Buscar

Nota de Aula 6 Contratos administrativos out 2017

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�
�
�
�
	NOTA DE AULA nº 05
LICITAÇÃO - PARTE II
1. TIPOS DE
	DISCIPLINA DE DIREITO ADMINISTRATIVO
NOTA DE AULA nº 07
PROFESSOR CARLOS CINTRA
ESTÁGIÁRIA DOCENTE REBECA COSTA GADELHA DA SILVEIRA
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1. CONCEITO
Contrato administrativo é o ajuste que a Administração Pública firma com o particular ou outro ente público, para a consecução de interesse coletivo. É o vínculo jurídico em que o sujeito ativo e o sujeito passivo se comprometem a uma prestação e uma contraprestação com o objetivo de satisfazer o interesse público, contando com a presença do Poder Público.O que se procura fazer é satisfazer o interesse público.
É um contrato diferente do que normalmente se vivencia no direito privado, existindo como uma categoria própria, diferente dos contratos do direito privado, ou seja, um contrato firmando entre particulares, como a compra de um relógio ou um celular, ou mesmo a contratação dos serviços de um buffet caso se esteja planejando uma festa.
É um contrato que possui algumas características próprias e particulares dos contratos administrativos em que predomina o princípio do interesse público sobre o privado, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência (o famoso e já cansado LIMPE).
Para que tanto procedimento? Tanta formalidade? O gestor público não pode simplesmente chegar no balcão de uma concessionária e comprar um automóvel ou mesmo contratar o serviço de transporte com uma empresa de ônibus. Esses procedimentos sem maiores formalidades são típicas do particular. O Administrador Público lida com dinheiro público, nosso dinheiro, e, portanto, a lei instituiu regras, cláusulas e procedimentos específicos para a gestão desse dinheiro e, por conseguinte, do procedimento dos contratos administrativos.
2. CARACTERÍSTICAS
1. O contrato administrativo é um negócio jurídico, ou seja, é um ato jurídico bilateral que exige a participação do Poder Público, seja como sujeito ativo ou sujeito passivo ou nas duas posições.
2. Trata-se de contrato consensual (é diferente do contrato real – precisa da entrega dos bens). O contrato consensual é aquele que está perfeito e acabado (pronto) no momento em que se manifesta a vontade.
3. É um contrato formal, cujas formalidades previstas na lei devem ser obrigatoriamente cumpridas.
4. É um contrato comutativo�. O contrato comutativo é aquele que possui prestação e contraprestação equivalentes, ambas já definidas/estabelecidas.
5. É um contrato oneroso, ou seja, é remunerado na forma convencionada.
6. É um contrato de adesão�, ou seja, possui prestação e contraprestação já definida por uma das partes. Uma das partes tem o monopólio da situação: as regras do contrato já estão em anexo ao edital. A Administração define as regras e o contratado adere se quiser, ou seja, cabe ao interessado (aquele que venceu a licitação) verificar as normas, condições e cláusulas impostas pela Administração e concordar ou não com elas.
7. É um contrato personalíssimo, ou seja, leva em consideração as qualidades do contrato. Se o contrato é personalíssimo, será que há a possibilidade de SUBCONTRATAR esse contrato?
SUBCONTRATAÇÃO
Em teoria, não seria possível a subcontratação em razão de ser o contrato personalíssimo. A subcontratação total ou parcial é causa de rescisão unilateral do contrato administrativo (Art. 78, inciso VI da Lei nº 8.666/93).
No entanto, a Lei nº 8666/93 autoriza, no artigo 72, a subcontratação, observadas algumas condições:
1) Previsão no contrato administrativo
2) Anuência da Administração Pública
3) A subcontratada tem que cumprir os mesmos requisitos exigidos na licitação
4) Exigência da doutrina, não prevista em lei*: A Administração só pode transferir partes do contrato. Não pode ser transferido a sua totalidade.
Exemplo: A subcontratação acontece normalmente em obras de grande porte. Contrata-se um empreiteiro para realizar uma obra pública, mas este pode subcontratar a parte hidráulica da obra, ou para a instalação de ar-condicionado, ou para a aquisição de materiais específicos, como um mármore.
Agora, se se decidiu o vencedor da licitação em razão de sua qualificação técnica, ou seja, se a contratação se deu em razão de uma qualidade técnica específica, não poderá haver subcontratação. Nesse caso, ela será vedada.
8. Em regra, o contrato administrativo depende de licitação prévia, sob pena de nulidade, salvo as hipóteses excepcionais e expressamente previstas em lei.
