicos
RECORRIDO: rui da silva
Doutos Julgadores,
Merece reforma a respeitável sentença de origem, pelos argumentos de fato e de direito, a 
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seguir:
RESUMO DOS FATOS
RUI SILVA trabalhou como ENFERMEIRO NO HOSPITAL SÓ MÉDICOS, de 01/01/2019 a 
02/03/2021, quando alegou rescisão indireta pela ausência de fornecimento de EPI pelo 
hospital réu. Em razão disso, ele ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade 
empresária. A ação foi distribuída ao juízo da Vara do Trabalho Única de Barreirinhas/MA, 
recebendo o número 0050000-80.2019.5.22.0090. Débora formulou vários pedidos, que assim 
foram julgados: foi reconhecida a rescisão indireta, em detrimento da tese de abandono de 
emprego do Hospital e não foi acolhido o pedido de reconvenção do Hospital de ressarcimento 
de R$5.000,00 pelos gastos com uma contratação imediata para ocupar a vaga deixada 
pelo reclamante; foi reconhecido quea jornada se desenvolvia de 2ª a 6ª feira, das 10 às 16 
horas, com intervalo de 10 minutos para refeição, conforme confessado pelo preposto em 
interrogatório, sendo, então, deferido o pagamento de 15 minutos com adicional de 50%, em 
razão do intervalo desrespeitado, e reflexos nas demais verbas salariais; foi deferida indenização 
de R$ 6.000,00 a título de dano moral pelo excessivo labor a que foi submetido durante a 
pandemia, e, principalmente, considerando que não teve entrega de EPI para continuar suas 
atividades; foi deferido o pagamento do vale-transporte em todo o período trabalhado, muito 
embora haja prova testemunhal de que o autor comparecia, na maioria dos plantões, diante 
de compartilhamento do UBER; o juiz negou a oitiva de uma testemunha do hospital sob a 
alegação de ser inimiga de Rui, pela mera afirmação de reclamante em audiência, sem demais 
provas apresentadas.
PRELIMINARES
NULIDADE POR CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA -
Nesse ponto, padece de nulidade o julgamento do 1º grau por ofensa direta ao inciso LV do 
art. 5 º da CR/88.O juiz de primeiro grau se negou a ouvir as testemunhas do réu, de forma 
arbitrária, não garantindo o livre desempenho do devido processo legal, da ampla defesa e 
do contraditório. Conforme se observa na última ata de audiência, o juiz indeferiu a oitiva de 
uma essencial testemunha da defesa, o que a prejudicou notadamente, em ofensa ao texto 
constitucional. O juiz a quo, pela simples alegação do recorrido, sem ouvir a própria testemunha 
ou demais pessoas, concluiu que havia inimizade com o recorrido, não fundamentando em que 
meios de prova se valeu para fins de indeferir a oitiva de testemunha idônea para provar os 
fatos elencados na peça de defesa. Diante disso, requer a nulidade da sentença nesse tocante, 
com a devolução dos autos para a instância de origem, no sentido de existir a devida produção 
regular da prova e garantindo o direito constitucional do contraditório.
DO MÉRITO
Não merece prosperar a respeitável sentença, pelas razões a seguir expostas.
PAUSA ALIMENTAR/INTERVALO INTRAJORNADA/CONDENAÇÃO INDEVIDA
O juiz de piso condenou a recorrente, indevidamente, ao pagamento de intervalo intrajornada 
na sua integralidade, muito embora confessado que existia gozo de períodos pela recorrida, e, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para WILLIAN PEREIRA MACHADO - 00126305196, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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tal fato foi desconsiderado pelo juízo quando da sentença. No entanto, não merece prosperar, 
tendo em vista ser indevido o pagamento integral do intervalo, mas apenas do tempo suprimido 
(a diferença do tempo), e, ainda assim, com caráter indenizatório, sem repercussão em outras 
parcelas, na forma do Art. 71, § 4º, da CLT. Logo, não há como manter condenação sobre 
os reflexos em todas as verbas rescisórias, como feito na sentença. Além disso, o juiz não 
considerou que o intervalo concedido era superior ao alegado na peça Inicial, na medida em 
que o hospital dispunha de quarto de descanso para os profissionais de saúde, incluindo, o 
reclamante, que tinha à sua disposição.
