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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO MILTON CAMPOS
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
JOYCE CRISTINA SANTOS
EMPRESAS COM ATIVIDADE INTELECTUAL NO SIMPLES NACIONAL
NOVA LIMA
 2014
 JOYCE CRISTINA SANTOS
EMPRESAS COM ATIVIDADE INTELECTUAL NO SIMPLES NACIONAL
Projeto apresentado como requisito da disciplina Projeto de TCC, ministrada pela professora Vivian Campos, no sétimo período do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Milton Campos.
Orientador: Cléber Araújo dos Santos
NOVA LIMA
2014
LISTA DE SIGLAS
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
ICMS- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços
IPI- Imposto sobre Produtos Industrializados
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
LC – Lei Complementar
PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Publico
PIS – Programa de Integração Social
INTRODUÇÃO
Entre as responsabilidades do profissional de contabilidade, está a contribuição com a geração de informações para a tomada de decisões das empresas. As decisões tomadas, por sua vez, têm como essência de ser a condução da empresa ao atingimento de seus objetivos. As ações decorrentes desse processo acampam diversas áreas, como por exemplo, a administrativa, a financeira, a econômica e a contábil. Uma área de destaque na qual certamente todas as organizações empresariais têm interesse estratégico é a área tributária. É vital, portanto, não apenas se ter o conhecimento amplo da natureza do negócio, mas também da legislação fiscal e tributária para que sejam promovidas ações no sentido de se reduzir a carga tributária, minimizando resultados e contribuindo até para a proteção do capital das empresas.
 A carga tributária do Brasil é uma das mais altas do mundo e, portanto é necessário que se tenha um bom planejamento tributário nas empresas para que estas se enquadrem na forma de tributação que resulte em mais vantagens. De vez que, como será abordado no decorrer da presente pesquisa, existem opções de tributação para a livre escolha das pessoas jurídicas. Uma das formas de tributação existentes é o Simples Nacional, que está previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de Dezembro de 2006, e é um sistema de arrecadação, cobrança e fiscalização dos tributos aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Este sistema abrange dos seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, ICMS, ISSQN, e Contribuição para a Seguridade Social destinada a Previdência Social a cargo da pessoa jurídica. Também abarca simplificações em áreas tais como licitações públicas, relações de trabalho, estímulo ao crédito, capitalização, inovação, bem como o acesso a justiça, entre outros.
Entretanto, o ingresso no sistema denominado Simples Nacional sempre reservou diversas restrições especialmente quanto às atividades fins das empresas. Um segmento de atividade que sempre sofreu restrições é o da prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional, as chamadas atividades intelectuais, como por exemplo, medicina, advocacia, engenharia.
Pois bem, dentro desse contexto citado é de mister impotância saber que a partir de 2015, entrará em vigor a Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014, que altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de Dezembro de 2006. Esta institui o estatuto das microempresas e empresas de pequeno porte e dispõe sobre o Simples Nacional. A LC 147/2014 prevê em seu artigo 18 que, diversas empresas de atividade de natureza intelectual poderão optar pelo sistema de tributação do Simples Nacional a partir de 01/01/2015. Porém, é preciso identificar se de fato haverá vantagens fiscais na adoção do Simples Nacional por estas empresas.
Problema
Será vantajoso, do ponto de vista fiscal, para as empresas com natureza intelectual ingressarem no Simples Nacional?
Hipóteses
Entre as opções de tributação existe o chamado Simples Nacional, que tem como principal característica a simplificação, permitindo o pagamento unificado dos tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia. Existe também a possibilidade de redução da carga tributária, pois é possível que muitas das microempresas e empresas de pequeno porte paguem menos tributos se optarem por esse sistema. Porém, deve-se analisar detalhadamente cada caso para confirmar se tal situação, ou seja, a opção ao Simples Nacional trará de fato redução de tributos.