3. FORMALIDADES
	3.1. PROCESSO ADMINISTRATIVO PRÉVIO
Para se celebrar um contrato administrativo é preciso de um processo administrativo prévio. Em regra, o processo administrativo prévio é a licitação. Agora, a Lei nº 8666/93 traz situações em que a licitação é dispensável ou inexigível, ou seja, nos casos de contratação direta quando será exigido um processo de justificação (art. 26 da Lei nº 8666). 
	3.2. CONTRATO ESCRITO
O segundo formalismo está na hipótese de contrato escrito. A regra geral é de que a Administração deve fazer os contratos administrativos na forma escrita (artigo 60, parágrafo único, da Lei nº 8666). O contrato verbal será considerado, via de regra, nulo e de nenhum efeito, salvo nos casos de pronta entrega ou pronto pagamento ou até R$ 4 mil. O contrato verbal é excepcional.
	3.3. INSTRUMENTO DO CONTRATO (Art. 62 da Lei nº 8666/93)
O instrumento do contratoou termo de contratoé o meio pelo qual o contrato se formaliza – seria a documentação do contrato. Deve conter o objeto e seus elementos característicos para que o contrato administrativo seja considerado válido. Verificar art. 55 da Lei nº 8.666.
Art. 62.  O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
O instrumento de contrato será OBRIGATÓRIO quando o valor do contrato(e não a modalidade de licitação) for correspondente ao valor da concorrência ou da tomada de preço�. Ainda que se trate de hipótese de dispensa ou inexigibilidade, a obrigatoriedade permanece.
Observação: o que define a exigência do instrumento de contrato não é a modalidade de licitação concorrência ou tomada de preços, mas o valor do contrato.
Exemplo: Obra foi orçada em dois milhões de reais e a licitação foi dispensada. É obrigatório o instrumento do contrato? Sim. O instrumento de contrato é obrigatório em razão do valor do contrato.
O instrumento do contrato será considerado FACULTATIVO quando o valor do contrato for correspondente ao convite ou valores mais baixos. A lei dá alternativa de se fazer, por exemplo, uma carta contrato ou uma ordem de serviço ou uma nota de empenhoou mesmo uma autorização de compra.
	3.4. PUBLICAÇÃO (Art. 61, parágrafo único, da Lei nº 8666)
Parágrafo único.  A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.
Os contratos administrativos devem ser publicados, de forma a dar ciência à sociedade da existência desses contratos em decorrência do princípio da publicidade. A Administração tem a obrigação, o dever de publicar o contrato. O que se publica é o aviso, o resumo, o extrato do contrato administrativo, ou seja,não se publica a íntegra do contrato.
A publicação é condição de eficácia do contrato administrativo, ou seja, ele não produzirá efeitos, não obstante seja um contrato válido.
Qual o prazo para a publicação?A Administraçãotem o prazo de, no máximo, 20 dias a contar da assinatura do contrato, mas não pode ultrapassar o 5º dia útil do mês subsequente. Agora, se o contrato for assinado no final do mês a Administração tem até o 5º dia útil do mês para a publicação do extrato do contrato. Os dois prazos devem ser cumpridos (Fernanda Marinela).
Existem divergências quanto a contagem desses prazos. Por exemplo, o Professor Matheus Carvalho afirma que o prazo de 20 (vinte) dias só começaria a ser contado após o 5º dia útil do mês seguinte ao que o contrato foi celebrado.
4. CLÁUSULAS CONTRATUAIS
As cláusulas contratuais serão divididas em dois grupos: as cláusulas necessárias e as cláusulas exorbitantes. 
As cláusulas necessárias (art. 55 da Lei nº 8666) são aquelas essenciais ao contrato, ou seja, que precisam estar presentes obrigatoriamente. A ausência dessas cláusulas gerará vício de forma.
Art. 55.  São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica; 
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;
VIII - os casos de rescisão;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.
As cláusulas exorbitantes (art. 58 da Lei nº 8666) são aquelas que exorbitam/extrapolam o comum dos contratos. Se esta cláusula estivesse prevista num contrato comum ela seria considerada abusiva ou ilegal, mas em decorrência da supremacia do interesse público, ela, no contrato administrativo, é considerada válida. Ela estabelece algumas prerrogativas para a Administração Pública.
Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
	
Não se admite contrato administrativo perpétuo ou ad eternum. O contrato precisa ter um prazo de duração, ou seja, possuirá um prazo determinado.