SOBRE A RUPTURA CONTRATULA ENTRE AS PARTES – MERECE REFORMA
O reclamante falta com a verdade na sua narrativa, na medida em que desempenhava atividade 
compatível pela qual foi contratado, sendo que a ré cumpriu todas as obrigações trabalhistas, 
tendo o demandante abandonado o serviço, sem qualquer justificativa, apesar de telefonemas 
do hospital para do seu retorno.
Destaque-se que o motivo da ruptura contratual foi abandono de emprego, ocasião em que o 
obreiro deve ser penalizado por tal conduta, principalmente, porque, quando das suas verbas 
rescisórias, não incide multa de 40% do FGTS ou pagamento de aviso prévio, por exemplo. 
Assim, não há como prosperar os pedidos, haja vista inexistência de prova de qualquer vício 
de consentimento. Além disso, o recorrido deixou de forma injustificada de comparecer ao 
serviço, sem dar qualquer satisfação ao seu superior.
Houve demonstração de que a recorrente entregava EPI aos seus funcionários e, sobretudo, 
que houve, em alguns dias, problemas na aquisição de novos equipamentos, mas isso em 
decorrência de uma crise em escala global, como sabido. Tratou-se de uma situação pontual 
que não tem o condão suficiente para uma rescisão indireta, por ser esta uma medida extrema.
Acerca da ruptura do contrato de trabalho, não há como prosperar pleitos de verbas na 
modalidade de dispensa sem justa causa ou rescisão indireta, pois está demonstrado 
documentalmente que o reclamante abandonou o serviço numa situação crítica da saúde 
no Brasil com a pandemia da COVID 19. Não houve irregularidade contrato de trabalho que 
justificasse o abandono de emprego por parte do autor.
Com base nisso, não há direito à indenização de 40% sobre o FGTS porque a autora pediu 
demissão, o que impede a pretensão, porque essa hipótese não é prevista na norma cogente, 
na forma do Art. 18, § 1º, da Lei n. 8.036/90 e Art. 9º, § 1º, do Decreto 99.684/90.
CONDENAÇÃO EM DANO EXTRAPATRIMONIAL INDEVIDA – MERECE REFORMA
Sobre a indenização por dano extrapatrimonial, a sentença de primeiro grau compreendeu que 
o recorrido sofreu desgaste emocional diante da carga de trabalho a que foi submetido durante 
a pandemia.Sobre alegação de pedidos de danos morais, não prospera, na medida em que 
o trabalhador assim como todos os profissionais de saúde tiveram carga aumentada com 
excesso de trabalho em razão da pandemia da COVID 19, razão pela qual tal fato não pode ser 
imputado ao empregador, pois não se pode imputar a ele uma situação de força maior. Nesse 
âmbito, destaca-se que se tratou de força maior e, com isso, configura-se uma excludente de 
responsabilidade civil do empregador, não podendo imputá-lo, pois não houve, em qualquer 
momento, abuso do poder diretivo. Além disso, a pandemia é uma situação de força maior, 
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razão pela qual exclui a responsabilidade do empregador, que, por sua vez, não gerou, direta 
ou indiretamente, a situação pandêmica. A titulo de princípio da eventualidade, caso mantida 
a condenação pelo TRT, requer a diminuição considerável do quantum indenizatório, diante 
das difíceis condições econômicas da recorrente e pelo exíguo período trabalhado (é possível 
formular pedidos sucessivos para fins de diminuir o quantum indenizatório, por exemplo).