Justificativa
Um dos obstáculos enfrentados pelos departamentos de contabilidade das empresas é a complexidade da legislação tributária brasileira. São diversos os tributos exigidos das pessoas jurídicas, além de inúmeras obrigações acessórias inerentes. Aliás, a falta ou atraso destes acarretam pesadas multas. Além disso, a enorme quantidade de normas que regem o sistema tributário, muitas vezes complexas para a maioria dos contribuintes, tornam mais difíceis as rotinas das empresas e seu planejamento tributário. E, como consequência muitas vezes os tributos são pagos de forma equivocada ou incorreta, gerando grandes prejuízos para as empresas. 
Buscando evitar esses prejuízos, é importante um investimento por parte das pessoas jurídicas em um planejamento tributário adequado, que diminua de forma legal o pagamento de tributos, conseguindo assim uma melhor administração do ônus tributário. Dessa forma, o planejamento tributário pode ser considerado uma questão de sobrevivência empresarial, tendo em vista os altos encargos nesta área.
Uma das formas de pagamento de tributos é o Simples Nacional, que teve nova legislação sancionada em agosto do corrente ano. Trata-se da LC 147/2014, esta, dentre outros itens veio aumentar o número de atividades permitidas nesta modalidade. Esta medida poderá vir a beneficiar mais atividades do setor de serviços com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. Diante deste cenário, empresas prestadoras de serviços decorrentes de natureza intelectual, como médicos, advogados, auditores, entre outros, que antes não podiam participar do Simples Nacional, agora poderão ingressar nele. Mas, mister que se faça uma análise para se evidenciar se de fato haverá vantagens com adoção do Simples Nacional por estas empresas.
E, contudo, é de extrema importância que se tenha um bom planejamento tributário nas empresas, capaz de otimizar os resultados, pois uma boa gestão da carga tributária pode garantir uma melhor posição para a empresas diante da grande competitividade do mercado, além da possibilidade de garantir melhores preços de seus produtos e serviços para seus clientes, o que acarretará em maiores vendas e consequentemente maiores lucros.
Objetivos
1.4.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem como objetivo esclarecer as dúvidas referentes à adoção do Simples Nacional com base na LC 147/2014, pelas empresas com atividade de natureza intelectual, apresentando possíveis vantagens do ingresso das mesmas nesse sistema de pagamento de tributos, e assim, fornecer orientações ao planejamento tributário para essas empresas.
1.4.2 Objetivos específicos
Os objetivos específicos são:
Conceituar o que sejam atividades de natureza intelectual;
Conceituar o que vem a ser planejamento tributário;
Revisar a legislação tributária aplicável ao sistema Lucro Presumido;
Revisar a legislação tributária aplicável ao sistema Simples Nacional;
Apresentar estudo de caso em planilha de cálculo demonstrando o resultado da tributação nas modalidades citadas nos itens “c” e “d”.
referencial teórico
2.1 Atividade Intelectual
Conforme o art. 966 do Código Civil da Lei 10.406/02 é considerado empresário aquele que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços”. E o parágrafo único deste artigo diz que “não se considera empresárioquem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”. Dessa forma, quem presta o serviço, mesmo que realize profissão intelectual, também pode ser considerado empresário, se a profissão for exercida em forma de empresa. 
Para Iudícibus et al. (2004, p. 33) considera-se não empresário aquele que:
(...) exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária, ou artística, ainda que seja com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Um exemplo seria o médico em seu consultório, ou um advogado, ou dentista etc.
 
Os profissionais intelectuais, mesmo quando produzem bens ou serviços não podem ser considerados empresários. Visto que a diferenciação entre quem exerce atividade de empresário daquele que é profissional intelectual não se dá apenas no tipo de serviço prestado, mas também na falta de organização dos elementos de produção, e este, é um item importante para caracterizar a profissão intelectual e não a maneira pessoal da prestação dos serviços. Para Marcondes (1977), esses elementos são trabalho, natureza e o capital e, é a conjugação desses elementos, para produzir bens ou serviços, que integram a atividade julgada organizada.