Art. 57.  A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: 
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; 
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; 
III – Vetado
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração.
Ou seja, como destaca Matheus Carvalho “(...) todo contrato deve ter prazo de vigência predefinido no Edital e no próprio instrumento de contrato, estabelecendo a lei, expressamente, que são vedados contratos administrativos por prazo indeterminado. Com efeito, o prazo estará expressamente regulamentado no edital e deve ter compatibilidade com a disponibilidade orçamentária para fazer face às despesas decorrentes do acordo”�.
Em regra, o prazo do contrato administrativo está atrelado à duração da disponibilidade do crédito orçamentário que normalmente corresponde a 12 meses. O crédito orçamentário é definido pela lei orçamentária anual, a qual regula as despesas e receitas durante um exercício, ou seja, durante um ano.
Excepcionalmente,têm-se situações em que este contrato pode ultrapassar o prazo, quais sejam: 
a) Se o contrato estiver previsto no PPA (Plano Plurianual), este poderá durar até 04 (quatro) anos (tempo do PPA);
	
b) Quando se tratar da prestação de serviços contínuos o contrato poderá durar por um prazo maior. Será prorrogado por iguais e sucessivos períodos até o prazo de 60 (sessenta) meses. Existe a possibilidade de prorrogação por mais 12 (doze) meses em caso de excepcional interesse público, desde que devidamente justificado pela Administração Pública e com autorização da autoridade superior. Exemplo: serviços de vigilância e limpeza.
c) Se o contrato for de aluguel de equipamentos ou de programas de informática. O contrato poderá durar até 48 (quarenta e oito) meses. Necessidade de prestação contínua desse serviço.
d) Em algumas hipóteses em que a licitação é dispensável. Hipótese do art. 24, incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI. Estamos falando de hipóteses referentes ao comprometimento da segurança nacional(casos estabelecidos mediante decreto do Presidente da República e ouvido o Conselho de Defesa Nacional), de material para as Forças Armadas, fornecimento de bens e serviços que envolvam alta complexidade tecnológica e defesa nacional e atividades de pesquisa e de fomento. Estes contratos podem durar até 120 (cento e vinte) meses.
Além da lista do artigo 57, existem outras situações que podem ter um prazo diferenciado, como, por exemplo, situações que não geram despesas para os cofres públicos. O contrato administrativo, nesse caso, poderá ultrapassar o exercício de um ano. Por exemplo, serviços públicos, nos quais a empresa é remunerada mediante tarifa cobrada pelo usuário do serviço. Não quer dizer que o contrato seja indeterminado, mas que a sua duração será maior. Lembre-se não existe contrato administrativo com prazo indeterminado (art. 57, §3º, Lei nº 8.666).
A empresa tem que manter durante todo o contrato as mesmas condições. Por exemplo, se uma empresa não puder, na licitação, manter débitos tributários, no contrato ela também não poderá fazê-lo. Se, por acaso, a empresa no meio do caminho deixar de cumprir os requisitos, ela estará descumprindo o contrato; ela será inadimplente, dando, por consequência, causa a rescisão do contrato com a consequente aplicação das penalidades correspondentes. A Administração, caso desconfie do inadimplemento, poderá proceder às diligências necessárias.
As cláusulasexorbitantes estão previstas no artigo 58 da Lei nº 8.666/93. São aquelas que exorbitam o comum dos contratos. Se elas estivessem escritas no contrato comum, ela seria um cláusula não lida, ao passo que ela estabelece para a Administração privilégios, dando-lhe uma posição privilegiada em decorrência do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. Conforme preleciona Matheus Carvalho:
As cláusulas exorbitantes são aquelas que extrapolam as regras e características dos contratos em geral, pois apresentam vantagem excessiva à Administração Pública. Decorrem da supremacia do interesse público sobre o interesse privado e colocam o Estado em posição de superioridade jurídica na avença. Estas cláusulas são designadas com exorbitantes, haja vista o fato de que sua previsão em contratos privados ensejaria a nulidade contratual. Com efeito, seria leonina e abusiva a cláusula contratual privada que permitisse a uma das partes rescindir o contrato ou alterá-lo unilateralmente, sem a necessidade de oitiva da outra parte.�
São cláusulas exorbitantes:
Alteração unilateral do contrato – por parte da Administração;
Rescisão unilateral do contrato – feita pela Administração;
Fiscalização (art. 67);
Aplicação de penalidades (art. 87)
Ocupação provisória
Art. 67.  A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
A Administração não só pode como deve fiscalizar o contrato, ou seja, trata-se de um poder-dever da Administração Pública. Ela não só pode fiscalizá-lo como pode interferir na administração do contrato. Se a empresa não cumprir o que foi contratado, a Administração poderá interferir na atividade da empresa. 
