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Á PERCEPÇÃO DOS MOTOBOYS EM RELAÇÃO Á TERCEIRIZAÇÃO

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Universidade anhembi morumbi
cARLA GELLI
DIEGO Farias Ribeiro porto 
gABRIELA de matos correa FIGUEIREDO
raphael de melo frança
THALLES DOS SANTOS SILVA
VICTOR FINATTI cardoso
 
PROJETO DE CONCLUSÃO DE CURSO vIIi
São Paulo
2016
caRLA GELLI
DIEGO Farias Ribeiro porto 
gABRIELA de matos correa FIGUEIREDO
raphael de melo frança
THALLES DOS SANTOS SILVA
VICTOR FINATTI cardoso
á percepção dos motoboys em relação á terceirização
Projeto de pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para aprovação na disciplina Projeto de Conclusão de Curso VIII no curso de Administração da Universidade Anhembi Morumbi.
Orientador: Prof. Dr. Adriana Siqueira Correa.
São Paulo
2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................
1.1 Tema
1.2 Delimitação do tema
1.3 Questão problema 
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo geral
1.4.2 Objetivos específicos
 1.5 Justificativa (importância do problema de pesquisa)
 1.6 Hipóteses ou proposições (dependendo da abordagem)
2. EMBASAMENTO TEÓRICO.............................................................
2.1 Globalização: Congestionamento urbano 
2.2 A profissão de Motoboy 
2.3 Análise de conceitos: Emprego e vínculo
2.4 Terceirização
3. METODOLOGIA..................................................................................
3.1 Abordagem
3.2 Classificação da pesquisa
3.3 Universo e amostra
3.4 Instrumento de coleta de dados
3.5 Coleta e tratamento dos resultados
3.6 Análise de dados
3.7 Limitações da pesquisa
4 – Resultados da pesquisa
5 – Validação das hipóteses
6 – Considerações finais
BIBLIOGRAFIA .................................................................................
Resumo 
Devida a necessidade de se transportar objetos, com uma grande agilidade e um custo mais baixo surgiu-se a profissão do motoboy ou moto frete, uma profissão não muito bem reconhecida por muita gente. Devido a esses fatores resolvemos apresentar esse trabalho, onde entramos no universo dos motoboys com o objetivo de descrever e analisar os quais são os vínculos empregaticios deles, apontar as suas relações com a terceirização, como funciona o regime CLT para essa profissão, tentando entender um pouco mais sobre essa profissão e seus riscos. 
Abstract
Due to the need to transport objects, with a great agility and a lower cost appeared a profession of motoboy or motorcycle freight, a profession not very well recognized by many people. Due to these factors we have decided to present this work, where we enter into the universe of motoboys with the purpose of describing and analyzing what their employment links are, pointing out how their relationships with outsourcing, how the CLT regime works for this profession, trying Understand a little more about this profession and its risks.
1.2 Justificativa 
Diante de uma profissão considerada informal, que é a do motoboy, existe pouco material disponível e as fontes de informação sobre esse tema tem baixa confiabilidade. A pesquisa sobre os vínculos trabalhistas que os motoboys possuem para trabalhar em São Paulo poderá auxiliar no futuro a elaboração de algum parâmetro estatístico ou qualitativo de como regularizar a categoria por completo.
 
1.3 Objetivos Geral 
Consiste em identificar quais vínculos empregatícios, que os motoboys possuem para trabalhar nas ruas da cidade de São Paulo, a fim de esclarecer os pontos relevantes sobre a maioria da categoria dos motoboys, que se encontra fora do regime CLT e compreende a percepção dos motoboys e relação á Terceirização.
1.3.1 Objetivos Específicos 
Descrever e analisar sobre os tipos de vínculos dos motoboys de São Paulo;
Aplicar o questionário pré-teste, a fim de reduzir as margens de erro;
Aplicar o questionário ao máximo número de motoboys.
Apontar questões relevantes sobre os dados coletados.
Apontar a relação entre o motoboy e a Terceirização.
Descrever e analisar o funcionamento do regime CLT para os motoboys.
