Buscar

TRANSMISSAO NERVOSA, RECEPTORES SENSORIAIS, VIAS DA DOR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
1. Mecanorreceptores → detectam compressão ou estiramento mecânico do receptor ou dos tecidos adjacentes 
2. Termorreceptores → detectam alterações de temperatura (alguns frio, outros calor). 
3. Nociceptores → receptores de dor que detectam lesões ocorrendo nos tecidos (físicas ou químicas). 
4. Receptores eletromagnéticos → estimulados a partir de ondas eletromagnéticas → detectam luz na retina do olho. 
5. Quimiorreceptores → detectam gosto na boca, odores no nariz, concentração de CO2 e O2 no sangue 
SENSIBILIDADE DIFERENCIAL DOS RECEPTORES 
• Cada tipo de receptor é extremamente sensível a um tipo de estímulo para o qual se desenvolveu e é quase insensível a outros 
Modalidade da Sensação – Princípio das Vias Rotuladas 
• Dor, tato, visão, som → cada um é uma modalidade da sensação. 
• Cada feixe nervoso termina em um ponto específico no SNC, e o tipo de sensação percebida quando uma fibra nervosa é 
estimulada é determinado pelo ponto no sistema nervoso ao qual a fibra conduz. 
• O estímulo pode ser eletricidade, hiperaquecimento da fibra, esmagamento da fibra ou a estimulação das terminações nervosas 
da dor, por lesão das células do tecido. 
• A especificidade das fibras nervosas para transmissão de apenas uma modalidade de sensação é o princípio da linha rotulada. 
CORRENTES ELÉTRICAS LOCAIS NAS TERMINAÇÕES NERVOSAS – POTENCIAIS RECEPTORES 
• Receptores sensoriais tem uma característica comum → qualquer que seja o estímulo que excite o receptor, seu efeito imediato 
é alterar o potencial elétrico da membrana do receptor (chamado potencial receptor). 
• Diferentes receptores podem ser excitados para produzir potenciais de diversas maneiras: 
1. Deformação mecânica do receptor, que estira a membrana receptora e abre canais iônicos; 
2. Aplicação de substância química à membrana, também abre canais iônicos; 
3. Alteração da temperatura da membrana, que altera permeabilidade da membrana; 
4. Efeito da radiação eletromagnética, como o da luz sobre o receptor, alterando características da membrana e permitindo 
íons fluindo através dos canais da membrana. 
Amplitude Máxima do Potencial Receptor e Relação com os Potenciais de Ação 
• Amplitude máxima da maioria dos potenciais receptores sensoriais é 100 mv → ocorre com 
alta intensidade do estímulo 
• Mesma voltagem dos potenciais de ação e a alteração de voltagem quando a membrana fica 
permeável ao máximo ao Na. 
• O potencial de ação surge quando o potencial receptor passa o limiar necessário 
• Quanto mais o potencial receptor sobe, maior é a frequência dos potenciais de ação. 
POTENCIAL RECEPTOR DO CORPÚSCULO DE PACINI – FUNÇÃO RECEPTORA 
• O corpúsculo tem uma fibra nervosa central → envoltas por camadas gelatinosas capsulares 
concêntricas → compressão em qualquer parte irá deformar a fibra central. 
o O liquido entre as camadas viscoelasticas é LE 
• A extremidade da fibra central dentro da cápsula é amielínica → a fibra passa a ser mielinizada 
logo antes de deixar o corpúsculo para entrar no nervo sensorial periférico. 
• Quando uma zona é comprimida, e se abrem canais iônicos, causando influxo de sódio e positividade interior → potencial 
receptor → induz circuito local de fluxo de corrente, que se espalha ao longo da fibra nervosa. 
• No primeiro nodo de Ranvier, o fluxo da corrente local despolariza a membrana da fibra no nodo → 
desencadeia potenciais típicos, transmitidos em direção ao SNC 
Relação entre a Intensidade do Estímulo e o Potencial Receptor 
• Em estímulos altos, a amplitude aumenta rapidamente no início, e depois de modo mais lento. 
• A frequência dos potenciais de ação repetitivos transmitidos pelos receptores sensoriais aumenta em 
proporção ao aumento do potencial receptor. 
 
 
2 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
• A estimulação muito intensa do receptor causa, progressivamente, menos aumento adicional do número de potenciais de ação 
→ permite que o receptor seja sensível à experiência sensorial muito fraca mas não atinja frequência máxima de disparos até 
que o estimulo seja extremo 
ADAPTAÇÃO DOS RECEPTORES 
• Os receptores sensoriais se adaptam parcial ou completamente a qualquer estímulo 
constante, após certo período de tempo. 
• Quando aplicado um estímulo sensorial contínuo, o receptor responde inicialmente com 
alta frequência de impulsos e, depois mais lentamente até que a frequência dos potenciais 
de ação diminui até muito pouco ou nada. 
• Alguns receptores sensoriais se adaptam em maior extensão que outros → os receptores 
de pelos se adaptam em um segundo, enquanto os receptores de cápsulas nas 
articulações e fusos neuromusculares se adaptam muito lentamente. 
o Corpúsculo de Pacini se adapta até extinção e os receptores da base de pelos também → os outros mecanorreceptores 
se adaptam por completo, mas requerem muito tempo → receptores não adaptáveis. 
o Tempo de adaptação mais longo é o de barorreceptores aórticos e carotídeos – 2 dias. 
o Quimiorreceptores e receptores da dor nunca se adaptam por completo. 
Mecanismo pelos quais os Receptores se Adaptam 
• É uma propriedade de cada tipo de receptor 
• Em mecanorreceptores, se estuda o corpúsculo de Pacini → por ser uma estrutura viscoelástica, quando uma força distorsiva 
é subitamente aplicada, é transmitida ao componente viscoso do corpúsculo no mesmo lado da fibra nervosa central, 
provocando um potencial receptor. 
o Com a redistribuição do líquido, a pressão passa a ser igual em todo o corpúsculo → o potencial desaparece 
• O segundo mecanismo é mais lento e resulta do processo de acomodação → mesmo se a fibra central continuar a ser distorcida, 
a própria ponta da fibra nervosa gradativamente se acomoda ao estímulo. 
o Resulta da inativação dos canais de Na → o próprio fluxo de Na nos canais faz com que eles se fechem gradativamente. 
Receptores de Adaptação Lenta - Receptores Tônicos 
• Continuam a transmitir impulsos para o encéfalo enquanto o estímulo estiver presente → mantêm o encéfalo informado 
sob o estado do corpo e sua relação com o ambiente → propriocepção 
• Receptores da mácula do aparelho vestibular, receptores da dor, barorreceptores da árvore arterial e quimiorreceptores 
dos corpos aórticos e carotídeos. 
• Por poderem transmitir informação por muitas horas, n são chamados receptores tônicos. 
Receptores de Adaptação Rápida – Receptores de Taxa de Variação, de Movimento ou Fásicos 
• Só são estimulados quando a força do estímulo se altera e reagem intensamente enquanto estiver ocorrendo a alteração 
• No corpúsculo de Pacini, a pressão súbita aplicada excita esse receptor e depois sua excitação se esvai, apesar da pressão 
contínua → mais tarde, transmite um sinal quando a pressão é liberada. 
• São importantes para que o SNC possa predizer as condições para os eventos próximos. 
o Os receptores dos canais semicirculares no vestíbulo do ouvido detectam a velocidade que a cabeça muda de 
lugar quando correndo em curva → prediz quando a pessoa terá de virar e mudar o movimento das pernas 
FIBRAS NERVOSAS E CLASSIFICAÇÃO FISIOLÓGICA 
• As fibras variam de 0,5 a 20 micrôm de diâmetro → quanto maior diâmetro, maior velocidade de condução → 0,5 a 120m/s. 
• As fibras do tipo A são as grandes fibras mielínicas típicas dos nervos espinhais → subdividida em alfa, beta, gama e delta 
• As fibras C são pequenas fibras nervosas amielínicas que conduzem impulsos com baixa velocidade → mais da metade das 
fibras sensoriais, na maioria dos nervos periféricos, e as fibras autonômicas pós-ganglionares. 
• Fibras mielinizadas grossas transitem impulsos com maior velocidade, e as mais delgadas menor. 
 Grupo Ia – fibras das terminações ânulo-espinhais dos fusos neuromusculares (Fibras A-alfa). 
 Grupo Ib – fibras dos órgãos tendinosos de Golgi (Fibras A-alfa). 
 Grupo II – Fibras da maioria dos receptores táteis cutâneosdiscretos e terminações em buquê dos fusos neuromusculares 
( A-beta e A-gama).m 
 Grupo III – Fibras que conduzem sensações de temperatura, tato grosseiro e dor em picada (Fibras A-delta). 
 Grupo IV – Fibras amielínicas, que conduzem sensações de dor, coceira, temperatura e de tato grosseiro (Fibras C). 
 
