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Livro de Revisão 2 Física Helio Luiz de Almeida ©Editora Positivo Ltda., 2017 Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora. Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) (Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil) A447 Almeida, Helio Luiz de. Física : livro de revisão / Helio Luiz de Almeida. – Curitiba : Positivo, 2017. v. 2 : il. ISBN 978-85-467-1699-9 (aluno) ISBN 978-85-467-1688-3 (professor) 1. Ensino médio. 2. Física – Estudo e ensino. I. Título. CDD 373.33 Livro do ProfessorLLivro do Professor Ensino Médio 1. Estática dos sólidos Estática do ponto material O equilíbrio estático de um corpo se dá quando ele permanece em repouso em relação a um referencial e a força resultante sobre esse corpo é nula. A condição de equilíbrio de um ponto material é definida, matematicamente, por: F R 0 Considere a figura ao lado. É possível determinar os valores dos módulos das trações nas cordas AB e BC apenas a partir da análise das forças que atuam no ponto B. A determinação dos módulos das forças em situações de equilíbrio pode ser feita por três for- mas: método da decomposição, método poligonal e Teorema de Lamy. A seguir, será exposta cada uma delas para a resolução da situação de equi- líbrio da figura, com uma descrição de suas vantagens e desvantagens. Resolução pelo método da decomposição Método de resolução: primeiro, decompõem-se os vetores; em seguida, somam-se ou subtraem-se os vetores nas direções x e y, igualando a soma total a zero. Assim, por meio do somatório das forças em cada uma das dire- ções, chega-se a um sistema de duas equações com duas variáveis. Vantagem: seja qual for o número de forças envolvidas ou os ângulos formados, resolve-se qualquer problema de equilíbrio do ponto material. Desvantagem: envolve a resolução de muitos cálculos. Resolução pelo método poligonal Método de resolução: os veto- res são posicionados de forma a se determinar o valor de seus módulos por operações trigonométricas em um triângulo. Vantagem: resolução envol- vendo poucos cálculos. Desvantagem: só resulta em cálculos simples para tipos específicos de polígonos, como o triân- gulo retângulo. Resolução pelo Teorema de Lamy Método de resolução: os três vetores devem ser posi- cionados como se estivessem atuando em um único ponto; em seguida, aplica-se a Lei dos Senos. Vantagem: resolução en- volvendo poucos cálculos. Desvantagem: serve ape- nas para situações que envol- vam três forças atuando. P T1 T1y T1x T2x T2T2y X Y 30o 60o P T1 T2 30o 60o 90o A C B m = 10 kg 30° 60° T1 T2 P P T1 T2 30o 60o 90o 2 Livro de Revisão 2 Física 0 P d F F perpendicular Dis tân cia en tre o pon to de apl ica ção da com pon ent e p erp end icu lar da for ça e o eix o d e r ota ção Eixo de rotação 0 P L d α F Linha de ação da força Distância perpendicular entre o eixo e a linha de ação da força Eixo de rotação Estática do corpo extenso Objetos que apresentam dimensões não desprezíveis em relação a dado referencial são denominados de corpos extensos. Podem ser portas, chaves de fenda, partes do corpo, etc. Para que corpos extensos estejam em equilíbrio, a força resultante deve ser nula ( FR 0 ) e o corpo não deve rotacio- nar, isto é, o momento resultante também deve ser nulo ( MR �� � 0 ). A condição de equilíbrio de um corpo extenso é dada por equilíbrio de translação ( F R 0 ) e equilíbrio de rotação (MR �� � 0 ). Momento de força A rotação de um objeto está relacionada ao conceito físico de momento de força, também conhecido como torque. Considere uma barra submetida a uma força de módulo F em uma extremidade e presa na outra extremidade por um eixo de rotação. O momento de força ou torque pode ser determinado pelas duas formas apresentadas a seguir: Considerando a ilustração à esquerda, o momento pode ser calculado pelo produto da componente perpendicular da força (Fperpendicular) pela distância (d) do ponto de aplicação dessa componente ao eixo de rotação. Considerando a ilustração à direita, o momento pode ser calculado pelo produto da força ( F) pela distância (d), equi- valente ao comprimento do segmento perpendicular à linha de aplicação de força (linha de ação de força) que passa pelo eixo de rotação. Momento (M �� ) é uma grandeza vetorial obtida do produto entre a força e a distância perpendicular entre o eixo e a linha de ação da força. A unidade de medida do momento, no SI, é o newton-metro (N ⋅ m). Portanto: M F �� � ⋅ d O momento resultante é definido pela soma dos momentos aplicados em um corpo extenso. A unidade de medida do momento resultante, no SI, é o newton-metro (N ∙ m). Matematicamente, o momento resultante é dado por: M M M MR n= + + +1 2 ... ou � �� M MR i i n = = ∑ 1 3 Centro de gravidade e centro de massa Centro de gravidade (CG) é a posição geométrica de um corpo extenso em que é possível considerar a ação única da força peso. Para um campo gravitacional constante, o centro de gravidade coincide com o ponto no qual toda a massa pode ser concentrada. Essa posição é chamada de centro de massa (CM). CM O centro de massa do retângulo coincide com o seu centro geométrico. Centro de massa (CM) é o lugar geométrico no qual se pode considerar que toda a massa de um corpo está concentrada. Determinação da posição do centro de massa de corpos extensos Em um sistema composto de vários corpos, a posição do centro de massa dependerá da posição e da massa de cada um deles. Matematicamente, o centro de massa de um sistema de corpos é dado pelo par ordenado (XCM, YCM) determinado pela equação: X x m x m x m x m m m m mCM n n n = ⋅ + ⋅ + ⋅ + + ⋅ + + + + 1 1 2 2 3 3 1 2 3 ... ... A mesma equação é válida para determinar YOM. Alavanca É possível multiplicar o efeito de uma força por meio da aplicação de momento utilizando-se uma alavanca. As alavancas são constituídas por: ponto fixo (PF) – ponto em torno do qual a alavanca pode girar; força potente (FP) – força responsável pela rotação aplicada com o sentido de levantar, sustentar ou equilibrar o objeto; força resistente (FR) – força que se opõe à rotação, exer- cida pelo objeto a ser levantado, sustentado ou equilibrado. FP FR PF Há, ainda, a vantagem mecânica (VM), que expressa quantas vezes uma alavanca pode reduzir o esforço de, por exemplo, sustentar um objeto de forma direta. É dada por: V F FM R P A distância entre a aplicação da força potente e o ponto fixo é denominada de dP, e a distância entre a aplicação da força resistente e o ponto fixo é denominada de dR. Dada a condição de equilíbrio, temos: M M F d F d F F d d P R P P R R P R R P = ⋅ = ⋅ = ⋅ Equilíbrio de corpos extensos sobre um apoio Considere a figura: O bloco azul e o bloco vermelho estão apoiados na barra. Considerando que o bloco vermelho seja mais pesado, ele deve ficar mais próximo do eixo de rotação para que se mantenha o sistema em equilíbrio. Portanto: M M P d P d d d P P v a v v a a v a a v = ⋅ = ⋅ = ⋅ Equilíbrio de corpos extensos sobre dois apoios No caso de equilíbrio de corpos extensos sobre dois ou mais apoios, deve-se escolher um dos pontos de apoio para ser o ponto fixo. Essa escolha pode facilitar os cálculos. Em seguida, aplica-se a condição de equilíbrio: FR 0 e MR �� � 0 Ao escolher pontos fixos diferentes, é importante lem- brar de determinar as distâncias do ponto de ação da força ao ponto fixo e o sentido de rotação da barra. 4 Livro de Revisão 2 Física 1. (PUCSP) Um corpo está sujeito a um sistema de três forças concorrentes. As intensidades de duas delas são 5 N e 20 N. Quanto a intensidade da terceira força f, para que haja equilíbrio deve satisfazer à desigualdade: a) f ≤ 5 N b) 5 N ≤ f ≤ 20 N c) f ≥ 25 N X d) 15 N ≤ f ≤ 25 N e) f ≥ 5 N 2. (CPS – SP) Leia o texto e assinale a alternativa que com- pleta correta e respectivamentesuas lacunas. Na construção civil, o termo recalque se refere à acomodação do solo, após a construção de uma edificação. O recalque uniforme costuma ser pre- visto. Porém, quando ele não é uniforme, pode até causar o desabamento de construções. Observe o que ocorreu com um prédio, quando o recalque não foi uniforme. Se o prédio inclinado fosse considerado um bloco retangular, inicialmente com sua base apoiada sobre o solo horizontal, haveria uma inclinação limite, a par- tir da qual ele tombaria, situação que seria causada no momento em que a projeção vertical de seu cen- tro de gravidade estivesse fora da base de sustentação. a) horizontal, fora b) horizontal, dentro c) transversal, fora d) vertical, dentro X e) vertical, fora 3. (PUCPR) A barra AB, homogênea de peso P, pode girar em torno da articulação em C. Ela é mantida em equi- líbrio pelos corpos D e E de massas e volumes diferen- tes. O corpo E está totalmente imerso na água, figura 1. Considere as proposições. I. Se a barra está em equilíbrio, podemos afirmar que o momento das forças atuantes sobre a barra em rela- ção ao ponto C é nulo. II. Se o corpo E for retirado da água, figura 2, o equilíbrio será desfeito, e a barra girará em torno de C, no sen- tido horário. III. Se o corpo E for retirado da água, figura 2, o equilíbrio será desfeito, e a barra girará em torno de C, no sen- tido anti-horário. IV. Se o corpo E for retirado da água, figura 2, não será alterado o equilíbrio da barra. Está correta ou estão corretas: a) Somente I b) Somente II c) I e III X d) I e II e) Somente IV 4. (IBMEC – RJ) Um bloco de 6 kg de massa é mantido em repouso, encostado em uma parede vertical, aplicando-se a ele uma força horizontal F . Se a aceleração da gravi- dade vale 10 m/s2 e o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a parede é 0,2, qual é o menor valor de F, em newtons para que o bloco permaneça em repouso? a) 60 b) 120 c) 180 d) 240 X e) 300 A figura mostra as forças que agem no bloco: peso, F , força de contato com a parede (normal) e força de atrito. normal força de atrito máxima peso F Para haver equilíbrio, a força resultante deve ser nula: ⋅= ⇒ μ ⋅ = ⋅ ⇒ = ⇒ = ⇒ = μ = ⇒ = atmá x m g 60 F P N m g N N N 300 N 0,2 F N F 300 N 5 5. (IFSUL – RS) Uma caixa A, de peso igual a 300 N, é sus- pensa por duas cordas B e C conforme a figura abaixo. O valor da tração na corda B é igual a a) 150,0 N b) 259,8 N c) 346,4 N X d) 600,0 N 30º Figura 2 TB TC T PA T PA TC TB 30º Figura 1 A figura 1 mostra as forças que agem no nó. Considerando que a caixa está em repouso, a resultante das forças que atuam sobre ela é nula. Da figura 2, temos: sen P T T T No B B B30 1 2 300 600= ⇒ = ⇒ = 6. (UERJ) Em um pêndulo, um fio de massa desprezível sus- tenta uma pequena esfera magnetizada de massa igual a 0,01 kg. O sistema encontra-se em estado de equilíbrio, com o fio de sustentação em uma direção perpendicular ao solo. Um ímã, ao ser aproximado do sistema, exerce uma força horizontal sobre a esfera, e o pêndulo alcança um novo estado de equilíbrio, com o fio de sustentação formando um ângulo de 45º com a direção inicial. Admitindo a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, a magnitude dessa força, em newtons, é igual a: X a) 0,1 b) 0,2 c) 1,0 d) 2,0 45º F T P tg F P F P tg F F N45 45 0 01 10 1 0 1º º , ,= ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ = 7. (MACKENZIE – SP) Uma cancela manual é constituída de uma barra homogênea AB de comprimento L = 2,40 m e massa M = 10,0 kg, está articulada no ponto O, onde o atrito é desprezível. A força F tem direção vertical e sentido descendente, como mostra a figura acima. Considerando a aceleração da gravidade g = 10,0 m/s2, a intensidade da força mínima que se deve aplicar em A para iniciar o movimento de subida da cancela é a) 150 N b) 175 N X c) 200 N d) 125 N e) 100 N ) Na iminência de iniciar o movimento de subida, o somatório das forças resultantes é nulo e o momento resultante também. M M F d P d F P d d F F N ah h F P P F ∑ ∑= ⇒ ⋅ = ⋅ ⇒ = ⋅ = ⋅ ⇒ = 100 0 8 0 4 200 , , 2,40 m A B O 0,8 m0,4 m 2,00 m P N F 6 Livro de Revisão 2 Física 8. (UPF – RS) Uma barra homogênea de 30 kg de massa e 6 m de comprimento é apoiada em C e em D, como na figura. Sendo que o apoio C tem força de reação que vale 120 N, a distância X necessária para que a barra se mantenha em equilíbrio é, em m, de: (considere g = 10 m/s2) X a) 1 b) 1,5 c) 2 d) 2,5 e) 0,5 ) Considerando que a barra está em equilíbrio, o somatório dos momentos nos sentidos horário e anti-horário é igual. Dessa forma, temos, para o ponto com o polo em D: C D 3 – X 6 – X FC = 120 N P = 300 N M M P X F X X X X h ah c∑ ∑= ⇒ ⋅ − = ⋅ − ⋅ − = ⋅ − ⇒ ⋅ − = ⋅ − ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( 3 6 300 3 120 6 5 3 2 6 XX X X X X m ) 15 5 12 2 3 3 1− = − ⇒ = ⇒ = X 9. (UFSC) A BR-101, também conhecida como Rodovia Translitorânea, faz a ligação do Brasil de norte a sul. Sua duplicação, portanto, é uma obra de grande importância. A construção da nova ponte de Laguna, batizada em homenagem à lagunense Anita Garibaldi, a heroína de dois mundos (Amé- rica Latina e Europa), faz parte da obra de dupli- cação dessa rodovia e substituirá a atual ponte de Laguna, a Ponte Henrique Lage, inaugurada em 1º. de setembro de 1934. A construção da nova ponte de Laguna e a conclusão da duplicação da rodovia BR-101 darão um grande impulso ao desenvolvimento econômico desta região e, tam- bém, ao turismo. Disponível em: <www.pontedelaguna.com.br> [Adaptado] Acesso em: 17 ago. 2014. O desenho [...] ilustra o sistema de guindaste usado para suspender os blocos de concreto que darão a base para a pista de rolamento dos veículos. Uma estrutura metálica fica apoiada sobre dois pilares (A e C), dando suporte ao guindaste que suspende os blocos de concreto, para que sejam fixados aos demais. Vamos admitir que a estrutura metálica possua uma massa de 200 toneladas (200 ∙ 103 kg) cujo centro de massa esteja a 80,0 m do pilar A, que cada bloco possua uma massa de 10 tonela- das e que o guindaste tenha uma massa de 5 toneladas. Adote g = 10 m/s2. Com base nos dados acima, é CORRETO afirmar que: X 01) para que todo o sistema (estrutura, guindaste e bloco) esteja em equilíbrio, é necessário que a soma dos momentos seja zero, M∑ = 0, assim como a soma das forças, F∑ = 0. 02) a altura do bloco suspenso pelo guindaste influencia o seu torque em relação ao pilar A ou ao pilar C. X 04) à medida que o guindaste se desloca em direção ao pilar B, a força de reação dos pilares A e C aumenta e diminui, respectivamente. 08) supondo que o bloco suspenso esteja a 20,0 m do pilar C, as forças de reação nos pilares A e C são, respectivamente, 121,5 ∙ 104 N e 93,5 ∙ 104 N. 16) inserir um novo ponto de sustentação da estrutura no pilar B não altera as forças de reação nos pilares A e C. 32) as forças de reação nos pilares A e C se alteram durante a subida do bloco, em velocidade constante, pelo guindaste. Somatório: 05 (01 + 04) 10. (AMAN – RJ) Um trabalhador da construção civil de massa 70 kg sobe uma escada de material homogêneo de 5 m de comprimento e massa de 10 kg, para consertar o telhado de uma residência. Uma das extremidades da escada está apoiada na parede vertical sem atrito no ponto B, e a outra extremidade está apoiada sobre um piso horizontal no ponto A, que dista 4 m da parede, conforme desenho [...]. 7 Para que o trabalhador fique parado na extremidade da escada que está apoiada no ponto B da parede, de modo que a escada não deslize e permaneça em equilíbrio estático na iminência do movimento, o coeficiente de atrito estático entre o piso e a escada deverá ser de Dado: intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m/s2 a) 0,30 b) 0,60 c) 0,80 d) 1,00 X e) 1,25 B h = 3 mL = 5 m M Fat NP NS PT PE 2 m d = 4 m A Aplicando a condição de força resultante nula: N P PN N N N F N N F N S E T S S P at P S at s = + ⇒ = +( ) ⋅ ⇒ = = ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅ ⎧ ⎨ ⎪ ⎩⎪ 10 70 10 800 μ μ Aplicando o momento resultante nulo em relação ao ponto B: M M N d F h P d N d P d N h h ah S at E S E S = ⇒ ⋅ = ⋅ + ⋅ = ⋅ − ⋅ ⋅ = ⋅ − ⋅ ⋅ ∑ ∑ 2 2 800 4 100 2 800 μ μ 33 3 000 2 400 125 ⇒ = = μ μ , 11. (UPE) O sistema da figura a seguir é composto por uma barra homogênea AB, onde está articulada em A e pesa 100 N. O objeto P pesa 50 N para que esse sistema permaneça estático. Analise os seguintes itens: Informações: sen 30° = 0,5 e cos 30° = 0,87 I. O objeto Q pesa 200 N. II. A componente horizontal da reação em A é Rx = 170 N. III. A componente horizontal de Q é Qx = 174 N. IV. A componente vertical da reação em A é Ry = 50 N. Estão corretas a) I, II, III e IV. b) I, II e III, apenas. X c) I, III e IV, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) II e IV, apenas. Q Rx x , Q Q seny o= ⋅ 30 , Q Py Q ,Q Qx o= ⋅cos 30 I. Correta. Calculando o momento em relação ao ponto A: P d P d Q d d d Q barra barra barra y barra barra barra ⋅ + ⋅ = ⋅ ⋅ + ⋅ = ⋅ 2 50 100 2 0,, , , 5 50 50 0 5 100 0 5 200 ⋅ ⇒ + = ⋅ = ⋅ ⇒ = d Q Q Q N barra Q = PQ ⇒ PQ = 200 N II. Incorreta. A reação de Rx = 174 N. III. Correta. Q Q Q Q Nx o x x= ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ =cos ,30 200 0 87 174 IV. Correta. Calculando o torque em relação ao ponto B: Q Q Q Q Ny o y y= ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ =sen ,30 200 0 5 100 P d R d L R d R Nbarra barra y barra y barra y⋅ = ⋅ ⇒ ⋅ = ⋅ ⇒ =2 100 2 50 Q Q Pq Pbarra P P Q B A Qy Qx Ry Rx 30° 8 Livro de Revisão 2 Física 2. Estática dos fluidos A Estática (equilíbrio) dos fluidos (líquidos e gases) é estudada na área da Física denominada de Hidrostática. A com- preensão de seus conceitos e de suas leis necessita, basicamente, da definição de duas grandezas fundamentais: a densi- dade e a pressão. Massa específica Peso específico Densidade Densidade relativa e Massa relativa Definição Relação entre a massa e o volume de uma substância. Relação entre o peso e o volume de uma substância. Relação entre a massa e o volume de um corpo. Relação entre as massas específicas de duas substâncias ou entre as densidades de dois corpos. Equação ρ = m V μ = P V d m V = ρ ρ ρAB A B AB A B ou d d d = = Símbolos de unidades SI ρ → massa específica (kg/m3) m → massa (kg) V → volume (m3) μ → peso específico (N/m3) P → peso (N) V → volume (m3) d → densidade (kg/m3) m → massa (kg) V → volume (m3) dAB → densidade relativa (adimensional) ρAB → massa específica relativa Observações importantes Massa específica diz respeito a uma substância. Não se fala em massa específica de um corpo. Peso específico diz respeito a uma substância. Não se fala em peso específico de um corpo. Densidade diz respeito a um corpo, o qual pode inclusive ser oco. Utilizada para relacionar duas massas ou densidades. Pressão Na Física, a pressão, geralmente simbolizada pela letra p, é um conceito de grande importância e está relacionada com a distribuição de uma força em uma superfície. Di vo . 2 01 5. 3 D. Pressão é uma grandeza escalar dada pela razão da força perpendicular ao plano de uma superfície e área dessa superfície. Sua unidade no SI é o newton por metro quadrado (N/m2), também conhecido como Pa (pascal). p F A Pressão atmosférica A Terra é envolvida pela atmosfera, que é uma camada composta de inúmeros gases. Como as moléculas dos gases têm massa, são atraídas pela força gravitacional e consequentemente provocam pressão sobre a superfície do planeta. Com a experiência de Evangelista Torricelli (1608-1647), concluiu-se que a pressão da atmosfera ao nível do mar é equivalente à pressão de uma coluna de mercú- rio com 76 cm de altura. Em unidades de SI, o valor da pressão atmosférica é patm = 1 ∙ 10 5 N/m2 = 1 ∙ 105 Pa. Lei de Stevin Considere um recipiente de vidro, de massa desprezível, cheio de água, conforme a figura a seguir: Ja ck A rt. 2 01 1. D ig ita l. Imagine, dentro do recipiente, um cilindro de água de altura h e base de área A. A pressão no ponto 2 (p2), também chamada de pressão absoluta ou pressão total, pode ser determinada pela soma da pressão atmosférica no ponto 1 (p1) com a pressão exercida pelo líquido (ρ ∙ g ∙ h). Essa relação é conhecida como Lei de Stevin. 