PEDIDO RECONVENCIONAL – URGE PELA MODIFICAÇÃO NO TRIBUNAL
O abandono ao serviço de forma injustificada gerou graves prejuízos ao empregador, pois 
teve que contratar às pressas terceiras pessoas, gerando um prejuízo a mais na sua folha de 
pagamento de cinco mil reais. Com a situação da pandemia, e com o número de pacientes 
internados em um contexto de condições adversas para toda a sociedade, o reclamante/
reconvindo simplesmente abandonou, sem qualquer justificativa, o seu plantão. Para manter a 
qualidade dos serviços e as boas condições de atendimento, pois superior é o direito à saúde, 
o reclamado/reconvinte teve que fazer contratações emergenciais para manter a equipe, 
gerandoum prejuízo ao hospital, conforme a prova documental em anexo, de cinco mil reais, o 
que deve ser ressarcido pelo dano causado pelo trabalhador à recorrente.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS INDEVIDOS NO PERCENTUAL DA SENTENÇA
Em relação aos honorários advocatícios, na sentença houve condenação no importe de 20%, 
o que não deve ser mantido, urgindo por modificação, pois o percentual deferido em favor do 
advogado da autora suplanta o limite legal, que é de 15%, conforme o Art. 791-A, da CLT, pelo 
que deve ser reduzido. Pela complexidade da causa, verifica-se ser um processo com poucos 
atos processuais, sugerindo-se o importe mínimo de 5%.
REQUERIMENTOS FINAIS
Pelo exposto, requer seja acolhida a preliminar de nulidade por cerceamento de defesa, para 
determinar o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem, e, em consequência, seja anulada 
a sentença proferida, determinando o retorno dos autos à Vara do Trabalho de origem, a fim 
de que seja reaberta a instrução processual e se proceda à oitiva da testemunha que não foi 
ouvida. Também requer que seja acolhida a preliminar da inépcia da inicial quanto ao pedido 
de feriados. Em relação aos demais pleitos, requer a modificação do julgado de 1º grau, com 
a reforma da sentença do juízo de piso para que sejam julgados improcedentes os pedidos de 
horas extras, danos morais,
Por fim, requer que o presente recurso ordinário seja conhecido e provido.
Nestes termos, pede deferimento,
Localização
Advogado OAB/ ____________(não assine a peça)
Sugere-se, ainda:
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a) não use palavras ou expressões agressivas por mais grave e 
“revoltante” a situação fática trazida pelo examinador. Mante-
nha-se numa linha ZEN, embora sua obrigação seja pedir tudo.
b) faça pedidos sucessivos ou subsidiários diante do princípio 
da eventualidade
c) faça tópicos para cada pedido de reforma
d) saiba trabalhar bem com a ideia seja do que REFORMAR ou 
ANULAR. Pois isso já é um ponto diferencial no seu recurso.
e) em grau de recurso, são duas peças
f) leia atentamente os fatos para filtrar aquilo que interessa ao 
seu cliente quando da elaboração do recurso.
5. direito mAteriAl: equipArAção sAlAriAl pArA revisão e pArA AuxiliAr 
nA resolução de provAs subjetivAs
Lembremos, também, da situação tratada pela Reforma Trabalhista da EQUIPARAÇÃO SA-
LARIAL, quando o obreiro sustenta que desempenhava a mesma função que um outro traba-
lhador (paradigma), mas era remunerado de forma inferior.
A equiparação salarial é a situação jurídica em que o trabalhador busca almeja receber sa-
lário igual àquele recebido por um colega que realize o mesmo serviço, alegando, portanto, que 
desempenham as mesmas funções e que nada justificaria a diferença de salário.
O referido instituto busca garantir que o trabalhador não venha a sofrer qualquer tipo de 
discriminação, além disso, tem como pilar central o princípio da isonomia salarial.
Vamos relembrar aqui os requisitos trazidos pela Reforma Trabalhista para fins de equipa-
ração, que, na prática, tornou mais difícil ao trabalhador provar:
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo 
empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem 
distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade 
e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo 
empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a 
dois anos.
§ 2º Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado 
em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, 
plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão pú-
blico.
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antigui-
dade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.
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§ 4º O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada 
pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação 
salarial.
§ 5º A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na 
função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo 
tenha obtido a vantagem em ação judicial própria
§ 6º No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além 
do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no 
valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência 
Social.
Denomina-se paragonado aquele obreiro que pretende a equiparação salarial e o paradig-
ma é aquele “modelo”, ou seja, o colega de trabalho que se pretender utilizar o salário para fins 
de pleitear a diferença.
