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- PROBLEMA 05- Referências - Tratado de Pediatria, Nelson, 18ª ed. Cap. 11 – A criança em idade escolar - Fisiologia básica, Rui Curi. Cap. 55 – Reprodução masculina; Cap. 56 – Sistema reprodutor feminino - Caderno da atenção básica número 33, Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Cap. 9.4 – Alimentação de crianças de 7 a 10 anos - Tratado de Pediatria, Sociedade Brasileira de Pediatria. Cap. 3.7 – Bullying – Comportamento agressivo entre estudantes - Atividade física na infância, Jayme Murahovschi. Departamento de Pediatria ambulatorial da SBP - Endocrinologia para o pediatra, Osman Monte et al. Cap. 13 – Fisiologia da puberdade Compreender o desenvolvimento da criança na fase escolar • Físico • Cognitivo • Social • Emocional Compreender a fisiologia do desenvolvimento puberal Conhecer a alimentação adequada para o desenvolvimento da criança na fase escolar Conhecer os critérios de indicação e contraindicação de exercício físico para a criança na fase escolar Conhecer Bullying • Conceito • Repercussões • Classificação • Sinais • Papel do profissional de saúde (e PSE) - Compreender o desenvolvimento da criança na fase escolar - período em que há separação progressiva dos pais - busca por aceitação dos professores e de outros adultos - assim como aceitação pelos seus pares - a autoestima passa a representar um problema importante - pois a criança passa a desenvolver sua capacidade cognitiva de se auto avaliar - também começa a perceber o modo como as outras pessoas os veem - pela primeira vez são julgadas de acordo com suas capacidades de gerar um produto socialmente aceito - como ter boas notas, tocar um instrumento ou fazer gols - nessa fase são pressionadas a serem ideais e a possuírem estilos de acordo com os grupos de crianças com as quais convivem - Desenvolvimento físico - pelo aumenta cerca de 3-3,5 kg e altura cerca de 6-7 cm por ano - o crescimento ocorre de forma descontínua, permitindo 3 a 6 estirões irregulares que duram cerca de 8 semanas cada - o perímetro encefálico aumenta cerca de 2-3 cm, refletindo o pouco crescimento cerebral neste período - possuem hábito corporal mais ereto e membros inferiores mais longos em relação ao troncoSinal mais marcante de maturação - começam a perder os dentes decíduos (de leite) - a perda dos dentes começa após a erupção dos primeiros molares, por volta dos 6 anos - os tecidos linfoides se hipertrofiam, provocando às vezes o aparecimento de amígdalas e adenoides impressionantes - força muscular, coordenação motora e o vigor físico aumentam progressivamente - assim como a capacidade de executar movimento complexos como jogar basquete e dançar - essas capacidades mais elevadas resultam tanto de amadurecimento quanto de treinamento - existe grande variedade de capacidades inatas, interesses e oportunidades possíveis - de modo geral tem havido queda na atividade física entre crianças na idade escolar - sendo crescente o sedentarismo, que está associado à obesidade e à doença cardiovascular - o número de crianças com sobrepeso vem aumentando - a maioria dos jovens não participa de nenhuma atividade física organizada fora da escola - antes da puberdade, a sensibilidade do hipotálamo e da hipófise sofrem mudançasQue aumentam progressivamente até a puberdade - levando ao aumento da síntese de gonadotrofinas - na maioria das crianças, os órgãos sexuais permanecem imaturos - mas começa a surgir o interesse por diferenças de gênero e comportamento sexual- se comparam entre si IMPLICAÇÕES PARA PEDIATRAS - receio de serem “defeituosas” - as que possuem incapacidades físicas reais podem enfrentar estresses especiais - deve indagar-se sobre prática de esportes, que estimula habilidades, trabalho em equipe e aptidão física, além de sentimento de realização - as competições podem ser negativas - crianças pré-púberes não devem participar de esportes de grande estresse e alto impacto, devido a imaturidade esquelética - maior risco de traumas - Desenvolvimento cognitivo - agora passam a aplicar cada vez mais regras baseadas em fenômenos observáveis, com múltiplas dimensõesUm pré-escolar que achava que uma bola transformada em cobra passava a ter mais argila por ser mais comprida, agora percebe que nada foi tirado ou acrescentado, então têm o mesmo peso. Percebe