9 Para o caso que analisamos, a Lei de Stevin pode ser escrita por: p p h g2 1= + ⋅ ⋅ρ Em que: – p2 representa a pressão em determinado ponto de um fluido, medida em pascal (Pa); – p1 representa a pressão atmosférica, medida em pas- cal (Pa); – ρ representa a massa específica do fluido, medida em quilograma por metro cúbico (kg/m3); – h representa a altura da coluna de fluido, medida em metro (m); – g é o módulo da aceleração da gravidade, medido em metro por segundo ao quadrado (m/s2). Conclusões: 1. Na equação de Stevin, a área das bases (A) e o volume (V) do cilindro não aparecem. Isso significa que esses dois fatores não interferem no cálculo da pressão hidrostática. 2. De acordo com a Lei de Stevin, observamos que, para duas posições situadas à mesma profundidade em um mesmo líquido, a pressão é a mesma. A B Ja ck A rt. 2 01 1. D ig ita l. Pontos à mesma profundidade estão submetidos a uma mesma pressão hidrostática. Vasos comunicantes Em um recipiente em forma de U são colocados dois líquidos imiscíveis. Ao atingir o equilíbrio, pode-se afirmar que os pontos 1 e 2 estão submetidos à mesma pressão. Essa premissa pode ser utilizada para determinar as alturas hA e hB, bem como as densidades dos líquidos: hA hB A B h 1 2 Princípio de Pascal A variação da pressão provocada em um ponto qual- quer de um líquido é transmitida para todos os demais pontos, e as paredes do recipiente que confina o líquido sofrem a mesma variação de pressão. © Sh ut te rs to ck /m ot or ol ka Ao apertar uma bisnaga a fim de que saia uma pomada, há transmissão da variação de pressão de um ponto para outro dentro do recipiente. Esse fenômeno é conhecido como Princípio de Pascal. Prensa hidráulica Uma das aplicações do Princípio de Pascal está relacio- nada com as prensas hidráulicas, como elevadores hidráu- licos em oficinas de carro, freios, etc. Normalmente, são constituídos por dois tubos cilíndricos interligados, com áreas diferentes, preenchidos por um fluido e fechados por êmbolos. Di vo . 2 01 1. 3 D. ρ ρA A B Bh h⋅ = ⋅ 10 Livro de Revisão 2 Física É aplicada uma força F1 no êmbolo da esquerda, de menor área, o que ocasiona um acréscimo de pressão nos pontos do fluido em contato com A1. Pelo Princípio de Pascal, em todos os demais pontos ocorre a mesma variação de pressão, inclusive naqueles em contato com A2, ocasionando uma força proporcionalmente maior denominada de F2 . Δ Δp p F A F A F F A A2 1 2 2 1 1 2 1 2 1 = ⇒ = ⇒ = ⋅ Princípio de Arquimedes Um corpo parcial ou totalmente mergulhado em um fluido é submetido a pressões que aumentam com a profundidade. Nessas condições, a pressão na parte de baixo do corpo é maior do que na parte de cima, como consequência, surge uma força resultante vertical, orientada para cima, denominada de empuxo. Ja ck A rt. 2 01 1. D ig ita l. A força de empuxo não está relacionada com a profundidade em que o corpo está submerso. Ela depende apenas do volume do corpo e da densidade do fluido. Em um elevador hidráulico, quanto maior for a razão entre as áreas, maior será o ganho de força e menor será o deslocamento. F1 F2A1 x1 x2 O módulo do empuxo é igual ao peso do fluido deslo- cado pelo corpo: E P E m g F F = = ⋅ Como a massa específica é a razão da massa pelo volume e o volume do fluido deslocado é igual ao volume do corpo submerso, podemos estabelecer: E V gF S= ⋅ ⋅ρ Em que: – E representa o módulo da força de empuxo, medido em newton (N); – ρF indica a massa específica do fluido, medida em quilograma por metro cúbico (kg/m3); – VS representa o volumesubmerso, medido em metro cúbico (m3); – g é o módulo da aceleração da gravidade, medido em metro por segundo ao quadrado (m/s2). Condição de flutuação Um objeto totalmente submerso em um fluido, solto do repouso, poderá emergir se o módulo da força de empuxo for maior que o módulo da força peso; por outro lado, poderá submergir caso o módulo da força de empuxo seja menor que o módulo da força peso; ou poderá permanecer em equilíbrio. Ilu st ra çõ es : J ac k Ar t. 20 11 . D ig ita l. Condição de flutuação P E Condição de submersão P E Considerando as definições de força peso e força de empuxo, temos as condições a seguir: • Flutuação – densidade do objeto menor que a den- sidade do fluido. • Submersão – densidade do objeto maior que a den- sidade do fluido. • Caso as densidades sejam iguais, o objeto ficará parado no local em que for abandonado. Di vo . 2 01 1. 3 D. 11 1. (UFRR) Um corpo total ou parcialmente submerso em um fluido, em equilíbrio, e sob a ação da gravidade, recebe a ação de uma força vertical de sentido oposto à força da gravidade. Com base na informação, assinale a alterna- tiva correta. a) A força é denominada constante. X b) A força é denominada empuxo. c) A força é denominada atrito. d) A força é denominada gravidade. e) A força é denominada deslocamento. 2. (UFPR) O mercúrio é um metal que possui densidade de 13,6 g/cm3 em condições normais. Dessa forma, um volume de 1 litro (1 dm3) desse metal tem massa, em quilogramas, igual a: a) 0,0136 b) 0,136 c) 1,36 X d) 13,6 e) 136 1 1 10 13 6 10 13 6 10 1 3 3 3 3 3 L dm m d d m V m d V m = = ⇒ = ⋅ ⇒ = = ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ − , , kg/m kg/m 3 3 00 13 6 3 3− = m m kg, 3. (UFBA) Uma esfera oca de alumínio tem massa de 50 g e volume de 30 cm3. O volume da parte vazia é de 10 cm3. Pede-se: a) a densidade da esfera A densidade da esfera envolve o volume total. Assim: d m V d d= ⇒ = ⇒ = 50 30 17, g/cm3 b) a massa específica do alumínio A massa específica envolve especificamente a parte de volume que contém alumínio. Assim: ρ ρ ρ= ⇒ = − ⇒ = m V 50 30 10 2 5, g/cm3 4. (UNIFOR – CE) Dois líquidos, A e B, quimicamente inertes, e não miscíveis entre si, de densidades dA = 2,80 g/cm 3 e dB = 1,60 g/cm 3, respectivamente, são colocados em um mesmo recipiente. Sabendo que o volume do líquido A é o dobro do de B, a densidade da mistura, em g/cm3, vale: X a) 2,40 b) 2,30 c) 2,20 d) 2,10 e) 2,00 ) ) V V d m V m V m V d m V m V m A B A A A A B A B B B B B B B = = ⇒ = ⇒ = = ⇒ = ⇒ = 2 2 80 2 5 60 160 16 , , , , 00 5 60 160 3 V d V d V d B mistura A B A B mistura B B B mi = + + = + ⇒ (m m ) (V ) ( , V , V ) sstura = 2 4, g/cm 3 5. (UEPB) É do conhecimento dos técnicos de enfermagem que, para o soro penetrar na veia de um paciente, o nível do soro deve ficar acima do nível da veia, conforme a figura, devido à pressão sanguínea sempre superior à pressão atmosférica. Considerando a aceleração da gra- vidade g = 10 m/s2, a densidade do soro d = 1,0 g/cm3, a pressão exercida, exclusivamente, pela coluna de soro na veia do paciente p = 9,0 ∙ 103 Pa, a altura em que se encontra o nível do soro do braço do paciente, para que o sangue não saia em vez do soro entrar, em metros, é de: a) 0,5 b) 0,8 c) 0,7 d) 0,6 X e) 0,9 ) ) p d g h h p d g h h m= ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ = 9 10 10 10 0 9 3 3 , 6. (PUC Minas – MG) A figura representa duas caixas- -d’água, abertas para o ar, interligadas por um cano com uma válvula de passagem. A caixa da esquerda está cheia. Quando a válvula é aberta, a caixa da direita A força de empuxo é resultado da diferença de pressão existente entre a parte superior e a inferior de um corpo total ou parcialmente submerso. A direção do empuxo é vertical e o sentido é para cima. 12 Livro de Revisão 2 Física começa a encher até que o nível da água nas duas cai- xas seja o mesmo. É CORRETO afirmar: X a) Ao final do processo, a pressão no fundo da caixa à esquerda será menor que no início. b) Durante o processo, a velocidade de escoamento da água é constante. c) Ao final do processo, a pressão no fundo da caixa à direita será maior que a pressão no fundo da caixa à esquerda. d) Durante o processo, a velocidade de escoamento da água aumenta. 7. (UFF – RJ) Uma prensa hidráulica, sendo utilizada como elevador de um carro de peso P, encontra-se em equilí- brio, conforme a figura. As secções retas dos pistões são indicadas por S1 e S2, tendo-se S2 = 4 ∙ S1. A força exercida sobre o fluido tem intensidade F1 e a força exercida pelo fluido tem intensidade F2. A situação descrita obedece: a) ao Princípio de Arquimedes e, pelas leis de Newton, conclui-se que F1 = F2 = P; X b) ao Princípio de Pascal e, pelas leis de ação e reação e de conservação da energia mecânica, conclui-se que F2 = 4F1 = P; c) ao Princípio de Pascal e, pela lei da conservação da energia, conclui-se que F2 = 4F1 ≠ P; d) apenas às leis de Newton e F1 = F2 = P; e) apenas à lei de conservação de energia. 8. (UFSM – RS) Um braço mecânico de um trator usado para fazer valetas tem um sistema hidráulico que se compõe, basicamente, de dois cilindros conectados por uma mangueira resistente a altas pressões, todos preenchidos com óleo. Se, no equilíbrio, P é a pressão num cilindro, a pressão no outro, que tem área 10 vezes maior, é a) 10P b) 5P X c) P d) P/5 e) P/10 9. (PUCPR) O empuxo é um fenômeno bastante familiar. Um exemplo é a facilidade relativa com que você pode se levantar de dentro de uma piscina em comparação com tentar se levantar de fora da água, ou seja, no ar. De acordo com o princípio de Arquimedes, que define empuxo, marque a proposição correta: a) Quando um corpo flutua na água, o empuxo recebido pelo corpo é menor que o peso do corpo. b) O princípio de Arquimedes somente é válido para cor- pos mergulhados em líquidos e não pode ser aplicado para gases. X c) Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido sofre uma força vertical para cima e igual em módulo ao peso do fluido deslocado. d) Se um corpo afunda na água com velocidade cons- tante, o empuxo sobre ele é nulo. e) Dois objetos de mesmo volume, quando imersos em líquidos de densidades diferentes, sofrem empuxos iguais. 