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APARELHO ESTOMATOGNÁTICO

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APARELHO ESTOMATOGNÁTICO
Componentes: dentes, periodonto, músculos (face, língua e mandíbula), maxila e mandíbula, ATM e enervação e vascularização de todo o aparelho. 
Funções: deglutição, sucção, respiração, digestão, mastigação e comunicação.inatas
adaptativa
O AEG não executa essas funções de forma isolada, mas organiza-se em um processo altamente coordenado, integrando-as entre si e com funções externas
Sistema trigeminal: n trigêmeo é misto. Responsável pela condução de maior parte das informações, conjuntiva e dura-máter -> informação proprioceptiva: neurônios trigeminais no interior do SNC;. Composto de quatro núcleos: principal, mesencefálica, espinal (que são responsáveis pelo processamento de informações somestésicas e propioceptivas,) e motor do trigêmeo ( 	inervação motora da musculatura)
Dentes: formados de esmalte, dentina, polpa e cemento
ATM: articulação sinovial que proporciona movimentos de abertura, fechamento, lateralidade e protrusão/ retrusão . Ligamentos compostos de fibras articulares agem como guias dessa articulação, restringindo o movimento articular. Mecanismos da ATM:
Complexo cabeça-disco: disco articular + cabeça da mandíbula = movimento rotacional entre o disco e o côndilo mandibular
Conjunto formado pelo complexo cabeça-disco articulando na fossa maxilar = permite o movimento de translação de todo o complexo para fora da fossa, possibilitando a maior abertura da boca. 
É inervada por fibras sensitivas associadas a receptores mecânicos, que conduzem as inf ao SNC
Periodonto: osso alveolar + cemento + gengiva + lig periodontal = proteção e sustentação do dente. Mecanorreceptores associados ao gânglio do trigêmeo estão ao redor da região mediana da raiz, enquanto os mecanorreceptores associados ao núcleo mesencefálico então mais próximos ao ápice. 
SENSIBILIDADE: GUSTAÇÃO E OLFAÇÃO
O sistema sensorial representa a porção do SN diretamente relacionada à recepção, transdução, transmissão e ao processamento inicial das inf.
Visão e audição: modalidades sensoriais sensíveis a estímulos contínuos por ondas eletromagnéticas e ondas mecânicas cujas frequências estão em uma faixa adequada para detecção pelos receptores sensoriais. 
Somestesia: conjunto de submodalidades (pressórica, tátil, térmica e dolorosa) presentes na pele, mucosas e tecidos profundos. Relaciona-se estreitamente com a submodalidade muscular e articular da sensibilidade proprioceptiva, responsável por promover o sistema nervoso com informações relativas à posição e aos movimentos do corpo no espaço. 
Interocepção: conjunto de submodalidades responsáveis por detectar um grande número de variáveis relacionadas aos processos que ocorrem (ex: mecanorreceptores que detectam a pressão arterial). Fornece infs para que o SN organize respostas vegetativas adequadas
A natureza de diferentes estímulos sensoriais é codificada basicamentepelo fato dessas inf trafegarem por vias distintas e se projetarem em áreas corticais também distintas. A maior parte das inf sensoriais é previamente processada por circuitos talâmicos antes de atingir as respectivas áreas corticais, onde poderá se consciente.
Organização topográfica das projeções aferentes: tamanho de uma projeção cortical reflete a importância da inf a ser passada
A maior parte das vias aferentes projeta-se também sobre a formação reticular, encarregada de manter a ativação do córtex cerebral necessária ao processamento da inf sensorial
Receptores sensoriais e processo de transdução:
Transdução= estímulo convertido em uma “linguagem” compreendida pelo SN, feita pelos receptores sensoriais. A especificidade de um receptor para um determinado tipo de estímulo depende dos mecanismos moleculares envolvidos no processo de transdução. Esse processo começa pela detecção de determinado estímulo pelo receptor sensorial. O mecanismo comum a todo receptor é a geração de um potencial gerador (ou receptor) caracterizado por uma alteração de potencial elétrico de membrana da célula receptora. A alteração do pot de membrana é, nesse caso, sempre uma consequência de modificações na condutância de canais iônicos, resultantes da presença de estímulo sensorial. 	