Assim, é preciso averiguar a existência ou não de empresa. Isso porque, no final do parágrafo único do art. 966 do Código Civil fica esclarecido que, a atividade intelectual pode ser elemento de empresa, passando a ser um dos fatores para defini-la. Para Marcondes (1977, p. 11):
Parece um exemplo bem claro a posição do médico, o qual, quando opera, ou faz diagnóstico, ou dá terapêutica, está prestando um serviço resultante de sua atividade intelectual, e por isso não é empresário. Entretanto, se ele organiza fatores de produção, isto é une capital, trabalho de outros médicos, enfermeiros, ajudantes etc., e se utiliza de imóvel e equipamentos para a instalação de um hospital, então o hospital é empresa e o dono ou titular desse hospital, seja pessoa física, seja pessoa jurídica, será considerado empresário, porque está realmente organizando os fatores de produção, para produzir serviços.
O médico, mesmo quando contrata colaboradores como secretária, mensageiro, etc., ainda é considerado profissional intelectual. Porém, se houver expansão do negócio, e for necessária a contratação de outros médicos para atender aos clientes, a tendência é que o medico se afaste da condição de exercício da atividade específica para ser empresário. Isto se dá na medida em que ele passa a organizar a exploração da atividade na forma de empresa, tendo como objetivo o lucro advindo da organização empresária. Quando isso acontece, o profissional intelectual transforma-se em empresário e fica sujeito às disposições da lei referente à matéria mercantil. Nesse caso, é necessário providenciar a declaração de firma individual na Junta Comercial, pois a atividade passou a constituir elemento de empresa. Porém o médico pode se associar a outro e assim, criar uma sociedade para explorar o negócio, desde que não se caracterize elemento de empresa, tendo assim uma sociedade simples (ASSIS, 2007).
E, também para Iudícibus et al. (2004, p. 33) se “o médico se une a outros médicos, constituindo um hospital, aí será uma atividade empresarial”. 
As atividades de prestação de serviços decorrentes de atividade intelectual e de cooperativa são exploradas nas sociedades simples. De acordo com Iudícibus et al. (2004, p. 38) sociedade simples: “É constituída para a exploração de atividade intelectual: advogados, médicos, dentistas, contadores, engenheiros...” Sendo de forma geral enquadradas como atividade simples as atividades de natureza científica, literária, artística e intelectual.
De acordo com Assis (2007), o profissional intelectual é aquela pessoa que pratica atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, onde o exercício não compõe elemento de empresa. Estes profissionais estão, em grande parte, situados nas profissões regulamentadas por lei, são advogados, médicos, contadores, dentistas, engenheiros, etc.; que para exercer regularmente a profissão necessitam de inscrição em órgãos de classe (OAB, CRM, CRC, CRO, CREA, etc.). Sendo que, a prática da profissão sem o devido registro no órgão competente é considerado crime.
Profissionais intelectuais são aqueles que produzem bens ou serviços sem que os elementos de produção sejam organizados. De acordo com Marcondes (1977, p. 11):
(...) o profissional intelectual pode produzir bens, como fazem os artistas; podem produzir serviços como fazem os profissionais liberais; mas nessa atividade profissional, exercida por estas pessoas, falta aquele elemento de organização dos fatores de produção; porque na prestação desse serviço ou na criação desse bem, os fatores de produção, ou a coordenação de fatores, é meramente acidental (...).
Pois bem, conforme acima exposto, são considerados profissionais intelectuais aqueles que produzem bens ou serviços sem que os elementos de produção estejam organizados, ou seja, nos casos em que estes elementos são meramente acidentais. Segundo Marcondes (1977, p. 11), na profissão intelectual em sentido estrito, o “esforço criador se implanta na própria mente do autor, que cria o bem ou serviço”.
Como está claro até aqui, atividade intelectual pode ser exercida por uma pessoa física ou por uma pessoa jurídica. Neste último caso, desde que revestida da figura empresarial. Interessante notar que a atividade intelectual, em sua grande maioria exige regulamentação da profissão e em quase todos os casos, o seu signatário deve possuir ensino superior, como por exemplo, médicos, dentistas e engenheiros.