10. (PUCRS) Um densímetro é um dispositivo que permite medir a massa específica ou densidade de fluidos. Um densímetro muito simples, para avaliar massas específicas, pode ser feito com um canudinho (D) de massa desprezível e um contrapeso (C) colado na base do mesmo. As figuras a seguir representam o efeito no densímetro (D), em equilíbrio, mergulhado em dois fluidos diferentes, Fluido 1 e Fluido 2. 13 A partir da figura, é correto afirmar que a) o peso do densímetro no Fluido 1 é maior do que no Fluido 2. b) no Fluido 2, o densímetro recebe um empuxo maior do que no Fluido 1. c) o densímetro afunda mais no Fluido 2 porque a massa específica deste fluido é maior. X d) o empuxo sobre o densímetro é o mesmo no Fluido 1 e no Fluido 2. e) o Fluido 1 é mais denso do que o Fluido 2. 11. (UFSC) Leia com atenção o texto abaixo. Chamados popularmente de “zeppelins” em homenagem ao famoso inventor e aeronauta alemão Conde Ferdinand von Zeppelin, os dirigíveis de estrutura rígida constituíram-se no principal meio de transporte aéreo das primeiras décadas do século XX. O maior e mais famoso deles foi o “Hindenburg LZ 129”, dirigível cuja estrutura tinha 245 metros de comprimento e 41,2 metros de diâmetro na parte mais larga. Alcançava a velocidade de 135 km/h e sua massa total – incluindo o combustível e quatro motores de 1 100 HP de potência cada um – era de 214 toneladas. Transportava 45 tripulantes e 50 passageiros, estes últimos alojados em camarotes com água corrente e energia elétrica. O “Hindenburg” ascendia e mantinha-se no ar graças aos 17 balões menores instalados no seu bojo, isto é, dentro da estrutura, que continham um volumetotal de 20 000 m3 de gás Hidrogênio e deslocavam igual volume de ar (dHidrogênio = 0,09 kg/m 3 e dar = 1,30 kg/m 3). Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S): 01) Era graças à grande potência dos seus motores que o dirigível “Hindenburg” mantinha-se no ar. 02) O Princípio de Arquimedes somente é válido para corpos mergulhados em líquidos e não serve para explicar por que um balão sobe. X 04) O empuxo que qualquer corpo recebe do ar é cau- sado pela variação da pressão atmosférica com a altitude. 08) É possível calcular o empuxo que o dirigível rece- bia do ar, pois é igual ao peso do volume de gás Hidrogênio contido no seu interior. X 16) Se considerarmos a massa específica do ar igual a 1,30 kg/m3, o empuxo que o dirigível recebia do ar era igual a 2,60 ∙ 105 N. 32) A força ascensional do dirigível dependia única e exclusivamente dos seus motores. X 64) Deixando escapar parte do gás contido nos balões, era possível reduzir o empuxo e, assim, o dirigível poderia descer. Somatório: 84 (04 + 16 + 64) 12. (UNITINS – TO) Em 12 de agosto de 2000, o mundo acompa- nhou o drama de 118 marinheiros russos que estavam presos no interior de um submarino nu- clear naufragado, o Kursk. O que se sabe é que duas explosões de causa ainda desconhecida fize- ram com que o Kursk afundasse nas águas geladas do Mar Barents, a 100 metros de profundidade. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/10-anos- da-tragedia-com-o-submarino-kursk/>. Acesso em: 15 nov. 2015 (adaptado). Considere que em um submarino a pressão do ar no interior seja igual à pressão atmosférica. Considere também que esse submarino possui uma escotilha de observação plana, transparente e circular, com diâmetro de 20,0 cm. Assumindo que a densidade da água é 1 000 kg/m3, a aceleração da gravidade é igual a 9,8 m/s2, π = 3,14 e que a pressão atmosférica é 1,0 ⋅ 105 Pa, qual é, na profundidade mencionada no texto, a força resultante sobre a escotilha de observação? a) 33,9 ⋅ 107 N b) 30,8 ⋅ 107 N c) 12,3 ⋅ 104 N d) 33,9 ⋅ 103 N X e) 30,8 ⋅ 103 N 13. (UEM – PR) Um balão cheio de certo gás tem volume igual a 5,0 m3. A massa total do balão (incluindo o gás) é de 4,0 kg. Considerando a densidade do ar igual a 1,3 kg/m3 e g igual a 10,0 m/s2, assinale o que for correto. X 01) O peso do balão é 40,0 N. 02) Se o balão for abandonado, ele cairá, porque sua densidade é maior que a do ar. X 04) O empuxo que o balão recebe do ar é de 65,0 N. 08) Para uma pessoa manter o balão em equilíbrio, ela deverá exercer sobre ele uma força igual e contrária ao empuxo que ele sofre do ar. X 16) Se esse balão fosse abandonado na Lua, ele não receberia empuxo, pois lá não existe atmosfera. Somatório: 21 (01 + 04 + 16) 14 Livro de Revisão 2 Física 3. Termometria Temperatura O grau médio de agitação molecular de uma substância está relacionado com sua temperatura. Quanto maior a agi- tação média, maior a temperatura do corpo. Na ilustração a seguir, os pontinhos azuis se referem às moléculas de um gás sem ser aquecido e os pontinhos laranja, ao comporta- mento das mesmas moléculas ao serem aquecidas. Temperatura (T) é definida como o grau de agitação médio molecular de uma substância. É uma grandeza escalar e tem como unidade no SI o kelvin (K). Equilíbrio térmico e Lei zero da Termodinâmica Equilíbrio térmico Dois ou mais corpos estão em equilíbrio térmico quando se encontram a uma mesma temperatura. Em um sistema fechado, quando dois ou mais corpos se encontram em equilíbrio térmico, não há troca de energia térmica entre eles. Caso um ou mais corpos se encontrem em temperaturas diferentes, haverá troca espontânea de energia térmica dos corpos de maior temperatura para os de menor temperatura, até que os corpos se encontrem à mesma temperatura e seja estabelecido o equilíbrio térmico. Lei zero da Termodinâmica Se um corpo A se encontra em equilíbrio térmico, ao mesmo tempo com um corpo B e um corpo C, então, necessariamente, B e C também se encontram em equi- líbrio térmico. Escalas termométricas e conversões Existem diversas escalas termométricas. As mais utiliza- das são as escalas Celsius e Fahrenheit. Elas são utilizadas cotidianamente por fatores históricos e culturais. Para indicar as temperaturas dos pontos de referência, elas foram determinadas a uma pressão de 1 atm. Na escala Celsius, 0 ºC equivale à fusão do gelo, e 100 ºC, ao ponto de ebulição da água. Na escala Fahrenheit, 0 °F equivale ao ponto de fusão de uma solução de água e sal, e 100 °F, à temperatura de um corpo febril. A unidade adotada pelo Sistema Internacional é o kelvin (K), em homenagem ao físico irlandês William Thomson (1824-1907), conhecido como Lorde Kelvin. O uso dessa escala como padrão internacional está relacionado com a definição de seu ponto fixo. Na escala Kelvin, atribui-se o zero kelvin à ausência do movimento das moléculas de um corpo, denominado “zero absoluto”. A ilustração a seguir mostra como as temperaturas são medidas nas três escalas. 100 partes 180 partes 100 partes Celsius PV 100 °C 373 K PG 0 °C 273 K Fahrenheit Kelvin 212 °F 32 °F Ja ck A rt. 2 01 1. D ig ita l. Nas extremidades estão os pontos fixos determinados a uma pressão de 1 atm. Para o ponto de gelo da água, temos: 0 °C, 32 °F e 273 K. Para o ponto de vapor da água, temos: 100 °C, 212 °F e 373 K. Entre os pontos fixos, a escala Celsius e a escala Kelvin apresentam uma divisão de 100 partes, já a escala Fahrenheit é dividida em 180 partes. 15 Equações de conversão As conversões termométricas devem levar em conta a proporcionalidade das variações de temperatura em dife- rentes escalas. De uma forma geral, podemos fazer uma conversão de temperatura de uma escala A para uma escala B, desde que saibamos o valor de dois pontos fixos dessas escalas. Por exemplo, o ponto de gelo e o ponto de vapor da água nessas escalas: Ponto do vapor 0 °C 20 °Z 130 °Z100 °C ZC BA A’ B’ Ponto do gelo Ja ck A rt. 2 01 1. D ig ita l. 1. (FATEC – SP) Um sistema A está em equilíbrio térmico com outro B e este não está em equilíbrio térmico com um outro C. Então, podemos dizer que: a) os sistemas A e C possuem a mesma quantidade de calor. b) a temperatura de A é diferente da de B. X c) os sistemas A e B possuem a mesma temperatura. d) a temperatura de B é diferente da de C, mas C pode ter temperatura igual à do sistema A. e) nenhuma das anteriores. 2. (UFBA) Defina temperatura do ponto de vista microscópico. Temperatura é o grau de agitação médio molecular de uma substância. 3. (UNIFAP) Astrônomos da Nasa descobriram, com a ajuda do telescópio espacial Chandra, uma estrela de nêutrons a 9,5 ∙ 1010 milhões de quilômetros da Terra que passa por um processo súbito de esfriamento. Identificada pela primeira vez por astrônomos asiáticos, em 1181, essa estrela, denominada pulsar 3C58, deveria ter uma temperatura de cerca de 1,5 milhão de graus celsius. Mas os cientistas descobriram, para seu espanto, que a estrela de nêutrons é bem mais fria do que isso. Em pouco mais de 800 anos, a superfície do pulsar 3C58 resfriou-se para uma temperatura de, aproximadamente, 1 milhão de graus celsius. (Adaptado de Folha Online – 16/12/2004 –16h47). De acordo com as informações, a diferença entre a temperatura esperada da estrela e aquela determinada pelos cientistas é cerca de 500 mil graus celsius. Que variação de temperatura, na escala absoluta (Kelvin), corresponde uma variação de 500 mil graus celsius? Como a escala Celsius e a escala Kelvin têm a mesma quantidade de divisões – 100 – entre o ponto de gelo e o ponto de vapor-d’água, a variação é equivalente. Por isso, a variação de 500 mil graus Celsius corresponde a 500 mil kelvins. 