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Disciplina: Física: Termodinâmica, Ondas e Óptica Professora: Eliana Franco Semestre: 2016/02 Lista de Exercícios Extras Unidades: 1 a 4 01. Considere um bloco de madeira em forma de paralelepípedo, com altura h, o qual flutua na água do mar. Sabendo que 15 cm de sua altura estão fora da água do mar e que as densidades da madeira e do líquido são respectivamente 0,8 g/cm³ e 1,03 g/cm³, determine o valor da altura h do bloco de madeira. Como o bloco está flutuando então: Força de Empuxo = Força Peso O volume é igual a área da base multiplicada pela altura: V = A.h Cancelando a área A e a aceleração da gravidade g, obtemos: 02. Em um determinado experimento realizado em um laboratório de física, um estudante fixa um bloco de massa 1 kg, de volume V, em uma mola, conforme mostra a figura abaixo. No experimento, o bloco é solto no ar e a máxima deformação da mola foi h=10 cm. Posteriormente, o bloco é solto completamente imerso num líquido de densidade 𝝆=1,03 g/cm³. Nessa situação, a máxima deformação da mola foi h/2. Determine o volume V do corpo. Na primeira situação, temos para o equilíbrio: Peso = Força Elástica m.g = k.x 1 kg . 9,81 m/s2 = k . 0,10 m k = 98,1 N/m Assim, a constante elástica da mola vale k = 98,1 N/m Na segunda situação, temos para o equilíbrio: Peso = Empuxo + Força elástica 9,81 N = .Vdeslocado.g + k.x 9,81 = 1030.V.9,81 + 98,1.0,05 9,81 = 10104,3.V + 4,905 10104,3.V = 4,905 V = 4,85x10-4 m3 03. O gráfico abaixo apresenta os dados de um experimento sobre dilatação superficial. No experimento foram realizadas medidas das dimensões de uma superfície S (área) de uma lâmina circular de vidro em função da temperatura T. Os resultados das medidas estão representados no gráfico a seguir. Com base nos dados experimentais fornecidos no gráfico, determine: a) o valor do coeficiente de dilatação linear do vidro. b) área dessa lâmina circular de vidro para a temperatura final de 200 oC. a) Podemos escolher dois pontos quaisquer do gráfico, como por exemplo, o primeiro e o último. Assim: Ao = 25 cm2, To = 30 oC, AF = 25,0018 cm2, TF = 34 oC A dilatação superficial é dada por: A = Ao..T Substituindo os valores encontramos: 25,0018 cm2 - 25 cm2 = 25 cm2..(34 - 30) oC 0,0018 cm2 = 25 cm2.. 4 oC = 18x10-6 oC-1 coeficiente de dilatação superficial do vidro = 2. 18x10-6 oC-1 / 2 = 9x10-6 oC-1 coeficiente de dilatação linear do vidro b) A área final é dada por: A = Ao + A, onde A = Ao..T. Assim, A = 25 cm2 + 25 cm2. 18x10-6 oC-1 . (200 – 30) oC A = 25 cm2 + 0,0765 cm2 A = 25,0765 cm2 04. A figura ao lado mostra um determinado termômetro de líquido. O termômetro é constituído de um bulbo de 0,9 cm³ e um tubo com secção transversal de 0,9 mm². À temperatura de 15 ºC, o líquido preenche completamente o bulbo até a base do tubo. Quando submetido à temperatura de 55 ºC o líquido preenche o tubo até uma altura de 12 mm. Não considere a dilatação do vidro e a pressão do gás acima da coluna do líquido. Determine o coeficiente de dilatação volumétrica do líquido. A variação de volume quando a temperatura aumenta de 15 oC para 55 oC é igual ao volume da coluna de 12 mm que é dada por: V = A.h Onde: A = 0,9 mm2 = 0,009 cm2 e h = 12 mm = 1,2 cm. Assim: V = 0,009 cm2 x 1,2 cm = 0,0108 cm3 A variação de volume é dada por: V = Vo. . T 0,0108 cm3 = 0,9 cm³ . , (55 – 15) oC = 0,0003 oC-1 = 3x10-4 oC 05. A passagem da fase sólida para líquida de 200 g de uma substância determinada, em função do calor Q absorvido, é representada no gráfico ao lado. Quais são os calores específicos dessa substância, nas fases sólida e líquida? Fase sólida: Q = m.c.T 3,2.103 cal = 200 g . c . (10 – (–10)oC 3,2.103 cal = 200 g . c . 