Entendido o conceito de Atividade Intelectual, se faz importante saber o conceito de Planejamento Tributário, que será abordado no item seguinte.
2.2 Planejamento Tributário
2.2.1 Conceito de Planejamento Tributário
O Planejamento Tributário pode ser entendido como um planejamento empresarial que tem como objetos os tributos e seus reflexos nas companhias, visando a obtenção da economia de impostos, adotando procedimentos estritamente dentro da legislação. De acordo com Oliveira et al. (2003, p. 36), entende-se como Planejamento Tributário:
Uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se do estudo prévio à concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.
Diante disto, é possível considerar o Planejamento Tributário como uma atividade exclusivamente preventiva que visa identificar e projetar os atos e fatos tributáveis e seus efeitos, comparando-se para os diversos resultados prováveis, os procedimentos possíveis, de tal forma a ajudar na escolha da alternativa menos onerosa sem extrapolar a lei.
Para Fabretti (2003, p. 32), Planejamento Tributário “é o estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas”. O caráter preventivo do planejamento produz a elisão fiscal, que é uma redução da carga tributária da empresa dentro da lei, e se dá em decorrência do fato de não se poder escolher alternativas senão antes de se concretizar a situação. Após a efetivação dos fatos, resta para a empresa pagar ou não pagar o tributo decorrente da previsão legal.
Já na visão de Borges (2011, p. 38), o Planejamento Tributário é considerado:
(...) uma atividade técnica – realizada no universo da gestão empresarial da tributação – que visa projetar as atividades econômicas da empresa, para conhecer suas válidas e legítimas alternativas estruturais eformais, assim como suas respectivas obrigações e encargos fiscais, para daí então, mediante meios e instrumentos adequados, avalia-las com vistas à adoção daquela (alternativa) que possibilita a anulação, maior redução ou o mais extenso adiamento do ônus tributário pertinente, e, por outro lado, que se integra harmonicamente à planificação global dos negócios.
O comportamento técnico-funcional adotado no universo empresarial, que visa adiar, reduzir e até mesmo excluir os encargos tributários das empresas, tem sido respaldado por um instituto denominado de diversas formas. Alguns estudiosos utilizam a expressão evasão fiscal legítima; outros preferem a expressão elisão, e outros ainda adotam os nomes de direito à economia de impostos ou elusão tributária. É importante esclarecer que a economia de tributos é processada numa esfera jurídica que tem como característica a liberdade de atuação – ou seja, ausência de tributação, a tributação reduzida ou adiada através de princípios constitucionais (BORGES, 2001).
Ainda segundo Borges (2011, p. 38) há necessidade de “investigar e apurar os fundamentos da existência dessa esfera jurídica onde o comportamento empresarial perante a tributação processa-se com liberdade fiscal para, em seguida delimitá-la no contexto do nosso direito positivo”.
Planejamento Tributário é diferente de sonegação fiscal. O Planejamento Tributário e a escolha entre duas ou mais opções lícitas que resulte no menor imposto a pagar para as empresas. Já a sonegação é não utilização dos meios legais, como a fraude ou a simulação para deixar de pagar o tributo devido (OLIVEIRA et al. 2003). 	
É importante salientar que, nos dias atuais a redução de custos é vista como a estratégia que mais se ouve ser empregada no mundo globalizado. Certamente para as empresas obterem melhores resultados na economia brasileira, o Planejamento Tributário é um dos mais significativos instrumentos que elas têm para que seus custos tributários sejam racionalizados, de forma a não afrontar as diversas legislações que regem os mais diversificados tributos nas fases da cadeia de valores do ciclo produtivo e comercial (OLIVEIRA et al. 2003).
