Buscar

História do Direito Romano Aula 02 - Resumo para estudo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Romano – Aula 02
Recapitulando:
O direito romano é um conjunto de normas que surgiu na Roma antiga mais ou menos no ano de 754 que se estendeu até o império de Justiniano, mas sabemos que esse direito romano está presente em nosso direito contemporâneo. As principais características desse direito é a proteção aos indivíduos, autonomia familiar (pater família tinha autonomia sobre aqueles que estavam sobre sua tutela), prestigio do pater família e valorização da palavra empenhada ou fídea.
No período arcaico para se chegar a justiça existiam cinco tipos de ações que deveriam ser nomencladas por aqueles que buscavam a justiça. Manejavam de forma que o seu pleito judicial pudesse se encaixar em alguma dos cinco tipos de ações se ela não se encaixasse o pleito não era aceito pela justiça romana. 
Os cinco tipos de ações
Actio	sacramenti ou ação de sacramento: essa ação era manejada toda vez que não tinha uma lei própria para determinado caso (toda vez que falamos em ação de sacramento estamos nos referindo ao artigo IV da lei de introdução das normas do direito brasileiro que diz: nenhuma ação pode ser levada ao juiz e o mesmo se recusar a julgar uma vez que não tenha leis que se adequem. O juiz tem que utilizar a analogia, costume e jurisprudência, o juiz não pode deixar de julgar), o nosso instituto jurídico é originário do direito romano e vem exatamente da ação de sacramento.
Iudicis postulatio ou direito de postular: Direito que o indivíduo tem de ir ao juízo e solicitar que uma determinada ação seja aceita. A ação que era de Iudicis postulatio era toda vez que ela versasse sobre divisão de herança. 
Condictio ou condição: Era uma ação de crédito. O indivíduo só podia ingressar com uma ação de conditio era preciso ter o crédito com outrem que se recusasse a paga-lo. Com isso ele ia ao estado manejar essa ação para reaver o seu saldo. 
Manus injectio ou ação executória: também poderia ser uma ação de cobrança de sentença. As ações eram particulares, pessoais como por exemplo: Se alguém tirou a vida de um ente meu e eu fui ao estado e o mesmo falou que aquela pessoa é culpada e o estado não executou eu mesmo poderia pagar alguém para executar aquela ação, por outro lado poderia ser uma cobrança a ser executada.
Por tanto temos duas ações tanto de cobrança de crédito ou cobrança de uma sentença de que uma pessoa tivesse.
Pignoris capio: Cobrança especifica de créditos do estado. Nesta ação o estado o cidadão deveria entregar o cidadão um imposto onde o não pagamento ocasionava a perca de bens materiais e a própria vida.
Período Clássico
*Surgimento dos jurisconsultos: eram pessoas que segundo o direito romano eram aqueles que davam a última palavra. Como não existiam as figuras do advogado e promotor os jurisconsultos que eram estudiosos do direito romano davam o parecer sobre determinado caso.
*Foi no período clássico que o direito civil se desenvolveu porque o direito romano é um direito basicamente civil.
*Os imperadores passaram a decidir pessoalmente questões de maior relevância.
*Início dos primeiros processos escritos. Até o período arcaico o processo era oral já no período clássico começou a se colocar no papel os casos que chegaram nos tribunais.
Período pós-clássico 284d.C. a 565 d.C: Vai até Justiniano período em que representa o declínio do império romano.
Nesse período aparece a figura do advogado
Admite-se recurso
O direito se resume nas constituições imperiais, chamadas leges. O imperador fazia uma constituições que estabelecia os direitos e deveres para com outros cidadãos. Essa constituição fazia leis como o nome diz “leges”. Toda lei que atingisse a constituição era considerada ilegal.
Em 395 o Império Romano foi divido em dois: Primeiro com sede em Milão e o segundo em Istambul. 
Fontes do direito romano
 Costumes ou direito consuetudinário: É a prática reiterada de diversos atos, que se cristaliza através do hábito e do consentimento tácito do povo, fazia com que algumas ações se tornassem leis.
Exemplos
Fides: nada mais é que o cumprimento de um juramento em que compromete a ambas as partes o cumprimento de um pacto. Fides é o que chamamos de boa-fé uma vez que ela não te lesa. 
Pietas: Se define como um sentimento de obrigação do Pater famílias para com aqueles que está ligado pelo sangue, política ou do dever para com os deuses, a pátria e a família. Era o sentimento de obrigação que o chefe local tinha. O poder do chefe local era dado pelo pela divindade.
Leis e plesbicito: 
Lex: Para os romanos indicava uma deliberação de vontade com efeitos obrigatórios. Se existia uma lei ela não podia ser contestada ela tinha um efeito obrigatório.