 
3 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
–
• Uma das características de cada sinal que sempre tem que ser conduzida é a sua intensidade 
• As diferentes gradações da intensidade podem ser transmitidas usando um número crescente de 
fibras paralelas ou enviando mais impulsos ao longo de uma única fibra. 
Somação Espacial 
• A força crescente do sinal é transmitida pelo uso progressivamente maior do número de fibras. 
• A área para uma terminação dolorosa – geralmente abrange uma área de 5cm (campo receptor) 
• Cada uma delas se arboriza em centenas terminações nervosas livres – o número de fibras é grande 
no centro, mas diminui em direção à sua periferia. 
• Quanto mais fibras são estimuladas maior a intensidade da dor → os sinais mais fortes se espalham 
para mais e mais fibras – somação espacial. 
Somação Temporal 
• Aumentando a frequência dos impulsos nervosos em cada fibra aumenta a intensidade do sinal – 
somação temporal. 
• O SNC é composto por milhares a milhões de grupamentos neuronais → cada um com 
características próprias que processam os sinais de maneiras diferentes 
• Todo o córtex poderia ser considerado um grande grupamento neuronal → outros grupamentos seriam: gânglios da base, 
núcleos específicos do tálamo, cerebelo, mesencéfalo, ponte e bulbo, e toda substância cinzenta dorsal da medula espinhal 
TRANSMISSÃO DE SINAIS PELOS GRUPAMENTOS NEURONAIS 
Organização dos Neurônios 
• Cada fibra aferente se divide centenas a milhares de vezes, fornecendo mil ou mais fibrilas terminais 
que se espalham por grande área para fazer sinapse com os dendritos, ou os corpos celulares, dos 
neurônios do grupamento. 
• Os dendritos também se arborizam dentro do grupamento. 
• A área neuronal estimulada por cada fibra nervosa aferente é o campo estimulatório. 
Estímulos Liminares e Subliminares – Excitação e Facilitação 
• Grande número de terminações aferentes deve descarregar sobre o mesmo neurônio para causar excitação. 
• Se uma fibra tem quantidades suficientes pra induzir uma descarga, o estimulo é excitatório ou supralimiar 
• Quando a descarga das terminações torna outros neurônios mais capazes de serem excitados por sinais de outras fibras → 
estímulo subliminar e facilitação 
• Na porção onde os neurônios são estimulados pela fibra aferente– zona de descarga, 
excitada ou limiar. 
• Nos neurônios facilitados, há as zonas facilitadas ou zona subliminar. 
Inibição de Grupamento Neuronal 
• Pode ocorrer o oposto da facilitação e todo o campo dos ramos inibitórios é chamado zona inibitória. 
• O grau de inibição no centro dessa zona é grande, por causa do grande número de terminações no centro, e torna-se 
progressivamente menor em direção à periferia. 
Divergência dos Sinais que Passam Através dos Grupamentos Neuronais 
• Sinais que entram no grupamento neuronal excitam um número muito maior de fibras 
nervosas que deixam o grupamento. 
1. Divergência amplificadora → sinal aferente se espalha para um número crescente 
de neurônios à medida que passa por ordens sucessivas de neurônios no seu trajeto 
– via corticoespinhal (controle de músculos esqueléticos). 
2. Divergência de múltiplos tratos → sinal é transmitido em duas direções, a partir do 
grupamento → informações ascendentes da medula seguem para o cerebelo ou para o tálamo e córtex 
 
 
4 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
Convergência de Sinais 
• Significa que sinais a partir de múltiplas entradas se unem para excitar um mesmo neurônio. 
1. Convergência de fonte única → terminações múltiplas de uma mesma fibra de entrada 
terminam sobre o mesmo neurônio. 
• Os neurônios quase nunca são excitados por potencial de ação de uma só terminação 
de entrada → potenciais de ação convergindo sobre o neurônio a partir de múltiplas 
terminações fornecem suficiente somação para trazer o neurônio ao limiar 
2. Convergência de múltiplas fontes → permite a somação da informação de diferentes 
fontes e a resposta resultante é o efeito somado de todos os tipos de informação. 
Circuito Neuronal com Sinais Eferentes Excitatórios e Inibitórios 
• Sinal aferente para o grupamento neuronal pode causar sinal excitatório eferente que vai em determinada direção e o inibitório 
que vai para outra parte. 
• Este circuito é característico do controle dos pares de músculos antagônicos → circuito de inibição recíproca. 
• A fibra aferente excita diretamente a via eferente excitatória, mas estimula um neurônio 
inibidor intermediário, que secreta uma substância transmissora para inibir a segunda 
eferente do grupamento. 
• Evita a atividade excessiva em partes do encéfalo 
PROLONGAMENTO DO SINAL PELO GRUPAMENTO NEURONAL – PÓS-DESCARGA 
Muitas vezes, um sinal que entra no grupamento causa descarga prolongada de saída (pós-descarga) que dura até depois de o sinal 
de entrada ter terminado. 
Pós-descarga Sináptica 
• Quando sinapses excitatórias descarregam sobre superfícies dos dendritos ou do 
soma → desenvolve-se potencial pós-sináptico que dura muitos ms 
• Enquanto o potencial durar, ele pode excitar o neurônio – gerando sinal eferente 
sustentado → um só sinal instantâneo de entrada causando série de descargas. 
Circuito Reverberativo como Causa de Prolongamento de Sinal 
• Causados por feedback positivo dentro do circuito neuronal, para reexcitar a entrada 
do mesmo circuito → podendo descarregar repetitivamente por longo tempo. 
• As variações de circuito podem ser: 
1. Um único neurônio → o neurônio de saída manda uma fibra nervosa colateral 
de volta para seus próprios dendritos ou corpo celular para se reestimular. 
2. Neurônios adicionais ao circuito dando um período mais longo entre a 
descarga inicial e o sinal de feedback. 
• Tanto fibras facilitadoras quanto inibitórias terminam no circuito reverberativo → o 
sinal facilitador acentua a intensidade e a frequência da reverberação, enquanto o 
inibitório deprime ou faz cessar a reverberação. 
• As vias reverberatórias são formadas por muitas fibras paralelas → em cada estação 
celular, as fibrilas terminais se difundem amplamente. 
o O sinal reverberativo total pode ser fraco ou forte dependendo da quantidade de fibras. 
Características do Prolongamento do Sinal de um Circuito Reverberativo 
• O estímulo de entrada pode durar apenas 1 ms e o sinal de saída durar por vários 
• A intensidade do sinal de saída aumenta até valor alto no início da reverberação e então 
decai até o ponto crítico, onde cessa 
• A causa dessa cessação é a fadiga das junções sinápticas do circuito → a fadiga além de 
certos níveis críticos leva a estimulação do próximo neurônio do circuito até abaixo do 
limiar e o feedback é interrompido. 
SINAL EFERENTE CONTINUO DE ALGUNS CIRCUITOS NEURONAIS 
• Alguns circuitos emitem sinais de saída continuamente, mesmo sem sinais de entrada. 
• Causada por descarga neuronal intrínseca contínua e sinais reverberativos contínuos. 
 