4. (UESPI) Ao considerarmos a equação que relaciona os valores de temperatura medidos, na escala Kelvin (K), com os valores correspondentes de temperatura, na escala Celsius (T), podemos afirmarque uma variação de temperatura na escala Celsius igual a ΔT = 35 °C corresponde a uma variação de: a) ΔT K= 308 b) ΔT K= 238 c) ΔT K= 70 X d) ΔT K= 35 e) ΔT K= 0 Para efetuar a conversão da temperatura entre a escala Celsius e a escala arbitrária Z, devemos partir do princípio de que as variações de temperaturas medidas em ambas as escalas são proporcionais. A A B C Z’ B’= ⇒ =− − − − 0 100 0 20 130 20 A relação entre as escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin pode ser obtida a partir do mesmo princípio e, após simpli- ficações, chega-se à igualdade abaixo: T T TC F K 5 32 9 273 5 = − = − 16 Livro de Revisão 2 Física 5. (UEG – GO) Uma senhora, com um filho hospitalizado, vem chorando pela rua e para alguém, ao acaso, suplicando-lhe que explique as estranhas palavras do médico sobre o estado de seu filho: “Minha senhora, a temperatura corporal de seu filho sofreu uma variação de +2 K”. Considerando o que foi dito pelo médico, qual seria a resposta CORRETA para se dar a essa mãe desesperada? a) “O seu filho sofreu uma variação de temperatura de –271 °C”. b) “A temperatura corporal de seu filho diminuiu 2 °C”. c) “A temperatura corporal de seu filho é de 99 °F”. X d) “A temperatura corporal de seu filho aumentou 2 °C”. e) “O seu filho sofreu uma variação de temperatura de +275 °C”. 6. (UEMA) [...] Ainda existem discordâncias sobre o local ideal para mensurar a temperatura corporal. Pode ser axilar, bucal, timpânico, esofágico, nasofarin- geano, vesical e retal. Os locais habitualmente mensurados são – Axilar: temperatura normal encontra-se entre 35,5 a 37,0 °C, com média de 36,0 a 36,5 °C. – Bucal: temperatura normal encontra-se entre 36,0 a 37,4 °C. – Retal: temperatura normal encontra-se entre 36,0 a 37,5 °C. Fonte: Disponível em <http://fisiologia.med.up.pt/Texto_Apoio/ outros/Termorreg.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2014. (adaptado) Transformando esses valores para escala Kelvin, a tem- peratura normal, na região bucal, encontra-se entre: a) 308,0 a 311,5 b) 308,5 a 310,5 X c) 309,0 a 310,4 d) 309,0 a 310,5 e) 310,2 a 310,4 ) T T T T K T T T K C K K K C K 1 1 1 2 2 273 36 0 273 309 0 273 37 4 273 = + ⇒ = + ⇒ = = + ⇒ = + ⇒ , , , TT KK2 310 4= , 7. (FMTM – MG) A fim de diminuir o risco de explosão durante um incêndio, os botijões de gás possuem um pequeno pino com aspecto de parafuso, conhecido como plugue fusível. Uma vez que a temperatura do botijão chegue a 172 °F, a liga metálica desse dispositivo de segurança se funde, permitindo que o gás escape. Em termos de nossa escala habitual, o derretimento do plu- gue fusível ocorre, aproximadamente, a a) 69 °C X b) 78 °C c) 85 °C d) 96 °C e) 101 °C ) T T T T CC F C C5 32 9 5 172 32 9 78= − ⇒ = − ⇒ ≅ ° 8. (IMED – RS) Uma temperatura é tal que 18 (dezoito) vezes seu valor na escala Celsius é igual a –10 (menos dez) vezes o seu valor na escala Fahrenheit. Determine essa temperatura. a) 8 ºF X b) 16 ºF c) 32 ºF d) 64 ºF e) 128 ºF ) 18 10 10 18 5 32 9 10 18 5 160 ⋅ = − ⋅ ⇒ = − ⋅ = − ⇒ − ⋅ = ⋅ − T T T T Assim T T T T C F C F C F F F : 99 10 10 320 20 320 16 − ⋅ = ⋅ − ⋅ = ⇒ = ° T T T T F F F F F 9. (IFCE) Um estudante de Física resolveu criar uma nova escala termométrica que se chamou Escala NOVA ou, simplesmente, Escala N. Para isso, o estudante usou os pontos fixos de referência da água: o ponto de fusão do gelo (0 °C), correspondendo ao mínimo (25 °N) e o ponto de ebulição da água (100 °C), correspondendo ao máximo (175 °N) de sua escala, que era dividida em cem partes iguais. Dessa forma, uma temperatura de 55°, na escala N, corresponde, na escala Celsius, a uma tempe- ratura de a) 10 °C X b) 20 °C c) 25 °C d) 30 °C e) 35 °C ) T T T T CC C C C − − = − − ⇒ = ⇒ = ⇒ = ° 0 100 0 55 25 175 25 100 30 150 30 15 20 , 17 4. Dilatometria Quando um corpo tem sua temperatura elevada, suas moléculas vibram mais e, consequentemente, suas dimen- sões macroscópicas aumentam. Do mesmo modo, quando sua temperatura decai, suas dimensões, como um todo, diminuem. Uma aplicação do estudo da dilatação dos sólidos está relacionada às juntas de dilatação. Em cabeceiras de pontes e em trilhos de trem, encontramos juntas e espaçamentos que, quando não são bem calculados, podem provocar avarias no pavimento, na estrutura da ponte ou nos trilhos de trem. © Sh ut te rs to ck /D av id S hi h As juntas de separação ou espaçamento são necessárias para evitar avarias em superfícies. Dilatação linear dos sólidos Em alguns casos, para facilitar o estudo da dilatação, tratam-se os corpos como se tivessem apenas uma dimensão (dilatação linear). Essa opção é determinada pela necessidade da análise que estiver sendo feita. Se a intenção é avaliar, por exemplo, apenas a dilatação ocorrida na altura de um corpo ou quando o comprimento for muito maior que a espessura e a largura, é possível tratar tal objeto como um corpo unidimensional. Coeficiente de dilatação linear Cada material apresenta uma dilatação caracterís- tica para determinada variação de temperatura. Essa característica será dada pelo seu coeficiente de dilatação linear, que tem como unidade prática o grau Celsius ele- vado a menos um (°C–1). A tabela a seguir traz o coeficiente de dilatação linear de alguns sólidos: Substância Em (10–6) °C–1 Chumbo 29 Zinco 26 Alumínio 23 Latão 19 Prata 19 Bronze 18 Cobre 17 Ferro 13 Concreto 12 Platina 9,0 Vidro comum 8,0 Vidro pirex 3,2 Porcelana 3,0 HALLIDAY, David; RESNICK, Jearl Walker. Gravitação, ondas e termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 2, p. 189. Equação da dilatação linear de um sólido: LO TO T L Situação inicial Situação final ΔL Ja ck A rt. 2 01 1. D ig ita l. Δ ΔL L T= ⋅ ⋅α 0 Em que: – ΔL é a variação de comprimento, medida no SI em metro (m); – é o coeficiente de dilatação linear, medido no SI em kelvin elevado a menos um (K–1); – L0 é o comprimento inicial, medido no SI em metro (m); – ΔT é a variação de temperatura, medida no SI em kelvin (K). 18 Livro de Revisão 2 Física Lâminas bimetálicas Presentes, por exemplo, nos disjuntores e ferros elé- tricos, as lâminas bimetálicas apresentam uma dilatação curiosa que é consequência dos diferentes coeficientes de dilatação. Elas se curvam quando são submetidas a uma variação de temperatura. Isso ocorre porque um material dilata mais do que o outro. Ja ck A rt. 2 01 1. D ig ita l.A B A B Considerando que as lâminas bimetálicas foram aquecidas, é possível afirmar que o material de cima apresenta um coeficiente de dilatação linear maior do que o material de baixo. Dilatação superficial dos sólidos Em um sólido com duas dimensões preponderantes, é importante considerarmos a dilatação de sua área. É comum verificarmos pisos de concreto ficando soltos ao longo do tempo. Um dos motivos são as altas variações de temperatura a que são submetidos. Por isso, um cuidado que deve ser tomado na instalação de lajotas é a utilização de um espaçador, o qual mantém um espaço suficiente para que a superfície possa dilatar e contrair sem que se deforme. Δ ΔA A T= ⋅ ⋅β 0 Em que: – ΔA é a variação da área, medida no SI em metro qua- drado (m2); – é o coeficiente de dilatação superficial, medido no SI em kelvin elevado a menos um (K–1); – A0 é a área inicial, medida no SI em metro quadrado (m2); – ΔT é a variação de temperatura sofrida pelo sólido, medida no SI em kelvin (K). O coeficiente de dilatação superficial de um sólido é definido por: β α= ⋅2 , pois se trata do mesmo sólido, mas que se dilata em duas dimensões. Dilatação volumétrica dos sólidos Quando as três dimensões do sólido são consideráveis, teremos uma dilatação volumétrica. A equação desse tipo de dilatação é similar às equações da dilatação linear e da dilatação superficial. y Aquecimento x z V x0 V0y0 z0 Δ ΔV V T= ⋅ ⋅γ 0 Em que: – ΔV é a variação de volume, medida no SI em metrocúbico (m3); – é o coeficiente de dilatação volumétrico, medido no SI em kelvin elevado a menos um (K–1); – V0 é o volume inicial, medido no SI em metro cúbico (m3); – ΔT é a variação de temperatura sofrida pelo sólido, medida no SI em kelvin (K). Como se trata de uma dilatação em três dimensões, o coeficiente de dilatação volumétrico é dado por: γ α= ⋅3 . Os espaçadores são peças plásticas utilizadas para garantir um espaçamento-padrão entre as superfícies. A dilatação superficial tem equação análoga à equação linear: AA0y0 x0 X y © iS to ck ph ot o. co m /G aj us © iS to ck ph ot o. co m /S ve ta Vo 19 Dilatação dos líquidos A dilatação dos líquidos é semelhante à dilatação dos sólidos. Entretanto, como o grau de liberdade das moléculas nos líquidos é maior do que nos sólidos, ocorre maior variação de seus volumes para pequenas variações de temperatura. Fisicamente, o coeficiente de dilatação volumétrica dos líquidos é bem maior do que o coeficiente de dilatação volumétrica dos sólidos. Como um líquido se encontra dentro de um recipiente, ao analisarmos o fenômeno, deve-se levar em considera- ção a dilatação de seu recipiente. Dilatação aparente dos líquidos Considere um recipiente cheio até a borda com um líquido. Em seguida, esse sistema recipiente-líquido é sub- metido a uma variação de temperatura positiva. Passados poucos instantes, o líquido transborda. A rigor, o volume do líquido é maior do que o volume transbordado, isso porque o recipiente também sofreu dilatação térmica. O volume do líquido sobressalente é chamado de dilatação aparente ΔVap. A modelagem matemática dessa situação é dada pela equação: Δ Δ ΔV V VL ap R= + Matematicamente, temos: γ γ γL ap R= + . Dilatação anômala dos líquidos Por meio de um rearranjo molecular, algumas substâncias apresentam comportamento anômalo para determinados intervalos de temperatura. No caso da água, ao reduzir a temperatura de 4 °C para 0 °C, temos o aumento do volume e, consequentemente, a redução da densidade. Esse caso pode ser verificado quando deixamos uma garrafa de plástico ou de vidro, tampada e com seu interior preenchido totalmente de água à temperatura ambiente, dentro de um congelador. Ao retirarmos a garrafa, percebemos que a água con- gelada se expandiu e rompeu as pare- des da garrafa. Na região entre 0 °C e 4 °C dos gráficos a seguir, é possí- vel verificar o comportamento anômalo da água. Densidade Temperatura (oC) (kg/m3) dO 4 8 X Volume Temperatura (oC) (m3) VO 4 8 X 1. (UFAL) O fato de barras de ferro contidas em uma viga de concreto não provocarem rachaduras no concreto explica-se pela semelhança que existe entre os valo- res do a) calor específico desses materiais. b) calor de fusão desses materiais. c) coeficiente de condutividade térmica desses materiais. X d) coeficiente de dilatação linear desses materiais. e) coeficiente de atrito desses materiais. 