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Desenvolvimento na fase escolar; alimentação; exercícios físicos; bullying

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Prévia do material em texto

- PROBLEMA 05- Referências
- Tratado de Pediatria, Nelson, 18ª ed. Cap. 11 – A criança em idade escolar
- Fisiologia básica, Rui Curi. Cap. 55 – Reprodução masculina; Cap. 56 – Sistema reprodutor feminino
- Caderno da atenção básica número 33, Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Cap. 9.4 – Alimentação de crianças de 7 a 10 anos
- Tratado de Pediatria, Sociedade Brasileira de Pediatria. Cap. 3.7 – Bullying – Comportamento agressivo entre estudantes
- Atividade física na infância, Jayme Murahovschi. Departamento de Pediatria ambulatorial da SBP
- Endocrinologia para o pediatra, Osman Monte et al. Cap. 13 – Fisiologia da puberdade
Compreender o desenvolvimento da criança na fase escolar
• Físico
• Cognitivo
• Social
• Emocional
Compreender a fisiologia do desenvolvimento puberal
Conhecer a alimentação adequada para o desenvolvimento da criança na fase escolar
Conhecer os critérios de indicação e contraindicação de exercício físico para a criança na fase escolar
Conhecer Bullying
• Conceito
• Repercussões
• Classificação
• Sinais
• Papel do profissional de saúde (e PSE)
- Compreender o desenvolvimento da criança na fase escolar
- período em que há separação progressiva dos pais
- busca por aceitação dos professores e de outros adultos
 - assim como aceitação pelos seus pares
- a autoestima passa a representar um problema importante
 - pois a criança passa a desenvolver sua capacidade cognitiva de se auto avaliar
 - também começa a perceber o modo como as outras pessoas os veem
- pela primeira vez são julgadas de acordo com suas capacidades de gerar um produto socialmente aceito
 - como ter boas notas, tocar um instrumento ou fazer gols
- nessa fase são pressionadas a serem ideais e a possuírem estilos de acordo com os grupos de crianças com as quais convivem
- Desenvolvimento físico
- pelo aumenta cerca de 3-3,5 kg e altura cerca de 6-7 cm por ano
- o crescimento ocorre de forma descontínua, permitindo 3 a 6 estirões irregulares que duram cerca de 8 semanas cada
- o perímetro encefálico aumenta cerca de 2-3 cm, refletindo o pouco crescimento cerebral neste período
- possuem hábito corporal mais ereto e membros inferiores mais longos em relação ao troncoSinal mais marcante de maturação
- começam a perder os dentes decíduos (de leite)
 - a perda dos dentes começa após a erupção dos primeiros molares, por volta dos 6 anos
- os tecidos linfoides se hipertrofiam, provocando às vezes o aparecimento de amígdalas e adenoides impressionantes
- força muscular, coordenação motora e o vigor físico aumentam progressivamente
 - assim como a capacidade de executar movimento complexos como jogar basquete e dançar
 - essas capacidades mais elevadas resultam tanto de amadurecimento quanto de treinamento
 - existe grande variedade de capacidades inatas, interesses e oportunidades possíveis
- de modo geral tem havido queda na atividade física entre crianças na idade escolar
 - sendo crescente o sedentarismo, que está associado à obesidade e à doença cardiovascular
 - o número de crianças com sobrepeso vem aumentando
 - a maioria dos jovens não participa de nenhuma atividade física organizada fora da escola
- antes da puberdade, a sensibilidade do hipotálamo e da hipófise sofrem mudançasQue aumentam progressivamente até a puberdade
 - levando ao aumento da síntese de gonadotrofinas
 - na maioria das crianças, os órgãos sexuais permanecem imaturos
 - mas começa a surgir o interesse por diferenças de gênero e comportamento sexual- se comparam entre si IMPLICAÇÕES PARA PEDIATRAS
- receio de serem “defeituosas”
- as que possuem incapacidades físicas reais podem enfrentar estresses especiais
- deve indagar-se sobre prática de esportes, que estimula habilidades, trabalho em equipe e aptidão física, além de sentimento de realização
- as competições podem ser negativas
- crianças pré-púberes não devem participar de esportes de grande estresse e alto impacto, devido a imaturidade esquelética
 - maior risco de traumas
- Desenvolvimento cognitivo
- agora passam a aplicar cada vez mais regras baseadas em fenômenos observáveis, com múltiplas dimensõesUm pré-escolar que achava que uma bola transformada em cobra passava a ter mais argila por ser mais comprida, agora percebe que nada foi tirado ou acrescentado, então têm o mesmo peso. Percebe também que está mais comprida, mas também está mais fina
