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RESUMO ESTRADAS E TRANSPORTES

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ESTRADAS E TRANSPORTES
- Rodovia – Estrada de rodagem, estrada para veículos. Rodovias - pode ser empregado para denominar o conjunto de todas as estradas intermunicipais (duplicadas ou não), ou, para denominar estradas de pista simples: com apenas uma faixa de rolamento em cada sentido, sem separação física no centro das faixas e, no caso do Brasil, provavelmente com muitas travessias em nível, algumas lombadas e vários buracos.
Como é feita a nomenclatura da rodovia?
- Classificação funcional – Sistema Arterial: Caracteriza-se por proporcionar alto nível de mobilidade para grandes volumes de tráfego função de atender ao tráfego de longa distância interestadual ou internacional, pode eventualmente, servir de tráfego local. Sistema Coletor: Tem por função atender núcleos populacionais ou centros geradores de tráfego de menor importância, não servidos pelo Sistema Arterial. Sistema Local: função de proporcionar acesso ao tráfego entre municípios de áreas rurais e de pequenas localidades às rodovias de nível superior. Usualmente rodovias de pequena extensão.
- Fase de anteprojeto de uma rodovia: tem por base os desenhos constituídos pela planta do reconhecimento e pelo perfil longitudinal do reconhecimento de cada caminhamento, visando a definição do projeto de cada opção de estrada e fazendo-se um cálculo estimativo dos serviços e quantidades. 
Nesta fase, são definidos: PLANTA, PERFIL LONGITUDINAL , ORÇAMENTO, MEMÓRIA DESCRITIVA, MEMÓRIA JUSTIFICATIVA. - Principais tarefas na fase anteprojeto: As tarefas a serem desenvolvidas na fase de reconhecimento consistem basicamente de: Coleta de dados sobre a região (mapas, cartas, fotos aéreas, topografia, dados sócio econômicos, tráfego, estudos geológicos e hidrológicos existentes, etc); Observação do terreno dentro do qual se situam os pontos obrigatórios de passagem de condição (no campo, em cartas ou em fotografias aéreas); Determinação dos pontos obrigatórios de passagem de circunstância; Levantamento de quantitativos e custos preliminares das alternativas; Avaliação dos traçados.
- Realização ou não do projeto: Os custos de implantação e conservação são determinados com base no anteprojeto. Benefícios podem ser tangíveis e intangíveis. Os principais benefícios são: < tempo de percurso / < despesas com acidentes; < custo operacional / < custo de conservação; > Condições socioeconômicas na área de influência.
- Projeto básico: É a etapa de concepção do projeto, onde são criadas soluções técnicas para todos os desafios encontrados no anteprojeto. No anteprojeto muitos dos detalhes geométricos são considerados como a solução de maior custo sem uma maior análise de soluções alternativas. Ex: 1. A solução para uma depressão no terreno pode ser tratada no anteprojeto como a construção de um túnel. 2. No Projeto Básico ela pode ser vista como um corte e aterro com custo menor. 3. Quando concluído o Projeto Básico deve-se ter um traçado definido e as soluções de praticamente todos os obstáculos para a construção da rodovia. 4. Deve-se ter, também, todos os dados para poder se licitara obra de construção. 5. Os custos levantados no Projeto Básico não devem variar mais que 10% do que realmente será executado.
- Projeto executivo: No Projeto Executivo detalha-se todos os processos de execução das obras e soluções definidas no Projeto Básicos para que o desenvolvimento da obra transcorra sem desvios significativos em relação ao projetado. Pode-se, e é muito interessante, que se defina inclusive os equipamentos necessários para a execução da obra. O ideal é que a licitação ocorresse com o projeto executivo já realizado, porém na prática licita-se somente com o Projeto Básico.
- Principais estudos que compõem um projeto de rodovias: ESTUDOS DE TRÁFEGO: trata da coleta de dados de tráfego, seu estudo e análise do tráfego atual e futuro com vistas a propiciar meios necessários para avaliar a suficiência do sistema de transporte existente, auxiliar na definição do traçado e padrão da rodovia, definir a classe e suas características técnicas, determinar as características operacionais da rodovia e fornecer insumos para a análise de viabilidade econômica. 
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA-ECONÔMICA: tem por objetivo dar subsídios para seleção das alternativas de traçado mais convenientes, determinar as características técnicas mais adequadas em função dos estudos de tráfego e definir a viabilidade econômica do projeto. É desenvolvido ainda na fase inicial (preliminar) dos serviços, ou seja, de Reconhecimento da área a ser projetada. ESTUDOS HIDROLÓGICOS: consistem na coleta de dados hidrológicos, processamento destes dados e análise relativa a todo aspecto hidrológico nas diversas fases de projeto. ESTUDOS TOPOGRÁFICOS: consistem na busca do pleno conhecimento do terreno através de levantamento topográfico convencional ou por processo aerofotogramétrico, com formas de trabalho, precisão e tolerância em consonância a fase de projeto que se desenvolve. 
ESTUDOS GEOLÓGICOS E GEOTÉCNICOS: têm por objetivo o melhor conhecimento da constituição do terreno através de sondagens e coleta de materiais no campo e consequentes ensaios destes materiais para definição de suas características e aplicabilidade. 
- Curva simples:
- Curva composta:
 