Lex Privatae: Fala-se para cláusula de um contrato. Contratos entre indivíduos que são de casamento e compra e venda refere-se a lei privada.
Lex Colegii: Se referia ao estatuto das cidades. Lei da coletividade leis para todos que resolvia os problemas da coletividade.
Lex Publica: Para fala-se sobre as deliberações dos órgãos do Estado (com o mesmo sentido moderno). Versava sobre as ações de ordem pública. Essas leis eram deliberadas nas assembleias mais conhecida como Comitia. Quando votadas pelas concilia plebis, tomavam o nome de plebiscita.
Edito dos Magistrados:
Edito (edicta): São os documentos expedidos pelos magistrados (em especial os pretores), lidando com ações, exceções, remédios jurídicos em geral.
Edictum Tralacium: Transição de um direito novo um fato nunca julgado.
Edictum Repentinum: Edito repetitivo é o que chamamos hoje de jurisprudência ou súmula.
Pretores: Era equiparado a um cargo de um magistrado. Tinha como função de manejar a justiça era ele quem fazia os editos e os tornavam público. Cargo na República que era responsável diretamente pela Justiça.
As edictas eram publicadas para tornar pública a maneira pela qual os pretores administravam a justiça durante seu ano.
Jurisconsultos: Eles indicavam as formas dos atos processuais aos magistrados e às partes, mas não atuavam em juízo;
 Elaboravam instrumentos jurídicos e escreviam pareceres; 
Desenvolveram a jurisprudência; 
a atividade era gratuita
Senatus-Consultos: Eram deliberações do senado mediante proposta dos magistrados. Existia a necessidade de se fazer leis para regular determinada situação da população. O magistrado percebia isso e levava o caso ao senado para que houvesse uma deliberação sobre aquele caso.
- Só a partir do século I a.C., que as consultas ao senado passaram a vigorar como lei. O senado era representado pelas autoridades patriarcais, tinha inicialmente caráter mais consultivo somente no final da República passou a ter caráter sugestivo.
Constituições Imperiais: São os atos do Imperador: Passaram a ser fonte de direito a partir do segundo século depois de Cristo – depois do Imperador Adriano.
Edicta:	Disposições de ordem geral para o Império.
Decreta: Julgamentos, decisões ou sentenças, que se transformavam em precedentes.
Rescripta: Respostas	às consultas dos magistrados. Perguntava ao imperador como resolveria um determinado caso quando não houve lei.
Mandata: Ordens administrativas ou fiscais dirigidas aos governadores. Cobrança de impostos, determinação de fechar a cidade.
Opinião dos prudentes: Eram pessoas importantes naquela localidade, alguém que conhecia muito sobre os costumes, legislações e jurisconsultos. Essa opinião é como se fosse buscar o conselho de alguém mais idoso, alguém que tinha autoridade naquela localidade. As opiniões dos prudentes se dividiam em 3.
Ad respondendum: Respostas aos pedidos das partes;
Ad agendum:	Respostas aos	pedidos dos pretores e juízes;
Ad cavendum: Feitura de documentos
 Divisão do Direito Romano
A divisão do Direito Romano dava-se com base na história, na origem da norma, na aplicação ou no sujeito a quem era destinada a norma.
Ius Civile ou Ius Quiritium: É o direito próprio do cidadão romano e exclusivo deste. Ius Civile (utilizamos hoje no nosso ordenamento jurídico como direito da civilização) ele dava todo direito de propriedadee todo direito de contrato. Ele era próprio do cidadão Romano. 
Ius Gentium: É o direito universal, aplicável a todos os homens livres, inclusive os estrangeiros.
Divisão baseada na origem:
Ius Civile: Era o direito tradicional que provinha dos costumes, das leis, dos plesbicito e, na época imperial, dos senatus consultos e das Constituições imperiais; (as fontes do direito romano era a base do direito chamado ius civile aplicado aos cidadãos romanos)
Ius Honorarium: Era o Direito elaborado e introduzido pelos pretores; 
Ius Extraordinário: Era derivado da atividade jurisdicional do Imperador na época do Império. (O imperador decidia, virava um caso julgado e o Ius extraordinário passou a ser uma divisão da origem do direito romano)
Divisão baseada na aplicabilidade:
Ius Cogens: É a regra absoluta. Sua aplicação não depende da vontade das partes interessadas
Ius Dispositivum: Este direito admitia a expressão da vontade dos particulares, as regras podiam ser modificadas ou postas de lado de acordo com o desejo das partes
Divisão baseada no sujeito:
Ius commune: É o conjunto de regras que regem de modo geral uma série de casos normais. É a regra que se opõe à exceção;
Ius Singulare: São as regras que valem somente para uma categoria de pessoas, grupos ou situações específicas.

Outros materiais