também que está mais comprida, mas também está mais fina - vários pontos de vista - interpretam suas percepções utilizando leis da física - agem assim, por agora estarem no estágio de operações lógicas concretas, de Piaget - é controverso o conceito de “estar pronto para ir à escola” - não há conjunto de habilidades definidas necessárias para que a criança obtenha sucesso escolar - porém, por volta dos 5 anos a criança consegue aprender em ambiente escolar - contanto que haja flexibilidade suficiente para dar suporte a crianças com diferentes aquisições do desenvolvimento - Adiar essa entrada na escola pode não melhorar o sucesso escolar final - e pode trazer problemas, sobretudo na adolescência - a ansiedade da separação e a recusa de ir à escola são comuns no início da atividade escolar - a escola traz demanda cognitiva cada vez maior - requerendo grande número de capacidades perceptivas, cognitivas, linguísticas funcionando eficientemente - assim, espera-se que a criança lide com muitos estímulos ao mesmo tempo - os anos iniciais da escola são destinados aos ensinamento de processos básicos: ler, escrever e cálculos básicos - depois da terceira série, a criança precisa ser capaz de fixar a atenção em aulas de 45 minutos - exigindo o aprendizado de matérias complexas - ler um parágrafo agora inclui interpretá-lo - escrever agora inclui ter um conteúdo coeso - as habilidades cognitivas interagem com outras emocionais e físicas na determinação do desempenho - recompensas externas (agradar os pais, adultos e pares, para ser aprovado) - recompensas internas (competitividade, vontade de trabalhar por recompensa posterior)Diminui a autossuficiência e reduz a capacidade da criança de assumir riscos no futuro - o sucesso predispõe o sucesso, porém o fracasso impacta na autoestima - a atividade intelectual estende-se para além das salas de aula - jogos de estratégias, jogos de palavras (trocadilhos e charadas) - que exercitam o crescente domínio da cognição e linguagem - muitas crianças tornam-se hábeis em assuntos de sua própria escolha - videogames e jogos de computador passam a ser atividades habituais- procura por médicos: déficits de percepção, dificuldades específicas do aprendizado, retardo mental - déficits de atenção secundários à causas familiares - depressão, ansiedade ou qualquer doença crônica - quando o estilo de aprendizado não se encaixa naquele da escola, passam a ter dificuldades - as dificuldades precisam de atenção antes do fracasso - nesse estágio, as estratégias de disciplina da criança devem ser direcionadas para a negociação - caminhando para a compreensão clara de possíveis consequências, inclusive a perda de privilégios após infrações - Desenvolvimento social e emocional - nesse período, a energia é direcionada para a criatividade e produtividade - mudanças em três esferas: casa, na escola e vizinhança - dessas três, a casa e a família ainda é a que possui maior influência - o aumente da independência: a criança vai dormir pela primeira vez na casa de um colega, ou acampa - os pais começam a fazer exigências sobre o empenho na escola e em atividades extracurriculares - mas devem também fazer comemorações quanto houver vitórias - assim como aceitarem incondicionalmente no caso de fracassos - assumir tarefas domésticas associadas a uma mesada oferece para a criança oportunidade contribuircom o funcionamento da família e aprender valor do dinheiro - sendo um campo de testes para a separação psicológica - irmãos desempenham papéis importantes como competidores, apoiadores leais e modelos - no começo da vida escolar, a crescente separação da família aumenta a importância de outros relacionamentos - professores e colegasImportante para o crescimento da competência social da criança - os grupos sociais tendem a ser do mesmo sexo - os grupos possuem frequentes mudanças nos membros - a popularidade é algo fundamental para a autoestima - é conseguida por meio de posses, atrativos pessoais, alcances e habilidades sociais reais - algumas crianças se adaptam facilmente às normas do grupo e desfrutam de sucesso social - outras de estilos mais individualistas ou visivelmente diferentes podem sofrer provocações - crianças com déficits de habilidades sociais podem ir a extremos para obter aceitação, encontrando fracassos - características atribuídas por pares