 
5 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
Excitabilidade Neuronal Intrínseca 
• Neurônios descarregam repetitivamente se o nível excitatório do potencial de membrana subir acima do limiar. 
• Potenciais de membrana de muitos neurônios são suficientemente altos para fazer com que emitam impulsos de maneira 
contínua – ocorre em neurônios do cerebelo e interneurônios da medula espinhal. 
• Frequências podem ser aumentadas por sinais excitatórios ou diminuídas com inibitórios. 
Sinais Contínuos Emitidos por Circuitos Reverberativos 
• Circuito de reverberação em que a fadiga não impede a reverberação pode ser fonte de 
impulsoscontínuos. 
• Impulsos excitatórios que entram no grupamento reverberativo podem intensificar o sinal 
de saída, enquanto a inibição pode diminuir ou extinguir o sinal. 
• O sinal de entrada excitatório aumenta muito o sinal de saída e o inibitório pode diminuir 
muito → onda carreadora → os sinais excitatórios e inibitórios não são a causa do sinal 
de saída, mas controlam o nível cambiante de intensidade. 
• Usado pelo SNA para controlar funções – tônus muscular, tônus intestinal, grau de constrição da íris e frequência cardíaca. 
SINAIS EFERENTES RÍTMICOS 
• Acontece em centros respiratórios da ponte e bulbo, além do controle da marcha. 
• Resultam de circuitos reverberativos ou de uma sucessão de circuitos reverberativos 
sequenciais que fornecem sinais excitatórios ou inibitórios por via circular de um grupamento 
neuronal para o próximo. 
• Exemplo: alterações no nervo frênico – corpúsculo carotídeo estimulado pela deficiência de 
oxigênio arterial geram frequência e amplitude do sinal rítmico de saída aumentado. 
• Com a interconexão encefálica, a excitação de uma parte geraria uma cascata reverberativa sem fim. 
• Esse efeito é o que ocorre nas convulsões epilépticas. 
• O impedimento desse acontecimento está em dois mecanismos: circuitos inibitórios e fadiga das sinapses. 
Circuitos Inibitórios 
• Dois circuitos inibitórios ajudam a impedir a disseminação excessiva de sinais: 
 Circuitos inibitórios de feedback, que voltam das terminações das vias para neurônios excitatórios iniciais das mesmas vias; 
 Alguns grupamentos neuronais que exercem controle inibitório intenso sobre amplas áreas do encéfalo. 
Fadiga Sináptica 
• Transmissão sináptica se torna progressivamente mais fraca, quanto mais prolongado e mais intenso o período de excitação. 
• Quanto mais curto o intervalo entre os reflexos, menor a intensidade de resposta reflexa subsequente. 
• Áreas do cérebro que são muito utilizadas se tornam fatigadas, com sensibilidade reduzida. O inverso também é verdadeiro. 
• A sensibilidade em longo prazo das sinapses pode ser modificada pela regulação para baixo do 
número de proteínas receptoras nos sítios sinápticos quando há hiperatividade e pela regulação 
para cima quando há pouca atividade. 
• Proteínas receptoras estão constantemente sendo formadas e inseridas na membrana sináptica. 
Quando as sinapses são excessivamente utilizadas, muitos desses receptores são desativados 
permanentemente e removidos da membrana sináptica. 
• Esses controles ocorrem num nível ideal, evitando: câimbras musculares, convulsões, distúrbios 
psicóticos, alucinações, tensão mental e distúrbios nervosos. 
• Sentidos somáticos mecanorreceptores – sensações táteis e de posição; 
• Sentidos termorreceptores – detectam calor e frio; 
• Sentidos da dor – ativado por qualquer fator que lese tecidos. 
• Sentidos táteis incluem sentidos de tato, pressão, vibração, cócegas. 
• Sentidos de posição incluem sentidos de posição estática e de velocidade de movimentos. 
• Sensações exterorreceptivas – aquelas a partir da superfície do corpo. 
 