O local de geração de um potencial gerador e local de geração do respectivo pot de ação são, geralmente, separados, podendo ser diferentes sítios de uma mesma célula, ou, até mesmo, de diferentes células sensoriais. O pot de gerador é local e graduado (restrito à célula receptora, e possui uma amplitude variável que 	reflete a intensidade do estímulo sensorial aplicado).
Passo final na transdução -> geração de um impulso nervoso na fibra nervosa aferente , que irá conduzir a inf sensorial para o interior do SNC. Pot de ação= tudo ou nada, amplitude constante. 
Vias e circuitos sensoriais: 
Via = série de neurônios conectados sinapticamente e relacionados a uma mesma modalidade sensorial. 
Unidade sensorial = conjunto formado por uma única fibra aferente e todos os receptores sensoriais que ela inerva
Campo receptivo= composto pelo conjunto de receptores pertencentes à mesma unidade sensorial
Limiar absoluto (perceptivo, comportamental) = menor intensidade de um estímulo requerida para que seja detectado 
Poder de resolução = quando uma característica de dois estímulos diferentes são comparados (ex: caneta na pele)
A inf sensorial fluindo por fibras aferentes distintas é a condição essencial para que o SN possa identifica-los como estímulos separados espacialmente
Centros Superiores de Integração: inf que chegam no cérebro precisam ser integradas como em um lego. O SN pode detectar um conjunto arbitrário de estímulos sensoriais, os quais poderiam ser reunidos de várias formas na construção de diferentes perceptos, o que terá consequências decisivas para a sobrevivência de um indivíduo. O valor adaptativo de nossas ações é o critério mais importante que determinará a construção, a partir de um conjunto arbitrário, das percepções que terão o impacto mais benéfico ao organismo. 
Depois dos processos de recepção e transdução, realizados por cél receptoras, a inf sensorial propaga-se por uma fibra nervosa aferente primária para o interior do SNC, onde tem início uma primeira etapa de processamento neural
As respostas adaptativas mais complexas, as quais constituem os comportamentos elaborados emitidos no organismo requerem a integração de infs sensoriais multimodais. Esses elaborados comportamentos dependem mais da plasticidade do SN em comparação a respostas mais simples (muitas das quais já estão implementadas de forma inata. 
A percepção é um dos estágios mais elaborados do processamento sensorial, cuja função adaptativa é, possivelmente, produzir elevado de integração sensorial que permita a emissão de comportamentos cada vez mais complexos
A gustação e a olfação são sensibilidades químicas -> são fundamentais na elaboração de vários comportamentos, destacando o alimentar e sexual (prevenção da espécie)
SENSIBILIDADE GUSTATIVA: 
Receptores mais sensíveis a íons e moléculas presentes principalmente nos alimentos. Esse receptores são encontrados na língua, faringe, epiglote, porção superior do esôfago e palato (agrupados em botões gustativos). São cinco as qualidades principais: Razão para existirem: balanço hidro-eletrolítico (doce/ salgado), reconhecer subs nocivas (azedo/amargo) e detecção de certos aminoácidos (umami)
Doce
Salgado
Azedo
Amargo 
Umami
	
	
Azedo: prótons parecem ser o estímulo primário do azedo, já que a concentração ácida de um estímulo gustativo e a intensidade desse gosto produzido são proporcionais entre si. O processo de transdução induzida pela ação dos íons H+ extracel sobre os receptores gustativos parece envolver diferentes mecanismos biofísicos . Ex: íons H+ presentes em subs ácida podem, na membrana de um receptor gustativo , bloquear canais de K+ ou abrir canais de Na+, permitindo que a corrente elétrica resultante hiperpolarize a cél, gerando potencial receptor. A entrada direta de H+ na cél pode contribuir para a hipopolarização(associada ao azedo), mas é preciso lembrar que o pH intracelular é uma variável mantida entre uma estreita faixa de controle homeostático -> diminui a importância desse influxo de H+ como mecanismo de transdução
Salgado: íons Na+ entram na cél gustativa a favor do gradiente eletroquímico, através de canais específicos. O influxo de sódio hiperpolariza a cél receptora, gerando pot receptor
Doce:Duas famílias de receptores metebotrópicos (T1R e T2R) pertencem ao conjunto de receptores ligados a prot G estão no processo de transdução do doce, amargo e umami
Amargo: associa-se a subs danosas ao organismo 
Umami: a detecção gustativa de certos aminoácidos da presença de receptores GPCR, também formado por duas subunidades proteicas diferentes: T1R1 e T1R3 (ativação por glutamato). 
