Buscar

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O POVO NEGRO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O POVO NEGRO
		
Nossa proposição de Políticas Públicas para a População Negra está contextualizada na discussão sobre a inclusão de setores populacionais que ainda se encontram em situação de desigualdade. A emergência de se colocar em prática ações políticas e políticas públicas que coloquem na ordem do dia o Principio de Isonomia, atualmente conhecido com Eqüidade, apregoado pela Carta Magna, a Constituição Federal, nos impele a propor atividades com as quais sejam atendidas as especificidades da população negra, nas comunidades rurais e no meio urbano, na chamada periferia, ou seja dar um tratamento desigual para aqueles que se encontram em desigualdade. Se apóia, também, na Convenção Internacional da Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Conexas de Intolerância (2001), que o Brasil é signatário, e a qual sugere medidas de prevenção, educação e proteção destinadas a erradicar o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e as formas conexas de intolerância nos âmbitos nacional, regional e internacional, reconhecendo que as condições políticas, econômicas, culturais e sociais não eqüitativas podem engendrar e fomentar o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e as formas conexas de intolerância, que por sua vez exacerbam a desigualdade. Acreditamos que uma autêntica igualdade de oportunidades para todos em todos os campos, incluindo o desenvolvimento, é fundamental para a erradicação do racismo, a discriminação racial, a xenofobia e as formas conexas de intolerância. Acreditamos, ainda, que a adesão universal a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1965) e seu pleno cumprimento tem importância primordial para a promoção da igualdade e a não discriminação no mundo. Sem considerar estes aspectos poderemos estar reproduzindo as mazelas do racismo e suas manifestações: a discriminação racial e o preconceito racial[i]. A população negra brasileira vive, nos vários estados do País, em sua maioria, nas piores condições de vida. Alocada na camada mais pobre da sociedade vive em péssimas moradias. De cada 100 pessoas negras, 90 delas moram em favelas, palafitas localizadas nas zonas periféricas da cidade ou mora nas zonas rurais, perfazendo a maioria dos(as) trabalhadoras(es) sem terra. No aspecto econômico, os(as) negros(as) são parte da população que recebe os menores salários, que quando comparado aos não-negros(as) recebem menos mesmo desempenhando trabalho igual, segundo IPEA. Psicologicamente o negro rejeita sua raça, vive um conflito de identidade imposto pelo sistema que insiste em denominá-lo de “moreno”, “pardo”, “crioulo” “escurinho” “de cor”, etc. e não tem conhecimento da história de luta de seu povo porque quase nada é registrado pela historiografia oficial. Somente, muito recentemente, após anos de muito luta de Movimento Negro, conquistamos a alteração da Lei nº 9.394 com a Lei Federal nº 10.639, de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira e Africana;
- executar medidas e atividades que visem à defesa dos direitos da população negra, visando a eliminação das manifestações do racismo: o preconceito racial e a discriminação racial existentes, contribuindo para a plena inserção na vida sócio-econômica e político-cultural;
- o desenvolvimento de pesquisas, estudos e eventos próprios e/ou em parceria, que debatam os problemas vividos pela população negra;
- o desenvolvimento de projetos próprios e/ou em parceria que conduzam a população negra a uma participação igualitária no seio da sociedade em todos os campos da atividade humana;
- Incorporar e analisar manifestações e preocupações demonstradas pela sociedade, opinando e encaminhando denúncias aos órgãos competentes;
- Apoiar iniciativas de entidades e/ou organizações do movimento negro, que visem o respeito e a conscientização da população em geral com relação ao negro.
O Governo poderá adotar políticas especiais para localizar e identificar obstáculos colocados à mobilidade da população negra procurando combatê-los com medidas concretas. O Programa de Governo deverá conter propostas que contribuam para o avanço na luta contra o racismo e pela superação da discriminação, do preconceito e a exploração racial. As áreas necessárias para um melhor tratamento através do Governo são:
TRABALHO, EMPREGO E RENDA:
A situação de desigualdade experimentada pela população negra no mercado de trabalho é demonstrada através dos dados do IPEA, em “Desigualdades raciais no Brasil, de Luciana Jaccoud e Nathalie Beghin,1991-2001”. As dificuldades de inserção no mercado de trabalho enfrentadas pelo negro são inúmeras, o que contribui para manter a falta de mobilidade social experimentada pela população negra. Para procurar sanar essas desigualdades seguem algumas propostas:
- criação de cursos profissionalizantes nos bairros periféricos visando melhor qualificar a mão-de-obra negra;
- adoção de políticas especiais que vise a fiscalização sobre a existência de casos de discriminação racial no trabalho, combatendo com lei existente;
- estimular uma pesquisa sobre a realidade profissional do(a) trabalhador(a) e servidor(a) negro(a), visando detectar injustiças na admissão e promoção a melhores cargos;
- denunciar a existência, sempre que constatada, de manifestações do racismo no mercado de trabalho, punindo na forma da lei e de acordo com a Convenção 111 da OIT, ratificada pelo Brasil em 26 de novembro de 1965.