- Principais projetos que compõem um projeto de rodovias - 
PROJETO GEOMÉTRICO: tem por objetivo o completo estudo e consequente definição geométrica de uma rodovia, das características técnicas tais como raios de curvaturas, rampas, plataforma, com precisão tal que permita sua conformação espacial, sua quantificação, correspondente orçamento e possibilite a sua perfeita execução através de um adequado planejamento. PROJETO DE TERRAPLENAGEM / OBRAS DE ARTE CORRENTES: consiste na determinação dos volumes de terraplenagem, dos locais de empréstimos e bota-fora de materiais e na elaboração de quadros de distribuição do movimento de terra, complementado pela definição das Obras de Arte Correntes. 
PROJETO DE DRENAGEM: visa estabelecer a concepção das estruturas que comporão o projeto de drenagem superficial e profunda, estabelecendo seus dimensionamentos e apresentando quadros identificativos do tipo de obra, localização e demais informações. PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO: objetiva estabelecer a concepção do projeto de pavimento, a seleção das ocorrências de materiais a serem indicados, dimensionamento e definição dos trechos homogêneos, bem como o cálculo dos volumes e distâncias de transporte dos materiais empregados. PROJETO DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS: consiste na concepção, no cálculo estrutural e confecção das plantas de execução de pontes e viadutos. PROJETO DE SINALIZAÇÃO: é composto pelo projeto de sinalização horizontal e vertical das vias, interseções e acessos, também pela sinalização por sinais luminosos nas vias. 
 - Seção transversal é a representação geométrica, no plano vertical, de alguns elementos dispostos transversalmente, em determinado ponto do eixo longitudinal da estrada: seção em corte, aterro, mista. (fazer desenho).
- Parâmetros para análise de Rodovias – Velocidade: Uma via é avaliada pelo conforto e pela economia que proporciona ao transporte de pessoas e bens. Isso implica em se ter mais rapidez e segurança no deslocamento. Esses dois parâmetros estão diretamente ligados à velocidade de projeto ou velocidade diretriz. Esta é a velocidade considerada para o dimensionamento do projeto geométrico da via. A velocidade de projeto ou diretriz é, então, a máxima velocidade que se pode desenvolver em segurança na via. A velocidade média é a relação entre a distância percorrida e o tempo gasto no percurso descontados os tempos de parada. A velocidade comercial é a relação entre a distância percorrida e o tempo total gasto no percurso incluindo os tempos de parada, transbordos, estacionamentos e etc. – É a medida de eficiência do serviço de transporte. Principal parâmetro para dimensionamento do projeto geométrico da via. Ela deve ser definida logo no anteprojeto. É definida em função da classificação davia e do relevo do terreno. Velocidades diretrizes altas dão mais conforto, menos tempo de percurso e maior segurança na via. Em contrapartida, os custos de construção também sobem! A avaliação técnico-econômica é que vai responder se vale ou não a pena o aumento da velocidade diretriz. 
- O Projeto Geométrico ou Geometria de uma rodovia ou via urbana é composto por um conjunto de levantamentos, estudos, definições das melhores soluções técnicas, cálculos e muitos outros elementos que, harmonicamente, integrarão uma das fases dos serviços de engenharia visando garantir a viabilidade técnica, econômica e social do produto final.
- Estudo do traçado: Os estudos de traçado é uma das etapas preliminares que antecede os trabalhos de execução de um projeto geométrico. Visa fazer a delimitação dos locais convenientes para a passagem da rodovia, a partir da obtenção de informações básicas a respeito da geomorfologia da região. Visa fazer a caracterização geométrica desses locais de forma a permitir o desenvolvimento do projeto pretendido. 
- Medidas de distancias: Para as medidas de distâncias são utilizados distanciômetros, estações totais, trenas de aço ou de lona plastificada que garantem maior precisão, associado aos cuidados e procedimentos de trabalho. Identificação Pontos do Traçado: São demarcados em planta pontos específicos equidistantes de 20m; Esses pontos são denominados de estacas; Estas estacas são transpostas para o campo e representadas por meio de piquetes inteiramente cravados no solo; Essas estacas são identificados por um pedaço de madeira; Nesse pedaço de madeira está pintado o número do piquete. Poligonal: É linha de referência, sobre a qual se apoiará todo o levantamento plani-altimétrico da faixa de terreno. 
- Sistemas de drenagem: Entende-se por sistema de drenagem do pavimento de uma rodovia o conjunto de dispositivos, tanto de natureza superficial como de natureza sub superficial ou profunda, construídos com a finalidade de desviar a água de sua plataforma.
Os principais dispositivos de drenagem do pavimento são: Meio-Fio e/ou Banquetas de Aterros, Sarjetas de Corte. 
- Talude: Os taludes formam o contorno lateral do corpo da estrada. É primordial a estabilidade dos taludes para a segurança do tráfego; Faz parte do Projeto de Obras de Terra; O talude com menor inclinação oferece um melhor aspecto estético arquitetônico que faz parte do Projeto Paisagístico.
- Plataforma: É o espaço criado na rodovia compreendido entre os limites externos dos passeios ou entre os pés dos cortes e cristas dos aterros. 
- Defensas e barreiras: São estruturas acessórias colocadas próximas dos bordos das plataformas de pistas simples. Tem a função de conter veículos desgovernados.
- Traçado: Projeto do traçado de uma rodovia em planta, ou seja, ao projeto do eixo de uma rodovia. O eixo compreenderá trechos retos e curvos; na terminologia de projeto geométrico, os trechos retos do eixo são denominados por tangentes (não sendo chamados de “retas”).
- Curva circular simples: Utilizada para fazer a concordância de dois alinhamentos retos que se interceptam em um vértice. Este tipo de curva é preferível devida às boas propriedades que oferece tanto para tráfego, pelos usurários da rodovia, como para o próprio projeto da curva e para a sua posterior materialização no campo, por processos de locação.
- Calculo da concordância: 
 
