Buscar

Ponto de Equilíbrio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIAS
ESCOLA DE GESTÃO DE NEGÓCIOS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
GESTÃO FINANCEIRA 
Prof.: JOSÉ RICARDO LEAL LOZANO
Data: 13/06/2017 
PONTO DE EQUILÍBRIO
RESUMO
O ponto de Equilíbrio é aquele nível de operação da empresa no qual gastos e receitas se equivalem, resultando em lucro zero. Acima do ponto de equilíbrio a empresa terá lucro e abaixo dele a empresa terá prejuízo. Podemos encontra-lo em quantidade e em valor. O primeiro representa a quantidade mínima em que deverá ser vendida pela empresa para que não tenha nem lucro nem prejuízo. O segundo corresponde a Receita de Equilíbrio que significa o mínimo de Receita que a empresa deverá obter para não ter nem lucro nem prejuízo.
O objetivo do ponto de equilíbrio é permitir que a gerência avalie o desempenho atual da empresa com relação ao nível de operação de lucro zero, alertando-a para a eventual necessidade de medidas correlativas urgentes. Também, o planejamento e visão do relacionamento entre gastos, vendas e volumes (quantidade). Ele pode ser encontrado através de fórmula, demonstração contábil ou representação gráfica. 
Existem quatro tipos de ponto de equilíbrio: o ponto de equilíbrio contábil, que identifica a quantidade mínima a ser vendida para cobrir os custos contábeis da empresa; o ponto de equilíbrio econômico, que mostra a quantidade mínima que a empresa terá que vender para assegurar a rentabilidade real, dada pela taxa de mínima remuneração do capital investido; o ponto de equilíbrio financeiro, que informa o quanto a empresa terá que vender para não ficar sem dinheiro e, assim, ter que tomar empréstimos, prejudicando ainda mais sua lucratividade; e o ponto de equilíbrio operacional, que indica o nível mínimo de receitas necessárias para o cumprimento de todos os compromissos da empresa, ou seja, o pagamento dos custos fixos e variáveis.
DESENVOLVIMENTO
Para Megliorini (2003), o ponto de equilíbrio “nada mais é do que aquele momento em que a empresa não apresenta lucro nem prejuízo, esse momento é aquele em que foi atingido um nível de vendas no qual as receitas geradas são suficientes apenas para cobrir os custos e as despesas”.
	Já para Passos e Nogami (2003), o ponto de equilíbrio é “o break-even point, ou ponto de equilíbrio de uma firma, é definido como sendo o nível de produção e vendas em que os custos fixos e variáveis são cobertos pela receita, isto é, ponto em que o lucro é igual a zero. Em outras palavras, é o nível mínimo de produção e vendas em que uma firma pode funcionar sem que ocorram perdas”.
	Em outras palavras, é o ponto em que a receita total é igual ao custo total. O ponto de equilíbrio determina a quantidade mínima que a empresa deve produzir/vender (receita total) para cobrir a totalidade de seus custos (custo total).
Souza e Diehl (2009, p.259) conceituam-no como “o nível mínimo de operações no qual a organização não tem prejuízo em termos de volume (peças, toneladas, metros cúbicos, litros, clientes, atendimentos, passageiros, pacientes etc.), em termos monetários ou em percentual de ocupação da capacidade.”
Vanderbeck e Nagy (2002, p.415) mencionam que “o ponto de partida usual na Análise CVL é a determinação do ponto de equilíbrio de uma empresa. O ponto de equilíbrio pode ser definido como o ponto no qual a receita de vendas é adequada para cobrir todos os custos de manufatura e vender o produto, mas sem obter lucro”. 
Assaf Neto e Lima (2009, p.270) citam que o ponto de equilíbrio “informa o volume de vendas necessário para cobrir todos os custos e despesas operacionais, ou seja, no ponto de equilíbrio o resultado operacional da empresa é igual a zero.” 