podem ficar incorporados a autoimagem e afetar a personalidade - engraçado, estúpido, mal, medroso... - pais podem exercer suas maiores influências de maneira indireta - por meio de ações que mudem o grupo de amigos (mudar para nova comunidade, insistir em atividades após as aulas) - na vizinhança, perigos reais comprometem o desenvolvimento da liberdade e independência - ruas muito movimentadas, brigas, violência - esses acontecimentos também permitem que haja prova do bom senso da criança e da habilidade de lidar com situações diferentes - as atividades feitas pelas crianças sem supervisão, levam à resolução de conflitos ou à habilidades de lutas corporais - a exposição da mídia ao materialismo, sexualidade, violência reforça a sensação de impotência da criança frente ao mundo - nas fantasias compensam no poder dos super-heróis - o equilíbrio da fantasia e da habilidade de negociar com desafios do mundo real indicam desenvolvimento sadio - Desenvolvimento moral - por volta dos 5 ou 6 anos a criança já desenvolveu consciência - interiorizou regras da sociedade - pode distinguir o certo do errado - podem adotar valores da família ou da comunidade, na busca por aprovação dos pares, pais ou outros modelos adultos - inicialmente possuem um senso moral rígido, com regras claras para si e para os outros - por volta dos 10 anos a maioria das crianças entende a honradez como reciprocidade (tratar os outros conforme gostaria de ser tratado)- precisam de apoio incondicional, cobranças - perguntas diárias dos pais sobre coisas boas e más que aconteceram no dia revelam problemas mais cedo - pais podem ter dificuldades com a independência dos filhos - pais podem exercer muita pressão para sucesso escolar ou em competições - crianças que muito se esforçam para satisfazer essas perspectivas, podem desenvolver problemas de comportamento ou psicossomáticos - muitas crianças enfrentam estresses além do normal: divórcios, violência doméstica, uso de drogas pelos pais, violência urbana - Compreender a fisiologia do desenvolvimento puberal - o termo puberdade refere-se às alterações morfológicas e fisiológicas que ocorrem nas gônadas e genitálias de meninos e meninas - preparando-os para reprodução - até então, o sistema reprodutor estava quiescente até ser ativado pelas gonadotrofinas hipofisárias, levando-o a maturação final - entre 9-12 anos a hipófise começa a secretar progressivamente mais FSH e LH, culminando no início dos ciclos menstruais - a puberdade, então, corresponde ao período restrito de início da função endócrina e gametogênica das gônadas, tornando possível a reproduçãoNO MENINO - aumento no tamanho dos órgãos sexuais - aparecimento de pelos nas zonas púbicas, axilas e face - aumento da transpiração e oleosidade da pele - acrescimento acentuado - alargamento dos ombros - engrossamento da voz - desenvolvimento dos músculos - primeira ejaculação - aparecimento de acne - aumento da libido e da agressividade - em ambos os sexos, as principais manifestações da puberdade são: (1) Crescimento global acelerado, incluindo osso e órgãos internos (2) Desenvolvimento gonadal (3) Desenvolvimento genital externo e de caracteres sexuais secundários (4) Alterações na composição corporal com redução da massa gorda e aumento na massa muscularNA MENINA - alargamento dos quadris, definição da cintura - maior acúmulos de gordura nos quadris e mamas - desenvolvimento dos seios - aparecimento de acne - aparecimento de pelos nas axilas e órgãos genitais - aparecimento da menarca (5) Desenvolvimento cardiocirculatório e respiratório - no sexo feminino primeiramente se desenvolve as mamas no processo telarca - aparecimento que coincide com o aumento detectável de estradiol E2 plasmáticoA adrenarca (pubarca), a dessennsibilização do gonadostato do SNC-hipofisário e a amplificação gradual da comunicação no eixo hipotálamo-hipófise-gonadal ocorrem antes da puberdade e determinam a quebra dos feedbacks que sustentavam a homeostasia pré-puberal - acompanhando a telarca, mas com início mais tardio, ocorre a pubarca - também possui 5 estágios de desenvolvimento (1) Fase pré-puberal, na qual há ausência total de pelos pubianos (2) Estágio 2, após 6 meses do aparecimento do broto mamário - primeiros pelos pubianos, os pelos pré-sexuais que são delicados e finos próximos aos lábios vaginaisDiminuição