Normalmente, a Administração Pública designa um agente público que ficará responsável por fiscalizar a atividade do contratado e verificar se ele ocasionou ou não danos ou se está cumprindo com a sua parte do contratado, inclusive, no que diz respeito ao pagamento dos débitos trabalhistas.
As penalidades aplicáveis estão previstas no art. 87 da Lei nº 8.666/93. Quaisquer dessas penalidades exigem a realização de um processo administrativo prévio em que seja garantido o contraditório e a ampla defesa ao contratado. Ademais a pena deve ser proporcional ao infração cometida
Art. 87.  Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: 
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
As penalidades previstas são:
Advertência – deve ser realizada por escrito para penalizar infrações mais leves.
Multa – o valor da multa dependerá da previsão contratual e será aplicada após regular processo administrativo.
Suspensão de contratar com o Poder Público e participar de procedimentos licitatórios – Pelo prazo máximo de 02 (dois) anos. Impedimento para com o ente federativo que aplicou a penalidade.
Exemplo: o Estado do Ceará aplicou a penalidade ao contratado diante da inexecução do acordado, ou seja, ele não estava cumprindo com o contrato. Em razão disso, foi declarada a suspensão para o contratado. A suspensão se dará tanto para as entidades da Administração Direta ou Indireta do Estado do Ceará. Todavia, poderá contratar com outros entes da federação.
Declaração de inidoneidade – Significa dizer que a empresa ficará inidônea, impedindo-a de contratar com todo o Poder Público. Uma empresa só poderá contratar com o Estado se ela for idônea. Essa pena é muito mais séria, uma vez que o impedimento é para todos os entes do Poder Público, ou seja, para toda a Administração Pública.
Exemplo: Empresa não estava cumprindo com os débitos trabalhistas (não pagamento dos salários dos seus trabalhadores). Administração Pública fiscalizou corretamente o contrato. Foi declarada a inidoneidade da empresa. O impedimento abrangerá as entidades da Administração Direta e Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Para que a empresa volte a ser idônea, ela precisará fazer uma REABILITAÇÃO, preenchendo dois requisitos: 
1. Cumprimento do prazo de suspensão. Prazo máximo para a suspensão é de até 02 (dois) anos. 
2. A empresa precisará indenizar os prejuízos causados, isto é, ressarcir os danos causados.
É uma cláusula exorbitante, na qual a Administração Pública, em decorrência do princípio da continuidade, ocupa os bens ou equipamentos da empresa contratada para assegurar a prestação e continuidade do serviço. Trata-se de uma situação provisória, ou seja, apenas temporária que deve ser precedida de procedimento prévio que assegure o contraditório e a ampla defesa. 
Enquanto estiver em trâmite o processo administrativo com garantia do contraditório e da ampla defesa, quem realizará o serviço que deveria ser feito pela empresa? A Administração assumirá a prestação do serviço e, caso não tenha os equipamentos necessários para a consecução do serviço, ele ocupará temporariamente os bens da contratada. A ocupação provisória serve para garantir a continuidade do serviço. Diante disso, só podem ser ocupados os bens essenciais ao serviço, ou seja, aqueles que garantirão a continuidade do serviço.
Por exemplo, (e vive acontecendo) os funcionários de uma empresa de ônibus decidem fazer greve. Pois é, mais uma vez. A fim de permitir a continuidade do serviço público (transporte público), a Administração Pública ocupa os ônibus da empresa contratada, mantendo a prestação do serviço, enquanto a greve não acaba. 
A alteração contratual está prevista no artigo 65 da Lei nº 8666/93 que prevê a alteração unilateral feita pela Administração e, portanto, configura-secláusula exorbitante, e a alteração bilateral, a qual não constitui cláusula exorbitante.
A alteração unilateral representa cláusula exorbitante, uma vez que se trata de alteração feita unilateralmente pela Administração e suportada pelo contratado, ou seja, independe do consentimento deste. 
Essa alteração não pode modificar a natureza do objeto (aquisição de computadores – depois mudar somente para a aquisição de placas de rede), não pode prejudicar o contratadonem atingir o equilíbrio econômico financeiro do contrato. Deve ser feito nos limites estipulados pela lei.