Para Padoveze (2005), o Ponto de Equilíbrio é o volume de atividade operacional onde o Total da Margem de Contribuição da quantidade vendida/produzida se iguala aos Custos e Despesas Fixos. Em outras palavras, ele mostra o nível de atividade ou volume operacional quando a Receita total das Vendas se iguala ao somatório dos Custos Variáveis Totais mais os Custos e Despesas Fixas. Assim, o Ponto de equilíbrio evidencia os parâmetros que mostram a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, mesmo que a custa de um Lucro Zero.
Despesas fixas devem ser considerados em cada caso. No ponto de equilíbrio contábil “são levados em conta todos os custos e despesas contábeis relacionados com o funcionamento da empresa.” No ponto de equilíbrio econômico são também incluídos nos custos e despesas fixos “todos os custos de oportunidade referentes ao capital próprio, ao possível aluguel das edificações (caso a empresa seja a proprietária) e a outros itens do gênero”. No caso do ponto de equilíbrio financeiro, “os custos considerados são apenas os custos desembolsados que realmente oneram financeiramente a empresa”. Contudo, as modalidades mencionadas são aplicáveis a apenas um produto. Como a maior parte das empresas comercializa vários produtos, o uso dessas fórmulas é restrito a poucas situações. 
	Partindo-se da igualdade: RT =CT, podemos deduzir a formula para cálculo do ponto de equilíbrio. Logo: Receita total = preço unitário de venda multiplicado pela quantidade vendida.
RT = PV x q, onde: RT = receita total; PV = preço unitário de venda; q = quantidade vendida.
	Já o custo total é resultante da soma do custo fixo e do custo variável. O custo fixo é a parcela do custo total que não varia de acordo com a produção dentro de uma capacidade produtiva instalada. O custo variável é a parcela do custo total que varia (no caso proposto) direta e proporcionalmente ao nível de produção.
Assim: CT = CP + CV, onde: CT = custo total; CF = custo fixo; CV = custo variável
Logo: 
PV x q = CF + CV
PV = CF/q + CV/q
PV = CF/q + CVun
q = CV / (PV – CVun)
A subtração do preço de venda do custo variável unitário nos fornece a margem de contribuição unitária do produto, ou seja, o quanto esse produto ou serviço contribui primeiramente para cobrir os custos fixos e posteriormente para gerar lucro. Trata-se do conceito de margem de contribuição unitária. 
Assim:
(PV – CVunitario) = MCU, onde: PV = preço unitário de venda; CVunitário = custo variável por unidade produzida/vendida; MCU = margem de contribuição unitária.
q = CF / MCU, onde: q = quantidade produzida/vendida no ponto de equilíbrio; CF = custo fico; MCU = margem de contribuição unitária.
Em outras palavras, representa determinarem-se quantas margens de contribuição unitárias são necessárias para se cobrir a totalidade dos custos e despesas fixas.
Determina-se a formula para o cálculo do ponto de equilíbrio em quantidades a serem produzidas/vendidas. É possível calcular o ponto de equilíbrio em valor, bastando para tanto que calculemos a margem de contribuição unitária percentual, que é igual à divisão da margem de contribuição unitária pelo preço unitário da venda. Usando para dividir os custos fixos totais, temos: Margem de contribuição percentual = margem de contribuição unitária / preço de venda unitário.
Logo: ponto de equilíbrio em valor = custo fixo total / margem de contribuição percentual 
O ponto de equilíbrio em valor = CF / MCU percentual
O ponto de Equilíbrio é aquele nível de operação da empresa no qual gastos e receitas se equivalem, resultando em lucro zero. Acima do ponto de equilíbrio a empresa terá lucro e abaixo dele a empresa terá prejuízo. Podemos encontra-lo em quantidade e em valor. O primeiro representa a quantidade mínima em que deverá ser vendida pela empresa para que não tenha nem lucro nem prejuízo. O segundo corresponde a Receita de Equilíbrio que significa o mínimo de Receita que a empresa deverá obter para não ter nem lucro nem prejuízo.
O objetivo do ponto de equilíbrio é permitir que a gerência avalie o desempenho atual da empresa com relação ao nível de operação de lucro zero, alertando-a para a eventual necessidade de medidas correlativas urgentes. Também, o planejamento e visão do relacionamentoentre gastos, vendas e volumes (quantidade). Ele pode ser encontrado através de fórmula, demonstração contábil ou representação gráfica.