Exemplo:
Conhecidos esses valores, pode-se calcular os comprimentos das tangentes, ou seja, dos alinhamentos da poligonal excluídos das tangentes exteriores; pode-se, então, calcular as distâncias da origem até os pontos singulares do eixo (PC, PT, PC, PT e PF), determinando-se as estacas (ou, alternativamente, o posicionamento quilométrico) desses pontos.
- Superelevação: Ao se definir a velocidade diretriz para o projeto geométrico de uma rodovia, procura-se estabelecer, ao longo do traçado em projeto, condições tais que permitam aos usuários o desenvolvimento e a manutenção de velocidades de percurso próximas à velocidade de referência, em condições de conforto e segurança (conceito de velocidade diretriz). Visando minimizar o impacto negativo desses fatores inerentes aos trechos curvos, são introduzidos os conceitos de superelevação e de superlargura que, devidamente considerados nos projetos das curvas horizontais, ensejam condições de operação mais homogêneas para os usuários ao longo das rodovias. Superelevação é a inclinação transversal necessária nas curvas a fim de combater a força centrifuga desenvolvida nos veículos e dificultar a derrapagem. 
- Equação resultante do equilíbrio de forças – superelevação
- Raios Mínimos das concordâncias Horizontais
- Superelevação a ser adotada nas concordâncias 
- Superlargura: As normas, manuais ou recomendações de projeto geométrico estabelecem as larguras mínimas de faixas de trânsito a adotar para as diferentes classes de projeto. Em uma curva a dificuldade de avaliar distâncias transversais exige algum aumento das distâncias de segurança consideradas em tangente. Portanto, se faz necessário alargar a pista de rolamento na curva para permitir que o veículo a realize sem que invada a contra mão ou a outra faixa; Quanto menor o raio da curva, maior será o valor da superlargura.
Dimensionamento superlargura:
 
- Folga dinâmica:
 
-Ex:
Os valores de superlargura a considerar nos projetos devem ser arredondados para múltiplos de 0,20 m e limitados inferiormente a 0,40m. As normas do DNIT consideram que superlarguras menores que esse limite não resultariam em efeitos práticos relevantes, podendo ser desconsideradas.

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