Ela poderá alterar unilateralmente o contrato quando:
Modificação das especificações do projeto – alteração de qualidade do projeto. A Administração deve justificar essa alteração no sentido de explicar que o projeto inicial não atende os fins almejados pela Administração Pública. Exemplo: cerâmica de qualidade ruim para uma melhor.
Modificação do objeto com alteração quantitativa com a consequente alteração do valor do contrato. Exemplo: contratei 100 canetas e, durante a execução do contrato, pede por 120 canetas. É possível a alteração de quantidade com a modificação do valor a ser pago, pagando-se efetivamente por aquilo que recebeu.
O limite para acréscimos e supressões é de até 25%, não pode ultrapassar esse limite. Excepcionalmente, esse limite, em caso de reforma, pode chegar até 50%, somente para acréscimos, continuando a supressão em 25% do valor contratado originariamente.
Esses limites, segundo algumas vertentes doutrinárias, aplicam-se às alterações qualitativas.
O contrato administrativo poderáser alterado bilateralmente e esta alteração não será considerada cláusula exorbitante, porquanto possui igual previsão no contrato comum. Decorre de um acordo entre as partes. 
É possível a alteração bilateral nos seguintes casos:
Regime de execução – É diferente da alteração das especificações do projeto que, por sua vez, é uma alteração unilateral e cláusula exorbitante. Alteração do regime de execução da obra ou serviço ou do modo de fornecimento, diante da inaplicabilidade dos termos originários.
Substituição da garantia – O contrato define a forma de prestação da garantia, mas é possível, por acordo entre as partes, a modificação desta garantia.
Forma de pagamento – A modificação é da forma de pagamento. O pagamento só pode ser feito após o recebimento do serviço, ou seja, o pagamento é superveniente.
Reestabelecer o equilíbrio econômico financeiro do contrato
A Administração Pública põe fim ao contrato administrativo de forma unilateral. Não depende de decisão judicial prévia nem do consentimento do contratado para tanto.
A rescisão administrativa pode se dar por inadimplemento do particular (do contratado) ou por interesse público devidamente justificado.
No segundo caso de rescisão unilateral (interesse público devidamente justificado), a Administração deverá indenizar o contratado, se houver dano.
No caso de inadimplemento do contratado, a indenização deverá ser paga para a Administração Pública pelos danos causados em virtude do descumprimento do contrato.
Se a Administração descumprir a sua parte do contrato, poderá o contratado rescindir unilateralmente o contrato administrativo? Não. A rescisão por iniciativa do contratado dependerá de decisão judicial para ser efetivado. Nesta hipótese, caso a Administração Pública esteja inadimplente por mais de 90 (noventa) dias, poderá o contratado suspender a execução dos seus serviços. Trata-se da execução do contrato não cumprido ou exceptio non adimplenti contractus, ou seja, se uma das partes não cumpre com a sua parte, não se pode esperar que a outra faça a sua.
5. TEORIA DA IMPREVISÃO
O equilíbrio contratual se constitui no momento em que as partes assinam/consolidam o contrato. Configura-se na manutenção da margem do lucro inicialmente pactuada. Caso haja o desequilíbrio contratual posterior pelo surgimento de um fato novo, por exemplo, pode haver alteração bilateral do contrato para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro. Ou seja, o contratado não pode sofrer prejuízos por situações que não foram por eles realizadas durante a relação contratual.
Mas o que é esse equilíbrio econômico financeiro? Em que consiste? Marçal Justen citado por Matheus Carvalho afirma que a equação equilíbrio financeira é comporta de todos os aspectos econômicos relevantes para a execução da prestação contratada pelas partes. Vejamos:
(...) equação econômico-financeira é a relação entre os encargos e vantagens assumidas pelas partes do contrato administrativo estabelecida por ocasião da contratação, e que deverá ser preservada ao longo da execução do contrato. 
(...) a equação econômico-financeira abrange todos os aspectos econômicos relevantes para a execução da prestação das partes. Isso compreende não apenas o montante de dinheiro devido ao particular contratado, mas também o prazo estimado para o pagamento, a periodicidade dos pagamentos, a abrangência do contrato e qualquer outra vantagem que a configuração da avença possa produzir.�
Para manter esse equilíbrio, é possível a revisão dos preços e prazos previamente estabelecidos para garantir a execução da prestação contratada.
As alterações não previstas no contrato, as quais decorrem de situações inesperadas, exigindo, por consequência, a recomposição dos preços para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, são chamadas pela doutrina de TEORIA DA IMPREVISÃO. 