 
6 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
• Sensações proprioceptivas – têm haver com o estado físico do corpo; 
• Sensações viscerais – provenientes das vísceras 
• Sensações profundas – vêm dos tecidos profundos (fáscia, músculos e ossos). 
DETECÇÃO E TRANSMISSÃO DAS SENSAÇÕES TÁTEIS 
Interelações entre as Sensações Táteis do Tato, da Pressão e da Vibração 
• São detectadas pelos mesmos tipos de receptores. 
• Existem três diferenças principais entre eles: 
o As sensações do tato, geralmente, resultam da estimulação dos receptores táteis na pele ou nos tecidos imediatamente 
abaixo da pele; 
o As sensações de pressão geralmente resultam da deformação dos tecidos mais profundos; 
o A sensação de vibração resulta de sinais sensoriais rapidamente repetitivos. 
Receptores Táteis 
• Terminações nervosas livres → encontradas em toda a pele e em muitos outros 
tecidos, podem detectar tato e pressão, temperatura, dor... → a delta, tipo C 
• Corpúsculo de Meissner → terminação nervosa longa e encapsulada que excita 
uma grande fibra nervosa sensorial mielinizada (tipo A-beta) → dentro da 
cápsula, há muitos filamentos nervosos terminais ramificados. 
o Esses receptores estão presentes nas partes não pilosas da pele e são 
abundantes nas pontas dos dedos, lábios 
o Adaptam-se em frações de segundo, sensíveis à vibração de baixa 
frequência. 
• Receptores de extremidades expandidas (Discos de Merkel) → localizados nas 
pontas dos dedos e áreas que contenham muitos corpúsculos de Meissner. 
o Transmitem inicialmente sinal forte e parcialmente adaptável, e depois sinal contínuo mais fraco que adapta lentamente. 
o Responsáveis pela emissão de sinais do estado contínuo que permitem que se determine o toque contínuo de objetos. 
o Agrupados no órgão receptor chamado receptor em cúpula de Iggo → textura → inervado por fibra mielinizadas A-b. 
• Órgão terminal do pêlo → detecta movimentos mínimos do pêlo corporal, estimulando a fibra nervosa que enrola na base. 
o Detecta movimentos de objetos na superfície do corpo ou o contato inicial com o corpo. 
• Terminações de Ruffini → camadas mais profundas da pele e tecidos internos mais profundos. 
o Terminações encapsuladas e ramificadas, se adaptam lentamente e são importantes para sinalizar estados contínuos 
de deformação da pele e tecidos mais profundos → também encontrados nas cápsulas das articulações. 
• Corpúsculo de Pacini → imediatamente abaixo da pele e profundamente nas fáscias dos tecidos. 
o Estimulados pelo movimento rápido dos tecidos. 
o Detectam vibração dos tecidos ou outras alterações rápidas do estado mecânico. 
Transmissão das Sensações Táteis nas Fibras Nervosas Periféricas 
• Quase todos os receptores sensoriais transmitem seus sinais por meio de fibras nervosas mielinizadas pequenas do tipo 
A-beta, com velocidades de condução de 30 a 70m/s. 
• Transmitem sinais por meio de fibras A-delta que conduzem com velocidades de 5 a 30m/s. 
• Algumas terminações livres táteis transmitem por meio de fibras amielínicas tipo C, com velocidade de 1 a 2m/s. 
• Todos os tipos mais críticos de sinais sensoriais são transportados por fibras que conduzem mais rapidamente. 
Detecção da Vibração 
• Todos receptores táteis estão envolvidos. 
• Corpúsculos de Pacini podem detectar sinais de vibrações de 30 a 800 ciclos por segundo, e podem transmitir 1000 
impulsos por segundo. 
• Vibrações de baixa frequência (2 a 80 ciclos por segundo) estimulam especialmente corpúsculos de Meissner. 
Cócegas e Prurido 
• Terminações livres mecanorreceptoras de adaptação rápida provocam ambas as condições. 
• Encontradas nas camadas superficiais da pele e transmitidas por fibras amielínicas do tipo C. 
• Prurido serve como sinal de alerta para estímulos leves e o ato de coçar pode desencadear o sentimento de dor, que se 
sobrepõem ao prurido. 
 
 
7 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
• Quase todas as sensações entram na medula espinhal por raízes dorsais de nervos espinhais. 
• Entre medula e SNC são conduzidos por duas vias alternativas: 
1. Sistema da coluna dorsal-lemnisco medial → transmite os sinais até o bulbo pela 
coluna dorsal → depois até o tronco cerebral, pelo tálamo, pelo lemnisco medial. 
a. Composto por fibras nervosas grossas e mielinizadas, com velocidade de 
condução entre 30 a 110 m/s. 
b. Organização espacial maior → sinais que precisam chegar rapidamente 
com precisão espacial e temporal vão por essa via. 
c. Não transmite sensações diversificadas → tato fino, pressão, posição 
2. Sistema Anterolateral → após entrarem na medula pelas raízes nervosas dorsais, 
fazem sinapse com a substância cinzenta, cruzando a medula e subindo pelo lado 
oposto, terminando em todos os níveis de tronco cerebral e tálamo. 
a. Composto por fibras mielinizadas finas,com velocidade ate 40 m/s. 
b. Organização espacial menor → se não precisar ser transmitida 
rapidamente ou com precisão espacial, vão por essa via. 
c. Possui alto espectro de transmissão de sensações (dor, calor, frio, tato). 
SISTEMA COLUNA DORSAL-LEMNISCO MEDIAL 
Anatomia 
• Após sua entrada pelos nervos dorsais, se bifurcam imediatamente, formando o ramo medial e ramo lateral. 
• O ramo medial se dirige medialmente e para cima pela coluna dorsal até o encéfalo. 
• O ramo lateral entra no corno dorsal da medula cinzenta, se dividindo e fazendo sinapse 
com neurônios locais na porção intermediária anterior. 
• Esse neurônios locais possuem 3 funções: 
1. A maior parte deles origina fibras que entram nas colunas dorsais da medula até 
ascender ao encéfalo. 
2. Muitas são curtas e acabam na própria substância cinzenta da medula espinhal, 
responsáveis pelos reflexos medulares locais. 
3. Outros dão origem ao trato espinocerebelar, indo ao cerebelo. 
• Chegam nas colunas dorsais sem interrupção até a porção dorsal do bulbo → depois, 
fazem sinapse com os núcleos da coluna dorsal (grácil e cuneiforme) → originam 
neurônios de segunda ordem, que cruzam (decussam) para o lado oposto do tronco 
cerebral e depois ascendem pelo lemnisco medial até o tálamo pelas vias bilaterais do 
tronco encefálico. 
• Antes de formarem o lemnisco medial → recebem fibras adicionais dos núcleos 
sensoriais do nervo trigêmeo, que transportam a mesma informação. 
• Após a chegada ao tálamo, terminam na área de retransmissão talâmica → complexo 
ventrobasal → se originam fibras de terceira ordem para o giro pós-central do córtex 
(área somatossensorial primária e secundária). 
• O complexo ventrobasal é formado por fibras do lemnisco medial que terminam no núcleo 
póstero-lateral ventral, já as fibras dos núcleos trigeminais terminam no núcleo póstero-
medial ventral. 
Orientação Espacial 
• Possui maior organização espacial – mantida em todo o trajeto. 
• Fibras de partes inferiores do corpo são mais centrais, formando camadas laterais à 
medida que sobem em direção ao encéfalo. 
• Essa orientação inverte-se no tálamo → extremidade caudal é representada pelas porções 
mais laterais do complexo ventrobasal e a cabeça e face são representadas pelo 
componente medial do complexo. 
• Devido ao cruzamento dos lemniscos mediais no bulbo, o lado esquerdo do corpo está 
representado no lado direto do tálamo e o lado direito do corpo está representado pelo 
lado esquerdo do tálamo. 
 
 
8 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
CORTEX SOMATOSSENSORIAL 
• É dividido em 50 areas de Brodmann → diferenças histológicas 
• Há uma fissura central que se estende horizontalmente pelo córtex 
• Em geral, a metade anterior do lobo parietal é relacionada com a recepção e interpretação 
dos sinais somatossensoriais → a metade posterior promove níveis ainda maiores de 
interpretação 
• Sinais visuais terminam no lobo occiptal, e auditivos no temporal 
• A porção do córtex anterior a fissura é o córtex motor → relacionado com o controle 
das contações musculares e movimentos → em respostas aos sinais recebidos das 
porções sensoriais do córtex 
 