Utilizando a Fórmula: No ponto de equilíbrio o Lucro é igual a zero, então a quantidade no ponto de equilíbrio é igual a: Gastos fixos / preço unitário - gastos variáveis unitários
Para o cálculo da Receita no ponto de equilíbrio:
Rec. Equilíbrio = preço unitário x quantidade no ponto de equilíbrio
TIPOS DE PONTO DE EQUILÍBRIO
PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL	
Para Assef (1999), o ponto de equilíbrio operacional (PEO) indica o nível mínimo de receitas necessário para o cumprimento de todos os compromissos da empresa, ou seja, o pagamento dos custos fixos e variáveis. Em que, primeiramente deve-se organizar os custos da empresa separando-as em fixos, variáveis e outros. Nesse ponto, o lucro operacional (LAJI) é igual a zero. 
O ponto de equilíbrio operacional da empresa é o nível de vendas necessário para cobrir as despesas operacionais, ele informa ao empresário o faturamento mensal mínimo necessário para cobrir os custos, informação esta que muitas vezes é vital para a análise de viabilidade de um empreendimento ou da adequação da empresa em relação ao mercado.
É um dos indicadores contábeis que informa ao executivo o volume necessário de vendas, no período considerado, para cobrir todas as despesas, fixas e variáveis, incluído o custo da mercadoria vendida ou do serviço prestado. Este indicador tem por objetivo determinar o nível de faturamento em termos de quantidade e ou de valor que se traduz pelo equilíbrio entre a totalidade dos custos e das receitas. Para um nível abaixo deste ponto, a empresa estará na zona de prejuízo e acima dele, na zona da lucratividade. É o mínimo que se deve alcançar com receitas para que não amargue com prejuízo.
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL
Ponto de Equilíbrio Contábil significa o faturamento mínimo que a empresa ou o prestador de serviços obtém para não ter prejuízo nem lucro. O ponto de equilíbrio contábil (PEC) é alcançado quando a quantidade de vendas realizadas em um período cobre todos os CF e CV, desconsiderando aspectos financeiros e não operacionais, no entanto, são levados em conta todos os custos e despesas contábeis relacionadas com o funcionamento da empresa.
Aquino et al. (2007, p. 127) define que “pode-se calcular o Ponto de equilíbrio contábil (PEC) em quantidades de unidades a serem produzidas e vendidas – PEC (un.) – representa a receita de venda mínima que a empresa deve auferir para se ter lucro igual à zero – PEC ($)”. Como acontece com a margem de segurança o ponto de equilíbrio pode ser calculado pelo valor total e pelo valor unitário.
PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO
De acordo com Alexandre Assaf Neto, o Ponto de equilíbrio econômico é como se atribuíssem ao capital próprio investindo um “juro mínimo”. Ao ponto que produz lucro desse valor mínimo. O referido nível de atividade exprime o volume de vendas onde se dá por viável a execução de todos os objetivos econômicos das empresas – pagamento de juros, ao passivo oneroso, distribuição de lucros, aos proprietários, e formação de valor econômico agregado (ASSAF NETO, 2003; DAMODARAN, 2004).
O ponto de equilíbrio econômico (PEE) tem como seu principal objetivo fornecer informações aos investidores sobre o retorno de capital investido, ou seja, quanto deveria a empresa vender para recuperar seu investimento. 
De Acordo com Raimundini, Bianchi e Zucatto (2008, p. 42), “O PE econômico é obtido incluindo-se, além dos custos para o funcionamento da empresa, os custos de oportunidade referentes ao capital próprio, a um eventual aluguel de instalações ou investimento em outra atividade e outros aspectos afins”. A característica do ponto de equilíbrio econômico é a paridade das receitas totais com o somatório dos custos e despesas totais acrescentado de uma remuneração mínima sobre o capital investidos pelos sócios. 
Bornia (2002, p. 79), em relação ao PEE afirma que o ponto de equilíbrio econômico mostra a rentabilidade real que a atividade escolhida traz, confrontando-a com outras opções de investimento. Naturalmente, os custos imputados são um tanto quanto subjetivos e deve-se ter em conta que se trata de um instrumento gerencial, não representando custos realmente incorridos, mas apenas uma comparação com possíveis aplicações alternativas de capital.