Essa alteração nos preços originariamente contratados só pode ser realizada na seguinte hipótese: havendo fato supervenienteimprevisto (as partes não pensaram nisso) e imprevisível (ainda se fossem cuidadosas, não teria conseguido pensar no fato) que onera demais o contrato para uma das partes (desequilíbrio do contrato).
As hipóteses da teoria da imprevisão são:
	5.1. FATO DO PRINCÍPE (Art. 65, §5º, Lei nº 8.666/93)
Desequilíbrio causado pelo Poder Público. É um ato geral e abstrato do Poder Público que incidirá no contrato de forma reflexa/indireta. Essa situação não influirá na prestação do contrato, ou seja, não impede a execução do objeto principal, mas apenas onerará/tornará mais custoso o valor do contrato.
Exemplo: Aumento de alíquotas – Estado contrata uma empresa de transporte por uma valor X. Ocorrer que, em momento posterior, aumenta a alíquota de um tributo que recai sobre o combustível, tornando mais custosa a prestação do serviço pactuado.�
	5.2. FATO DA ADMINISTRAÇÃO
Desequilíbrio causado pelo Poder Público. É um ato específico do Poder Público que atinge diretamente o objeto principal do contrato.
Exemplo: O Poder Público não procede com as desocupações necessárias para prosseguir com a obra.
	5.3. INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS
São situações pré-existentes à assinatura do contrato, mas que só podem ser descobertas quando da execução do contrato. 
Exemplo: características do solo, terreno pantanoso.
	5.4. CASO FORTUITO e FORÇA MAIOR
São situações imprevisíveis ou inevitáveis. Podem decorrer de fatos humanos (que não devem possuir relação com as partes do contrato) ou de fatos da natureza (enchentes, terremotos, erupções vulcânicas, secas, etc.). Exemplo: chuva que parece que o mundo vai acabar destrói uma obra que estava em execução, ou derruba uma estrada que estava sendo construída.
Caso o contrato administrativo, em razão dessa situação imprevisível, não puder ser mantido, ele será extinto, ou seja, a situação imprevisível ensejará a rescisão contratual.
6. EXTINÇÃO DO CONTRATO
6.1. CONCLUSÃO DO OBJETO ou ADVENTO DO TERMO DO CONTRATO
É o caminho desejado, ou seja, é o cumprimento do objeto do contrato. Neste ponto, podemos incluir o advento do termo contratual – quando vencido o prazo, o contrato restará cumprido. É também chamada de extinção natural do contrato.
6.2. RESCISÃO
RESCISÃO ADMINISTRATIVA – É feita pela Administração de forma unilateral. Esta extinção representa cláusula exorbitante. Acontece em duas hipóteses: a primeira ocorre quando há interesse público na extinção e a segunda ocorre quando o contratado descumpre o contrato.
RESCISÃO AMIGÁVEL ou DISTRATO – Quando as partes não possuem mais interesse no contrato, elas podem acordar pela sua extinção. Depende de prévia autorização escrita e fundamentada da autoridade competente.
RESCISÃO JUDICIAL – Quando o contratado não quer mais o contrato.
RESCISÃO DE PLENO DIREITO – É aquela que decorre de situações estranhas a vontade das partes e que impedem a continuidade do contrato nem a revisão dos preços. Exemplo: falecimento, incapacidade civil, terremoto que destrói escola pública, etc.
6.3. ANULAÇÃO
Se o contrato é ilegal, haverá a sua anulação. Remuneração dos serviços prestados de boa-fé pelo contratado. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera efeitos retroativos impedindo os efeitos que ele deveria produzir, como desconstitui os já produzidos.
7. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS EM ESPÉCIE�
	7.1. CONTRATOS DE EXECUÇÃO DE OBRA–Contrato cujo objeto é a execução, construção, realização de uma obra pública por parte de um particular para uso próprio do ente estatal ou da coletividade em geral. A obra consiste em toda construção, reparação, fabricação, recuperação ou ampliação.
	7.2. CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO – Para a contratação de trabalhos a serem realizados para atender determinado interesse da Administração Pública. Tais como: instalação, montagem, operação, conservação, adaptação, manutenção, publicidade, etc. Remuneração feita pela própria Administração Pública sem repasse para os usuários (diferençaem relação a contratação de serviços públicos).
	7.3. CONTRATOS DE FORNECIMENTO DE BENS – Para a aquisição de bens essenciais e necessários para a consecução das atividades do órgão público.