Coletar as respostas obtidas de nossa entrevista e descrever a atual situação do motoboy.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
2.1 Globalização: Congestionamento urbano 
O processo industrial e a corrida capitalista carrega os primeiros contatos sobre o crescimento e o avanço das grandes cidades. Houve na época da revolução industrial a disseminação do capitalismo para o mundo, havendo apenas uma estrutura de negócios hierarquizado nas fábricas. Este processo repetitivo ocasionou o surgimento da globalização, sendo um meio de transporte de informações, de culturas e relações econômicas, tendo seus primórdios desde a comercialização pelos mares na Europa antiga. Antes mesmo destes dois processos acontecerem, o comércio era realizado através de escambos, sendo que, o único vínculo que ambas partes tinham era a troca de recursos. Após o surgimento dos maquinários da revolução industrial, a mão-de-obra camponesa passa a obter o primeiro contato com algum tipo de relação de trabalho. Esta globalização empurrou os produtos diretamente para as grandes cidades da época, e com os produtos em disponibilidade, as cidades acabam acumulando bens, como por exemplo os carros, motos entre outros bens. Moraes (2006, p.2) reporta o consumo de motos no Brasil, indagando sobre o modo em que os brasileiros utilizam esse meio de transporte: 
As motos fazem parte do cotidiano das pessoas há bom tempo, mas é muito recente a explosão de consumo desse meio de transporte que traz consigo a marca de uma tradição bastante emblemática: se já não mais o símbolo de uma juventude, como fora nas décadas de 1940 e 1950, seus resquícios ainda perpetuam na maneira pela qual milhões de brasileiros e brasileiras se relacionam com suas motos, pelo que elas permitem em termos de prazer ou em modos de viver.
O autor acima relata sobre as motos, sendo isto também um meio transporte de milhares de pessoas. O relato mostra uma metamorfose, sobre um meio de sobrevivência em sociedade e, também, deixa para trás o legado de uma visão de objeto, somente para juventude e sua diversão. São Paulo, sendo uma grande metrópole, não escapa sobre uma abordagem referente a resiliência, ocasionando meios de se adaptarem, a “moto” tornando-se parte disto, passa a percorrer uma terra de negócio.
2.2 A profissão de Motoboy
A profissão de motoboy é a relação de usar a moto como meio de locomoção, para realização de algum tipo de serviço, sendo que, normalmente é o frete cobrado por alguma entrega realizada. A junção de duas palavras moto e boy, sendo boy o significado para menino, começou a ser utilizada para a pessoa que exerce esta profissão. Está nova necessidade de trabalho do motoboy, de alguma forma torna-se o meio de sobrevivência de uma família. Lacombe (2005) transpõe que ao decorrer da vida, a procura do papel de uma auto realização, ou qualquer outra necessidade na vida de uma pessoa, pode ser fixa ou variável, de acordo com a fase da vida. Algumas profissões que possuem periculosidade pode mostrar uma correlação sobre o nível de necessidade de uma vida. 
Ao decorrer desta pesquisa surgem estas questões. O motoboy exerce sua ocupação dentro da cidade de São Paulo, sem nenhum tipo de vínculo empregatício com alguma empresa, para assegurar seus direitos dentro da Constituição Trabalhista? Qual é a necessidade ou motivação que os motoboys de São Paulo possuem para trabalhar, durante o dia e a noite, havendo periculosidade dentro da sua função?
De acordo com o Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do estado de São Paulo (SindimotoSP), dentro da capital possui à estimativa de 200 mil motoboys circulando no ano de 2014, sendo que dois terços se divide fora da categoria de CLT, autônomos e microempreendedores. A profissão teve uma lei sancionada quegarante 30% de adicional de insalubridade sobre o salário base dos motoboys registrados. Os profissionais que não são registrados recebem de forma diferente, por viagem ou por hora. Sendo este adicional por conta do empregador, repassado no valor do serviço. 
