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Casos Processo CIVIL IV

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A-1- Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende 
que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de 
Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por 
meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado 
em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a 
substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-
se: deve ser deferido o pleito do executado? R: Sim, considerando exatamente a aplicação do 
princípio do menor sacrifício do executado indicado no parágrafo único do artigo 805 CPC. 
A-2- No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois 
únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu 
patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende 
receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). 
Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra 
credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o 
exequente, na prática, possa receber seu crédito. R: Fraude contra credores ocorre antes da 
citação do devedor, tem natureza jurídica de direito privado e necessita preencher os 
requisitos da lei material, o ato de alienação torna-se nulo e deve ser decretada por sentença 
de ação pauliana. Fraude à execução ocorre depois da citação/intimação do devedor da 
execução, tem natureza jurídica de direito privado, pois o ato de esvaziar patrimônio a fim 
de frustrar a execução é ato atentatório à dignidade da justiça, tem má fé presumida, o ato 
de alienação torna-se ineficaz em relação ao processo, pode ser decretada nos autos da 
execução, por decisão interlocutória. Em se tratando de fraude a credores, o exequente 
deverá promover uma ação pauliana. Já a fraude à execução pode ser reconhecida dentro 
dos próprios autos. 
A-3- Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento 
do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma 
injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé 
ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. 
Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a 
respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto 
indaga-se: a) qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É 
possível modificar a sentença em fase de liquidação? R: Arbitramento, art. 509, I, CPC. Não 
haverá mudança quanto a condenação. b) como deverão proceder as partes caso discordem do 
valor apurado na liquidação? R: Através de agravo de instrumento, art. 1015, CPC. 
A-4- Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, 
citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado 
procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado 
por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece 
impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a 
impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial? R: O 
acolhimento da tese de defesa arguida pelo executado em impugnação não gera o fim do 
processo, mais sim a reabertura da etapa de conhecimento, estando, portanto, prejudicados 
todos os atos processuais praticados. Sendo assim, trata se de uma decisão interlocutória 
passível de agravo por instrumento, art. 1015, PU, CPC. 
A-5- Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o 
executado uma petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também 
conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal 
pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se 
admissível a referida peça, teria a apresentação do mesmo efeito suspensivo? R: A exceção de 
pré-executividade mesmo não tendo previsão expressa no novo CPC continua sendo 
admitido quanto pela doutrina como pela jurisprudência para arguir matéria de ordem 
pública que o juiz poderia ter reconhecido de ofício. No caso concreto entende se cabível a 
sua aplicação, no entanto ao que tange aos efeitos as regras de suspensão não devem ser 
aplicadas automaticamente, até mesmo porque não o são nos demais mecanismos de defesa 
(impugnação e embargos). 
A-6- Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo 
extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A 
penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como 
o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação 
por alienação em leilão judicial. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, 
parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve 
decidir o magistrado? R: Em se tratando de bem imóvel deve ser observado à regra prevista 
no artigo 896 CPC, e sendo assim deveria o juiz confiar o bem a guarda e administração por 
depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a um ano. 
A-7- Após a vigência do CPC, Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas, 
objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente 
e não foram localizados bens passíveis de penhora. Como deverá se posicionar o magistrado 
quanto ao tema? R: Neste caso o juiz deveria acatar o pedido dos executados e promover a 
extinção do processo reconhecendo a prescrição intercorrente nos termos do artigo 924, 
inciso V, CPC. 
A-8- Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a 
cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em 
consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil 
Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte 
Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a 
exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra 
o seu patrimônio. Indaga-se: Como decidir? O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc? 
E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa 
de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como 
fator coercitivo? R: No que tange ao tema multa na tutela específica das obrigações o CPC 
permite que o juiz determine a multa de ofício podendo aumentar ou reduzir o seu valor, 
podendo inclusive aplicar efeito ex tunc. Nada impede que o juiz fixe um valor único de 
multa ou até mesmo fixe uma multa semanal, quinzenal ou mensal. 
A-9- Maurício promove execução por título extrajudicial em face da Fazenda Pública, para 
cumprimento de obrigação de fazer, observando o disposto entre o art. 815 e art. 821 do CPC. 
Esta, ao ser citada, aduz em sua defesa que há error in procedendo, eis que tem a prerrogativa de 
ser executada por modelo próprio estatuído no art. 910 do NCPC. A quem assiste razão? R: 
Assiste razão a Maurício considerando que na tutela específica das obrigações a fazendapública recebe o mesmo tratamento concedido ao particular. 
A-10- Geisa, servidora pública estadual, promove demanda em face da Fazenda Pública que se 
encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi 
indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido 
proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, diante 
da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, 
a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, 
parágrafo 1º, do CPC. Este pleito deve ser deferido? R: O pleito deverá ser negado, pois 
conforme o art. 534, § 2º do CPC a multa prevista no art. 523, § 1°, do CPC, não se aplica à 
Fazenda Pública. 
A-11- O CPC prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é possível 
oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, 
o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o 
descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). 
Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo 
único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo CPC/2015, ao contrário de diversas 
outras normas (art. 1.072). Qual tipo penal deve prevalecer? R: Em virtude do princípio da 
especialidade deve vigorar a regra da lei de alimentos. 