EDUCAÇÃO:
O sistema educacional brasileiro é elitista, sexista e racista. Possui um currículo escolar que não contempla a verdadeira história do negro, desde suas origens africanas até o fato de ter sido o segundo trabalhador no Brasil, os primeiros foram os povos da floresta, e o que deveria ser motivo de orgulho passa a ser motivo de vergonha por que a historiografia passa para o educando em geral que os negros se submeteram à escravidão, e quase nada é contado sobre a grande resistência negra e as inúmeras revoltas contra a escravidão. Por outro lado, não retrata a história das heroínas e dos heróis negros que lutaram até a morte pela liberdade de seu povo. Tendo em vista o quadro de desigualdade encontrado na educação com relação ao negro, o Governo do Município deverá estar preocupado em formular uma política educacional de acordo a Convenção da UNESCO relativa à Luta contra a Discriminação no Campo do Ensino, da qual o Brasil é signatário, e com o Parecer nº 003/2004, do Conselho Nacional de Educação, no que se refere às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, formulado pela Lei nº 10.639, através da Secretaria de Educação, objetivando erradicar o preconceito racial contra o negro na rede oficial de ensino. Desta forma devem ser traçados programas com ações políticas para:
- respeitar o princípio laico da educação coibindo proselitismo religioso impregnado, principalmente, nas aulas de ensino religioso;
- garantir o ensino sobre as religiões afro-brasileiras no âmbito da rede municipal de ensino, desde a Educação Infantil, passando pela Educação Fundamental e chegando à Educação de Jovens e Adultos;
- garantir a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana;
- Incluir nos programas de formação continuada dos profissionais da educação a temática étnico-racial para mudar a prática pedagógica de docentes que ainda reproduzem e disseminam o racismo e suas manifestações preconceituosas e discriminatórias na sala de aula.
SAÚDE:
As condições de saúde da população negra são agravadas dadas as péssimas condições de vida: péssimas habitações, que provocam, pela falta de saneamento básico, etc., as mais diversas doenças, além dos problemas acarretadospelo trabalho extenuante e insalubre, pela pressão psicológica sofrida (assédios) diariamente em decorrência da rejeição experimentada que provoca desajustes emocionais que tem como conseqüência problemas de saúde mental, hipertensão, enfarte e derrames, além dos colapsos cardíacos. Para um maior enfretamento às doenças mais prevalentes entre a população negra como a anemia falciforme e talassemia; hipertensão; diabetes mellitus tipo 2; e miomatoses, conforme aponta o PNAD de 1998, propomos que o Governo do Município, através da Secretaria da Saúde e órgãos de pesquisas, promova um programa que inclua:
- Garantir as condições necessárias para que negros e negras possam exercer sua sexualidade e os direitos reprodutivos, controlando a sua própria fecundidade, para ter ou não ter os(as) filhos(as) que desejem, garantido o acesso a serviços de saúde de boa qualidade, de atenção à gravidez, ao parto e às doenças sexualmente transmissíveis.
- pesquisar quais são as doenças que acometam mais a população negra, visando detectar os problemas de saúde causados pela pressão social e condições de vida;
- incluir o item ‘cor/raça/etnia” nos formulários que registram pacientes nos hospitais e postos de saúde( Cartão de Identificação, Prontuários médicos; fichas de notificações de doenças; formulários de resultados de exame laboratoriais; inquéritos epidemiológicos; estudos multicêntricos; pesquisas básicas, aplicadas e operacionais; e/ou qualquer outro instrumento que produza informação estatística, visando facilitar a pesquisa sobre a saúde da população negra;
- promover programas de medicina preventiva visando diminuir o aparecimento de doenças, inclusive mentais;
- Adoção, no sistema público de saúde, de procedimentos de detecção da anemia falciforme ( nos primeiros anos de vida), hipertensão e miomatoses;
- Viabilização de serviços específicos para anemia falciforme na área de hematologia, via Programa Nacional de Atenção às Hemoglobinopatias Hereditárias, medida inclusive já sugerida pela OMS. Buscar do Programa Nacional condições para habilitação técnica, política e ética para evitar, enfrentar e vencer as possíveis discriminações que poderão surgir em relação a portadores/as de AF ou do traço falciformico.