Logo, no momento de enfrentar as questões subjetivas e a peça prática, fique atento se 
preenchem as seguintes condições: I - O paragonado não poderá ter tempo superior à 2 (dois) 
anos na mesma função em relação ao paradigma; II - O paragonado não poderá ter tempo su-
perior à 4 (quatro) anos trabalhando para o mesmo empregador; III - O paragonado deverá obri-
gatoriamente trabalhar no mesmo estabelecimento comercial do paradigma; IV - O paradigma 
deverá ser obrigatoriamente contemporâneo do paragonado, ficando expressamente vedado a 
indicação de paradigma remoto.
6. direito mAteriAl: horAs extrAs pArA revisão e pArA AuxiliAr nA re-
solução de provAs subjetivAs
Abordamos aqui a ideia de JORNADA que, por sua vez, é o lapso de tempo por dia que o 
obreiro disponibiliza sua mão de obra ao empregador. O empregado precisa disponibilizar sua 
mão de obra e o poder diretivo do empregado estipula a jornada do obreiro a cada dia, respei-
tando-se os limites de tempo gasto na execução do serviço, com os de, em regra, oito horas 
diárias e 44 horas semanais, sob pena de ter que pagar horas extras.
Por isso, é importante compreender a jornada. Com isso, o trabalhador cumpre sua prin-
cipal obrigação perante o empregador, ao mesmo tempo, que isso serve de parâmetro para a 
fixação do seu salário. Ora, a depender do tempo gasto pelo empregado na execução de suas 
atividades é fixado o salário do obreiro.
Existe aqui a ideia de preço atribuído ao tempo de disponibilidade do trabalhador na sua 
jornada. Sendo assim, existe a venda da mão de obra e o tempo “vale” para fins de fixação do 
valor, com os limites do artigo 7, incisos XIII e XIV da CF/88.
Então, pode ser dizer que existe uma intrínseca relação da jornada com o salário, a saúde 
do próprio obreiro e sua relação de emprego. Mas não só. É preciso observar a sua direta rela-
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ção com a saúde do trabalhador. Isso porque é norma de segurança da saúde e integridade do 
trabalhador fixar o limite da jornada.
O limite imposto pela CF/88 acerca das 8h diárias e 44 horas semanais está relacionado 
com a ideia de manter a saúde do obreiro, pois todos precisam de pausa e descanso. Daí por-
que é imperioso atribuir um valor mais oneroso ao empregador quando se extrapola a jornada 
fixada na CF/88.
Sabe-se que existe relação direta com a jornada habitualmente extenuante com o número 
de acidentes de trabalho no âmbito empresarial. Ora, nesse prisma, tem-se a jornada como 
assunto prioritário para a saúde do obreiro. É O CUSTO TRABALHISTA.
Isso ainda se torna mais oneroso quando o trabalhador se submete às situações de insa-
lubridade, periculosidade e noturno, com impactos biológicos no organismo do trabalhador.
Além disso, é preciso analisar a temática sob o viés das novas tecnologias que trazem for-
mas novas de controle também. Destaca-se, ainda, que isso se torna conflituoso com a alega-
ção de que o empregador não deveria pagar horas extras por não ter como controlar a jornada 
do trabalhador como nos casos de teletrabalho e os que são de labor externo.
Nesse contexto, há inegável impacto financeiro da jornada tanto na saúde do obreiro, nos 
gastos da empresa e também na linha infortunística (com a responsabilização do empregador 
pelos acidentes do trabalho.
Um aspecto importante: qual o percentual das horas extras que deve ser pago pelo empre-
gador? Isso é muito cobrado em provas: o percentual é de 50% sobre a hora normal.
A CCT ou ACT podem estipular percentual maior que 50%, o que é aplicado em primazia da 
norma mais benéfica. Sendo assim, ainda se observe que com o conflito de um percentual pela 
CCT ou ACT, nos termos da Reforma Trabalhista, prevalece o que dispõe o ACT, apesar de ser 
uma norma menos benéfica.
Logo, o percentual mínimo de horas extras é de 50%. Veja bem: no mínimo!