• Existe divisão pela orientação espacial separada das diferentes partes do corpo. 
• A área somatossensorial I é mais extensa e importante → refere-se a córtex 
somatossensorial comumente sendo a área somatossensorial I. 
• A área I é altamente organizada espacialmente em referência às partes do corpo, já na área 
II essa localização é pobre → face anterior da II representa a face, centralmente os braços 
e posteriormente as pernas. 
• A área II recebe sinais do tronco encefálico vindos das duas partes do corpo, além de sinais 
secundárias da área I e outras áreas corticais, entre elas a visual e auditiva. Há uma 
necessidade das projeções da área I para a função da área II. 
Área Somatossensorial I – Orientação Espacial 
• Está atrás da fissura central, no giro pós-central do córtex cerebral humano (áreas 1,2 e 
3 de Brodmann). 
• Existe orientação espacial nítida nessa área para recepção de sinais nervosos 
somatossensoriais. 
• Em corte transversal dessa área, em nível de giro pós-central, várias áreas recebem 
sensações de distintas partes do corpo, quase sempre do lado oposto do corpo. 
• Há diferenças nos tamanhos das áreas, com lábios, face e polegar com áreas maiores e 
partes do tronco e parte inferior com áreas menos representativas → diretamente 
relacionado ao número de receptores sensoriais da parte do corpo. 
• A cabeça é representada mais lateralmente, e as partes inferiores do corpo medialmente. 
Camadas do Córtex Somatossensorial e Funções 
• Há 6 camadas de neurônios no córtex cerebral humano. 
• Cada neurônio dessas camadas possui diferentes funções → camada I mais superficial, até a 
camada VI, mais profunda. 
1. Os sinais sensoriais excitam os neurônios da cama da IV, e se espalham para camadas 
mais superficiais e também para as mais profundas. 
2. As camadas I e II recebem sinais difusos e inespecíficos dos centros inferiores do encéfalo 
→ facilitando regiões específicas do córtex, controlando o nível geral de excitabilidade das 
regiões estimuladas. 
3. Neurônios das camadas II e III emitem axônios para porções relacionadas do córtex 
cerebral, inclusive para o lado oposto, pelo corpo caloso. 
4. Neurônios das camadas V e VI enviam axônios para camadas profundas → os da camada 
V são mais extensos, indo até áreas mais profundas, como gânglios da base, tronco 
cerebral e medula espinhal, controlando a transmissão de sinais → os da camada VI se 
projetam para o tálamo, fornecendo sinais de feedback 
Disposição em Colunas Verticais 
• Os neurônios do córtex somatossensorial estão dispostos em colunas dispostas nas 6 camadas do córtex → cada uma com 
0,3 a 0,5 mm → cerca de 10.000 corpos neuronais. 
• Cada coluna relaciona-se a uma modalidade sensorial específica → algumas respondem aos receptores de estiramento em 
torno das articulações, outras a estímulos táteis ou a pontos de pressão. 
• Na camada IV, os sinais que chegam agem independentes entre si, já nas outras, há interação entre as colunas. 
 
 
9 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
• Na área sensorial próximo ao córtex motor → há muitos neurônios que respondem a estímulos de músculos, tendões e 
articulações → importantes na resposta motora. 
• Quanto mais posterior, maior o número de neurônios que respondem a estímulos lentos e 
cutâneos → mais posterior ainda, a resposta é para estímulos profundos. 
• Na parte mais posterior, cerca de 6% das colunas verticais só respondem quando há estímulo 
para sensações cutâneas de alta sensibilidade, estando próxima da área de associação 
somatossensorial. 
Funções da Área Somatossensorial I 
• A retirada de ampla área de excitação bilateral dessa área provoca a perda de: 
1. Incapacidade de localizar sensações em diferentes partes do corpo → apenas 
grosseiramente → áreas de tronco cerebral, tálamo e outras áreas do córtex realizam 
grau de localização 
2. Incapacidade de distinguir diferentes graus de pressões sobre o corpo. 
3. Incapacidade em avaliar peso de objetos. 
4. Estereognosia: incapacidade de avaliar contornos e formas de objetos. 
5. Incapacidade de avaliar texturas de objetos. 
• As sensações de dor e térmicas ainda são preservadas, mas estas ficam mal localizadas. 
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO SOMATOSSENSORIAL 
• Áreas 5 e 7 de Brodmann → no córtex parietal atrás da área somatossensorial I → interpretam melhor a informação sensorial. 
• A estimulação dessa área pode dar uma sensação corporal complexa, com a sensação de determinado objeto. 
• Ela combina informações de outras áreas corticais para o estímulo sensorial para interpretar o significado 
• Recebe sinais de 
1. Área somatossensorial I. 
2. Núcleos ventrobasais do tálamo. 
3. Córtex visual. 
4. Outras áreas do tálamo.5. Córtex auditivo. 
• Quando essa área é retirada de um lado do cérebro, perde-se a capacidade de identificar certos objetos e formas complexas, 
no lado oposto → também se perde a sensação de forma do seu próprio corpo, esquecendo que o lado oposto do seu corpo 
está lá. 
• A mesma coisa acontece com a identificação de outros objetos → amorfossíntese. 
CARACTERÍSTICAS DA TRANSMISSÃO E ANÁLISE DO SINAL NO SISTEMA COLUNA DORSAL-LEMNISCO MEDIAL 
Circuito Neuronal 
• Cada estágio sináptico da vida da coluna dorsal da medula sofre divergência de sinal. 
• Os neurônios corticais que descarregam com maior intensidade estão na parte mais central do 
campo cortical para cada receptor. 
• Estímulos fracos disparam apenas neurônios centrais. 
• Com estímulos mais intensos cada vez mais neurônios periféricos também geram sinais → os 
neurônios centrais descarregam com maior frequência. 
 
• A análise de discriminação tátil é realizada pela “discriminação de dois pontos”. 
• 2 agulhas estimulam áreas da pele, sendo referido se o paciente percebe 1 ou 2 pontos de pressão. 
• De acordo com o número de receptores táteis → a distância entre as agulhas deve ser diferentes 
para perceber 2 pontos (1 a 2 mm nos dedos e 30 a 70 mm nas costas). 
• A emissão do sinal em dois pontos é discriminada com dois picos separados → é o que faz com 
o córtex perceba dois pontos distintos de estímulo. 
• Há influência de outros mecanismos, como a inibição lateral → sinapse inibitória imediatamente 
adjacente ao sinal excitatório → praticamente todas as vias sensoriais fazem isso quando excitadas 
• Isso bloqueia a dispersão lateral dos sinais excitatórios e aumenta o contraste do padrão sensorial 
percebido no córtex. 
• Esses sinais ocorrem em todos os níveis do sináptico nos sistema da coluna dorsal: 
1. Núcleos da coluna dorsal no bulbo; 2. Núcleos ventrobasais do tálamo; 3. Próprio córtex. 
• O resultado é o destaque dos picos de excitação, com estimulação difusa circundante quando a inibição é forte. 
 