Buscando aprofundamento no assunto (Lucca apud Oliveira e Hobsbawn, 2003 e 1995) relatam sobre o primeiro contato da profissão em um período de crise, sendo algo parecido com a crise atual:
Os primeiros Motoboys passam a existir na década de 1980 (OLIVEIRA, 2003), período conhecido como “a Década Perdida”, devido à profunda crise pela qual o país passava e pelas tentativas inúteis dos governos em reverter a situação e retomar o crescimento econômico. Especificamente sobre o “trabalho”, é importante frisar que as décadas de 1970 e 1980, denominadas por Hobsbawm (1995, p. 402) de “Décadas de Crise”, tiveram como consequência da industrialização, a substituição da “capacidade humana pela capacidade das máquinas, o trabalho humano por forças mecânicas, jogando com isso pessoas para fora dos empregos”. Assim, houve um significativo aumento da taxa de desemprego motivado pela redução de postos no setor de indústria. E, por mais que crescessem expressivamente, os setores de comércio e de serviços não foram capazes de absorver os postos perdidos no setor industrial.
A observação dos autores faz uma composição sobre o surgimento de uma nova profissão em meados dos anos 80, quando estourou uma crise econômica por mal uso de verbas coletadas do exterior, resultando em investidas de reversão do governo, mal sucedidas. A população brasileira se via em dificuldade tendo relação periódica direta com a ditadura militar dentro daquela época.
2.3 Análise de conceitos: Emprego e vínculo
O tema “relação de emprego”, e o foco “vínculo empregatício dos motoboys de São Paulo”, recomenda-se saber o conceito destas duas palavras “emprego e de vínculo”, para poder identificar a diferenciação entre ambos os significados. A origem da palavra “emprego”, segundo Woleck (2002, pg.7), possui dois significados e entre dois períodos diferentes, o primeiro trata desde o início do século XVIII, quando os trabalhadores não possuíam qualquer tipo de visão sobre cargos, ou uma posição fixa dentro de alguma organização, que realmente mostrasse que tivessem uma relação de emprego por alguma tarefa realizada. E após o século XIX, foi quando o emprego passou à ser visto, com os trabalhos realizados nas fábricas, na época industrial.
O conceito do substantivo “vínculo”, possui uma definição de atar, ou ligar, duas ou mais coisas esteja relacionada à uma parte quantitativa, por exemplo, 1+1=2, também, abrange uma parte relacionada a uma dependência jurídica, ou seja, uma parte depende da outra, citando outro caso seria, duas vontades descritas e burocratizadas em um contrato Michaelis (2016). O vínculo é o desenvolvimento de uma dinâmica entre duas partes, sendo que o conjunto de direitos e obrigações seria exatamente a relação de emprego. Qualquer tipo de exercício que leva alguma pessoa a contratação de algum serviço, consequentemente retornará em forma de relação de trabalho, sendo outra virtude encontrada dentro de uma relação de duas vontades. “Isso porque a relação de emprego é uma espécie do gênero relação de trabalho” Delgado (2002, p. 279-280).
Os dois conceitos se relacionam como um casal, caminham juntamente como um termo jurídico em nossa Constituição Trabalhista. Segundo a aprovação da Consolidação das Leis de Trabalho pelo presidente da época dos anos 40 Vargas (1943), as normas que regem as relações de trabalho de coletivos e individuais em todo território nacional, tendo em mente os dois lados, empregador e empregado, terão seus direitos protegidos pela constituição. Portanto este Decreto-Lei regulamentará a parte burocrática e documentará qualquer tipo de vínculo de trabalho, sendo possível alterações ao passar dos anos.
Conforme estabelecido no “Art. 3º da (CLT) - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. Isto leva a uma linha de raciocínio de como as relações trabalhistas asseguram direitos, como o do empregador, que deve receber pro-atividade em serviços, e o empregado, em forma de remuneração pelo seu trabalho exercido. A relação de emprego deve conter cinco requisitos como ressalta Delgado (1999, pg.267): “Empregado é toda pessoa física que contrate, tácita ou expressamente, a prestação de serviços a um tomador, efetuados a este com pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação.”
2.4 Terceirização
 A primeira vez que escutamos falar significativamente sobre a terceirização, foi em meados de 1939, ao decorrer da II Guerra Mundial, onde os Estados Unidos da América precisava forcar na produção de armas, mas precisavam que alguém distribuísse as armas, foi ai que pensaram em repassar essa atividade para a terceirização, conseguindo assim realizar sua atividade principal. Com o desenvolvimento da indústria, o “outsourcing” e “subcontracting” é conhecido hoje nos Estados Unidos da América como a subcontratação de atividades, que se consolidou como uma estratégia empresarial.