nos níveis de melatonina estão relacionados com a “viragem” do gonadostato hipofisário (3) Estágio 3, caracterizado por pelos mais escuros e crespos que se expandem pelo púbis (4) Estágio 4, pelos se tornam mais grossos e crespos e recobrem o monte de Vênus, mas não as coxas (5) Estágio 5, por fim, ocorre expansão para as coxas; fase conhecida como pelos em escudoA denominação mais correta seria sangramento por privação hormonal - por último ocorre a menarca, a primeira menstruação - cerca de 2 anos após a telarca - na verdade, a menarca é o primeiro sangramento uterino que, por ser anovulatório, não pode ser chamado de menstruação - a ovulação é um processo mais tardio que ocorre cerca de 10 meses após a menarca - primeiras menstruações têm períodos bastante irregularesNas meninas há o predomínio de FSH, determinando maturação folicular; nos meninos há predomínio de LH, determinando a produção de testosterona pelos testículos - assumindo condições clínicas normais por volta de 1 ano após a menarca - inicialmente atribuía-se o início da puberdade apenas à secreção de GnRH - a secreção de GnRH nas crianças pré-menarca é regular e linear - porém, ao atingir uma idade geneticamente determinada, há uma secreção de maneira pulsátil que estimula a hipófise anterior a secretar gonadotrofinas também de maneira pulsátil - alguns estudos indagaram o porquê de meninas muito magras entrarem na puberdade tardiamente - assim, começou-se a relacionar o hormônio leptina (ação anorexígena produzido pelos adipócitos) com a puberdade - a leptina atua no hipotálamo estimulando-o a liberar GnRH em quantidades suficientes para ativar o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal e iniciar a puberdade - o desenvolvimento do efeito da retroalimentação positiva do estradiol E2 para provocar o pico de LH pré-ovulatório é o último passo no amadurecimento do eixo hipotálamo-hipófise-ováriosNos meninos acontece um processo semelhante, entretanto, ocorre o aumento dos níveis de testosterona - as células hipofisárias respondem ao estímulo do GnRH inicialmente sintetizando e depois secretando gonadotrofinasRelação 10:1 - as gonadotrofinas, nos ovários, estimulam a produção de esteroides sexuais, acarretando a produçãode estradiol - nos testículos, o LH estimula as células intersticiais de Leyding que produzem testosterona e estradiol em proporções ideais - a ginecomastia fisiológica que aparece nos meninos deve-se às características próprias da relação testosterona-estradiol desta etapa - localização geográfica, exposição à luz, estados de saúde e nutricional e estado emocional implicam na idade à puberdade - regiões equatoriais, melhor estado nutricional, agrotóxicos e poluentes semelhantes ao estradiol = puberdade mais cedo - essa puberdade mais cedo pode emancipar mais cedo os jovens - mas traz riscos: gravidez precoce, anticoncepção precoce - potencial risco à saúde (maior risco de câncer de mama em menores de 20 anos que iniciam pílulas anticoncepcionais) - Conhecer a alimentação adequada para o desenvolvimento da criança na fase escolar - ritmo de crescimento é constante - ganho mais acentuado de peso próximo à adolescência - maior independência e crescente socialização promovem melhor aceitação de alimentos - transformações aliadas ao processo educacional são determinantes no estabelecimento de novos hábitos - além da família, a escola passa a desempenhar papel de destaque na manutenção da saúde - a oferta alimentar modificou-se, causando mudanças de hábitos - a mudança no padrão alimentar - aumento no consumo de alimentos processados - aumento no consumo de alimentos ricos em gorduraDeficiências nutricionais específicas pouco evidentes clinicamente - diminuição da ingestão de alimentos não industrializados - aliada à redução da atividade física, provocou transição nutricional - caracterizada por redução nas taxas de desnutrição, pelo aumento da prevalência da obesidade e casos de “fome oculta” - os hábitos de vida, particularmente próximos à adolescência, podem criar situações de estresse na busca pela inclusão e autoafirmação - isso pode levar à distúrbios alimentares - Recomendações gerais - o cardápio deve seguir a alimentação da família, conforme disponibilidade de alimentos e preferências regionais - essa família precisa ser continuamente orientada sobre as práticas