 
10 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
 O sistema da coluna dorsal também transmite informações sensoriais que se alteram rapidamente 
 Os sinais vibratórios são repetidos rapidamente e podem ser detectados como vibrações de ate 700\s → sinais de alta 
frequência se originam nos corpúsculos de Pacini, e os de menor frequência se originam nos corpúsculos de Meissner 
Interpretação da Intensidade do Estímulo Sensorial 
Relacionado à capacidade de o sistema sensorial identificar diferentes intensidades. 
O corpúsculo de Pacini consegue distinguir variações de intensidade quando elas são de baixa intensidade, diminuindo 
gradativamente quanto maior ela for. 
Outro mecanismo é por estimulação de número cada vez maior de fibras nervosas, que emitirão o sinal, além de aumentar a 
quantidade de estímulos de cada fibra nervosa. 
Pelo princípio de Weber-Fechner, a detecção de variação de estímulo pode ser logaritmicamente a sensação inicial, p.ex., segurar 
30g, faz com que se detecte variação de 1g, segurar 300g, faz com que se detecte variação de 10g, na relação 30 para 1, através 
da equação: 
 
Força do Sinal Interpretado = Log (Estímulo) + Constante 
 
- Esse princípio se aplica as intensidades mais elevadas de sensações visuais, auditivas e 
cutâneas. 
- Quanto maior a intensidade sensorial experimentada, maior deve ser sua alteração para ser 
percebida. 
- Lei da Potência: 
Força do Sinal Interpretado = K . (Estímulo – k)y 
- Onde: K, k e y, são diferentes 
3para as diferentes sensações. 
- Com valores utilizados corretamente para cada tipo de sensação, consegue chegar a obter relação linear entre força do estímulo 
interpretado e a força real do estímulo. 
SENTIDOS DE POSIÇÃO 
2. Sensação de Posição Estática: orientação das partes do corpo entre si. 
3. Sensação de Velocidade de Movimento: cinestesia ou propriocepção dinâmica. 
Receptores Sensoriais de Posição 
• Há diversos receptores de posição para as angulações, planos e velocidades das partes do corpo → ajudam a identificar a 
posição, através de receptores cutâneos e profundos. 
• Na determinação de angulação, são importantes os receptores nos fusos neuromusculares → e no auxílio do controle de 
movimento muscular → cada movimento gera maior e menor estiramento em diversos grupos de músculos, sendo transmitidos 
ao SNC. 
• No final da angulação possível, entram os corpúsculos de Pacini, terminações de Ruffini, e os similares aos órgãos tendinosos 
de Golgi, nos tendões musculares. 
• Na detecção da velocidade de movimento, estão os corpúsculos de Pacini e fusos musculares. 
Processamento da Informação pela Via da Coluna Dorsal 
• Os neurônios talâmicos que respondem à rotação articular estão em duas categorias: 
1. Maximamente estimulados com articulação em rotação máxima. 
2. Maximamente estimulados com articulação em rotação mínima. 
• Intensidade da excitação neuronal se altera nos ângulos de 40 a 60 graus de rotação. 
• Os dois juntos são usados para integrar no domínio do espaço quando atingem os neurônios 
talâmicos – grau de processamento dos sinais na medula espinhal ou tálamo. 
 
 
11 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
VIA ANTEROLATERAL 
• Transmite sinais que não necessitam de localização muito precisa da fonte do sinal → dor, calor, 
frio, tato grosseiro, cócegas, prurido e sensações sexuais. 
Anatomia 
• Fibras anterolaterais se originam nas lâminas I, IV, V e VI do corno dorsal → cruzam na comissura 
anterior da medula espinhal, para as colunas brancas anteriores e laterais do lado oposto, e depois 
ascendem ao encéfalo 
• A terminação superior destes tratos ocorre difusamente nos núcleos reticulares do tronco cerebral 
e nos complexos nucleares ventrobasal e intralaminares do tálamo. 
• Os sinais táteis são transmitidos para o complexo nuclear ventrobasal, indo a núcleos talâmicos 
→ depois são transmitidos para o córtex somatossensorial junto com sinais da coluna dorsal. 
• No geral, sinais de dor vão para os núcleos retic ulares do tronco cerebral, em seguida, para os 
núcleos intralaminares do tálamo, onde são processados → pequena parte se projeta diretamente 
para o complexo ventrobasal. 
Características de Transmissão 
• Em geral, funciona igual à via da coluna dorsal-lemnisco medial, com algumas diferenças: 
1. Velocidade de condução cerca de 1/3 a da coluna dorsal – variando entre 8 a 40m/s. 
2. Grau de localização dos sinais é pequeno. 
3. Gradações de intensidade menos aguçadas. 
4. Capacidade pequena de transmitir sinais que se alteram e se repetem rapidamente. 
• Logo, evidencia-se um sistema de transmissão grosseiro → e certas sensações são transmitidas 
apenas por esta via – dor, temperatura, cócegas, prurido e sensações sexuais, tato e pressão. 
ASPECTOS ESPECIAIS DA FUNÇÃO SOMATOSSENSORIAL 
Função do Tálamo 
• Possui leve capacidade de discriminar sensações táteis, verificada quando da retirada de córtex somatossensorial. 
• Além disso, a retirada do córtex somatossensorial tem pouco efeito sobre a dor e temperatura, evidenciando papel do tálamo e 
outras estruturas do tronco cerebral dessas sensações. 
Controle Cortical da Sensibilidade Sensorial – Sinais “Corticofugais” 
• Além dos sinais de periferia para o córtex, sinal inverso é gerado, chamado “sinal corticofugais” 
para tálamo, bulbo e medula espinhal. 
• Esses sinais são inibitórios, diminuindo a transmissão de sinais sensoriais quando muito 
grandes, fazendo duas coisas: 
1. Aumenta a precisão de sensação, por sinais inibitórios adjacentes. 
2. Mantem os sinais em níveis bons de sensibilidade, nem tão baixa a ponto de ser 
ineficiente, nem tão alta a ponto de não diferenciar os padrões sensoriais. 
Campos Segmentares de Sensação – Dermátomos 
• Cada nervo espinhal inerva um “campo segmentar” da pele, chamado dermátomo → divisão 
grosseira, porque há sobreposição deles. 
• Aregião anal, provém do nervo mais distal, membros inferiores de nervos sacrais e lombares 
(origem embriológica). 
• Os dermátomos são utilizados para verificar em que nível da medula espinhal houve lesão, 
quando as sensações periféricas estão alteradas. 
 