McClellan (1961), observou um comportamento da geração que crescia durante a Guerra Fria, que tinha a inspiração por super heróis, viviam em constante tensão sobre a rivalidade do Capitalismo e o Socialismo. Os jovens tendiam a crescer inconscientemente aplicando isso em seu cotidiano, com aquele espirito de vencer os obstáculos, ultrapassar os limites, e com isso desenvolvendo novas ideias, maneiras de se gerenciar negócios.
Mas o Brasil só foi escutar nesse processo 27 anos depois, em 1966, onde a terceirização pela lei regulamentada parcialmente, permitia que os bancos contratassem seguranças de forma terceirizada. Em 1967, o Setor Público conseguiu que a lei aprovasse a terceirização em seu setor.
Com o passar do tempo a terceirização foi ganhando cada vez mais espaço, em 1974 foi aprovado o trabalho temporário, 1983 foi regulamentada a criação de empresas intermediárias para assegurar e representar o funcionário que iria trabalhar temporariamente na empresa que seria executada a prestação de serviço, 1986 o Tribunal da Justiça decretou que iria ser regulamentado o trabalho terceirizado nos setores de segurança, limpeza e á conservação.
Atualmente o funcionário terceirizado tem carteira assinada pela empresa intermediária, que presta os serviços terceirizados, onde é dela que ele recebe as ordens de tarefas aplicadas na empresa que contratou os serviços terceirizados, mas a empresa que contrata o serviço tem responsabilidade parcial pelo funcionário terceirizado.
O mercado fica cada vez mais competitivo e cabe ao administrador se adequar, encontrar soluções para que não fique abaixo de seus concorrentes, que tenha seu diferencial, esta sobrevivência passa por um processo natural de busca constante pelo aperfeiçoamento.
Segundo Vico Mañas, um comportamento que vem sido comum entre as grandes empresas e uma boa opção para as pequenas também, estão sendo as parcerias, que tem como dever diminuir as tarefas, e responsabilidades sobre a empresa, passando determinadas atividades para a empresa contratada, fornecedores ou até mesmo concorrentes. Ambas as partes dessa parceria possuem um interesse comum, são beneficiadas, e isso faz com que a empresa consiga focar naquilo que realmente é importante, o alvo do seu negócio.
“ A TERCEIRIZAÇÃO NÃO TEM LIMITES. DESDE QUE A EMPRESA SE DEDIQUE MAIS Á SUA DEDICAÇÃO, Á SUA MISSÃO, SEUS ESFORÇOS TENDEM A SE CONCENTRAR MENOS NA EXECUÇÃO E MAIS NA GESTÃO, EXIGINDO QUALIDADE, PREÇO, PRAZO E INOVAÇÕES”.
Fonte: Terceirização, Uma Abordagem estratégica – Giosa, Lívio (1993)
Como concluído acima pelo Giosa, a terceirização é uma técnica inovadora e moderna, ainda mais no processo de gestão, ela se alicerça praticamente a estratégica,onde a empresa tem seu desenvolvimento voltado para sua principal atividade, com competitividades e resultados tangíveis a serem perseguidos. Com seu principal foco a descentralização do poder, de determinadas atividades, tendo como resultado maior produtividade, redução de custos e qualidade, não é a solução para todos os problemas, mas sim a meta de se obter a excelência necessária.
Motta (2001) diz que o pensamento estratégico, comportamento humano e a solução dos problemas são valorizados a questão que conduzem-se aos objetivos e desenvolvimento da empresa.
Para desenvolver a estratégia da terceirização, é necessário que se estabeleça uma sequência no plano estratégico, que seria o planejamento dessas seguintes etapas, Conscientização, Decisões e Critérios Gerais, Projeto de Terceirização, Programa de apoio, Acompanhamento permanente (Auditória) e por fim a avaliação dos resultados.
A Conscientização, é sobre os líderes da empresa estarem cientes e comprometidos com a mudança, e realizarem uma discussão interna, pois a própria decisão de terceirizar deve ser interna, todos tem que entender e compreender o porque da necessidade de terceirizar, esse é o primeiro passo.
Decisões e Critérios Gerais, depois de passar pela primeira etapa, é a vez de identificadas as atividades que podem e precisam ser terceirizadas, e as atividades que precisam ser executadas internamente. E consultar todos os setores para que possam apresentar as situações, desde o setor jurídico ao de produção.