	7.4. CONTRATOS DE CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS – Esta contratação será regulamentada pela Lei nº 8.987/95. A Administração Pública transfere ao particular determinado serviço público, o qual será prestado por sua conta e risco durante prazo determinado e mediante o pagamento de tarifas por parte do usuário do serviço. Ou seja, o pagamento deste particular se efetivará com a própria exploração do serviço prestado. Exemplo: transporte - ônibus.
QUESTÕES OBJETIVAS
(“Treino difícil, jogo fácil”)
1. (FCC/2013/TJ-PE/Titular de Serviços de Notas e de Registros) O Estado de Pernambuco contratou a empreiteira para a realização de obras de grande vulto, consistentes na construção de uma ponte pênsil. No curso do contrato, a empreiteira contratada subcontratou empresa especializada para a execução da obra, alegando que não possuía a expertise necessária para realizar a totalidade do escopo dos serviços contratados, que se mostraram mais complexos do que avaliou quando da participação no prévio procedimento licitatório, o qual não previa a possibilidade de subcontratação.
De acordo com os princípios e normas que regem os contratos administrativos, 
a) a conduta do contratado afigura-se ilegal dada a natureza intuito personae do contrato administrativo que impede a transferência, total ou parcial, do seu objeto a terceiros, admitindo apenas a subcontratação parcial nos limites estabelecidos no edital e contrato.
b) a mutabilidade do contrato administrativo autoriza a substituição do contratado no curso do contrato, para garantir a melhor consecução de seu objeto, não havendo, pois, ilegalidade na conduta apontada.
c) a presença de cláusulas exorbitantes autoriza a Administração, a seu exclusivo critério, a transferir a execução do contrato a terceiro mais apto que o contratado, mediante subcontratação, não sendo, contudo, conferida ao contratado a mesma prerrogativa, afigurando-se ilegal a sua conduta.
d) o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado pode ser invocado para justificar a licitude da conduta do contratado, desde que comprove que efetuou a subcontratação no interesse da Administração e que não auferiu qualquer proveito econômico indevido.
e) a natureza de contrato de adesão do contrato administrativo permite, a critério da Administração, a substituição do contratado no curso do contrato, de forma que a conduta descrita não padece de vício desde que tenha contado com a prévia anuência do Estado.
2. (CESPE/2013/SERPRO/Advocacia) A respeito de contratos administrativos e da Lei de Licitações, julgue o item subsecutivo.
( ) Será nulo qualquer contrato administrativo celebrado e ajustado verbalmente com a administração pública.
3. (VUNESP/2013/CETSB/Advogado) Conforme o disposto na Lei de Licitações e Contratos, as cláusulas econômico financeiras e monetárias dos contratos administrativos
a) podem ser alteradas sem prévia concordância do contratante
b) são alteráveis unilateralmente por conta do princípio da supremacia do interesse público
c) não podem ser alteradas
d) Não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
e) exigem que sejam revistas semestralmente.
4. (MPE-SC/2013/Promotor de Justiça) Analise o enunciado da questão abaixo e assinale “certo” (c) ou “errada” (e)
( ) Nos termos da Lei n. 8.666/93, constitui motivo para a rescisão do contrato a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para a execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto, o que configuraria o fato da Administração.
5. (VUNESP/2011/SAP-SP/Analista Administrativo) No contrato administrativo, 
I. As cláusulas exorbitantes possibilitam a alteração unilateral pela Administração Pública
II. O objeto pode corresponder ao interesse privado;
III. A forma verbal é vedada pela Lei nº 8.666/93.
Está correto o contido em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
6. (FUJB/2011/MPE-RJ/Analista Administrativo) Sobre os contratos da Administração Pública, é correto afirmar que:
a) não há contratos administrativos verbais, sendo tais pactos nulos e inaptos a produção de qualquer efeito válido;
b) todos os contratos da Administração sujeitam-se integralmente ao regime jurídico de direito público.
c) a declaração de nulidade do contrato administrativo produz efeito sempre retroativo, independentemente da boa fé do contrato e das prestações por ele já realizadas;
d) a exceção do contrato não cumprido não é aplicável, independentemente da extensão da mora administrativa, aos contratos da Administração Pública;
e) ao dever do contratado de aceitar as alterações unilaterais impostas pela Administração, nos limites da lei, corresponde o direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
7. (VUNESP/2012/DPE-MS/Defensor Público) Considerando os contratos administrativos, não no sentido amplo empregado na Lei nº 8.666, mas no sentido próprio e restrito, que abrange não apenas aqueles acordos de que a Administração é parte, sob regime jurídico publicístico, derrogatório e exorbitante do direito comum, podem ser apontadas as seguintes características:
a) presença da Administração Pública como particular, imutabilidade, obediência à forma prescrita em lei.
b) presença da Administração Pública como poder público, finalidade pública, natureza de contrato de adesão.
c) procedimento legal, natureza intuitu personae, ausência de cláusulas exorbitantes.
d) imutabilidade, natureza intuitu personae, forma não prescrita em lei.