Oliveira et al. (2003, p. 38), vê o Planejamento Tributário de forma estratégica, objetivando a economia de impostos pelas empresas. E para isso, nada impede que o contribuinte antecipe a ocorrência do fato gerador e comece a projeta-lo e dimensiona-lo. Ele menciona que:
Num planejamento tributário estratégico, a empresa passa a desenvolver suas atividades de forma estritamente preventiva. Também procura projetar de forma clara os atos e fatos administrativos, de modo a deixar transparentes para todos os envolvidos as informações sobre os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis.
	O objetivo principal do Planejamento Tributário estratégico é a economia tributária e impostos, evitando que ocorram perdas desnecessárias para a organização, de forma a sempre atender às possíveis formas da legislação fiscal. Porém, para usufruir de todas as formas legais do Planejamento Tributário, o contribuinte deve estar bem assessorado por uma equipe especializada em planejamento de tributos para não distorcer, alterar ou esconder as obrigações quando exigir o fato gerador (OLIVEIRA, et al., 2003).
Segundo Oliveira et al. (2003), para a obtenção do sucesso de uma empresa é de extrema importância que se tenha uma contabilidade bem feita e também um bom Planejamento Tributário, pois a falta deles pode deixar a empresa mal preparada para investimentos futuros, devido a uma possível falta de caixa, e em consequência disto gerar um desgaste desnecessário de investimentos para cobertura de gastos não previstos. Além disto, a legislação tributária no Brasil está sempre passando por alterações e atualizações com leis, decretos e resoluções novos, portanto é grande a necessidade das empresas estarem atualizadas diante dessas normas. Aliás, é nesse contexto que entra o papel do profissional de contabilidade, podendo dar enorme contribuição às entidades.
	A principal finalidade de um bom Planejamento Tributário é a economia de impostos sem descumprir a lei. Para alcança-lo segundo Oliveira et al. (2003), o profissional de contabilidade precisa ter conhecimento das situações em que é possível o crédito tributário; conhecer as situações em que a postergação do recolhimento/pagamento dos tributos é possível para permitir um melhor gerenciamento do fluxo de caixa; saber todas as despesas e provisões que são permitidas pelo fisco como dedutíveis da receita; além de ser oportuno, e aproveitar as lacunas deixadas pela legislação, ficando sempre atento para as mudanças nas normas e aos impactos nos resultados da empresa.
Uma vez visto os conceitos de Planejamento Tributário, se faz necessário analisar a importância do mesmo, o que será visto no tópico a seguir.
2.2.2 Importância e Natureza do Planejamento Tributário
O Planejamento Tributário é de mister importância para a tomada de decisões nas empresas, uma vez que seu objetivo principal é a economia de tributos tentando assim, buscar alternativas para reduzir, eliminar e até retardar de forma legal o pagamento de tributos. Também pode-se considerar o planejamento dos tributos como uma das funções da contabilidade tributária, que consiste em um minucioso estudo sobre os tributos incidentes na operação das empresas sempre de acordo com a legislação vigente.
Para Borges (2011, p. 37) a importância e necessidade do Planejamento Tributário são determinadas por dois fatores: “O primeiro é o elevado ônus fiscal incidente no universo dos negócios. O outro é a consciência empresarial do significativo grau de complexidade, sofisticação, alternância e versatilidade da legislação pertinente”. Ainda segundo Borges (2011), a interação desses dois fatores exige grandes investimentos das empresas, buscando identificar na legislação todas as alternativas disponíveis, para assim, adotar aquela que será menos onerosa. 
A natureza do Planejamento Tributário é a organização dos empreendimentos econômico-mercantis da empresa, através do emprego de estruturas e formas jurídicas que sejam capazes de bloquear a hipótese de incidência fiscal, ou ao menos fazer com que a ocorrência da materialidade seja na medida e tempo mais vantajosos para a empresa. Dessa forma, a natureza trata de um comportamento adotado nas empresas para a redução, exclusão ou adiamento de encargos tributários (BORGES, 2011).
É importante sabes que existem alguns tipos de Planejamento Tributário, que serão tratados no item abaixo.