2. (IFMT) Ao tentar colocar o eixo em um furo da engrena- gem, um mecânico de automóvel verificou que o eixo não se encaixava na engrenagem. O procedimento mais correto para resolver o problema seria: a) aquecer o eixo. X b) resfriar o eixo e aquecer a engrenagem. c) aquecer a engrenagem. d) resfriar a engrenagem e aquecer o eixo. e) aquecer a engrenagem e o eixo. © iS to ck ph ot o. co m /V al er ie L oi se le ux 20 Livro de Revisão 2 Física 3. (UESB – BA) Um tanque cheio de gasolina de um auto- móvel, quando exposto ao sol por algum tempo, derrama uma certa quantidade desse combustível. Desse fato, conclui-se que: a) só a gasolina se dilatou. b) a quantidade de gasolina derramada representa sua dilatação real. X c) a quantidade de gasolina derramada representa sua dilatação aparente. d) o tanque dilatou mais que a gasolina. e) a dilatação aparente da gasolina é igual à dilatação do tanque. 4. (UFMS) Um motorista retira o carro da garagem, que está a 15 oC, passa pelo posto de gasolina e enche o tanque. Em seguida, deixa o carro estacionado ao sol. Após um certo tempo, ao voltar ao carro, verifica que a tempera- tura do carro é 40 oC e que vazou uma certa quantidade de gasolina do tanque. É correto afirmar que: 01) o volume do tanque de combustível do carro diminuiu. X 02) a gasolina sofreu dilatação. X 04) a gasolina e o tanque sofreram dilatação. 08) o volume de gasolina que vazou é igual à variação de volume da gasolina. 16) a dilatação real da gasolina foi menor do que a dila- tação do tanque. Dê como resposta a soma dos números associados às afirmações corretas. Somatório: 06 (02 + 04) 5. (PUC-Rio – RJ) A imprensa tem noticiado as tempera- turas anormalmente altas que vêm ocorrendo no atual verão, no hemisfério norte. Assinale a opção que indica a dilatação (em cm) que um trilho de 100 m sofreria devido a uma variação de temperatura igual a 20 °C, sabendo que o coeficiente linear de dilatação térmica do trilho vale α = 1,2 ∙ 10–5 °C–1 por grau Celsius. a) 3,6 X b) 2,4 c) 1,2 d) 1,2 ∙ 10–3 e) 2,4 ∙ 10–3 ) ) Δ Δ Δ Δ Δ Δ L L T L L m L m L = ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ⇒ = ⋅ ⇒ − − − α 0 5 5 2 12 10 100 20 2 400 10 2 4 10 , , == 2 4, cm 6. (AFA – SP) Um recipiente tem capacidade de 3 000 cm³ a 20 °C e está completamente cheio de um determinado líquido. Ao aquecer o conjunto até 120 °C, transbor- dam 27 cm³. O coeficiente de dilatação aparente desse líquido, em relação ao material que é feito o recipiente é, em °C–1 , igual a: a) 3 ∙ 10–5 X b) 9 ∙ 10–5 c) 2,7 ∙ 10–4 d) 8,1 ∙ 10–4) ) Δ ΔV V T C C ap ap ap ap ap = ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ = ° ⇒ = ⋅ °− − γ γ γ γ 0 1 5 27 3 000 100 0 000 09 9 10, −−1 7. (UFRGS – RS) Uma barra de aço e uma barra de vidro têm o mesmo comprimento à temperatura de 0 °C, mas, a 100 °C, seus comprimentos diferem de 0,1 cm. (Considere os coeficientes de dilatação linear do aço e do vidro iguais a 12 ∙ 10–6 °C–1 e 8 ∙ 10–6 °C–1, res- pectivamente.) Qual é o comprimento das duas barras à temperatura de 0 °C? a) 50 cm b) 83 cm c) 125 cm X d) 250 cm e) 400 cm ) ) aço vidro 0 aço aço 0 vidro vidro 0 aço vidro 0 0 L L 0,1 L T L T 0,1 L (100 100 ) 0,1 0,1 L L 250 cm 0,0012 0,000 8 Δ − Δ = ⋅α ⋅Δ − ⋅α ⋅Δ = ⋅α − ⋅α = = ⇒ = − 8. (UEL – PR) O volume de um bloco metálico sofre um aumento de 0,60% quando sua temperatura varia de 200 ºC. O coeficiente de dilatação linear médio desse metal, em ºC–1, vale: X a) 1,0 ∙ 10–5 b) 3,0 ∙ 10–5 c) 1,0 ∙ 10–6 d) 3,0 ∙ 10–4 e) 3,0 ∙ 10–3 ) Δ ΔV V T V V C = ⋅ ⋅ ⇒ ⋅ = ⋅ ⋅ = ⋅ ⇒ = ° = ⋅ − γ γ γ γ γ α 0 0 0 1 0 006 200 0 006 200 0 000 03 3 , , , ⇒⇒ = ⋅ ⇒ = ° = ⋅ ° − − − 0 000 03 3 0 000 01 1 10 1 5 1 , ,α α α C C 21 5. Calorimetria Calor Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato, o corpo que tiver maior tempera- tura fornecerá energia térmica para o corpo com menor temperatura, até que o equilíbrio térmico seja atingido. Essa transferência de energia é denominada de calor. A seguir, temos a ilustração de um objeto A que apresenta moléculas com uma energia cinética maior do que a representação das moléculas da ilustração do objeto B. Isso faz com que a temperatura do corpo A seja maior do que a temperatura do corpo B. A seta laranja mostra o sentido natural do calor, do corpo A, o de maior temperatura, para o corpo B, de menor temperatura. Ja ck A rt. 2 01 1. D ig ita l. Calor é a energia térmica em trânsito do corpo de maior temperatura para o corpo de menor temperatura. Ele é representado por Q e sua unidade no SI é o joule (J). O calor tem como unidade prática a caloria (cal), que equivale a 4,186 8 J. Calor sensível Substâncias que não se encontram em temperaturas de mudança de estado físico, ao receberem ou cederem calor, têm suas temperaturas alteradas. Esse calor cedido ou fornecido recebe o nome de calor sensível e é repre- sentado por Q. Equação fundamental da calorimetria A temperatura de um corpo varia proporcionalmente: • àquantidade de calor sensível cedida ou adquirida por ele; • à massa do corpo no processo; • a uma constante de proporcionalidade denominada de calor específico. Essas condições estabelecem a equação fundamental da calorimetria, ou a equação do calor sensível: Q m c T= ⋅ ⋅Δ Em que: – Q é o calor sensível, medido no SI em joule (J); – m é a massa do corpo, medida no SI em quilograma (kg); – c é o calor específico do material, medido no SI em joule por quilograma kelvin (J/kg ∙ K); – ΔT é a variação de temperatura, medida no SI em kelvin (K). Calor específico O calor específico aparece como constante de propor- cionalidade na equação fundamental da calorimetria. Apre- senta como unidade prática de calorimetria o cal/g ∙ °C. Rigorosamente, analisando essa unidade, o calor específico traz a informação de quantas calorias são necessárias para elevar 1 g de dada substância em 1 °C. Cada material apresenta um calor específico caracterís- tico. Na tabela a seguir estão os valores de calor específico de diversos materiais. Material Calor específico (cal/(g · °C)) Água 1,0 Álcool etílico 0,58 Gelo 0,530 Alumínio 0,215 Diamante 0,12 Cobre 0,092 Prata 0,056 Mercúrio 0,033 Ouro 0,031 Chumbo 0,030 HALLIDAY, David; RESNICK, Jearl Walker. Gravitação, ondas e termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 2, p. 191. O calor específico serve para justificar por que dois materiais diferentes com mesma massa demoram tempos diferentes para aquecer ou resfriar mesmo sendo subme- tidos à mesma variação térmica. Por exemplo, uma por- ção de areia aquece e resfria mais rapidamente do que a mesma porção de água do mar. 22 Livro de Revisão 2 Física Capacidade térmica Propriedade que um corpo tem de ganhar ou ceder energia. Tem como unidade do SI o joule por kelvin (J/K) e como unidade prática a caloria por grau Celsius (cal/°C). Matematicamente, pode ser calculada por: C m c= ⋅ ou C Q T = Δ Calor latente Quando uma substância se encontra em uma situação de mudança de estado físico, toda a energia térmica cedida ou recebida por ela é utilizada para sua mudança de estado físico. Essa energia térmica envolvida no processo é chamada calor latente. Calor latente é a energia térmica atuante na mudança de estado físico de uma substância. É definido matematica- mente por: Q m L= ⋅ Em que: – L é o coeficiente de calor latente de mudança de estado físico, medido no SI em joule por quilograma (J/kg); – m é a massa, medida no SI em quilograma (kg). Curvas de aquecimento e de resfriamento Para compreendermos melhor as curvas de aqueci- mento e de resfriamento, devemos responder à seguinte pergunta: o que acontece com uma substância quando ela recebe energia térmica? São duas as respostas. 1a. Se a substância não estiver em uma condição de mudança de estado físico, sua temperatura será elevada. 2a. Se a substância estiver em uma condição de mudança de estado físico, sua temperatura não será elevada e toda a energia recebida será utilizada para modificar seu estado físico. Essas respostas podem ser mais bem visualizadas em uma curva de aquecimento. Um cubo de gelo a –20 °C e a uma pressão de 1 atm, ao ser aquecido continuamente, varia sua temperatura conforme um gráfico de escada, que apresenta “degraus” nas temperaturas de mudança de estado físico da água. A B C D T (ºC) E Q(cal) 100 0 –20 Nos trechos identificados com as letras A, B, C, D e E a água está respectivamente nos estados: sólido, sólido e líquido, líquido, líquido e gasoso, gasoso. Diagramas de fases Os diagramas de fases apresentam condições, valores de pressão e de temperatura nos quais ocorrem as mudan- ças de estado físico de uma substância. A seguir, temos os diagramas de fase do dióxido de carbono (CO2) e da água (H2O). 