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RESENHA CRÍTICA DO TEXTO INTRODUÇÃO À TEORIA DA POLÍTICA PÚBLICA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS 
GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DO TEXTO INTRODUÇÃO À TEORIA DA POLÍTICA PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
Luana Damasceno Diniz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natal/RN 
Setembro de 2017 
 
 
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2 
 
 
 
 
SARAVIA, Enrique e FERRAREZI, Elisabete. Políticas Públicas: Coletânea. Brasília: ENAP, 
2016. P.21-42 
 Enrique Saravia é Doutor em Direito com especialização em Administração Pública pela 
Universidade de Paris I (Panthéon-Sorbonne). No texto "Introdução à teoria de política pública" 
o autor mostra a administração pública como ciência no contexto histórico, a divisão entre 
administração pública e privada, o conceito e as características da política pública, as etapas de 
formulação das políticas públicas e a importância de instituições nas tomadas de decisões. 
As visões sobre a vida estatal 
 Ao longo do tempo, a realidade estatal foi analisada em perspectivas distintas: a filosófica, 
a da ciência política, a da sociologia, a jurídica, a das ciências administrativas, a psicológica e 
a antropológica. Todavia, no começo do século XX a visão das ciências administrativas torna-
se dominante nos Estados Unidos e vai se espalhando a partir dos anos de 1960. 
 O autor cita Beatriz Wahrlich para caracterizar a evolução das ciências administrativas na 
América Latina que afirma a ocorrência da hegemonia dos seguintes aspectos: jurídico, 
legalista e das teorias da administração e da organização. Essa visão privilegia o estudo das 
estruturas e das normas que organizam a atividades estatal. (Pág 22.) 
 Nos Estados Unidos, por percurso longitudinal a administração pública foi se firmando 
como disciplina. Woodrow Wilson, professor de Ciência Política da Universidade de 
Princeton e, posteriormente, presidente dos Estados Unidos, foi o responsável pelos estudos 
antessignanos de administração pública. Wilson acreditava que "o negócio do governo é 
organizar o interesse comum contra os interesses especiais". (Pág. 22) 
 Tânia Fischer afirma que até 1930 o administrador público era visto como formulador de 
políticas públicas, no entanto nos últimos anos, coube ao administrador público avaliar a 
eficiência e a eficácia da administração pública. 
 Peter Drucker afirma que os escritores até a década de 1930 presumia que a administração 
privada não passava de subdivisão da administração geral. Haja vista que a primeira aplicação 
consciente e sistemática dos princípios da administração não se deu em uma empresa. Foi na 
reorganização do Exército dos Estados Unidos, feita em 1901 por Elihu Root, secretário da 
Guerra de Theodore Roosevelt. (Pág. 24) 
A perspectiva da política pública 
 Como consequência da Globalização a relação entre indivíduos, empresas e organizações 
nacionais e internacionais tem-se acentuado. Dessa forma, tornou-se necessária uma 
adequação das estruturas organizacionais, os ministros da função pública dos países 
apresentaram aspectos para reexaminar o papel do governo. 
 A necessidade de mutação provocou para a administração privada o surgimento de novas 
técnicas de administração, como por exemplo o planejamento organizacional. Já para 
administração pública ocorreu o planejamento governamental, os países institucionalizaram 
órgãos - comissões, ministério, corporações - destinados a elaborar planos ambiciosos de 
desenvolvimento e, em geral, foram bem sucedidos. Na América Latina, foi uma época de 
grande crescimento econômico, orientado, financiado e realizado pelo Estado. (Pág. 25) 
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 A respeito das alterações as organizações estatais reagiram de forma retardatária ou não se 
adaptaram, resultando em uma putrefação da capacidade de solução das aspirações da 
sociedade. No campo de ação público, houve um clame por uma maior participação 
democrática nas decisões do Estado. Esse processo apenas se instaurava na década de 1950. 
As democracias evoluídas utilizam as normas jurídicas abstratas e impessoais e do respeito 
aos direitos dos outros o fundamento básico da convivência social. Assim, o processo de 
política pública mostra-se como modelo atual de lidar com as mutações sofridas pela 
administração ao longo dos anos. 
O conceito de política pública 
 Entende-se por política pública aquilo que visa atingir o equilíbrio social ou introduzir 
desequilíbrios para nichos específicos, ou seja, pode-se dizer que política pública é o conjunto 
de estratégias desenvolvidas pelo Estado que visam assegurar determinado direito de cidadania. 
 Contudo, o processo de política pública não se trata de um processo racional e previsível. 
Alguns autores afirmam que as modernas teorias do caos são as que têm mais afinidade com a 
dinâmica social. No entanto, o modelo racional persiste, sobretudo, sobre a ótica neoliberal. 
 Tendo em vista os diversos conceitos de política pública, Aguilar Villanueva inspirado por 
Subirant, Hogwood e Gunn explica que a política pode detonar várias coisas: desde um campo 
de atividade governamental até a política pública analisada como resultado, avaliação de 
alcance, dentre outros. 
Características de uma política pública 
A) Institucional: A política é elaborada ou decidida por autoridade formal legalmente 
constituída no âmbito da sua competência e é coletivamente vinculante; 
B) Decisório: A política é um conjunto-sequência de decisões, relativo à escolha de fins e/ou 
meios, de longo ou curto alcance, numa situação específica e como resposta a problemas e 
necessidades; 
C) Comportamental: Implica ação ou inação, fazer ou não fazer nada, mas uma política é, 
acima de tudo, um curso de ação e não apenas uma decisão singular; 
D) Casual: São os produtos de ações que têm efeitos no sistema político e social. 
O processo de política pública 
1) Inclusão na agenda: Inclusão de determinado pleito ou necessidade social na agenda, na 
lista de prioridades, do poder público. Conjunto de processos conduzem os fatos sociais a 
adquirir status de "problema público". 
2) Elaboração: Identificação e delimitação de um problema atual ou potencial da comunidade, 
a determinação das possíveis alternativas para a sua solução ou satisfação, a avaliação dos 
custos e efeitos de cada uma delas e o estabelecimento de prioridades. A elaboração de políticas 
pode ser vista como um processo racional ou como atividade política incontornável, em que as 
percepções e os interesses doas atores individuais entram em todos os estágios. 
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3) Formulação: Seleção e especificação da alternativa considerada mais conveniente, seguida 
de declaração que explicita a decisão adotada, definindo seus objetivos e seu marco jurídico, 
administrativo e financeiro. 
4) Implementação: Planejamento e organização do aparelho administrativo e dos recursos 
humanos, financeiros, materiais, tecnológicos necessários para executar uma política. Trata-se 
da preparação para pôr em prática a política pública, a elaboração de todos os planos, programas 
e projetos que permitirão executá-la. 
5) Execução: É o conjunto de ações destinado a atingir os objetivos estabelecidos pela política. 
É por em prática a política, é a sua realização. 
6) Acompanhamento: Processo sistemático de supervisão da execução de uma atividade, que 
tem como objetivo fornecer informação necessária para introduzir eventuais correções, afim de 
assegurar a consecução dos objetivos estabelecidos. 
7) Avaliação: Mensuração e análise, a posteriori, dos efeitos produzidos na sociedade pelaspolíticas públicas, especialmente no que diz respeito às realizações obtidas e às consequências 
previstas e não previstas. 
A interação das políticas 
 O autor indica que a divisão sequenciada citada anteriormente trata-se mais de um ciclo do 
que de uma segmentação em etapas, assim sendo na prática o processo nem sempre segue uma 
ordem, mas as etapas descritas sempre ocorrem. 
 Conquanto, toda política pública está integrada dentro do conjunto de políticas 
governamentais e constitui uma contribuição setorial para a busca do bem-estar coletivo. Cada 
política, pela sua vez, inclui diferentes aspetos aos que dá prioridade, em função de urgências 
e relevâncias. (Pág. 35) 
 