de alimentação saudável - refeições devem incluir desjejum, lanches, almoço e o jantar - a merenda escolar deve se adequar aos hábitos regionais - evitando alimentos não saudáveis, como salgadinhos, refrigerantes e guloseimas - deve-se consumir diariamente frutas, verduras, legumes, ótimas fontes de calorias, minerais, vitaminas hidrossolúveis e fibras - a ingestão de alimentos ricos em vitamina A permite estoque de reservas para os períodos de estirão - contribuindo com a secreção do hormônio GH - qtdds podem ser alcançadas com ingestão de frutas ou vegetais amarelos, alaranjados ou verde-escuros ou 150g de fígado - consumir sal com moderação, para formação de bons hábitos e prevenção da hipertensão arterial - ingerir 400 ml de leite para atingir quantidade necessária de cálcio - necessárias para a formação da massa óssea e a profilaxia da osteoporose na vida adulta - leite pode ser substituído pelos seus derivados, como iogurte e queijo - deve-se ter atenção para alimentação fornecida/vendida na escola ou nas proximidades - Conhecer o bullying - Conceito - compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas sem motivação evidente praticadas por um ou mais estudantes contra outro - causando dor, angústia e executada dentro de uma relação desigual de poder - a relação desigual de poder pode ser consequente da diferença de idade, tamanho, desenvolvimento físico ou emocional ou maior apoio dos estudantes - deve ser encarado como um problema social mediado por questões familiares, sociais e da própria escola - para ocorrer requer condições favoráveis - ambiente permissivo e tolerante à sua prática - convivência frequente e duradoura entre partes - coexistência de crianças e/ou adolescentes agressivos e crianças/adolescentes submissos e solitáriosApelidos, agressões físicas, ameaças, roubos, ofensas verbais, expressões ou gestos que geram mal-estar - adultos negando ou negligenciando os atos de bullying - Classificação - pode ser direto, quando as vítimas são atacadas diretamenteAtitudes de indiferença, isolamento, difamação e negação aos desejos. - mais frequente entre os meninos - ou indireto, quando as vítimas estão ausentes - este ocorre mais entre as meninas - o cyberbulling é uma nova forma de bullying ocorrido com uso da tecnologia da informação e comunicaçãoFatores que incitam desenvolvimento de alvos - proteção excessiva (dificuldades para enfrentar desafios e para se defender) - tratamento infantilizado (menor aceitação nos grupos) - ser o bode expiatório da família (responsabilizado por frustrações dos pais) - e-mails, mensagens por celulares, fotos digitais, sites pessoais, ações online - sendo usados com fins difamatórios, comportamentos hostis repetidos - causando danos a outros - há íntima relação entre o bullying e o cyberbullying - mais da metade das vítimas dos meios digitais também são vítimas na escola - grande parte conhece seus agressoresFatores que incitam desenvolvimento de autores - desestruturação familiar - relacionamento afetivo pobre - excesso de tolerância ou permissividade - prática de maus-tratos físicos - explorações emocionais - afirmações de poder dos pais - tem mais facilidade de se propagar e de invadir ambientes de aparente segurança - como as residências - não respeita limites - por isso difere do bullying tradicional e tem consequências mais graves - na prática, tem se: - autores: os agressores - alvos: vítimas - alvos/autores: vítimas e agressores - testemunhas: veem as agressões - Repercussões - Alvos, autores e testemunhas enfrentam consequências físicas e emocionais de curto e longo prazo - podem causar dificuldades acadêmicas, sociais, emocionais e legais - as crianças/adolescentes não são afetadas de maneira uniforme - havendo relação direta com a duração, frequência e severidade dos atos de bullying - pessoas que sofrem bullying na infância são mais propensas a sofrerem depressão e baixa autoestima quando adultas - quanto mais jovem for a criança agressiva, maior será o risco de desenvolver problemas relacionados a comportamentos antissociais na vida adulta - perda de oportunidades, problemas no trabalho, relacionamentos afetivos pouco duradouros - prejuízos financeiros também atingem as famílias de envolvidos com o bullying - crianças que sofrem ou praticam, podem vir a precisar de múltiplos serviços - serviços de saúde mental, justiça da infância e adolescência, educação especial, programas sociais - Sinais - efeitos são raramente evidentes - sendo possível identificar fatores de risco - crianças com quadros de depressão e ansiedade têm maiores chances de se tornarem alvos de bullying - Papel do profissional de Saúde - buscar informações sobre o processo de evolução escolar de seus pacientes - avaliando sua capacidade de aprender como também o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao convívio social - perguntar se eles se sentem bem na escola, se têm amigos, se testemunham ou se são alvos ou autores de agressões físicas ou morais - alterações de personalidade, intensa agressividade, distúrbios de conduta ou manutenção por longos períodos na figura de alvo ou autor de bullying merecem atenção psiquiátrica/psicológica - prevenção de futuros incidentes - orientação de medidas de proteção: ignorar apelidos, fazer amizades com colegas não agressivos, evitar locais de maior risco, informar professores e funcionários sobre bullying sofrido - entre autores, maior frequência de uso de álcool e drogas podem contribuir para agressividade e desenvolvimento de distúrbios de conduta: -lesões cerebrais pós-traumáticas, maus-tratos, vulnerabilidade genética, falência escolar e experiências traumáticas - famílias devem ser ajudadas a entender o problema - a partir da exposição de todas as possíveis consequências do bullyingPerceber e monitorar habilidades ou possíveis dificuldades no convívio com os colegas - devem buscar parceria das escolas - avaliar apenas as notas e tarefas das crianças não é suficiente - nas escolas, a implantação de programas antibullying - intervenções precoces - diálogos - criação de pactos de convivência - apoio - estabelecimento de elos de confiança e informação - não devem ser admitidas ações violentas em hipótese alguma - Critérios de indicação e contraindicação de exercícios físicos para crianças na fase escolar - a atividade física é desejável e recomendada em todas as idades, devendo ser estimulada - desenvolve a força muscular, flexibilidade e resistência, aperfeiçoa a coordenação motora, estimula o metabolismo ósseo, aumenta a capacidade cardiorrespiratória, melhora o humor e o apetite - previne a obesidade e, a longo prazo, diminui risco de hipertensão, diabetes e cardiopatia isquêmica - não existe nenhuma contraindicação para a atividade, mesmo em crianças doentes ou com problemas físicosMúsculos enrijecidos opõem-se ao crescimento ósseo - o que se precisa é adaptar à etapa do desenvolvimento e às condições de cada criança - evitando os exercícios de força e aqueles que levam à hipertrofia de massa muscular - a natação pode não ser indicada, temporariamente, para crianças com rinite-sinusite crônica - entre 8-11 anos, já se pode indicar um esporte favorito - sem dar ênfase ao componente competitivo - o esporte é importante na formação do caráter, desenvolve a sociabilidade (função do conjunto), respeito de regras, empenho e modo de lidar com a vitória e a derrota - por outro lado, acarreta risco de lesões físicas (luxação, fraturas, rompimento de ligamentos, entorses), desidratação e sobrecarga psicológica (conflito emocional) - é importante respeitar a maturidade biológica da criança e evitar sobrecargas nos exercícios - é importante advertir que nesta faixa etária existem grandes diferenças na maturação entre crianças de mesma idade - sendo necessário identificar o ritmo de crescimento e de maturidade pubertária - não levando em conta apenas a idade cronológica - pais não devem fazer cobranças excessivas, mas estimular as práticas - profissionais/técnicos devem controlar a intensidade do treinamento levando em conta os diversos fatores - sexo, introdução gradativa, aumento gradual sem forçar, acompanhar o desenvolvimento, evitando cobranças excessivas - a criança tem o direito de não ser um campeão - a musculação pode ser indicada, desde que com baixas cargas com muitas repetições para um bom condicionamento - cabe ainda aos profissionais, o estímulo a uma alimentação adequada - desestimulando os suplementos alimentares e os anabolizantes - a meta da introdução de exercícios é a melhoria na saúde, a prevenção de doenças e a manutenção da atividade física para toda a vida
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