8. (CESPE/2008/TJ-AL/Juiz) Medidas de ordem geral não relacionadas diretamente com o contrato, mas que nele repercutem, provocando desequilíbrio econômico-financeiro em detrimento do contratado, é um instituto aplicado aos contratos administrativos definido como:
a) fato da administração
b) força maior
c) caso fortuito
d) exceptio non adimpleti contractus
e) fato do princípe
CLÁUSULAS NECESSÁRIAS
DURAÇÃO DO CONTRATO
LEIS ORÇAMENTÁRIAS (Artigo 165 da CF)
Plano Plurianual (PPA) – define as metas e as ações do governo pelo prazo de 04 anos. É feito no primeiro ano do mandato e valerá pelos próximos 04 anos não coincidentes com o mandato do gestor (passa um ano do mandato seguinte).
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – as metas e ações serão divididas por ano; o que será feito em cada ano do mandato.
Lei de Orçamentária Anual (LOA) – fará a efetivação da LDO, prevendo quanto se gastará em cada ano.
REQUISITOS DA LICITAÇÃO NO CONTRATO ADMINISTRATIVO
CLÁUSULAS EXORBITANTES
FISCALIZAÇÃO
APLICAÇÃO DE PENALIDADES
OCUPAÇÃO PROVISÓRIA
ALTERAÇÃO CONTRATUAL
UNILATERAL
BILATERAL
RESCISÃO UNILATERAL
É possível a aplicação em contrato administrativo da exceptio non adimpleti contractus?
A exceção de contrato não cumprido está prevista no art. 78, inciso XV, da Lei nº 8666/93 – focado na continuidade da prestação do serviço, ainda que a Administração não pague, o contratado deve continuar a prestação do serviço pelo prazo de 90 (noventa) dias.
Depois de decorridos os 90 dias sem pagamento por parte da Administração, a norma permite que o contratado suspenda o serviço, quando poderá ser aplicada a exceção de contrato não cumprido.
Portanto, ela é aplicável aos contratos administrativos. Só que não é aplicada de imediato, mas de forma diferenciada, posto que aplicável a partir de 90 dias de descumprimento por parte da Administração Pública.
Essa cláusula possui previsão tanto no contrato comum como no contrato administrativo, não sendo, assim, cláusula exorbitante. 
�Contratos comutativossão aqueles que possuem prestações certas e determinadas, ou seja, as partes contratantes já sabem previamente qual a prestação a ser fornecida e qual a contraprestação a ser recebida em razão dessa prestação. Exemplo: compra e venda, aluguel, contratos trabalhistas.
É diferente de contrato aleatório que não possui prestações e contraprestações certas e determinadas, mas falta especificar a quantidade ou extensão destas, dependendo de um fato futuro. Exemplo: contrato de seguro, contrato de compra e venda de colheita ou animal, jogo, aposta.
�Contratos de adesão são aqueles cujas cláusulas ou condições são previamente estabelecidas de forma unilateral pelo fornecedor do serviço, pelo contratante ou pela autoridade competente, não dando ao consumidor ou contratado a possibilidade de discuti-las ou muda-las substancialmente. Exemplo: contratos bancários e contratos administrativos.
� Obras: acima de R$ 150.000,00.
Bens e Serviços: acima de R$ 80.000,00
� CARVALHO, Matheus. Manual de direito administrativo. Salvador: JusPodivm, 2014, p. 535.
�CARVALHO, Matheus. Manual de direito administrativo. Salvador: JusPodivm, 2014, p. 520.
� JUSTEN, Marçal apud CARVALHO, Matheus. Manual de direito administrativo. Salvador: JusPodivm, 2014, p. 530.
� CARVALHO, Matheus. Manual de direito administrativo. Salvador: JusPodivm, 2014, p. 533.
� Material formulado a partir das explicações extraídas do livro “Manual de Direito Administrativo” do Professor Matheus Carvalho (paginas 545/548).
�PAGE \* MERGEFORMAT�11�

Continue navegando