CULTURA:
A contribuição do negro para a formação da cultura brasileira, que é repleta de raízes africanas trazidas pelos negros escravizados no Brasil, é marcante. Entretanto não é valorizada, uma vez que a visão etno-eurocêntrica existente na sociedade colabora muito para isto. Para melhor situar a visão do MNU e da Posse Hausa que é adotada, também, pelo SINDOMÉSTICO sobre a questão da cultura, é preciso dizer, primeiramente, que a cultura de um povo resulta do acúmulo de formas de relação entre pessoas e destas com a natureza. Expressa-se através da produção geral da vida, incluindo as relações de trabalho, a distribuição de bens materiais e simbólicos, as relações de poder, os códigos morais, sociais, religiosos e estéticos. Cada cultura, em última instância, revela a visão de mundo que implica na valorização de certas práticas e na desvalorização e abandono de outras. A noção de desnível cultural surge quando se busca estabelecer uma relação de causa e efeito entre Raça e Cultura. Deste modo, as culturas “avançadas” seriam criações de raças “superiores”, e as “atrasadas” de raças “inferiores”. Esta noção equivocada está na base da compreensão da sociedade brasileira sobre a cultura negra, desvalorizada por não corresponder aos padrões culturais europeus (brancos). No Brasil, a importância da cultura para a sobrevivência da identidade étnico-racial negra é inquestionável. Através dela, o negro vem resistindo há séculos de tentativas de esmagamento, recriando referências que possibilitam o mútuo reconhecimento e formas de solidariedade, frente a uma sociedade sabidamente hostil. Mas como na sociedade, a riqueza da minoria se faz pela exploração de muitos, a classe dominante procura, de todas as formas, impedir, distorcer, negar e cooptar uma outra visão de mundo que não seja a dela, voltada para a manutenção de seu poder. Por isto também, chama a cultura de todo um povo de “folclore”, e de cultura “marginal”, escamoteando a visão de mundo a ser construída a partir de uma perspectiva popular e revolucionária, contrária a seus interesses. É neste contexto que a Cultura Negra passa a representar um poderoso instrumento de manipulação política, com vistas a inferiorização racial e social do negro e ao aprofundamento de contradições no interior da população negra. À Cultura Negra não se atribui o significado mais abrangente, tal como definido inicialmente. Ao contrário, está circunscrita à culinária, ao lúdico e ao religioso. Além disto, só é absorvida, quando estes aspectos estão desvinculados da história de luta e opressão do negro, dentro e fora de África.
Portanto, para reverter este quadro propomos que o Governo Municipal desenvolva projetos visando:
- sensibilizar a população em geral sobre a importância da contribuição e influência do negro na cultura brasileira;
- respeito às religiões afro-brasileiras, garantindo o livre direito à crença de seus seguidores;
- estimular/fomentar a produção, a divulgação e o intercâmbio de outras expressões da Cultura Negra como a literatura e as artes plásticas;
- estimular/fomentar a pesquisa, a divulgação como resgate de manifestações culturais, saberes específicos junto as diásporas das comunidades remanescentes de quilombo;
- criar políticas para maior valorização/difusão das culturas africanas no Brasil, e em específico aquelas que herdadas pelas populações negras no Maranhão, garantindo, assim, o respeito às manifestações culturais afro-brasileiras, visando o intercâmbio cultural com países africanos;
- Promover o mapeamento e tombamento de sítios e documentos detentores de reminiscências históricas, bem como a proteção das manifestações culturais afro-brasileiras;
- garantir a difusão do calendário cultural afro-brasileiro nas bibliotecas escolares e públicas (art. 215, parágrafos 1º e 2º da Constituição).
CRIANÇAS, ADOLESCENTES e JOVENS:
Conforme dados apresentados pelo IBGE “sobre a realidade da infância e da adolescência mostram que o Brasil não é um país pobre, mas um país injusto. Ainda hoje, a renda da família, a etnia, o sexo, o lugar onde vive, o fato de portar ou não deficiência determinam os acessos de meninos e meninas a serviços de saúde e nutrição, à educação infantil, fundamental e média, se terão ou não seu trabalho explorado antes dos 16 anos, ou até mesmo o risco de ser contaminado pelo HIV/Aids. Esse “determinismo” é uma grave violação dos direitos humanos dessas crianças e desses adolescentes”. Um programa de governo deve levar em consideração o alerta do Relatório da Situação da Infância e Adolescência Brasileiras (UNICEF) e criar políticas públicas “inclusivas articuladas e integradas, com especificidades segundo cada área de intervenção”.