Projeto de Terceirização, é o projeto piloto, é após a conscientização de todos das empresa e da decisão tomada, vem a etapa de planejar, de criar, elaborar para cada tarefa a ser passada a terceiros um projeto estratégico, e também elaborar um cronograma das atividades a serem terceirizadas, lembrando que cada atividades escolhida deve ter seu projeto único.
Programa apoio, em paralelo á implantação do Projeto Piloto, deve ser preparado um programa de desenvolvimento profissional para os funcionários, a questão de orientação.
Acompanhamento permanente, conhecido como auditoria, onde acompanham os terceiros, que no momento prestam serviços para a empresa, e verificam se eles estão efetivamente cumprindo com o acordado.
E por fim a ultima etapa, a Avaliação dos Resultados, que seria um “termostato”, seria o “check-list” dos benefícios e os pontos negativos durante o percurso do processo de terceirização, acompanhando seus resultados e corrigindo o que prejudicou o resultado final.
Queiroz (1998) define de diversas formas:
“É uma técnica administrativa que possibilita o estabelecimento de um processo gerenciado de transferência, a terceiros, das atividades acessórias e de apoio ao escopo das empresas que é sua atividade-fim, permitindo a estas se concentrarem no seu negócio, ou seja, no objetivo final. ”
“É uma metodologia de motivação e fomento á criação de novas empresas, possibilitando o surgimento de mais empregos”
“Incentiva o aparecimento de micro e médias empresas, e ainda o trabalho autônomo, gerando também a melhoria e incremento nas empresas existentes no mercado, com ganhos de especialidades qualidade e eficiência. “
“É o processo da busca de parcerias, determinado pela visão empresarial moderna e pelas imposições do mercado. Não mais poderemos passar para os preços os elevados custos. Isto tem feito com que os empresários se preocupem com a qualidade, competitividade, agilidade de decisão, eficiência e eficácia que acabam resultando na manutenção dos clientes e consumidores. “
João Neto (1995) levantou que a terceirização é um fenômeno do processo natural da horizontalização, ele observou isso no segmento automobilístico, mas pode ser aplicado à empresas de outros segmentos, a horizontalização consiste em descentralizar o poder e tornar os processos mais rápidos e com menor custo, além de buscarem nos formas, tecnologias, modos de gestão. E foi nesse cenário que João verificou que as empresas automobilísticas levantaram a questão, que até hoje é feita por muitas outras empresas, se compensa mais produzir ou comprar, qual seria a saída mais vantajosa. E para a indústria automobilística optou por escolher contratar fornecedores o mais próximo possível, e alguns acabavam trabalhando unicamente para uma determinada empresa.
A terceirização é uma tendência mundial, que é muito aplicada há décadas em países desenvolvidos, pressupondo-se vantagem competitiva em razão da redução de custos, aumento de produtividade, enxugamento de megaestruturas, especialização e tecnologia utilizada por especialistas de suas atividades fim (Giosa, 2008).
Segundo Giosa(2008), o mercado é discriminado: produtividade, qualidade e excelência são parâmetros básicos que levam a competitividade entre os países e as organizações. Propor e implantar modelos de modernização e inovação às empresas é, portanto, questão de sobrevivência, atividade básica para o aprimoramento da gestão e da obtenção de bons resultados ao negócio. Para muitas empresas, modernizar significa terceirizar.
As empresas brasileiras não têm mais escolha. Qualquer alternativa que não seja a modernização levará ao atraso, distanciamento, perda de mercado, endividamento e morte. Será que a terceirização é o caminho a seguir aqui no Brasil?
Apenas das várias vantagens, a terceirização deve ser praticada com cautela. Uma má gestão da terceirização pode implicar para as empresas um descontrole e desconhecimento de sua mão de obra, a contratação involuntária de pessoas inadequadas, perdas financeiras em ações trabalhistas movidas pelos empregados terceirizados, dentre outros problemas.
O processo de terceirização em uma organização deve levar em conta diversos fatores de interesse, mas, principalmente o foco em seu “core business”. Há um sério risco em atrelar a terceirização à redução de custo, porque, na maioria das vezes, não é esse o resultado, por isso, a contratação e gestão dos serviços terceirizados no Brasil ainda não estão rodeadas de preconceitos e falta de informação, causando, assim, desconforto no momento de optar pela terceirização.