Vias gustativas: cél receptora gustativa transmite a inf sinapticamente aos terminais de fibras aferentes que compõe os VII e IX . Principal neurotransmissor cél receptora/fibra aferete = ATP. A inf gustativa é codificada por meio de interações de diferentes submodalidades gustativas. A saliva age como um solvente e transporta subs, permitindo contato com os botões gustativos.
A gustação participa na integração de reflexos importantes (como no controle de salivação)
SENSIBILIDADE OLFATIVA:
Neurônios olfativos tem o polo apical que origina um dendrito único que se estende à superfície epitelial. Numerosos cílios projetam-se desse dendrito, componde extensa superfície receptora. No polo oposto parte um axônio único em direção ao bulbo olfatório. Subs presentes na cavidade nasal ligam-se a receptores específicos nos cílios dos neurônios olfatórios e dão origem a uma cascata de eventos que culminam na geração de pot de ação nos axônios dessas cél, transmitindo essas inf ao bulbo olfatório
A ligação de uma subs a um receptor odorífero (RO) induz uma cascata de trasndução que culmina com a geração de um pot de ação no axônio de um neurônio olfatório. A ligação de uma substância odorífera a um receptor acoplado a uma prot G leva à liberação de subunidades dessa prot. 
Codificação de informação do ep olfativo = exposição de neurônios olfativos a subs odoríferas geralmente provoca uma resposta hipopolarizante. A reposta máxima a diferentes subs ocorre em várias regiões do ep olfatório, a resposta de muitas regiões do ep (gene associado a um RO se localiza disperso sobre regiões maiores da superfície epitelial. 
SOMESTESIA E DOR OROFACIAL
Sensibilidade somestésica: sensibilidade somática 
Tátil
Pressórica 
Térmica 
Dolorosa 
Inf sensorial originada na periferia é conduzida à medula espinal ou tronco encefálico por intermédio de fibras aferentes que fazem parte dos nervos periféricos ou cranianos. As estrutura da cabeça tem a maior parte da sua sensibilidade somestésica veiculada por nervos cranianos (trigêmeo, facial, glossofaríngeo e vago). 
Nervos que se dirigem à medula espinal = fibras aferente chegam à medula pelas raízes dorsais, já estabelecendo conexões com a subs cinzenta. Uma área cutânea enervada por uma raiz dorsal é denominada dermátomo. Fibras grossas conduzem sensibilidade tátil e proprioceptiva (ascendem diretamente para o bulbo por meio da coluna dorsal), fibras finas conduzem as sensibilidades térmica e dolorosa. O calibre e a mielinização do axônio estão intimamente ligados à velocidade de propagação do pot de ação. Depois de entrarem na medula espinal, as fibras aferentes primárias ramificam-se na subs branca, além de emitirem colaterais, cujas terminações estabelecem conexões sinápticas na subs cinzenta. Na medula espinal, as inf somestésicas são conduzidas por dois grandes sistemas: leminiscal (sensibilidade tátil e propriceptiva) e antero-lateral (sensibilidade dorsal e térmica). 
Córtex somatossensorial: 
Primário -> localiza-se no giro pós-central, com as projeções talâmicas para ele organizadas somatotropicamente e originam-se principalmente no núcleo ventral superior.	
Secundário -> localiza-se na borda superior do sulco lateral, recebe projeções do primário e projeta-se sobre outras regiões corticais somatossensoriais. 