 - vários pontos de vista
- interpretam suas percepções utilizando leis da física
- agem assim, por agora estarem no estágio de operações lógicas concretas, de Piaget
- é controverso o conceito de “estar pronto para ir à escola”
 - não há conjunto de habilidades definidas necessárias para que a criança obtenha sucesso escolar
 - porém, por volta dos 5 anos a criança consegue aprender em ambiente escolar
 - contanto que haja flexibilidade suficiente para dar suporte a crianças com diferentes aquisições do desenvolvimento
 - Adiar essa entrada na escola pode não melhorar o sucesso escolar final
 - e pode trazer problemas, sobretudo na adolescência
- a ansiedade da separação e a recusa de ir à escola são comuns no início da atividade escolar
- a escola traz demanda cognitiva cada vez maior
 - requerendo grande número de capacidades perceptivas, cognitivas, linguísticas funcionando eficientemente
 - assim, espera-se que a criança lide com muitos estímulos ao mesmo tempo
- os anos iniciais da escola são destinados aos ensinamento de processos básicos: ler, escrever e cálculos básicos
- depois da terceira série, a criança precisa ser capaz de fixar a atenção em aulas de 45 minutos
 - exigindo o aprendizado de matérias complexas
 - ler um parágrafo agora inclui interpretá-lo 
 - escrever agora inclui ter um conteúdo coeso
- as habilidades cognitivas interagem com outras emocionais e físicas na determinação do desempenho
 - recompensas externas (agradar os pais, adultos e pares, para ser aprovado)
 - recompensas internas (competitividade, vontade de trabalhar por recompensa posterior)Diminui a autossuficiência e reduz a capacidade da criança de assumir riscos no futuro
 - o sucesso predispõe o sucesso, porém o fracasso impacta na autoestima
- a atividade intelectual estende-se para além das salas de aula
 - jogos de estratégias, jogos de palavras (trocadilhos e charadas)
 - que exercitam o crescente domínio da cognição e linguagem
 - muitas crianças tornam-se hábeis em assuntos de sua própria escolha
 - videogames e jogos de computador passam a ser atividades habituais- procura por médicos: déficits de percepção, dificuldades específicas do aprendizado, retardo mental
- déficits de atenção secundários à causas familiares
- depressão, ansiedade ou qualquer doença crônica
- quando o estilo de aprendizado não se encaixa naquele da escola, passam a ter dificuldades 
- as dificuldades precisam de atenção antes do fracasso
- nesse estágio, as estratégias de disciplina da criança devem ser direcionadas para a negociação
 - caminhando para a compreensão clara de possíveis consequências, inclusive a perda de privilégios após infrações
- Desenvolvimento social e emocional
- nesse período, a energia é direcionada para a criatividade e produtividade
- mudanças em três esferas: casa, na escola e vizinhança
- dessas três, a casa e a família ainda é a que possui maior influência
- o aumente da independência: a criança vai dormir pela primeira vez na casa de um colega, ou acampa
- os pais começam a fazer exigências sobre o empenho na escola e em atividades extracurriculares
 - mas devem também fazer comemorações quanto houver vitórias 
 - assim como aceitarem incondicionalmente no caso de fracassos
- assumir tarefas domésticas associadas a uma mesada oferece para a criança oportunidade contribuircom o funcionamento da família e aprender valor do dinheiro
 - sendo um campo de testes para a separação psicológica
- irmãos desempenham papéis importantes como competidores, apoiadores leais e modelos
- no começo da vida escolar, a crescente separação da família aumenta a importância de outros relacionamentos
 - professores e colegasImportante para o crescimento da competência social da criança
 - os grupos sociais tendem a ser do mesmo sexo
 - os grupos possuem frequentes mudanças nos membros
- a popularidade é algo fundamental para a autoestima
 - é conseguida por meio de posses, atrativos pessoais, alcances e habilidades sociais reais
 - algumas crianças se adaptam facilmente às normas do grupo e desfrutam de sucesso social
 - outras de estilos mais individualistas ou visivelmente diferentes podem sofrer provocações
 - crianças com déficits de habilidades sociais podem ir a extremos para obter aceitação, encontrando fracassos
 - características atribuídas por pares podem ficar incorporados a autoimagem e afetar a personalidade
 - engraçado, estúpido, mal, medroso...