 
12 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
• Muitas enfermidades do corpo causam dor, além do que muitos diagnósticos diferentes são dependentes dela. 
• Ela ocorre quando algum tecido é lesionado, avisando o sistema nervoso central. 
TIPOS DE DOR: DOR RÁPIDA E LENTA 
• A dor rápida é sentida em 0,1s, enquanto a dor lenta ocorre após 1s ou mais, aumentando gradativamente, possuindo 
qualidades e vias de condução específica. 
• A dor rápida é referida como dor pontual, aguda, agulhada ou elétrica, não sendo sentida nos tecidos profundos. 
• A dor lenta é referida como queimação, persistente, pulsátil, nauseante ou crônica, associada a destruição tecidual, podendo 
ocorrer em tecidos superficiais e profundos. 
RECEPTORES DA DOR 
• São terminações nervosas livres, dispersos na pele e tecidos internos (periósteo, paredes de artérias, superfícies articulares). 
• Nos tecidos profundos essas terminações estão esparsas, levando a dor lenta quando de extensas lesões teciduais. 
• Receptores sensoriais da dor não se adaptam, ou se adaptam muito pouco → para deixar a pessoa ciente da dor (causada por 
uma lesão). 
• Para a dor lenta, em certas ocasiões, pode haver aumento progressivo da sensibilidade → hiperalgesia. 
Estímulos Da Dor 
• Podem ser mecânicos, térmicos e químicos. 
• A dor rápida é associada a estímulos mecânicos e térmicos, já a dor crônica por todos os três estímulos. 
• O tipo químico pode ser excitado por: bradicinina, serotonina, histamina, íons potássio, ácidos, acetilcolina e enzimas 
proteolíticas. 
o As prostaglandinas e substância P aumentam a sensibilidade do receptor. 
• Os receptores químicos estão ligados à geração da dor lenta e persistente. 
INTENSIDADE DA LESÃO VS. ESTÍMULO DA DOR 
• Quando relacionado à temperatura, a dor pode ser sentida com 45ºC → tecidos começam a ser 
lesados pelo calor. 
• Logo, há maior intensidade de dor quanto maior for a velocidade que os tecidos são destruídos. 
• Também há relação na intensidade da dor, com infecção bacteriana, isquemia, contusão etc. 
Importância dos Estímulos Dolorosos Químicos na Lesão Tecidual 
• Substâncias químicas provenientes de tecido lesado podem levar a dor → principalmente bradicinina. 
• Fator secundário é a associação de enzimas proteolíticas e potássio → enzimas atacam as terminações 
nervosas e estimulam a dor por as fazer mais permeáveis ao íon potássio 
Isquemia Tecidual 
• Quando há fluxo sanguíneo bloqueado para determinado tecido, logo surge o estímulo da dor → mais rápido se o tecido 
tiver alto metabolismo. 
• Estímulo relacionado ao acúmulo de ácido lático – metabolismo anaeróbico, além de bradicinina e enzimas proteolíticas. 
Espasmo Muscular 
• A dor pode estar relacionada ao próprio espasmo em si → estimula receptores mecanossensíveis, ou comprime vasos 
sanguíneos (isquemia). 
• Os espasmos também aumentam o metabolismo do tecido, aumentando ainda mais a isquemia. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
–
FIBRAS DOLOROSAS PERIFÉRICAS 
• Estímulos dolorosos rápidos são transmitidos por nervos periféricos até a medula por fibras A-delta → velocidade de 6 a 30m/s. 
• A dor lenta é transmitida até a medula por fibras do tipo C → velocidade de 0,5 a 2 m/s. 
• Geralmente, há estímulo das duas vias ao mesmo momento, com a dor rápida avisando para o afastamento do que está 
causando a dor, e o mecanismo da dor lenta avisando buscar algo que alivie o que está causando a dor. 
• As fibras da dor na medula terminam em neurônios-relé nos cornos dorsais → havendo dois sistemas para o processamento 
da informação até o encéfalo: trato neoespinotalâmico e trato paleoespinotalâmico. 
TRATO NEOESPINOTALÂMICO – DOR RAPIDA 
• As fibras A-delta transmitem principalmente estímulos mecânicos e térmicos → terminam 
na lâmina I (marginal) dos cornos dorsais, excitando os neurônios de 2ª ordem do trato 
neoespinotalâmico → dão origem a fibras que cruzam para o lado oposto da medula pela 
comissura anterior → ascende ao encéfalo nas vias anterolaterais. 
• Algumas das fibras terminam nas áreas reticulares do tronco cerebral → maioria vai até 
o tálamo, no complexo ventrobasal 
o Algumas fibras também terminam no grupo nuclear posterior do tálamo. 
o Das áreas talâmicas, os sinais vão para áreas basais do encéfalo e áreas 
somatossensoriais. 
 A dor rápida pode ser localizado com muita precisão quando há estímulo de receptores 
de dor e táteis juntos → sem a estimulação dos receptores táteis, a localização é imprecisa. 
 Acredita-se que o neurotransmissor das fibras A-delta seja o glutamato, tendo ação de poucos milissegundos. 
VIA PAELOESPINOTALÂMICA – DOR LENTA 
• Transmite por fibras do tipo C, e alguns sinais de A-delta também. 
• As fibras terminam nas lâminas II e III dos cornos dorsais (substância gelatinosa) → 
ocorre sinapse em neurônios curtos até a lâmina V → onde há neurônios longos que 
cruzam a medula pela comissura anterior e sobem pela via anterolateral. 
• Essa via termina difusamente no tronco cerebral, com fibras até o tálamo, indo a 3 áreas 
→ núcleos reticulares do bulbo, ponte e mesencéfalo → área tectal do mesencéfalo 
até os colículos superior e inferior → região cinzenta periaquedutal, redor do aqueduto 
de Sylvius. 
a. Partindo do tronco cerebral, fibras curtas transmitem sinais ascendentes de 
dor pelos núcleos intralaminar e ventrolateral do tálamo, até hipotálamo e 
regiões basais do encéfalo. 
• A substância P é o provável neurotransmissor, além do glutamato → age de maneira 
lenta → concentração aumenta em em período de segundos a minutos. 
• A localização da dor por essa via é impreciso → conectividade multissináptica difusa. 
Formação reticular, Tálamo e Córtex na Avaliação da Dor 
• A formação reticular do tronco cerebral, tálamo e porções basais do encéfalo causam a percepção consciente da dor 
• Evidencia-se que a função do córtex seja a interpretação da qualidade da dor. 
Desencadeamento de Excitabilidade Encefálica Geral 
• Estímulos das áreas reticulares do tronco cerebral e núcleos intralaminares do tálamo → onde terminam fibras de dor lenta 
→ causam efeito de alerta 
o Explicando a impossibilidade de dormir quando de dor grave. 
Interrupções Cirúrgicas das Vias Dolorosas 
• Necessária quando de dor grave e intratável, podendo ser feita em várias partes do corpo. 
• Com dor na parte inferior do corpo, usa-se a cordotomia → em região torácica da medula, com a fibra sendo cortada 
parcialmente anterolateralmente 
• Nem sempre é bem sucedida → muitas fibras de dor oriundas da parte superior não se cruzam para o lado oposto da 
medula espinhal → dor volta vários meses depois como resultado da sensibilização de outras vias 
 