A-12- Determinada entidade de classe impetrou mandado de segurança coletivo em defesa de 
interesses de seus membros, o qual foi denegado pelo órgão competente, havendo tal decisão 
transitado em julgado. É cabível a posterior propositura de ação, pelo procedimento comum, 
individualmente, por qualquer dos membros da entidade, para pedir o reconhecimento do direito 
que alega e compreendido no pedido formulado no anterior mandado segurança coletivo? R: O 
processo coletivo foi criado para racionalizar a atividade jurisdicional. Desta forma evita-
se a pulverização de demandas individuais. No caso concreto a resposta deve ser positiva 
autorizando a demanda individual, pois a promoção de um processo coletivo não prejudica 
os particulares que optaram pelo ajuizamento de demandas individuais. 
A-13- Associação de Consumidores do Estado do Paraná ingressou com uma ação coletiva em 
face do Hipermercado Novo Horizonte, na Comarca do referido estado, visando obter tutela 
específica no sentido de determinar a abstenção do mercado de comercializar leite da marca 
Vacaboa, fora do prazo de validade e com alto índice de formol, cumulado com pleito 
indenizatório por danos morais e materiais decorrentes para os consumidores que adquiriram o 
referido produto. O juiz deferiu tutela específica, nos termos do art.84§3º do Código de Defesa 
do Consumidor, para determinar a abstenção do réu em comercializar o produto e condenou o réu 
a indenizar os consumidores prejudicados pelos danos materiais e imateriais sofridos, cujo 
quantum será apurado em sede de liquidação de sentença. Diante do caso discuta as seguintes 
indagações: a) Considerando que o Hipermercado possui diversas filiais em todo Brasil, os 
consumidores do Estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais poderão promover a liquidação da 
referida sentença genérica? Qual modalidade de liquidação de sentença poderá ser utilizada neste 
caso? Qual o juízo competente para promoção da execução do julgado para os consumidores de 
Minas Gerais e do Rio de Janeiro? R: Considerando a dimensão da tutela coletiva os 
consumidores do Rio e de minas poderão promover a liquidação e execução da sentença em 
seus respectivos estados, artigos 98 e 101 CDC. A liquidação poderá ser feita por 
arbitramento ou procedimento comum, observando as especificidades do caso concreto 
(artigo 509 CPC). A competência para execução da tutela coletiva é concorrente, portanto 
pode ser feita no juízo sentenciante ou no juízo da liquidação (artigo 98 CDC) 
A-14- O Juizado Especial Cível decidiu ação, recorrendo o vencido, tendo a turma Recursal 
própria mantido a sentença, que rejeitou arguição de incompetência absoluta daquele Órgão 
Julgador, em razão do valor em discussão superior ao atribuído, legalmente, à competência dos 
Juizados Especiais. Contra essa decisão da Turma impetrou o interessado Mandado de Segurança, 
perante o Tribunal de Justiça, repisando a alegação de incompetência absoluta, vindo o órgão da 
Justiça comum a denegar a ordem, afirmando a incompetência do Tribunal de Justiça para rever 
decisões prolatadas por Juizados Especiais e respectivas Turmas Recursais. Pergunta-se: 1) Qual 
o recurso cabível contra a decisão do Tribunal de Justiça? 2) O que deve decidir o órgão 
competente para apreciar esse recurso? Justificar as respostas. R: Recurso ordinário. Artigo 
1027 CPC. No determinado julgado (resp. 17.524/Bahia) o STJ admitiu em caráter 
excepcional que o tribunal de justiça exerça um controle sobre a competência dos processos 
que observam a lei 9099/95 caso venha a ser impetrado mandado de segurança perante a 
corte inferior. 
A-15- Consumidor promove demanda em face da EBCT (Empresa Brasileira de Correios e 
Telegráfos) e da empresa Rodsoft Informática, perante um Juizado Especial Federal. Argumenta, 
em sua petição inicial, que comprou um determinado produto no site da segunda, para que o 
mesmo fosse entregue pela primeira em seu endereço residencial, o que não ocorreu em razão de 
extravio. Também aduz que não foi ressarcido, o que justificaria a instauração do presente 
processo em face de ambas, objetivando o recebimento de danos materiais e morais. Ocorre que 
a empres a Rodsoft já encerrou suas atividades, embora tenha ficado evidente nos autos que a 
mesma vinha sendo utilizada por seus sócios para a prática de diversos ilícitos civis. Diante desta 
situação, o autor pleiteia que, no Juizado Especial Federal, seja autorizada a desconsideração da 
personalidade jurídica. Ocorre que este requerimento foi indeferido pelo magistrado, ao 
argumento de que o CPC trata deste incidente como uma modalidade de intervenção de terceiros 
(art. 132 art. 137), o que é vedado no sistema dos Juizados Especiais (art. 10, Lei nº 9.099/95). 
Esta decisão foi objeto de posterior mandado de segurança impetrado perante a Turma Recursal 
Federal, com o intuito de reformá-la. Indaga-se: os magistrados lotados no órgão revisor, 
analisando as normas constantes no CPC, deverão conceder ou negar a segurança? Por quais 
fundamentos? R: Deverão conceder a segurança, considerando que na hipótese cabe o 
incidente de desconsideração da personalidade jurídica, artigo 1062 CPC.

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