Ou seja, ele é obtido pela relação da soma de todos os Custos e Despesas Fixas de determinado período mais o lucro esperado, sobre a Margem de contribuição unitária, que determinara a quantidade mínima de produto a ser produzido e vendido para que a empresa tenha equilíbrio econômico, o resultado positivo ou o lucro desejado pela empresa. É a quantidade que iguala a Receita Total com a soma dos custos e despesas acrescida da remuneração mínima sobre o capital investido pela empresa. O Custo de Oportunidade representa a remuneração que a empresa obteria se aplicasse seu capital no mercado financeiro, ao invés de no seu próprio negócio.
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO
O Ponto de equilíbrio financeiro (PEF) é o nível onde a não há geração de caixa, ou seja, o caixa gerado é igual ao caixa consumido em um determinado período, Zdanowicz (2012) denomina que o ponto de equilíbrio financeiro é o valor monetário que se iguala a receita total aos custos e despesas totais que representam os efetivos desembolsos financeiros para a empresa, ou seja, excetuando-se os itens referentes às depreciações que não representam desembolsos para a organização. “O ponto de equilíbrio financeiro informa quanto a empresa ter de vender para n o ficar sem dinheiro e, consequentemente, ter de fazer empréstimos prejudicando ainda mais os lucros” (BORNIA, 2002)
É obtido pela relação da soma de todos os Custos e Despesas Fixas de determinado período subtraído dos Custos e Despesas não Desembolsáveis, mais as Amortizações de Dívidas no período, sobre a margem de contribuição unitária. Isso determinara a quantidade mínima de produto a ser produzido e vendido para que a empresa tenha equilíbrio financeiro no período, ou sema, o valor das receitas serem suficientes para o pagamento dos custos e despesas do período e, ainda, cobrir possíveis parcelas de amortizações de dívidas que a empresa tenha que realizar.
É a quantidade que iguala a Receita Total com a soma dos custos e despesas que representam desembolso financeiro para a empresa. Os encargos de depreciação são excluídos no cálculo do PEF por não representarem desembolso para a empresa.
RESTRIÇÕES
Restrições ao ponto de equilíbrio devem ser consideradas quando de sua utilização, devendo o administrador atentar para esses aspectos. Na visão de Padoveze (1994, p.255) fica evidente que é uma técnica para uso na gestão de curto prazo, porque não se pode pensar num planejamento de longo prazo para uma empresa que não dê resultado positivo e que não remunere os investidores.
Santos (1995, p.67) ressalta as limitações da análise do ponto de equilíbrio quando menciona que devem ser levados em consideração os seguintes pontos: 
 Variação de um componente: considerar mudança no preço sem a influência nos demais componentes. Na realidade, quando muda um componente, geralmente muda outro; 
 Custos fixos e variáveis: costumeiramente o comportamento do custo fixo não é tão constante como mostrado no gráfico do ponto de equilíbrio e o custo variável tem certos aspectos que não variam sempre proporcionalmente ao volume; 
 Análise estática: as próprias dificuldades existentes na montagem dos dados para a análise não levam em consideração todo o dinamismo envolvido nas empresas e no dia-a-dia dos negócios. A própria inflação é um fator de difícil controle dentro da análise, porque influencia por completo toda a evolução dos dados.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Souza e Rocha (2010) descrevem a margem de contribuição como o “excesso do preço de venda líquido em relação aos custos e despesas variáveis, destinando-se a amortizar os custos e despesas fixas e a formar o lucro da empresa.” Salientamque esse conceito se aplica a cada produto da empresa, a cada família de produtos, às unidades de negócio e à empresa toda.