3 1 2 CO2 Sólido Líquido Cp (atm) T (°C)–78 –56,6 Gasoso P 5 1 GasosoP 3 2 H2O Sólido Líquido C p (atm) T (°C)0 0,01 100 1 0,006 1 Representação das curvas de aquecimento do gás carbônico e da água. Nos dois gráficos, o ponto C é chamado de ponto crítico. Para temperaturas superiores a C, independentemente da variação da pressão, a substância se mantém no estado gasoso. Nessa condição, diz-se que a substância deixou o estado de vapor para se tornar um gás. O ponto P é chamado de ponto tríplice, pois é possível encontrar a substância nas três fases ao mesmo tempo. 23 Princípio das trocas de calor Para um sistema ideal (em que não há troca de calor com o meio externo), duas ou mais partículas seguem a lei de conservação de energia, ou seja, o somatório de toda a energia cedida pelas partículas desse sistema mais o somatório de toda a energia absorvida por esse sistema deve ser zero. Para um sistema simples de dois corpos, a lei de conser- vação de energia pode ser esquematizada pela ilustração abaixo. Calor Parede isolada termicamenteBA TA > TB O calor é transferido naturalmente do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura. O corpo A, com temperatura TA maior do que a tem- peratura TB do corpo B, fornece energia para B na forma de calor. Todo o calor cedido pelo corpo A é recebido pelo corpo B. Analisando o modelo preestabelecido, chegamos à seguinte equação matemática. Q =∑ 0 ou Q Qperdido recebido+ = 0 Por convenção, o calor perdido leva sinal negativo (–), e o calor recebido leva sinal positivo (+). Calorímetro É improvável que em um experimento sobre calorime- tria, mesmo que nele esteja envolvida alta tecnologia, não haja trocas de calor com o meio externo ao experimento ou mesmo com as paredes do recipiente que envolve os cor- pos em questão. Chamaremos de calorímetro o recipiente em que ocorrem as trocas de calor. O calorímetro ideal não participa das trocas de calor com os constituintes do expe- rimento. Caso seja um calorímetro real, existe determinada capacidade térmica, a qual deverá ser considerada na for- mulação matemática do problema. © Sh ut te rs to ck /F ou ad A . S aa d © Sh ut te rs to ck /A nd re i N ek ra ss ov Ilustração de um calorímetro, recipiente no qual acontecem experimentos térmicos. O calorímetro real tem capacidade térmica e troca calor com os corpos constituintes do experimento. Para o modelo físico de um calorímetro não ideal, deverão ser levadas em conta suas trocas de calor. Q C T= ⋅Δ 1. (CEFET – SP) Calor é: X a) energia em trânsito de um corpo para outro, quando entre eles há diferença de temperatura. b) medido em graus Celsius. c) uma forma de energia que não existe nos corpos frios. d) uma forma de energia que se atribui aos corpos quentes. e) o mesmo que temperatura. 2. (PUC Minas – MG) Se ocorre troca de calor entre dois corpos, é correto dizer que, no início desse processo, são diferentes: a) suas massas. b) suas capacidades térmicas. c) seus calores específicos. X d) suas temperaturas. 3. (UEPB) Numa aula de Física, um aluno é convocado para explicar fisicamente o que acontece quando um pedaço de ferro quente é colocado dentro de recipiente contendo água fria. Ele declara: “O ferro é quente porque contém muito calor. A água é mais fria que o ferro porque con- tém menos calor que ele. Quando os dois ficam juntos, parte do calor contido no ferro passa para a água, até que eles fiquem com o mesmo nível de calor ...e, é aí 24 Livro de Revisão 2 Física que eles ficam em equilíbrio”. Tendo como referência as declarações do aluno e considerando os conceitos cien- tificamente corretos, analise as seguintes proposições: I. Segundo o conceito atual de calor, a expressão: “O ferro é quente porque contém muito calor”, está errada. II. Em vez de declarar: “... parte do calor contido no ferro passa para a água”, o aluno deveria dizer que “existe uma transferência de temperatura entre eles”. III. “... até que eles fiquem com o mesmo nível de calor...e, aí é que eles ficam em equilíbrio” correto, pois quando dois corpos atingem o equilíbrio térmico seu calores específicos se igualam.Assinale a alternativa correta: a) Todas as proposições são verdadeiras. X b) Apenas a proposição I é verdadeira. c) Apenas a proposição II é verdadeira. d) Apenas a proposição III é verdadeira. e) Apenas as proposições I e III são verdadeiras. 4. (UFP – RS) Considere as afirmações a seguir: I. Quando dois corpos estão em equilíbrio térmico, am- bos possuem a mesma quantidade de calor. II. Quando dois corpos estão em equilíbrio térmico, am- bos possuem a mesma temperatura. III. Calor é transferência de temperatura de um corpo para outro. IV. Calor é uma forma de energia em trânsito. Das afirmações acima, pode-se dizer que: a) I, II, III e IV são corretas b) I, II, III são corretas c) I, II e IV são corretas X d) II e IV são corretas e) II e III são corretas 5. (FAPA – RS) Supermanual de sobrevivência Fogo é fundamental: Óculos de (grau ou escuros) servem para acen- der fogueiras, importantíssimas para a noite, quando a temperatura cai dramaticamente. Durante o dia, a temperatura no deserto é muito elevada e, durante a noite, sofre uma gran- de redução. Isto pode ser explicado pelo da areia. X a) pequeno calor específico b) grande calor específico c) pequeno ponto de fusão d) grande ponto de fusão e) pequeno calor latente de fusão. 6. (EsPCEx – SP) Dois blocos metálicos de materiais dife- rentes e inicialmente à mesma temperatura são aqueci- dos, absorvem a mesma quantidade de calor e atingem uma mesma temperatura final sem ocorrer mudança de fase. Baseado nessas informações, podemos afirmar que eles possuem o(a) mesmo(a): a) densidade. b) calor específico. c) volume. X d) capacidade térmica. e) massa. (ENEM) Texto guia para as questões 7 e 8: A panela de pressão permite que os alimentos sejam cozidos em água muito mais rapidamen- te do que em panelas convencionais. Sua tampa possui uma borracha de vedação que não deixa o vapor escapar, a não ser através de um orifício central sobre o qual assenta um peso que con- trola a pressão. Quando em uso, desenvolve-se uma pressão elevada no seu interior. Para a sua operação segura, é necessário observar a limpeza do orifício central e a existência de uma válvula de segurança, normalmente situada na tampa. O esquema da panela de pressão e um diagrama de fase da água são apresentados abaixo. 7. (ENEM) A vantagem do uso de panela de pressão é a rapidez para o cozimento de alimentos e isto se deve a) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa. X b) à temperatura de seu interior, que está acima da tem- peratura de ebulição da água no local. 25 c) à quantidade de calor adicional que é transferida à panela. d) à quantidade de vapor que está sendo liberada pela válvula. e) à espessura da sua parede, que é maior que a das panelas comuns. 8. (ENEM) Se, por economia, abaixarmos o fogo sob uma panela de pressão logo que se inicia a saída de vapor pela válvula, de forma simplesmente a manter a fervura, o tempo de cozimento a) será maior porque a panela “esfria”. b) será menor, pois diminui a perda de água. c) será maior, pois a pressão diminui. d) será maior, pois a evaporação diminui. X e) não será alterado, pois a temperatura não varia. 9. (EsPCEx – SP) Para elevar a temperatura de 200 g de uma certa substância, de calor específico igual a 0,6 cal/g ∙ ºC, de 20 °C para 50 °C, será necessário fornecer-lhe uma quantidade de energia igual a: a) 120 cal b) 600 cal c) 900 cal d) 1 800 cal X e) 3 600 cal ) Q m c T Q Q cal= ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ =Δ 200 0 6 30 3 600, 10. (UFS – SE) Uma fonte térmica fornece calor com potência constante de 240 calorias por minuto. Um corpo de substância desconhecida, de massa 80 g, inicialmente sólido é submetido a essa fonte. O gráfico da temperatura desse corpo, em função do tempo de exposição à fonte, é apresentado abaixo. Admitindo que todo o calor fornecido pela fonte é absor- vido pelo corpo, analise as afirmações que seguem. 00) O calor específico da substância no estado líquido vale 0,60 cal/g °C. X 11) A capacidade térmica do corpo, no estado sólido, vale 16 cal/°C. X 22) O calor latente de fusão da substância vale 18 cal/g. 33) A temperatura de fusão da substância é 80 °C. 44) A quantidade de calor necessária para transformar o corpo sólido a 0 °C em líquido a 40 °C é 2 400 cal. 11. (UNITINS – TO) Em um calorímetro de capacidade térmica 50 cal/ºC, há 300 g de água a 20 ºC em equilíbrio. Sabendo que 200 g de um metal X, inicialmente a 200 ºC, foram colocados dentro do calorímetro, pode-se afirmar que a temperatura de equilíbrio do sistema (calorímetro + água + metal) é, aproximadamente em ºC, Dados: calor específico da água líquida: 1 cal/g.ºC; e calor específico do metal: 0,08 cal/g.ºC a) 30 b) 22 X c) 28 d) 40 e) 34 ) ) Qcal + Qágua + Qx = 0 50 ⋅ (T – 20) + 300 ⋅ 1 ⋅ (T – 20) + 200 ⋅ 0,08 ⋅ (T – 200) = 0 50 ⋅ T – 1 000 + 300 ⋅ T – 6 000 + 16 ⋅ T – 3 200 = 0 366 ⋅ T = 10 200 ⇒ T = 27,8 °C ⇒ T ≅ 28 °C 12. (UFG – GO) Um biólogo, querendo verificar se estava correta a temperatura indicada por sua estufa, fez a seguinte experiência: 1. Colocou um objeto metálico na estufa. Após o equilí- brio térmico, colocou o objeto em uma garrafa térmica (calorímetro de capacidade térmica desprezível) con- tendo 100 g de água a 20 oC. Mediu a temperatura de equilíbrio térmico entre o objeto e a água e encontrou 31 oC. 2. Colocou novamente na estufa dois objetos metáli- cos idênticos ao anterior. Após o equilíbrio térmico, colocou-os na garrafa térmica, contendo, novamente, 100 g de água a 20 oC. Mediu a nova temperatura de equilíbrio térmico entre os dois objetos e a água e encontrou 40 oC. Admitindo que o indicador de temperatura da estufa estivesse funcionando corretamente, qual deveria ser a temperatura indicada na estufa? 