O PULO DO GATO
Importante ter em mente os incisos do artigo 7 da CF/88:
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro 
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acor-
do ou convenção coletiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por 
cento à do normal.
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No ano de 2020, diante da PANDEMIA DA COVID 19, houve a edição da MP 936/2020 con-
vertida em lei. Nessas edições normativas, tornou-se possível a redução da jornada proporcio-
nal ao salário, como medida de preservação do emprego.
Com isso, a legislação buscou uma solução intermediária no que se entende como Direito 
do Trabalho de Emergência, para fins de possibilitar os postos de trabalho e a sobrevida das 
empresas. Para tal, houve a tentativa de diminuir os encargos trabalhistas e com as regras de 
isolamento social e a “diminuição” do “horário comercial”, buscou-se diminuir a jornada e pro-
porcionalmente os salários.
Foi autorizada a redução da jornada e do salário, com as seguintes condições pela Lei n. 
14.020/2020 que converteu a medida provisória mencionada. Tanto a MP como a Lei insti-
tuíram o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, cujos artigos mais 
relevantes são:
Art. 6º O valor do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda terá como base de 
cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito, nos termos do art. 5º 
da Lei n. 7.998, de 11 de janeiro de 1990, observadas as seguintes disposições:
I – na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será calculado aplicando-se sobre a 
base de cálculo o percentual da redução; e
Art. 7º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º desta Lei, o empregador 
poderá acordar a redução proporcional de jornada de trabalho e de salário de seus empregados, de 
forma setorial, departamental, parcial ou na totalidade dos postos de trabalho, por até 90 (noventa) 
dias, prorrogáveis por prazo determinado em ato do Poder Executivo, observados os seguintes re-
quisitos:
I – preservação do valor do salário-hora de trabalho;
II – pactuação, conforme o disposto nos arts. 11 e 12 desta Lei, por convenção coletiva de trabalho, 
acordo coletivo de trabalho ou acordo individual escrito entre empregador e empregado; e
III – na hipótese de pactuação por acordo individual escrito, encaminhamento da proposta de acor-
do ao empregado com antecedência de, no mínimo, 2 (dois) dias corridos, e redução da jornada de 
trabalho e do salário exclusivamente nos seguintes percentuais:
a) 25% (vinte e cinco por cento);
b) 50% (cinquenta por cento);
c) 70% (setenta por cento).
§ 1º A jornada de trabalho e o salário pago anteriormente serão restabelecidos no prazo de 2 (dois) 
dias corridos, contado da:
I – cessação do estado de calamidade pública;
II – data estabelecida como termo de encerramento do período de redução pactuado; ou
III – data de comunicação do empregador que informe ao empregado sua decisão de antecipar o fim 
do período de redução pactuado.
§ 2º Durante o período de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário, a contribuição 
de que tratam o art. 20 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, e o art. 28 da Emenda Constitucional 
n. 103, de 12 de novembro de 2019, poderá ser complementada na forma do art. 20 desta Lei.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7998.htm#art5
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7998.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art28
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§ 3º Respeitado o limite temporal do estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º desta 
Lei, o Poder Executivo poderá prorrogar o prazo máximo de redução proporcional de jornada de tra-
balho e de salário previsto no caput deste artigo, na forma do regulamento.
Diferença de duração, jornada e horário: Vamos conhecer os conceitos de cada uma das 
expressões. A duração tem uma conotação mais ampla, significando o lapso temporal du-
rante o contrato de trabalho. É o que temos, por exemplo, quando falamos que Chris labora 
diariamente.
Em continuidade, a jornada representa a quantidade de horas laboradas pelo obreiro, ou 
seja, o tempo em que ele executa suas atividades, como quando se diz que Chris trabalha 8 
horas diárias ou 6 horas diárias ou digo que ele trabalha 30 horas semanais.
No caso de horário, é interessante destacar que estamos tratando do momento temporal 
que o Chris, por exemplo, começa e encera seu trabalho. Nesse ponto, eu posso dizer que ele 
começa a laborar às 8h e encerra às 18h.