 - pais podem exercer suas maiores influências de maneira indireta
 - por meio de ações que mudem o grupo de amigos (mudar para nova comunidade, insistir em atividades após as aulas)
- na vizinhança, perigos reais comprometem o desenvolvimento da liberdade e independência
 - ruas muito movimentadas, brigas, violência
 - esses acontecimentos também permitem que haja prova do bom senso da criança e da habilidade de lidar com situações diferentes
- as atividades feitas pelas crianças sem supervisão, levam à resolução de conflitos ou à habilidades de lutas corporais
- a exposição da mídia ao materialismo, sexualidade, violência reforça a sensação de impotência da criança frente ao mundo
 - nas fantasias compensam no poder dos super-heróis
 - o equilíbrio da fantasia e da habilidade de negociar com desafios do mundo real indicam desenvolvimento sadio
- Desenvolvimento moral
- por volta dos 5 ou 6 anos a criança já desenvolveu consciência
 - interiorizou regras da sociedade
 - pode distinguir o certo do errado
- podem adotar valores da família ou da comunidade, na busca por aprovação dos pares, pais ou outros modelos adultos
- inicialmente possuem um senso moral rígido, com regras claras para si e para os outros
- por volta dos 10 anos a maioria das crianças entende a honradez como reciprocidade (tratar os outros conforme gostaria de ser tratado)- precisam de apoio incondicional, cobranças
- perguntas diárias dos pais sobre coisas boas e más que aconteceram no dia revelam problemas mais cedo
- pais podem ter dificuldades com a independência dos filhos
- pais podem exercer muita pressão para sucesso escolar ou em competições
- crianças que muito se esforçam para satisfazer essas perspectivas, podem desenvolver problemas de comportamento ou psicossomáticos
- muitas crianças enfrentam estresses além do normal: divórcios, violência doméstica, uso de drogas pelos pais, violência urbana
- Compreender a fisiologia do desenvolvimento puberal
- o termo puberdade refere-se às alterações morfológicas e fisiológicas que ocorrem nas gônadas e genitálias de meninos e meninas
 - preparando-os para reprodução
- até então, o sistema reprodutor estava quiescente até ser ativado pelas gonadotrofinas hipofisárias, levando-o a maturação final
- entre 9-12 anos a hipófise começa a secretar progressivamente mais FSH e LH, culminando no início dos ciclos menstruais
- a puberdade, então, corresponde ao período restrito de início da função endócrina e gametogênica das gônadas, tornando possível a reproduçãoNO MENINO
- aumento no tamanho dos órgãos sexuais
- aparecimento de pelos nas zonas púbicas, axilas e face
- aumento da transpiração e oleosidade da pele
- acrescimento acentuado
- alargamento dos ombros
- engrossamento da voz
- desenvolvimento dos músculos
- primeira ejaculação
- aparecimento de acne
- aumento da libido e da agressividade
- em ambos os sexos, as principais manifestações da puberdade são:
 (1) Crescimento global acelerado, incluindo osso e órgãos internos
 (2) Desenvolvimento gonadal
 (3) Desenvolvimento genital externo e de caracteres sexuais secundários
 (4) Alterações na composição corporal com redução da massa gorda e aumento na massa muscularNA MENINA
- alargamento dos quadris, definição da cintura
- maior acúmulos de gordura nos quadris e mamas
- desenvolvimento dos seios
- aparecimento de acne
- aparecimento de pelos nas axilas e órgãos genitais
- aparecimento da menarca
 (5) Desenvolvimento cardiocirculatório e respiratório
- no sexo feminino primeiramente se desenvolve as mamas no processo telarca
 - aparecimento que coincide com o aumento detectável de estradiol E2 plasmáticoA adrenarca (pubarca), a dessennsibilização do gonadostato do SNC-hipofisário e a amplificação gradual da comunicação no eixo hipotálamo-hipófise-gonadal ocorrem antes da puberdade e determinam a quebra dos feedbacks que sustentavam a homeostasia pré-puberal
- acompanhando a telarca, mas com início mais tardio, ocorre a pubarca
 - também possui 5 estágios de desenvolvimento
 (1) Fase pré-puberal, na qual há ausência total de pelos pubianos
 (2) Estágio 2, após 6 meses do aparecimento do broto mamário
 - primeiros pelos pubianos, os pelos pré-sexuais que são delicados e finos próximos aos lábios vaginaisDiminuição nos níveis de melatonina estão relacionados com a “viragem” do gonadostato hipofisário
 (3) Estágio 3, caracterizado por pelos mais escuros e crespos que se expandem pelo púbis
 (4) Estágio 4, pelos se tornam mais grossos e crespos e recobrem o monte de Vênus, mas não as coxas
 (5) Estágio 5, por fim, ocorre expansão para as coxas; fase conhecida como pelos em escudoA denominação mais correta seria sangramento por privação hormonal
- por último ocorre a menarca, a primeira menstruação
 - cerca de 2 anos após a telarca
- na verdade, a menarca é o primeiro sangramento uterino que, por ser anovulatório, não pode ser chamado de menstruação
 - a ovulação é um processo mais tardio que ocorre cerca de 10 meses após a menarca