- aumentar os investimentos públicos em áreas que afetam mais diretamente as crianças e os adolescentes: saúde, educação, assistência e proteção;
- criar políticas públicas que privilegiem a saúde preventiva e os serviços
básicos oferecidos e gerados dentro das próprias comunidades;
- crias mecanismos para garantia da implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente no município;
- fazer valer a aplicação de políticas repressivas que punem os(as) empregadores(as) da mão-de-obra de crianças e adolescentes com menos de 16 anos, o que configura exploração, com atenção especial para o trabalho doméstico infantil;
- garantir programa especial de introdução ao trabalho, para aprendizes, destinado aos jovens, em conjunto com entidades envolvidas com meninos e meninas em situação de rua;
- criar políticas de assistência social que privilegiem as “famílias como unidades multifacetadas e principais responsáveis pelos cuidados com meninas e meninos”, ou seja: que garanta as “Competências Familiares”;
- garantir programas culturais, esportivos e de lazer, inclusive envolvendoentidades do movimento hip hop.
MULHER:
“A luta contra múltipla discriminação sofrida pela Mulher Negra ( racial/étnica, de gênero, de classe, etc.) não deve ser vista apenas como apêndice do avanço de consciência provocado pelo movimento feminista. Também não se restringe à identificação e divulgação das heroínas negras que, no passado e/ou do presente , tanto contribuíram e/ou contribuem no processo de libertação do povo negro, e que constituem em exemplos inegáveis de resistência. O movimento negro vem ao longo dos tempos, implementando ações políticas, próprias e em parceria, reivindicando políticas públicas para alteração do quadro de desigualdades que se abatem sobre as mulheres negras, contudo, esta luta impõe-se, também, como tarefa prioritária para um governo municipal preocupado como os direitos humanos. Para tanto, poderá o governo municipal encaminhar as reivindicações oriundas do movimento negro e das diversas formas organizativas (ONG’s) de mulheres negras, aplicando políticas públicas nas seguintes áreas:
a) Saúde
. que os programas de educação sexual preocupem-se com a eliminação de estereótipos sexistas e racistas com relação à mulher negra;
. que os programas Assistência Integral à Saúde da Mulher possuam especialistas e pesquisadores(as) preocupados(as) com as doenças que afetam a raça negra
b) Trabalho
. Criar Casas de Acolhida de Empregadas Domésticas que sofrem perseguições das(os) empregadores(as) e, muitas vezes, não pedem demissão por não terem para onde ir;
. Criar mecanismos para evitar casos de discriminação racial de mulheres negras, garantindo sua admissão e promoção. no trabalho no serviço público municipal;
. implantar equipamentos sociais suficientes, especialmente creches nos locais de trabalho, nas empresas públicas e privadas;
. implantar programas especiais de profissionalização da mulher negra.
c) Violência Doméstica e Sexual
. Criar políticas para prevenção da violência doméstica e sexual contra mulheres, instalando Casas Abrigo para acolher as vítimas;
. Criar pesquisa e divulgação sobre a violência e discriminação contra a mulher negra e sobre formar de proteção e promoção dos direitos.
:
- o empenho dos(das) docentes e discentes para utilizarem os livros didáticos com uma visão crítica sobre os estigmas que recaem sobre o negro;
- a utilização de materiais instrucionais despojados de estereótipos racistas;
- Incentivar a inclusão da perspectiva de gênero e etnia na educação e
treinamento de funcionários públicos, guarda municipal e nas diretrizes
curriculares para o ensino fundamental com o objetivo de promover
mudanças na mentalidade e atitude e o reconhecimento da igualdade de
direitos das mulheres, não apenas na esfera dos direitos civis e
políticos, mas também na esfera dos direitos econômicos, sociais e
culturais.
MORADIA:
A “infra-estrutura domiciliar é fundamental para o bem estar e o padrão de vida das pessoas e em particular, afeta o desenvolvimento das famílias , das crianças e adolescentes” e a população negra tem neste item a situação mais desfavorável por se encontrar, historicamente, na base da pirâmide social. Portanto, para eliminar tais disparidades propomos ao Governo o se segue:
- criar mecanismos que possibilitem o acesso da população negra para a aquisição de moradia própria;
- regulamentação, pela prefeitura, de terrenos ocupados à população carente;
- garantir a continuidade de programas de urbanização em localidades onde hajam ocupações e saneamento básico nos bairros periféricos.
CONTATO POSSE HAUSA – 011 4123-2733 / 9832-1582 HONERÊ

Continue navegando