Com a globalização da economia ampliando a concorrência entre os agentes do mercado e, de outro lado, à reestruturação das empresas de diversos setores econômicos convidadas a
produzir mais e melhor, surgiu uma prática comum nas empresas chamado de terceirização, através da qual se organiza o sistema produtivo, diminui-se o tamanho das organizações aumentando a eficiência dos processos com redução de custos através da transferência de atividades e agregando valor ao negócio.
Como em todo o mundo, a terceirização tem se consolidado como uma tendência firme nas empresas brasileiras. Após uma primeira etapa em que se limitava às atividades meio como manutenção, limpeza, segurança, transporte e alimentação, vem se estendendo ao processo produtivo dentro da própria planta industrial ou espaço físico.
Entretanto, o maior problema da terceirização em nosso País, é que ela não tem se limitado à especialização e focalização das empresas, como apregoa o discurso empresarial. O processo de terceirização da mão de obra, em que o trabalhador não tem vínculos empregatícios com a empresa, tem provocado uma precarização das condições de trabalho no Brasil, onde a remuneração destes trabalhadores é sempre muito menor do que a dos assalariados que têm vínculo direto com a empresa, no exercício da mesma atividade.
O processo de terceirização, segundo alguns pensadores não deve se aplicar a todos os segmentos, as empresas devem analisar os motivos e constatar se realmente é viável para seu porte, setor. Deve se levar em conta o por que, quando e onde terceirizar, pois as empresas que optam por essa escolha tem uma certa necessidade de agilidade, competitividade.
Por isso o que se aplica a uma empresa pode não se aplicar a outra, como Haroldo (1993) ressaltou algumas dicas para terceirizações, e em quais condições devemos contratar o serviço, primeiramente deve-se constatar que a empresa contratada para terceirizar o serviço tenha osuporte e a capacidade de enfrentar alguma sazonalidade ou flutuações que a sua empresa possa vir a enfrentar. Sendo também recomendável que você passe uma atividade sazonal ao terceiro, que não agregue valor ao produto final, fazendo com isso que não deixe vulnerável a qualidade de seu produto, por isso que a atividade mais terceiriza no mercado, são a dos ramos de limpeza, segurança, de recursos humanos e semelhantes.
Haroldo (1993) enfatiza a importância de transferir o “Know-how”, a receita, o passo a passo de seu produto, para uma outra empresa, quando constato e analisado muito bem que essa escolha trará vantagens futuras, em que em nenhum outro momento isso possa se tornar uma desvantagem competitiva. Temos que ressaltar que a terceirização não possui só benefícios, pois passar a responsabilidade de um processo de sua empresa pode não ser uma coisa boa, você pode acabar perdendo o controle, fazendo que corra o risco de interferir negativamente nos processos e resultados da empresa. E dependendo da atividade terceirizada, você pode acabar tendo desvantagem referente ao seu concorrente, pois acaba ficando dependente da empresa de terceirização contratada, fazendo com que impeça a evolução, crescimento da empresa.
Mas também Mañas (2002) realizou uma pesquisa que onde 70% das empresas pesquisadas não teriam a capacidade de evoluir, se desenvolver, crescer com a mesma velocidade se não tivessem tido nenhum de parceiro.
Um ponto importante para ficar sempre atendo é a dificuldade para estabelecer uma relação com os terceiros, as expectativas podem acabar não sendo atendida, e alguns problemas podem acabar vir aparecer entre os funcionários da empresa e dos terceirizado. Esses pontos podem acabar ser ainda mais impactantes se observarmos em um âmbito menor, como uma pequena empresa, pode vir a ter um preconceito por choque de realidade, por salários
menores, condições de trabalhos menores. Quando a empresa prestadora de serviço e a empresa que contratou o serviço estão efetivamente em um processo de parceria, é importante é assumir a posição do parceiro, uma o lugar da outra, para conseguirem conquistar realmente esse status de parceria.
Pagnoncelli (1993) afirma que uma das principais expectativas que o administrador cria em torno do processo de terceirização é a redução de custos, mas não deve ser a finalidade principal, deve ser buscado pela qualidade, produtividade e para a empresa focar naquilo que faz de melhor.