Sensibilidade pressórica e tátil: submodalidade sensorial mediada por mecanorreceptores, 2 classes funcionais: adaptação rápida (respondem apenas ao início de uma estimulação e ao seu término, mas não a uma contínua, corpúsculo de Pacini é seu mecanorreceptor) e lenta (estimulação contínua e persistente, corpúsculo de Ruffini é seu mecanorreceptor).
Sensibilidade térmica: baseia-se na existência de duas classes de termorreceptores (de frio e de calor). O processo de transdução é iniciado por canais iônicos presentes na membrana de terminações nervosas livres. 
Nociocepção e dor: a dor pode ser produzida por uma variedade de estímulos, como pressão mecânica, extremos de TºC, pH ácido, soluções hipertônicas, luz intensa e mediadores químicos. Um dos dois estágios da dor é a nociocepção, que se refere à transdução por receptores especializados de estímulo real ou potencialmente lesivo aos tecidos. 
Nociceptores e aferentes nociceptivos primários : receptores sensoriais responsáveis pela transdução de uma inf dolorosa ou potencialmente lesiva para os tecidos. O nocioceptor e uma terminação nervosa livre, sem estrutura acessória, que faz desse receptor um dos menos diferenciados entre receptores sensoriais. O resultado final da transdução é uma hipopolarização das terminações livres e geração de pot de ação na fibra aferente. Além da transdução da estimulação dolorosa, alguns nociceptores podem participar ativamente do processo doloroso, causando SENSIBILIZAÇÃO. 
A projeção da sensibilidade nociceptiva é ascendente. São 3: espinotalâmico (axônios de neurônios de segunda ordem, cruzando a linha mediana ainda na medula, ascendente pelo quadrante antero-lateral da subs branca, projetando-se no tálamo), espinorreticular (compostas por axônios que também ascendem pelo quadrante antero-lateral, terminando no tálamo e na formação reticular bulbo pontínea) e espinomesencefálico (termina em algumas regiões mesencefálicas onde se incluem a formação reticular mesencefálica e a subs cinzenta periarquedutal). 
Modulação da sensibilidade dolorosa: o sistema nervoso possui sistemas envolvidos no controle aferente da sensibilidade dolorosa. A analgesia (redução da dor) pode ser induzida por estimulação elétrica adequada da subs cinzenta periaquedutal e de regiões de tálamo e da cápsula interna.
Circuitaria mais estudada para a modulação da dor: subs cizenta periaqueduta (recebe aferente de regiões corticais) e região rostroventral da medula oblonga ou bulbo rostroventral (neurônios localizados na subs cinzenta periventricular. Pode ser feita por eferentes descendentes.
A sensibilidade dolorosa da face e da cavidade oral é processada pelo núcleo espinal do trigêmeo. Está correlacionada à frequência dos potenciais de ação nas fibras aferentes 
Dor referida é aquela sentida numa área de superfície distante do órgão estimulado. Área onde a dor é manifestada e o órgão visceral relacionado apresenta a mesma inervação na medula espinhal 
MASTIGAÇÃO E DEGLUTIÇÃO
Movimentos funcionais e parafuncionais desempenhados pelos músculos inseridos na mandíbula 
O tronco encefálico é responsável pela geração de RITMICIDADE mastigatória fundamental
O córtex cerebral é responsável pela iniciação desse ajustes finos da atividade mastigatória 
A mastigação é um processo complexo que depende de aferências sensoriais e eferências motoras vegetativas 
A sensibilidade mecânica do periodonto contribui de forma muito importante nos ajustes finos da atividade mastigatória
O automatismo da mastigação NÃO garante uma eficiência mastigatória alta, já que depende da natureza e consistência dos alimentos
Mecanorreceptores localizados na mucosa oral participam do controle neural da mastigação
A ritmicidade mastigatória, evidenciada pelo registro eletrofísiológico de motoneurônios trigeminais, persiste mesmo quando os movimentos mandibulares são abolidos por meio de um bloqueio neuromuscular-> não é mantida reflexamente a partir das inf sensoriais geradas pelos movimentos mandibulares

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