Beulke e Bertó (2009) argumentam que a margem de contribuição é a “parcela com que cada produto contribui para os custos e as despesas fixas da empresa e para a formação do seu resultado, e decorre do comparativo entre o preço de venda – que nessa concepção é mais função de mercado e menos do custo – e o custo variável unitário. A análise da margem de contribuição é relativamente simples, pois visa a identificar o que sobrou da receita de vendas depois de deduzidos os custos e as despesas variáveis de fabricação. O valor resultante irá contribuir para a cobertura dos custos fixos e para a formação do lucro. Teoricamente os produtos que gerarem as maiores margens de contribuição são os que propiciam um lucro maior (BARTZ et al, 2009). 
A respeito do cálculo da margem de contribuição, Martins e Rocha (2010) defendem que da receita bruta sejam deduzidos os impostos, obtendo-se a receita líquida. Deste valor, devem ser deduzidos os custos/despesas variáveis para determinar a margem de contribuição de cada produto. Para Assaf (2005), a margem de contribuição “é calculada pela diferença entre o preço de venda e os custos variáveis, e desse valor podemos retirar a margem de contribuição unitária e percentual de cada produto”.
Martins (2003) considera que a margem de contribuição por unidade “é a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre a sua receita e o custo que de fato provocou e que pode lhe ser imputado sem erro”. Bornia (2009) defende que a margem de contribuição é “o montante da receita diminuído dos custos variáveis. A margem de contribuição unitária, analogamente, é o preço de venda menos custos variáveis unitários do produto. A margem de contribuição unitária representa a parcela do preço de venda que resta para a cobertura dos custos e despesas fixos e para a geração do lucro por produto.
A margem de contribuição total corresponde à parcela remanescente das receitas de vendas após serem deduzidos os custos variáveis totais. Abatendo dessa margem da contribuição os custos operacionais fixos, encontraremos o lucro operacional que nesse tipo de análise costuma ser identificado por LAJI ou LAJIR (lucros antes dos juros e do imposto de renda).
	O valor do LAJI deve ser suficiente para cobrir os custos financeiros fixos e produzir um resíduo que, após a tributação do imposto de renda, correspondera ao lucro líquido do período. 	A diferença entre o preço de venda e o custo variável unitário (p – v) é denominada margem de contribuição unitária. A margem de contribuição total e a margem de contribuição unitária constituem elementos importantes nas análises do ponto de equilíbrio e dos efeitos da alavancagem.
MARGEM DE SEGURANÇA
A margem de segurança é a diferença entre o volume de vendas com que a empresa está operando e volume de vendas no ponto de equilíbrio (contábil).
Em relação ao conceito de Margem de Segurança, Leone (2000) entende que nos estudos de ponto de equilíbrio esta representa a diferença entre o que a empresa pode produzir e comercializar, em termos de quantidade de produtos, e a quantidade apresentada no ponto de equilíbrio. Chama-se margem de segurança porque mostra o espaço que a empresa tem para obter lucro após atingir o ponto de equilíbrio. 
Para Bornia (2009), a margem de segurança expressa o “excedente das vendas da empresa sobre as vendas que representam o ponto de equilíbrio” e pode ser representada “quantitativamente, em unidades físicas ou monetárias ou sob forma de índice (percentual)”. Quanto ao cálculo, Bruni (2006, p. 90) menciona que podem ser utilizadas as seguintes fórmulas para determinação das margens de segurança: 
 Margem de segurança (em unid.) = Vendas (em unid.) – Ponto de equil. (em unid.);
 Margem de segurança (em R$) = Vendas (R$) – Ponto de equil. (R$); 
 Margem de segurança (em %) = [Vendas (R$) – Ponto de equil. (R$)] / Vendas (R$)
ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO
Figueiredo e Caggiano (2004) comentam que para o cálculo do ponto de equilíbrio e sua futura análise, são necessárias algumas premissas: que os padrões de custos e receitas foram criteriosamente determinados e possuem comportamento linear (no intervalo do nível de atividade que está sendo analisado); que os custos também devem poder ser classificados sem dificuldades em fixos e variáveis; que os custos fixos permanecerão constantes; que os custos variáveis terão sua variação dependente do nível de atividade; que o preço de venda será o mesmo; que os métodos e a eficiência na produção não serão alterados e que o volume de saídas é o único fator que afeta os custos. Sendo assim, o ponto onde a curva de receita corta a curva de custo total é o ponto de equilíbrio. À medida que há um aumento de vendas, os custos fixos são gradativamente cobertos até que, do ponto de equilíbrio em diante, cada unidade passará a contribuir para a formação do lucro. 