3. METODOLOGIA
São os métodos que possuem caráter mais geral. São responsáveis pelo raciocínio utilizado no desenvolvimento da pesquisa, ou seja, “[...] procedimentos gerais, que norteiam o desenvolvimento das etapas fundamentais de uma pesquisa cientifica” (ANDRADE, 2001, p. 130-131).
 Este capitulo reporta a justificativa de sua metodologia, e como será feita a utilização deste método para a proximidade de uma boa análise de pesquisa. “Decisões sobre o que pesquisar, “por que”, “quando”, “como” e “onde” são cruciais no processo investigativo” Zanella (2009).
Para auxiliar na escolha de qual o melhor método para se realizar uma pesquisa acadêmica, é utilizada uma disciplina que chamamos de metodologia. Ela permite ao pesquisador encontrar a técnica correta que deverá ser utilizada para coletar e analisar os dados (PRODANOV; DE FREITAS, 2013).
Um elemento que toda pesquisa científica precisa ter é um objeto a ser estudado e, com esse objeto escolhido, há de se escolher uma técnica para pesquisá-lo. Para tanto, temos diversos tipos de pesquisa e suas classificações. Entre elas estão às áreas da ciência, natureza, objetivo, procedimento, objeto e abordagem. Uma pesquisa de caráter exploratório apresenta como objetivo levantar informações a respeito de um objeto e delimitar um campo de trabalho. Dessa forma, a pesquisa exploratória pode ser entendida como uma preparação para a pesquisa descritiva, cujo objetivo é registrar e analisar as informações obtidas, bem como buscar suas causas e aplicar métodos quantitativos ou qualitativos (SEVERINO, 2014).
A pesquisa científica, de acordo com Ruiz (1991): “É a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência”.
.
3.2 Questionário como técnicas de pesquisa 
Para realizar uma pesquisa, é preciso definir uma técnica.
Umas das técnicas de pesquisa disponível é o método de entrevista. A entrevista é uma técnica que se utiliza da interação social entre duas pessoas, onde o entrevistador busca informações fazendo perguntas para o entrevistado. A técnica de entrevista é considerada a mais utilizada na busca por informações no trabalho de campo e, assim, o pesquisador obtém dados objetivos e subjetivos (BONI; QUARESMA, 2005).
A nossa pesquisa será feita através do método de entrevistas.
Faremos um questionário para coleta de dados.
As entrevistas permitem-se coletar uma grande quantidade de informações, possibilitando um trabalho bastante rico.
Segundo Gil (1999), as entrevistas podem ser classificadas em: informais, focalizadas, por pautas e formalizadas.
Faremos a entrevista focalizada onde terá como foco um tema bem especifico, permitindo o entrevistado falar livremente sobre o assunto, não deixando ele desviar o foco. A enrtrevista focalizada empregada em situações experimentais, tendo o objetivo de explorar algumas experiências vividas em condições precisas.
As perguntas serão elaboradas com base no referencial teórico levantado e norteadas pelos objetivos deste trabalho buscando atingir com o máximo de precisão o que os objetivos propõem.
A pesquisa científica, de acordo com Ruiz (1991): “É a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência”.
Iremos elaborar aproximadamente 15 perguntas e serão entrevistados aproximadamente 25 Motoboys, onde faremos uma entrevista por e-mail para que as perguntas sejam gravadas e não percamos qualquer informação necessária.
Com as entrevistas em mãos, iremos apresentar os dados através de relatórios, apresentando os dados que considerarmos relevantes para atingir os objetivos e responder à questão problema.
Os dados coletados serão analisados de forma qualitativa, onde se tem um caráter exploratório fazendo assim os entrevistados pensarem de uma forma livre sobre o nosso tema.
No final das respostas faremos um confronto dos dados respondidos para chegarmos ao resultado final de nossa pesquisa.
3.3 Universo e amostra 
A palavra motoboy não pertence à língua inglesa. Foi criado no Brasil a partir do prefixo moto (redução de “motocicleta”) e boy (“garoto” em inglês). Existe também a possibilidade de ter evoluído do termo “office-boy”.