20 oC c = 3,2.103 cal / 4.103 g.oC csólido = 0,8 cal/g.oC Fase líquida: Q = m.c.T (17,6 – 16,0).103 cal = 200 g . c . (50 – 10)oC 1,6.103 cal = 200 g . c . 40 oC c = 1,6.103 cal / 8.103 g.oC clíquido = 0,2 cal/g.oC 06. O gráfico ao lado representa a transformação de 4 moles de um gás ideal que passa do estado A para o estado B e, depois, do estado B para o estado C. Para que o gás passe do estado A para o B, é necessário que lhe forneçam calor; para que passe do estado B para o C, que lhe retirem calor. Determine: a) o trabalho em Joules, realizado na transformação A - B - C; V (L) b) a temperatura do gás no estado C. a) De A para B a pressão é constante, assim o trabalho é dado por: WAB = p×V = 3,0×1,01×105 Pa × (10,0 – 8,0) ×10-3 m3 WAB = 606 J WBC = 0, pois o volume permanece constante WABC = WAB + WBC = 606 J b) Como existe uma isoterma indicada no gráfico passando pelos pontos A e C então a temperatura no ponto A é igual a temperatura no ponto C. Assim, aplicando a equação dos gases ideias (p.V = n.R.T) para os valores do ponto A, obtemos: p.V = n.R.T 3,0×1,01×105 Pa × 8,0 ×10-3 m3 = 4 moles × 8,31 J/mol.K × TA TA = 72,92 K 07. A segunda lei da termodinâmica pode ser usada para avaliar propostas de construção de equipamentos e verificar se o projeto é factível, ou seja, se é realmente possível de ser construído. Considere a situação em que um inventor alega ter desenvolvido um equipamento que trabalha segundo o ciclo termodinâmico de potência mostrado na figura. O equipamento retira 800 kJ de energia, na forma de calor, de um dado local que se encontra na temperatura de 1000 K, desenvolve uma dada quantidade líquida de trabalho para a elevação de um peso e descarta 300 kJ de energia, na forma de calor, para outro local que se encontra a 200 K de temperatura. Determine para esta máquina térmica: a) O trabalho realizado. b) O rendimento. c) O rendimento máximo possível. d) A variação da energia interna. Do enunciado temos que: Calor retirado da fonte quente: QQ = 800 kJ Calor rejeitado para a fonte fria: QF = 300 kJ Temperatura da fonte quente: TQ = 1000 K Temperatura da fonte fria: TF = 200 K a) Assim, o trabalho realizado é dado por: W = QQ – QF = 800 kJ – 300 kJ W = 500 kJ b) O rendimento da máquina térmica é: e = W / QQ = 500 kJ / 800 kJ e = 0,625 e = 62,5 % c) O rendimento máximo possível é dado pelo rendimento se a máquina operasse de acordo com o Ciclo de Carnot: eCarnot = 1 - TF / TQ = 1 – 200 K / 1000 K = 1 – 0,2 = 0,8 = 80%. Assim o rendimento máximo é e = 80%. d) A variação da energia interna em qualquer processo cíclico é nula. Assim, Uciclo = 0. 