26 Livro de Revisão 2 Física 6. Processo de transmissão de calor e estudo de um gás Há três meios pelos quais o calor pode ser transmitido: condução, convecção e irradiação. A seguir, veremos como ocorre cada um deles. Condução térmica Condução térmica é o processo em que a transferência de calor é realizada de uma partícula para outra, por meio da agitação e das colisões moleculares, sem que ocorra transporte de matéria. Pode ocorrer em sólidos e líquidos, mas ocorre predominantemente em sólidos, já que, nesse estado, há maior proximidade entre as partículas. Fluxo de calor O fluxo de calor é definido como a razão entre o calor transportado em um meio material por uma secção trans- versal reta, em dado intervalo de tempo. Matematica- mente, o fluxo de calor é dado por: Φ Δ = Q t Em que: – Φ (letra grega “fi”) representa o fluxo de calor, medido no SI em watt (W); – Q é a quantidade de calor, medida no SI em joule (J); – Δt é o intervalo de tempo, medido no SI em segundo (s). Considere uma haste homogênea com temperaturas diferentes em suas extremidades. T2 T1 T2 > T1 L A O fluxo de calor que é transmitido de uma extremidade à outra é diretamente proporcional à área da secção trans- versal (A), da diferença de temperatura (ΔT) entre os pon- tos dados e inversamente proporcional ao comprimento (L) do objeto. O fluxo também depende de uma constante de proporcionalidade, que depende do material que cons- titui a haste, chamada de coeficiente de condutibilidade térmica, simbolizado por k. Matematicamente, essas rela- ções são dadas pela Lei de Fourier: Φ = ⋅ ⋅ −k A T T L ( )2 1 O coeficiente de condutibilidade térmica é expresso por J s m K⋅ ⋅ . A seguir, analise uma tabela com os valores de condutibilidade térmica de alguns materiais. Com base neles, é possível estabelecer se um material é bom condu- tor ou bom isolante térmico. COEFICIENTE DE CONDUTIBILIDADE TÉRMICA (k) DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS Material Valor de k (kcal/h ∙ m ∙ ºC) Ar seco em repouso 0,022 Isopor 0,025 Lã 0,033 Algodão 0,047 Fibra de vidro 0,20 Tijolo furado 0,35 Água 0,50 Vidro comum 0,65 Tijolo maciço 0,70 Gelo 0,8 Telha de barro1,14 Zinco 96 Alumínio 175 Ouro 267 Cobre 332 HALLIDAY, David; RESNICK, Jearl Walker. Gravitação, ondas e termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 2, p. 200. Convecção térmica Convecção térmica é o processo em que ocorre o trans- porte de energia térmica entre diferentes regiões por meio do transporte de matéria. Nesse caso, convecção térmica só ocorre com fluidos (líquidos e gases). 27 Se um recipiente com água é aquecido por uma chama, a parte inferior é primeiramente aquecida. Há, então, dilatação térmica, aumento de volume e redução da densidade. Con- sequentemente, é produzida uma força de empuxo sobre a região inferior do fluido de menor densidade. Por outro lado, as regiões superiores, de menor temperatura e mais densas, tendem a descer, conforme sugere a ilustração. Di vo . 2 01 0. 3 D. Formam-se correntes de convecção quando um fluido é aquecido pela região inferior. A convecção explica a formação de brisas marítimas e continentais, além de justificar o aumento do tempo de voo de uma asa-delta. Irradiação térmica Irradiação térmica é o processo de transferência de energia térmica por meio de ondas eletromagnéticas que se propagam à velocidade da luz. Esse tipo de onda pode se propagar em meios materiais e no vácuo. Como exem- plos, podemos citar a luz visível, as micro-ondas, o infraver- melho e os raios X. A Terra é aquecida pelo Sol por meio da irradiação térmica. Lei de Stefan-Boltzmann Radiação térmica é emitida e absorvida por todos os corpos. Para os corpos em equilíbrio térmico, as potências irradiada e absorvida são iguais. A taxa com que um corpo emite energia térmica depende da quarta potência da temperatura do corpo (Tc 4), da área da superfície (A) em contato com o ambiente e da constante denominada emissividade (e), fator entre 0 e 1 que relaciona a capacidade de emissão do material em relação ao corpo negro (emissor ideal). A potência emitida é, portanto, igual a: P e A Te c= ⋅ ⋅ ⋅σ 4 Em que σ (sigma) é dado por: σ = ⋅ ⋅ −5 67 10 8 2 4, W m K Por outro lado, a taxa com que um corpo absorve ener- gia é dada por: P a A Ta a= ⋅ ⋅ ⋅σ 4 Em que a é constante de absortividade. A potência líquida trocada com o ambiente é calculada pela diferença entre a potência recebida e a perdida. Como a = e, temos: = σ⋅ ⋅ ⋅ −4 4líquida a cP e A (T T ) • Se a potência líquida for positiva: temperatura do ambiente superior à temperatura do corpo. Recebi- mento de energia pelo corpo. • Se a potência líquida for negativa: temperatura do ambiente inferior à temperatura do corpo. Perda de energia pelo corpo. Transformações gasosas Gases são fluidos que tomam o espaço total do volume do recipiente no qual são confinados. Assim, de acordo com a pressão a que são submetidos, podem se expandir ou se comprimir. Gases ideais são gases hipotéticos que se ajustam a modelos idealizados. Apresentam características como: 1ª. as moléculas que os compõem apresentam mesma massa; A luz visível, o infravermelho e as micro-ondas são exemplos de ondas eletromagnéticas que se propagam em meios materiais ou no vácuo. © Sh ut te rs to ck .co m /S ed la ce k © iS to ck ph ot o. co m /M ar cc op ho to © Sh ut te rs to ck /P io tr Kr ze sla k 28 Livro de Revisão 2 Física 2ª. o volume das moléculas é desprezível quando com- parado ao do recipiente que as contém; 3ª. o recipiente que contém os gases determina o volume deles de forma que suas partículas estão distribuí- das uniformemente por todo o volume; 4ª. apresentam movimento aleatório e obedecem às leis de Newton; 5.ª a distância entre as moléculas é suficientemente grande para que as forças gravitacionais e elétricas entre elas sejam consideradas desprezíveis; 6.ª as colisões das moléculas entre si e com as paredes do recipiente são perfeitamente elásticas. O volume, a pressão e a temperatura são grandezas que influenciam diretamente no comportamento de um gás. Transformação isocórica: Lei de Gay-Lussac A grandeza que permanece constante é o volume. Assim, um gás que se apresenta com volume igual em qualquer estado de pressão e de temperatura segue a relação: p T p T CONSTANTE1 1 2 2 Transformação isobárica: Lei de Charles A grandeza que permanece constante é a pressão. Assim, um gás que se apresenta em quaisquer estados de volume e temperatura com pressões iguais segue a relação: V T V T CONSTANTE1 1 2 2 Transformação isotérmica: Lei de Boyle A grandeza que permanece constante é a temperatura. Assim, a transformação de um gás com temperatura constante segue a relação: p V p V CONSTANTE1 1 2 2⋅ = ⋅ = Relação entre número de mols e pressão de um gás A quantidade de matéria de um número determinado de partículas é a definição de mol. Chamado de número de Avogadro, seu valor é dado por NA = ⋅6 02 10 23, . Assim, o termo mol indica uma quantidade de 6,02 ∙ 1023 partículas. A razão entre a pressão que um gás exerce e o número de mols deve permanecer constante, desde que as demais variáveis não mudem. Portanto: p n p n CONSTANTE1 1 2 2 Lei Geral dos Gases e Equação de Clapeyron A equação que sintetiza as transformações de um gás ideal é chamada de equação geral dos gases, dada por: p V n T p V n T CONSTANTE1 1 1 1 2 2 2 2 ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = A constante definida pelo pesquisador Clapeyron é uni- versal, cujo símbolo é R. Seu valor é igual a 0 082, atm L K mol . Em unidades do SI, seu valor é dado por: R Pa m K mol ou R J K mol = ⋅ ⋅ = ⋅ 8 31 8 31 3 , , Portanto, a forma mais usual da Equação de Clapeyron é: p V n R T⋅ = ⋅ ⋅ Trabalho de um gás Se um gás estiver confinado em recipiente fechado e uma de suas paredes sofrer um deslocamento, haverá rea- lização de trabalho físico e transferência de energia. O gás pode se expandir ou se comprimir, como veremos adiante. Expansão e compressão de um gás à pressão constante No caso do gás dentro de um cilindro que recebe calor, as colisões entre as partículas do gás e as paredes internas do cilindro fazem com que o êmbolo se eleve, aumentando o volume interno e mantendo a pressão constante. Nesse caso, o gás realiza trabalho positivo, determinado pela relação a seguir: gás gás gásF s p A s p Vτ = ⋅Δ ⇒ τ = ⋅ ⋅Δ ⇒ τ = ⋅Δ Se o êmbolo é empurrado lentamente por um agente externo, faz com que o gás seja comprimido e diminui seu volume. Assim, o gás realiza trabalho negativo e dizemos que há realização de trabalho sobre o gás. O trabalho é determinado pela mesma relação anterior ( gás p Vτ = ⋅ Δ ), porém o valor de V é negativo. 29 À esquerda, o gás se expande devido à força de interação entre as suas partículas e as paredes do cilindro. Nesse caso, o gás realiza trabalho. À direita, mediante a aplicação da força de um agente externo, diminui-se o volume do gás. Nesse caso, é realizado trabalho sobre o gás. Trabalho de um gás em transformações com pressão variável Considerando um diagrama da pressão em função do volume (p × V), seja qual for a transformação gasosa, é possível calcular o trabalho por meio da área do diagrama. Portanto: τ=N A p 0 V1 V2 1 2 VolumeV Pressão Pressão VolumeV1 V2 A 1 2p2 p1 Em um diagrama p × V, o trabalho é determinado pelo cálculo da área em destaque. À esquerda, diagrama para pressão constante. À direita, diagrama com pressão variável. 1. (UFPR) Com relação aos processos de transferência de calor, considere as seguintes afirmativas: 1. A condução e a convecção são processos que depen- dem das propriedades do meio material no qual ocorrem. 2. A convecção é um processo de transmissão de calor que ocorre somente em metais. 3. O processo de radiação está relacionado com a pro- pagação de ondas eletromagnéticas. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. X d) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 2.
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