A história dos motoboys tem inicio com a entrada do automóvel no Brasil. Em 1960 o número de habitantes que se deslocavam de automóvel em São Paulo era de 150 mil, passando para 1 milhão, em 1976, e para 3,4 milhões, em 1991. Em meio a esse trânsito caótico, surgiu, na década de 80, o serviço de motoboy em SP.
Essa nova utilização do espaço das ruas e avenidas não aconteceu exclusivamente pela vontade dos motociclistas de tornarem suas motos seus instrumentos. São Paulo precisava de motoboys.
A profissão funcionou como uma solução encontrada pela cidade para manter seu desenvolvimento econômico, suas estratégias de negócios, a prestação de serviços e seu planejamento do espaço, como especialista em produzir fluxo no espaço urbano. Foi conduzindo motos e realizando os mais variados tipos de entregas, que os motoboys encontraram uma profissão e ofereceram fluxo urbano à cidade.
O Brasil tem o maior número de motoboys do mundo. Segundo dados do Sindimoto - SP (Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas do Estado de São Paulo), em todo o país são mais de 900 mil profissionais sobre duas rodas. No Estado de São Paulo, por exemplo, são cerca de 500 mil motoboys. Só nacapital paulista, 200 mil. Do total, apenas 20% tem registro em carteira. Para dar "cara nova" aos profissionais de entregas rápidas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, em 29 de julho, a lei que regulamenta o serviço de motofrete e de mototaxi no território nacional. 
3.4 Instrumento de Coleta de Dados
Nossa pesquisa será realizada através de coleta de dados. Nosso instrumento de coleta de dados será através de um questionário entrevista com os motoboys que atuam na cidade de São Paulo. 
Iremos utilizar a observação como o instrumento de pesquisa. Para o levantamento dos dados, iremos utilizar a observação sistemática ou seja, a pesquisa não contará com a influência do pesquisador.
A entrevista será de forma estruturada, na qual existe um formulário a ser seguido e uma ordem para se fazer as perguntas. A entrevista irá atentar apenas para os conhecimentos do entrevistado. Perguntando apenas o que ele saberá responder.
3.5 Coleta e tratamento dos resultados
Ao coletar os resultados, faremos um exame minucioso dos dados.
Faremos uma verificação crítica, a fim de detectar falhas ou erros, evitando informações distorcidas ou incompletas que podem prejudicar o resultado das entrevistas.
Com base na análise e interpretação dos dados, será feita a discussão dos resultados da entrevista. Após a coleta, antes da análise e interpretação, os dados são elaborados e classificados de forma sistemática.
Trataremos os resultados de uma forma intelectual procurando dar um significado mais amplo as respostas, vinculando-as ao referencial teórico.
No quesito interpretação das respostas obtidas nas entrevistas, procuramos a exposição do verdadeiro significado da pesquisa apresentada, em relação aos objetivos do tema que é compreender a percepção dos motoboys em relação a Terceirização.
3.6 Análise de Dados
Os dados coletados serão analisados de forma qualitativa, onde se tem um caráter exploratório fazendo assim os entrevistados pensarem de uma forma livre sobre o tema discutido que é compreender a percepção dos motoboys em relação a Terceirização. A natureza da realidade será subjetiva e múltipla como vista pelos participantes da entrevista. A linguagem da pesquisa, será uma linguagem informal, envolvendo decisões, voz pessoal, aceitando palavras qualitativas por parte dos entrevistados. O processo da pesquisa será um processos indutivo, aspectos mútuos de fatores, design emergente – as categorias são identificadas durante o processo de pesquisa, dentro do contexto vista pelos participantes da entrevista.
 
3.7 Limitações das pesquisas
Como nossa pesquisa será qualitativa que tem um caráter exploratório, que estimula o entrevistado a pensar e a se expressar livremente sobre o assunto em questão, as limitações se dão fundamentalmente por lapidar o grande volume de informação bruta recebida por parte dos entrevistados e interpretar da melhor maneira possível.
Referente as questões da entrevista, as respostas dos entrevistados podem ser frequentemente subjetivas e abertas à interpretação.
Desta forma, ao coletar e interpretar os dados de nossa pesquisa, que é qualitativa, nós iremos interpretar o que se encaixa com a conclusão pretendida. Além disso, pode ser difícil analisar e interpretar os resultados com precisão.

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