Com esse contexto, é interessantetrazer à tona o que se considera como TEMPO À DIS-
POSIÇÃO. Ou seja, quando o trabalhador laborando ou estando disponível para ser usado pela 
empresa. Nesse caso, considera-se como jornada do trabalhador.
Por fim, destaque que alguns intervalos de trabalhadores SÃO CONSIDERADOS COMO 
TEMPO À DISPOSIÇÃO DO TRABALHADOR, do qual se destaca o artigo 235 da CLT. Fica muito 
atento (a) com esse dispositivo para fins de prova.
O PULO DO GATO
Aqui é importante conhecer os intervalos corretos das câmaras frigoríficas, muito cobrada 
em provas na CLT e QUE COMPUTA O INTERVALO COMO TRABALHO EFETIVO:
Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que 
movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 
(uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 
(vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.
Parágrafo único. Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que 
for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministé-
rio do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze 
graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).
Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição 
do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente 
consignada. O tempo à disposição do empregador se configura dentro da jornada e se compu-
ta como tempo laborado.
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Obs.: � Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e 
estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestan-
do serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.
A Reforma Trabalhista trouxe situações em que não se computa como TEMPO À DISPOSI-
ÇÃO, como o artigo 4, §2º, da CLT do qual é importante memorizar para as provas:
§ 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como perío-
do extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos 
previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, 
buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáti-
cas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades 
particulares, entre outras:
I – práticas religiosas;
II – descanso;
III – lazer;
IV – estudo;
V – alimentação;
VI – atividades de relacionamento social;
VII – higiene pessoal;
VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
Quanto à composição da jornada temos o tempo efetivamente trabalhado que é aquele em 
que o trabalhador está executando de forma ativa suas atividades compactadas no contrato 
de trabalho. É o componente mais perceptível. Mas, há também o componente que já vimos 
anteriormente como tempo à disposição.
É aquele que, muito embora o obreiro não esteja ativamente fazendo algo, já está a dispo-
sição de fazer algo caso seja a vontade do seu empregador. Ocorre, por exemplo, quando o 
empregado está no banheiro da empresa, pois é obrigatório vestir o uniforme quando estiver 
no âmbito empresarial. Isso é muito comum nas empresas do ramo alimentício e hospitalar.
A reforma trabalhista fez uma restrição acerca do que seja tempo a disposição e o resulta-
do foi enxugar o artigo 4 da CLT.
De acordo com o artigo 4º da CLT, considera-se como de serviço efetivo o período em que 
o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo 
disposição especial expressamente consignada.
Não será considerado tempo à disposição do empregador, nem computado como perío-
do extraordinário, se, por escolha própria, o empregado permanecer no local de trabalho para 
buscar proteção pessoal. Isso em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições 
climáticas.
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Também não será considerado como tempo à disposição do empregador o desenvolvi-
mento de atividades particulares. Entre elas, práticas religiosas, descanso, lazer, alimenta-
ção e estudo.
Por fim, o artigo 4º da CLT determina que o tempo gasto na troca de roupa ou uniforme, 
caso não haja obrigatoriedade de realização da tarefa na empresa, não será considerado como 
à disposição do empregador.
Aqui temos também a situação do deslocamento interno nos termos das súmulas 366 e 
429 do TST que transcrevo pela sua importância:
Súmula n. 366 do TST
CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCE-
DEM A JORNADA DE TRABALHO. Não serão descontadas nem computadas como jor-
nada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco 
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, 
será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois 
configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desen-
volvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene 
pessoal, etc).
Súmula 429 do TST:
TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT. PERÍODO DE DESLOCAMENTO 
ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO. Considera-se à disposição do emprega-
dor, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre 
a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos 
diários.
O PULO DO GATO
De acordo com a súmula 429 do TST, considera-se à disposição do empregador o tempo ne-
cessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, 
desde que supere o limite de dez minutos diários.
Importante assinalar aqui o tempo residual da marcação do cartão de ponto nos termos 
do artigo 58 da CLT. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as 
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite 
máximo de dez minutos diários.
A Reforma Trabalhista também suprimiu as horas in itinere, na medida em que ficou esti-
pulado na CLT que o tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva 
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de 
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho,

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