 
14 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
ANALGESIA NO ENCÉFALO E TRONCO CEREBRAL 
• Existe sistema de controle da dor, pela supressão desta pelo encéfalo. 
• Consiste de 3 grandes componentes: 
o Áreas periventriculares e substância cinzenta periaquedutal de mesencéfalo, região 
superior de ponte e porções do terceiro e quarto ventrículo. 
o Neurônios dessa área enviam sinais para o núcleo magno da rafe, na linha média 
de parte inferior de ponte e superior de bulbo, além de núcleos reticulares 
paragigantocelular, lateralmente ao bulbo, de onde são transmitidos pelas colunas 
dorsais da medula espinhal. 
o Dai, para o complexo inibitório da dor, nos cornos dorsais da medula espinhal, onde 
pode haver bloqueio da dor antes de chegar ao encéfalo. 
• Outras áreas também podem suprimir a dor → núcleos periventriculares e o fascículo 
prosencefálico medial (menor grau),no hipotálamo. 
• Os neurotransmissores envolvidos são: encefalina e serotonina. 
• Os nucleos superiores secretam encefalina, até o núcleo magno da rafe, onde há liberação 
de serotonina → faz com que neurônios da medial espinhal liberem encefalina, causando 
inibição pré e pós-sináptica das fibras da dor. 
• A inibição pré-sináptica é feita pelo bloqueio dos canais de cálcio nas membranas das 
terminações nervosas. 
Sistema Opióide Encefálico (Endorfinas e Encefalinas) 
• Diversas substâncias causam analgesia em núcleos periventriculares e medula espinhal → produtos da degradação de três 
grandes moléculas: pró-opiomelanocortina, pró-encefalina e pró-dinorfina. 
• Entre as mais importantes dessas está a beta-endorfina, metencefalina, leu-encefalina e dinorfina. 
• As encefalinas são encontradas no tronco cerebral e medula espinhal, e beta-endorfina no hipotálamo e tálamo. 
• A dinorfina está junto com as encefalinas, porém em menor quantidade. 
• Pode haver supressão quase que total da dor. 
Inibição da Dor – Sinais Táteis Simultâneos 
• Pode haver redução de dor com estímulo de receptores táteis inervados por fibras A-beta, provenientes do mesmo local 
da dor. 
• Esse mecanismo explica o alívio de dor com massagem local e acupuntura. 
• O alívio da dor também pode ser feito por estímulo elétrico. 
DOR REFERIDA 
• Quando a dor é dita em local longe do tecido acometido, sendo importantes nos 
diagnósticos clínicos. 
• Trata-se de haver sinapse em neurônios relacionados a dor visceral no mesmo 
local de dor da pele. 
• Isso causa a sensação de que a dor é proveniente da parte exterior de 
determinado local, não da víscera acometida. 
DOR VISCERAL 
• Um dos poucos critérios para diagnósticos relacionados às vísceras, havendo diferenças quanto a dor superficial. 
• Uma das diferenças é que o dano precisa ser muito grave pontualmente em vísceras para causar dor extrema. 
Geralmente quando o estímulo é difuso, com estimulo propagado por fibras tipo C, sendo apenas dor crônico-persistente. 
o Isquemia: por formação de metabólitos ácidos ou degenerativos de tecidos (bradicinina e enzimas proteolíticas). 
o Estímulos Químicos: relacionado a vazamento do TGI para a cavidade abdominal, afetando o peritônio, através digestão, 
sendo excruciante e grave. 
o Espasmo de Víscera Oca: movimentação pode causar estímulo mecânico de dor ou por obstrução de circulação sanguínea, 
geralmente se expressão na forma de cólica. 
o Distensão Excessiva de Víscera Oca: pode ocasionar dor por estar muito distendido ou impedir a circulação. 
o Vísceras Insensíveis: incluem parênquima do fígado e alvéolos pulmonares. 
o Vísceras bastante sensíveis a Dor: cápsula hepática, ductos biliares, brônquios e pleura parietal. 
 
 
15 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
Dor Parietal causada por Dor Visceral → quando a doença afeta a viscera, a dor geralmente se dissemina para peritônio, pleura 
ou pericárdio, que possuem extensa inervação dolorosa, sendo frequentemente aguda. 
LOCALIZAÇÃO DA DOR VISCERAL 
• Pelo fato do SN não ter conhecimento prévio das vísceras existentes no corpo, há 
dificuldade em referir onde é a dor. 
• Outro motivo são as duas vias de transmissão: a via visceral verdadeira e a via 
parietal, sendo a dor visceral verdadeira transmitida para a superfície da pele, e a 
parietal mostrar dor onde realmente está sendo afetado. 
Localização da Dor Referida por Vias Viscerais 
• Relaciona-se, na pele, ao dermátomo de origem do órgão visceral no embrião. 
 Um exemplo é o coração → origina do dermatomo do pescoço e torácica superior 
→ dor ao lado do pescoço e superior do tórax, músculos peitorais, ao longo do 
braço, e área subesternal da parte superior do tórax. 
o Áreas da superfície que enviam fibras para os segmentos C3 a T5 
 O estomago se origina entre o 7 e 9 segmento toracido → dor referida ao epigastrio 
anterior acima do umbigo 
Localização da Dor Abdominal e Torácica por Vias Parietais 
• Frequentemente, a dor é referida em dois locais, devido a existência das duas vias de transmissão 
• A dor visceral de apêndice é referida ao redor de umbigo, persistente e espasmódica. 
o Já a dor parietal é referida exatamente do quadrante inferior direito, de forma pontual. 
RECEPTORES TÉRMICOS 
• Há receptores que captam diferentes sensações térmicas → frio congelante, gelado, frio, indiferente, morno, quente e muito 
quente. 
o Os receptores de frio e calor estão sempre sendo acionados, já os da dor são acionados em sensações extremas: “frio 
congelante” e “calor extremo”. 
• Os receptores de frio e calor estão imediatamente abaixo da pele → 10x mais receptores para frio do que para calor. 
• Há vários pontos de frio e calor, distribuídos em áreas de frio e calor. 
• O de frio possui de 25 a menos de 1 ponto por área, dependendo o local → feito por fibras A-delta, que ramificam-se várias 
vezes, com protrusão na superfície da pele (células epidérmicas basais), com velocidade de cerca de 20 m/s 
• Há sugestão de que terminações nervosas livres sejam associadas também a sensação de frio, com transmissão por fibras C. 
• A sensação de calor deduz-se ser por terminações nervosas livres, transmitido por fibras tipo C, com velocidade de 0,4 a 2 m/s. 
Estimulação de Receptores Térmicos 
• Quatro tipos de fibras nervosas → sensações dolorosas de frio e calor são 
semelhantes 
1. Fibra da dor (frio): abaixo de 15ºC. 
2. Fibra de frio: entre 7 e 42ºC. 
3. Fibra de calor: entre 30 e 50ºC. 
4. Fibra da dor (calor): acima de 45ºC 
Adaptação dos Receptores Térmicos 
• Receptores de frio estimulados rapidamente respondem com vários impulsos, 
diminuindo nos próximos segundos e cada vez mais lento até cerca de 30 
minutos, nunca se adaptando totalmente. 
• A variação de temperatura é muito mais sentida que a temperatura absoluta, sentindo mais frio quando a temperatura está 
caindo → o inverso também é verdadeiro. 
MECANISMO DE ESTIMULAÇÃO DOS RECEPTORES 
• Receptores estimulados pelas alterações metabólicas → pois a temperatura altera a velocidade das reações quimicas +2x a 
cada 10ºC. 
 
 
16 
TUTORIAL 04 – SENSAÇÕES 
 Módulo Vi 
 
KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 
 
• A sensação, logo, não se dá por alteração física, e sim, química. 
Somação Espacial 
• Existem poucas terminações para frio e calor → estimulação de área maior, os sinais se somam 
• Detecções de 0,01ºC pode ser feitas, se no corpo todo → não são feitas com variação de 1ºC de forma pontual (1cm²). 
Transmissão de Sinais Térmicos no SN 
• Por vias paralelas à da dor. 
• Entram na medula espinhal, transitando em segmentos do trato de Lissauer → terminando nas lâminas I, II, e III dos cornos 
dorsais 
• Há processamento por neurônios da medula espinhal, cursando por vias térmicas ascendentes que cruzam para o trato sensorial 
anterolateral oposto → terminando em áreas reticulares do tronco cerebral e complexo ventrobasal do tálamo. 
• Podem ser retransmitidos para o córtex somatossensorial do complexo ventrobasal. 
• Neurônios da área sensorial somática I são responsáveis diretos pelos estímulos frios ou quentes, em áreas específicas da pele. 
• Remoção do giro pós-central reduz a capacidade de distinguir gradações de temperatura, mas não extingue.

Outros materiais