08. Uma oscilação ocorre quando um sistema em equilíbrio estável é perturbado na sua posição. Muitos são os exemplos de oscilações que ocorrem em nosso cotidiano, como uma criança no movimento para frente e para trás em um balanço ou uma corda de violão oscilando em determinada frequência quando o instrumento é afinado. A Física estuda e modela várias situações como estas. O caso mais simples estudado pela Física é o movimento harmônico simples (MHS), no qual é desconsiderada a perda de energia mecânica em energia térmica, e o movimento oscilatório mantém sempre a mesma amplitude. O gráfico abaixo representa as posições ocupadas, em função do tempo, por um móvel de massa igual a 1kg, que oscila em MHS. Determine: a) A amplitude do movimento. b) O período, a frequência e a frequência angular do movimento. c) As funções horárias da posição e da velocidade. Pela análise do gráfico, temos que a amplitude é: A = 5 m. O período (T) é o tempo de uma oscilação completa, assim pela análise do gráfico, T = 8 s. A frequência (f) é o inverso do período: f = 1/T = 1/ 8s f = 0,125 Hz. A frequência angular é dada por: = 2f = 2×3,14 rad×0,125 Hz = 0,785 rad/s. A função horária da posição é: x(t) = A.cos(t + ) Para descobrir a fase inicial do movimento (), substituímos os dados do tempo t = 0. Assim: 0 = 5 m×cos (0,785 rad/s×0 + ) cos = 0 = /2 ou = 3/2 Assim: x(t) = 5.cos(0,785.t + 3/2)A equação da velocidade é dada por: v(t) = - A × ×sen(t + ) v(t) = - 5 m × 0,785 rad/s × sen(0,785 rad/s×t + 3/2) Assim: v(t) = - 3,925.sen(0,785.t + 3/2) 09. Um corpo de massa 1kg descreve movimento harmônico simples, conforme a equação: x(t) = 50 cos (2𝜋t + 𝜋). Os valores são expressos em unidades do Sistema Internacional de Unidades. a) Determine as funções horárias da velocidade e da aceleração. b) Qual a velocidade e a aceleração em t = 5s? a) Como a função horária da posição é dada por: x(t) = A.cos(t + ). Assim, comparando com a equação do enunciado temos que: A = 50 m; = 2 rad/s; = rad. A equação da velocidade é dada por: v(t) = - A × ×sen(t + ) Substituindo os valores encontramos: v(t) = - 50×2×sen(2.t + ) v(t) = - 100×sen(2.t + ) A equação da aceleração é dada por: a(t) = - A × ×cos(t + ) Substituindo os valores encontramos: a(t) = - 50×(2×cos(2.t + ) a(t) = - 200×cos(2.t + ) b) v(5 s) = - 100×sen(2.5 + ) = - 100×sen(11) v(5 s) = 0 a(5 s) = - 200×cos(2.5 + ) = - 200×cos(11) a(5 s) = 200 m/s2 10. Um determinado relógio de pêndulo possui comprimento de 0,8 m e realiza pequenas oscilações em um local onde a aceleração da gravidade é de 9,8 m/s². a) Qual a frequência e o período desse relógio? b) Qual seria período desse relógio se ele fosse transportado para a Lua, onde a gravidade local é seis vezes menor que a gravidade terrestre? O relógio adiantaria ou atrasaria na Lua? c) Qual deveria ser o novo comprimento do pêndulo para que o relógio na Lua tivesse o mesmo período que o relógio na Terra? a) O período de um pêndulo simples é dado por: T = 1,79 s A frequência vale: f = 1/T = 1/1,79 s f = 0,56 Hz b) Na Lua: g = 9,8 m/s2 / 6 = 1,64 m/s2. Assim: T = 4,39 s O relógio atrasaria na Lua, pois seu período de oscilação é maior do que em relação à Terra! c) Usando a equação do período e substituindo o período da Terra T = 1,79 s obtemos: Elevando os dois lados ao quadrado e isolando L: L = (1,79)2×1,64 / (2)2 L = 0,13 m
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