2.2.3 Tipos de Planejamento Tributário
De acordo com Borges (2011), existem três tipos de Planejamento Tributário:
Planejamento que tem por objetivo a anulação do ônus fiscal;
Através do emprego de estrutura e forma jurídicas, deve haver uma articulação do Planejamento Tributário sobre o empreendimento ou atividade econômico-mercantil. Tal articulação deve impedir que as hipóteses de incidências tributárias se concretizem, ou seja, não se caracterize o fato gerador da obrigação tributária;
Planejamento que tem por objetivo a redução do ônus fiscal;
O Planejamento Tributário organiza o empreendimento ou atividade econômico-mercantil através do uso da estrutura e forma jurídicas. Com isso, há possibilidade de que as hipóteses legais de incidências tributárias causem um menor ônus fiscal para a empresa.
Planejamento que tem por objetivo o adiantamento do ônus fiscal.
O Planejamento Tributário elabora o empreendimento ou atividade econômico-mercantil, através da adoção de estrutura e forma jurídicas. Estas podem vir a possibilitar as situações de deslocamento da ocorrência do fato gerador ou adiamento do lançamento ou pagamento do imposto.
Metodologia
 
Neste trabalho, foram feitas pesquisas através de livros, artigos, mídia eletrônica e legislações que contemplam o Simples Nacional, a Atividade Intelectual, bem como o Planejamento Tributário.
A delimitação do trabalho foi caracterizada como uma pesquisa bibliográfica. De acordocom Cervo e Bervian (1983, p. 55 apud Beuren, 2003, p. 86), pesquisa bibliográfica é:
Aquela que explica um problema a partir de referências teóricas publicados em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar a as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.
Para que os objetivos do trabalho sejam alcançados, será necessário efetuar também, além da pesquisa bibliográfica, quando aos procedimentos utilizados, uma pesquisa com características de abordagem quantitativa dos dados. Isso, para que através de um estudo de caso, sejam elaborados comparativos entre o sistema Simples Nacional e o Lucro Presumido, e assim identificar o regime de tributação que seja melhor para a empresa a ser analisada.
cronograma
	
Referências
ASSIS, Olney Queiroz. Código Civil de 2002: A iniciativa privada e a atividade de produção ou circulação de bens ou serviços. Jus Navigandi, Teresina, a, v.8., 2007.Disponível em: <.http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/9415-9414-1-PB.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2014.
Beuren, Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2003.
Borges, Humberto Bonavides. Gerência de Impostos: IPI, ICMS, ISS e IR. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011, 545 p. 
BRASIL. Lei Complementar 147/2014. Brasília, 2014. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/08/presidenta-sanciona-lei-complementar-147-2014>. Acesso em: 09 set. 2014.
_____. Principais alterações promovidas pela LC 147/2014. Brasília, 2014. Disponível em: <http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/Noticias>. Acesso em: 04 set. 2014.
_____. Lei 10.406/2002. Brasília, 2002. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm> Acesso em: 21 out. 2014.
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2003, 314 p.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. et. al. Contabilidade Comercial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004, 353 p.
MARCONDES, Sylvio. Questões de Direito Mercantil. 1. ed. São Paulo : Saraiva, 1977, 101 p.
OLIVEIRA, Luis Martins de. et. al. Manual de Contabilidade Tributária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003, 434 p.
WALD, Arnoldo. Das Sociedades Simples e Empresárias. Instituto de Registro de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas do Brasil, 2004. Disponível em: < http://www.irtdpjbrasil.com.br/NEWSITE/ParecerWald.pdf> Acesso em: 24 out. 2014.
Plan1
	ATIVIDADES	AGO	SET	OUT	NOV	FEV	MAR	ABR	MAI	JUN	JUL
	Definição do tema e orientador
	Introdução, Problema, Hipóteses, Justificativa
	Fundamentação Teórica 1ª
	Fundamentação Teórica 2ª
	Metodologia da Pesquisa
	Entrega do projeto
	Encontro com o orientador
	Revisão bibliográfica
	Coleta de dados
	Redação da monografia
	Revisão e entrega oficial
	Apresentação

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