A política econômica 
 Segundo Lindblom, "o essencial da política é econômico e o grosso da economia é político." 
Não obstante, Hayward lembra que "a economia tem procurado abstrair os estudos de mercado 
dos comportamentos do poder público, esquecendo que, por ser indireta e impessoal, a coerção 
não é, por isso, menos constrangedora". 
 Lê-se por política econômica "[...] um processo pelo qual diversos atores identificáveis, 
pertencentes à comunidade política econômica, contribuem para uma decisão governamental, 
de forma que seus objetivos econômicos, [...], sejam realizados pelas instituições existentes, ou 
reorganizadas, e com a ajuda dos meios de ação disponíveis." 
 Alguns interesses econômicos podem e devem ser considerados também como interesses de 
justiça social, como por exemplo a redistribuição de renda e a redução das disparidades 
regionais. Outros podem ser caracterizados como "quase-objetivos de natureza intermediária", 
são exemplos desses: assegurar o fornecimento indispensável de energia e de matéria prima e 
o aumento do comércio internacional. 
 
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A importância das instituições 
 As instituições desempenham um papel fundamental no processo das políticas públicas. A 
relevância quanto a legitimidade da colaboração e parcerias entre Estado e instituições não 
governamentais e privadas para a formulação e implementação de políticas públicas é 
inquestionável. No entanto, a não consideração das condições e do papel de cada ator pode 
causar grande impacto sobre as parcerias, tornando-as ineficientes. 
 O teórico Benson afirma que é necessário a vinculação de diferentes níveis de análise de 
organização, desse modo indica explorar três níveis estruturais dos setores políticos, são eles: 
estrutura administrativa, estrutura de interesses e as normas de formação de estruturas.

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