	A análise do ponto de equilíbrio permite compreender como o lucro pode ser afetado pelas variações nos elementos que integram as receitas de vendas e os custos e despesas totais. Sob a ótica contábil, o ponto de equilíbrio corresponde a certo nível de atividades em que o lucro será nulo. À medida que o volume de operações se deslocar acima do ponto de equilíbrio surgirão lucros crescentes; abaixo desse ponto ocorrerão prejuízos cada vez maiores. 
	A análise distingue dois pontos de equilíbrio contábeis relacionados com o lucro operacional e com o lucro líquido. Também é possível calcular um ponto de equilíbrio econômico onde o lucro líquido corresponderia à remuneração esperada pelos acionistas sobre o capital próprio.
	Adicionalmente, o instrumental permite determinar o valor das receitas de vendas necessárias para cobrir os desembolsos relativos aos custos operacionais e financeiros e às amortizações das dívidas.
	A utilidade e a simplicidade da análise do ponto de equilíbrio explicam a sua larga utilização nos meios empresariais. Entretanto, essa ferramenta possui algumas limitações.
	Os elementos envolvidos na análise do ponto de equilíbrio são as quantidades (produtos) produzidas e vendidas e os respectivos preços, determinantes da receita de vendas e os custos e despesas variáveis e fixas.
	Os custos variáveis são aqueles cujo valor total aumenta ou diminui direta ou indiretamente com as flutuações ocorridas na produção e vendas. E os custos fixos são os que permanecem constantes dentro de certo intervalo de tempo, independente das variações ocorridas no volume de produção e vendas durante esse período. 
A relação de custo, volume e lucro (CLV) é usada para determinar o nível de operações necessárias para cobrir os custos operacionais e para avaliar a rentabilidade associada a diferentes níveis de vendas. Para calcular o ponto de equilíbrio operacional os custos vendidos e despesas operacionais, devem ser decompostos em fixos e variáveis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise de Custo-Volume-Lucro é eficiente para auxiliar os empresários a fazerem gestão de seus custos em curto prazo, e através de suas análises é possível atingir metas de lucratividades, precificação de forma eficaz, políticas de descontos e decidir qual o volume produzir para não ter prejuízos. Ao calcular o ponto de equilíbrio, se alcança um número importante dentro da empresa, é o número que se deve buscar como meta de venda mínima. Todo gerente de vendas, por exemplo, precisa de números arrojados e o ponto de equilíbrio é a base sólida que a empresa deve ter ao pensar na sua sobrevivência no mercado.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS 
PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Estratégia e Operacional: conceitos – estrutura – aplicação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
PASSOS, Carlos Roberto M.; NOGAMI, Otto. Princípios de Economia. São Paulo: Pioneira Thomson Learning; 2003.
BORNIA, A. C. Análise gerencial de custos: aplicação emempresas modernas. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2009. 
FIGUEIREDO, S.; CAGGIANO, P. C. Controladoria: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2004.
VANDERBECK, E. J.; NAGY, C. F. Contabilidade de custos. 11ª ed. São Paulo: Pioneira, 2002.
LEONE, G. S. G. Custos: planejamento, implementação e controle. São Paulo: Atlas, 2000.
SITES VISITADOS
http://docplayer.com.br/1798516-Ponto-de-equilibrio-custo-custo-fixo-custo-variavel-despesas-variaveis-despesas-fixas.html visitado em 09/06/2017.
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_tn_sto_115_753_17115.pdf visitado em 10/06/2017.
http://www.empari.com.br/analise-do-ponto-de-equilibrio-operacional.html visitado em 08/06/2017.
http://www.institutoassaf.com.br/2012/download.aspx visitado em 12/06/2017.
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/ponto-de-equilibrio visitado em 09/06/2017.
OUTRAS REFERÊNCIAS
Slides de Contabilidade Gerencial – Aulas 3 e 4. Professor Iran Aragão. Faculdade Estácio.

Outros materiais