Buscar

[Resumo]Subjectividade, cidadania e emancipação págs 249,250,251

Prévia do material em texto

Universidade de Pernambuco – UPE
Escola Politécnica de Pernambuco – POLI
Resumo do texto Subjectividade, cidadania e emancipação; 
Aluno: Matheus Phelipe;
Páginas 249;250;251.
A crise da cidadania social – Pág 249 em diante	
(Início em: “A crise é, em parte, a revolta...(pág 248 - final))
Trata-se de uma crise onde o íntimo de cada indivíduo coloca-se contra cidadania imposta (referida como atomizante e estatizante). Isso se deve ao fato de o compromisso social e democrático ter criado barreiras e, de certo modo, uma parametrização entre os cidadãos constituintes, deixando-os presos a uma ânsia materialista e repetitiva, abrindo mão de um modo de visão mais autônomo e criativo. Desse modo, o Estado-Providência, além de inserir uma certa linearidade, ele é responsável pela realização de medidas burocráticas e que aparentam reduzir a situação estatizante, sendo, na verdade, a manutenção desse modo de vida. Outro fator a ser considerado encontra-se na esfera do compromisso social-democrático: sua devida restrição, politicamente falando, oriunda do incentivo estático do Estado
Partindo dos pressupostos de medidas restritivas e burocráticas, observa-se uma sociedade que cada vez se encontra mais segregada, ainda, da implementação de suas vontades e necessidades no âmbito ao que o Estado se compete: garantir uma vontade geral e mantenedora da propriedade de cada constituinte que se propôs a aceitar o contrato social. A grosso modo, isso ainda permanece, porém, se torna restrito a manutenção e realizações de vontades às grandes corporações. Tal situação implica, de certo modo, ao redirecionamento a uma gestão predominante do capitalismo, onde a participação coletiva não apresenta novos progressos, sendo mais importante e fundamental a elaboração de meios que tornem os indivíduos mais distantes da ótica emancipatória e atualizadora de sua participação em sociedade – mesmo o capitalismo tendo profundas transformações nesse sentido, como nota-se com a queda do Fordismo e, como consequência, a garantia de mais reconhecimentos por parte do proletariado, por exemplo.
Ao falar em “queda” do Fordismo, vale ressaltar a principal articulação política e social que iniciou, de fato, tal crise que desestabilizou todos os setores: o movimento estudantil, ocorrido nos anos 70. Destacam-se os três pilares que cercearam o confronto: 1. A oposição a ótica produtivista e materialista, 2. Opressões vivenciadas pela sociedade como a alienação, a prática da reprodução social – englobando o autoritarismo e ações lineares, objetivando-se a quebra desse modo de pensamento, bem como o aumento de participação política –, 3. Luta pelo fim da hegemonia dos operários nas revoltas, incitando, portando, a criação de novas categorias (sujeitos sociais) dispostos a realizar tais transformações.
No entanto, a ascensão da ideologia da subjetividade sobre a cidadania teria grandes implicações a serem consideradas. Nesse sentido, a busca por novos tipos de cidadanias não prejudiciais à subjetividade levou a uma renegação da cidadania implementada historicamente: a cidadania liberal, cidadania esta onde fora iniciados estímulos a elaboração de medidas que buscavam a igualdade e equilíbrio entre Estado, Mercado e Comunidade. Embora desarmado, o impacto promovido pelo movimento e suas implicações ideológicas e, por consequência, políticas, serão de fundamentais importâncias para o entendimento das novas formas de organização das décadas consequentes; vão além de impactos políticos, atingem todas as esferas sociais.
 
As duas últimas décadas: experimentação e contradição – pág 250
Fazendo um comparativo com as duas últimas décadas, observa-se o grau de experiências realizadas pelo capitalismo que necessitava dar uma resposta aos problemas vivenciados na década de 70 – resposta esta em escala global; houveram a busca por novos modelos de desenvolvimento econômico e social. Em contrapartida, ocorreram a legitimação de novos sujeitos sociais, oriundos dos fortes movimentos sociais em ascensão. Tal experimentação não tange apenas ao capitalismo e os movimentos sociais, mas também ao Estado-Providência, por exemplo, cujo teve alterações profundas em suas políticas e economias a fim de encontrar uma alternativa que substituísse a estrutura vigente, pressionado pela crise dos pilares da regulação: Estado, Mercado e Comunidade. De qualquer modo, tais impactos acometidos nas esferas citadas ainda são imensuráveis e ocorreram de modo mais intenso na América Latina.
Este período foi marcado, também, pelo colapso entre as sociedades comunistas do Leste Europeu – algo totalmente contrário a situação presenciada nesta década (70-90), onde movimentos tendiam a reformulação ou até mesmo o fim desse modelo. Tais colapsos serviram, de certa maneira, para validar novamente o modelo capitalista como o único viável e que permitia a coexistência dos pilares da regulação – mesmo que de forma instável. Tais experiências comprovam a imaturidade dos sistemas dominantes e também da população, fazendo-se necessária a experimentação dos mais diversos tipos de ideologias, proposições de novas alternativas para solucionar as tensões e, em alguns casos, o exercício destas. 
As respostas do capital: difusão social da produção e isolamento político do trabalho – pág 251
Como dito no tópico anterior, o capitalismo buscou alternativas para responder as novas necessidades e impasses vivenciados por volta da década de 60. Tais soluções estão compostas em dois grandes grupos: a difusão social da produção e o isolamento político das classes trabalhadoras enquanto classes produtoras.
Para a difusão social da produção, presumem-se várias formas. Como a palavra “difusão” sugere, trata-se da segregação\descentralização da escala produtiva e seus processos internos. Para ser mais claro, há a fragmentação de seus processos em níveis geográficos e sociais, sendo ambos transferidos para regiões periféricas de suas sedes que antes detinham todo o controle sobre os processos. Em suma, os países periféricos começam a passar por uma industrialização em virtude dos países centrais investirem na dispersão dos processos objetivando ganhos na heterogeneização de faixas salariais (bem menores, por sinal) e uma larga vantagem em relação a outras empresas; o investimento na descentralização industrial com países que necessitam do crescimento econômico ofertado pelas multinacionais realizam inúmeros subsídios e descontos para estas – há uma imensa vantagem em relação às empresas centralizadas. Além desses fatores, há o incremento da mão de obra e, de certo modo, a especialização das pessoas para os processos necessários nas indústrias.
Além da descentralização e do acirramento de competição entre as economias emergentes convergindo para um novo sistema econômico, há um terceiro aspecto a ser considerado: as dificuldades entre diferenciar a reprodução da produção, sendo reflexo do movimento estudantil dos anos setenta e oitenta.
(Término em: “...e mesmo dos novos movimentos sociais dos anos setenta e oitenta)

Continue navegando