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Principios Constitucionais do direito penal

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Princípios Constitucionais
A Constituição é a base do Estado e da sociedade, é nela que se encontram todas as diretrizes ditadas para uma sociedade pacifica e organizada. Ela é a carta magna, portanto, todas as demais normas do direito devem harmonizar-se com os princípios constitucionais, não os contrariando, sob pena de se tornarem inválidas.
Destarte, o Direito Penal também é construído com base em princípios inseridos na Constituição Federal, tendo sempre em vista que se as normas penais foram elaboras em dissonância com os princípios constitucionais, serão banidas do ordenamento jurídico.
Posto isso, para se estudar o direito penal, precisa-se partir dos princípios mais importantes da CF, a seguir descritos.
Princípio da Legalidade
	Esse princípio é o mais importante dos princípios do direito penal, pois determina que o homem só pode sofrer a pena criminal se tiver realizado um comportamento previamente definido como crime, por uma lei em vigor (nullum crimen, nulla poena sine lege), o qual é garantido no art. 5º, XXXIX, da CF e no art. 1º do CP.
	Logo, é reservada à lei a edição de normas e penas a serem aplicadas, a qual só poderá ser formulada pelo legislador, não permitindo tal criação por meio de Medida Provisória ou Lei Delegada e nem o uso de analogias, pois a Lei Penal há de ser certa, exata e precisa de modo que todos os indivíduos possam entendê-la sem qualquer duvida de seu alcance penal.
	Ressaltando, portanto, que o legislador só pode considerar como crime atos lesivos ou que ameassem os interesses básicos da sociedade e os bens jurídicos, apoiando-se somente em fatos concretos, não admitindo que se apoiem em atitudes internas, atos fáticos ou em situações desiguais.
Princípio da Extra-Atividade da Lei Penal mais Favorável
	Esse princípio reafirma o princípio da legalidade, pois seu ordenamento jurídico dispõe que “a lei não retroagirá”, ou seja, se um ato foi praticado e logo após foi criminalizado por uma lei que entrou em vigor, a mesma não poderá estender seus efeitos à esse ato, pois tal ato foi praticado antes da lei entrar em vigor.
	No entanto, o mesmo ordenamento também discorre que a lei só poderá retroagir em benefício do réu, o qual é garantido no art. 5º, XL, da CF, mesmo que em regra geral, a aplicação da lei é o tempus regit actum (prevalência da lei no tempo que ocorreu o fato). Pois se considera que a sociedade está em constante evolução e desenvolvimento, seus valores e os fatos sociais alternam-se, o qual acaba por impor mudanças na ordem jurídica, havendo então variações em suas penas.
Nesse contexto, a lei penal irá sempre favorecer o réu, mesmo que tenha que retroagir ou ultra-agir. Quando a lei retroagir, significará que a lei que condenou o réu no momento do seu ato é mais severa do que a lei que acabou de entrar em vigor, nesse sentido, a lei irá retroagir pra favorecer o réu; quando ela ultra-agir, significará que a lei que acab--------
Princípio da Individualização da Pena
	Art. 5º, XLVI, CF.
	A individualização da pena dispõe que cada pena será particularizada de um individuo, ou seja, a pena vai se adaptar ao homem. Devendo assim, a lei haverá de balizar-se em parâmetros que são o homem que violou a norma e o fato por ele praticado.
	A individualização da pena faz-se em três etapas:
Cominação:
Nessa primeira etapa incumbirá ao legislador orientar se pela importância dos bens jurídicos e pela gravidade do ataque contra eles perpetrados, cumprindo o princípio da legalidade e estabelecendo para cada um uma pena, em qualidade e quantidade, que amentarão conforme a gravidade do ato e o bem que ele atingiu. 
Após fixar a natureza da pena, o legislador determina, abstratamente, um grau mínimo e um máximo, fixos, determinados, precisos, pelo que fica estabelecido um intervalo dentro do qual a pena será aplicada ao concreto. Toda pena paira sobre todos os indivíduos como uma ameaça.
Aplicação:
	Quando o homem não se intimida com a ameaça e pratica o crime, poderá receber a pena correspondente, que é aplicada pelo julgador com observância de normas legais que tratam da individualização e com analise das características do infrator, de modo justo e exato. Disposto no art. 59 do Código Penal que contém várias circunstâncias do homem e do fato, devendo se atentar na primariedade, que chegará a pena-base; também devendo analisar se há circunstâncias agravantes dispostas no art. 61 e 62 do Código Penal e circunstâncias atenuantes dos arts. 65 e 66.
Em seguida, observará a existência de causas especiais de aumento ou diminuição de pena, previstas no Código Penal, chegando na pena definitiva. Após a fixação da pena, o juiz estabelecerá o regime do seu cumprimento, se privativa de liberdade, como manda o art. 33, CP, ou substituí-la, conforme determina o art. 60, § 2º e art. 44 do CP.
Execução:
	Aplicada a pena, não sendo mais possível recurso contra a decisão que a fixou, o Estado adquire o título com o qual deverá executar a pena, que será cumprida pelo condenado, conforme inciso VLVIII do art. 5º, o qual estabelece que a execução também seja distinta de caso para caso.
	Nesse caso, o processo de individualização proporcionará a cada condenado as oportunidades necessárias para que ele possa, durante e após o cumprimento da pena, ser reinserido na sociedade de modo a poder ser aceito por ela e com ela viver em plena harmonia após o cumprimento da pena.
	Para que os indivíduos receba uma pena correspondente a suas necessidades, em face de seu comportamento, serão submetidos a exame criminológico para fornecer os elementos indispensáveis à individualização da execução da pena.
	Porém, se o juiz fica obrigado a fixar determinado regime de cumprimento de pena para certos crimes, fica impossibilitado de individualização do regime.

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