- primeiras menstruações têm períodos bastante irregularesNas meninas há o predomínio de FSH, determinando maturação folicular; nos meninos há predomínio de LH, determinando a produção de testosterona pelos testículos
 - assumindo condições clínicas normais por volta de 1 ano após a menarca
- inicialmente atribuía-se o início da puberdade apenas à secreção de GnRH 
 - a secreção de GnRH nas crianças pré-menarca é regular e linear
 - porém, ao atingir uma idade geneticamente determinada, há uma secreção de maneira pulsátil que estimula a hipófise anterior a secretar gonadotrofinas também de maneira pulsátil
- alguns estudos indagaram o porquê de meninas muito magras entrarem na puberdade tardiamente
 - assim, começou-se a relacionar o hormônio leptina (ação anorexígena produzido pelos adipócitos) com a puberdade
 - a leptina atua no hipotálamo estimulando-o a liberar GnRH em quantidades suficientes para ativar o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal e iniciar a puberdade
- o desenvolvimento do efeito da retroalimentação positiva do estradiol E2 para provocar o pico de LH pré-ovulatório é o último passo no amadurecimento do eixo hipotálamo-hipófise-ováriosNos meninos acontece um processo semelhante, entretanto, ocorre o aumento dos níveis de testosterona
- as células hipofisárias respondem ao estímulo do GnRH inicialmente sintetizando e depois secretando gonadotrofinasRelação 10:1
 - as gonadotrofinas, nos ovários, estimulam a produção de esteroides sexuais, acarretando a produçãode estradiol
 - nos testículos, o LH estimula as células intersticiais de Leyding que produzem testosterona e estradiol em proporções ideais 
- a ginecomastia fisiológica que aparece nos meninos deve-se às características próprias da relação testosterona-estradiol desta etapa
- localização geográfica, exposição à luz, estados de saúde e nutricional e estado emocional implicam na idade à puberdade
 - regiões equatoriais, melhor estado nutricional, agrotóxicos e poluentes semelhantes ao estradiol = puberdade mais cedo
- essa puberdade mais cedo pode emancipar mais cedo os jovens
 - mas traz riscos: gravidez precoce, anticoncepção precoce
 - potencial risco à saúde (maior risco de câncer de mama em menores de 20 anos que iniciam pílulas anticoncepcionais)
- Conhecer a alimentação adequada para o desenvolvimento da criança na fase escolar
- ritmo de crescimento é constante
- ganho mais acentuado de peso próximo à adolescência
- maior independência e crescente socialização promovem melhor aceitação de alimentos
- transformações aliadas ao processo educacional são determinantes no estabelecimento de novos hábitos
- além da família, a escola passa a desempenhar papel de destaque na manutenção da saúde
- a oferta alimentar modificou-se, causando mudanças de hábitos
 - a mudança no padrão alimentar
 - aumento no consumo de alimentos processados
 - aumento no consumo de alimentos ricos em gorduraDeficiências nutricionais específicas pouco evidentes clinicamente
 - diminuição da ingestão de alimentos não industrializados
 - aliada à redução da atividade física, provocou transição nutricional
 - caracterizada por redução nas taxas de desnutrição, pelo aumento da prevalência da obesidade e casos de “fome oculta”
- os hábitos de vida, particularmente próximos à adolescência, podem criar situações de estresse na busca pela inclusão e autoafirmação
 - isso pode levar à distúrbios alimentares
- Recomendações gerais
- o cardápio deve seguir a alimentação da família, conforme disponibilidade de alimentos e preferências regionais
 - essa família precisa ser continuamente orientada sobre as práticas de alimentação saudável
- refeições devem incluir desjejum, lanches, almoço e o jantar
- a merenda escolar deve se adequar aos hábitos regionais
 - evitando alimentos não saudáveis, como salgadinhos, refrigerantes e guloseimas
- deve-se consumir diariamente frutas, verduras, legumes, ótimas fontes de calorias, minerais, vitaminas hidrossolúveis e fibras
- a ingestão de alimentos ricos em vitamina A permite estoque de reservas para os períodos de estirão
 - contribuindo com a secreção do hormônio GH
 - qtdds podem ser alcançadas com ingestão de frutas ou vegetais amarelos, alaranjados ou verde-escuros ou 150g de fígado
- consumir sal com moderação, para formação de bons hábitos e prevenção da hipertensão arterial
- ingerir 400 ml de leite para atingir quantidade necessária de cálcio 
 - necessárias para a formação da massa óssea e a profilaxia da osteoporose na vida adulta
 - leite pode ser substituído pelos seus derivados, como iogurte e queijo
- deve-se ter atenção para alimentação fornecida/vendida na escola ou nas proximidades
- Conhecer o bullying
- Conceito
- compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas sem motivação evidente praticadas por um ou mais estudantes contra outro
 - causando dor, angústia e executada dentro de uma relação desigual de poder
 - a relação desigual de poder pode ser consequente da diferença de idade, tamanho, desenvolvimento físico ou emocional ou maior apoio dos estudantes
- deve ser encarado como um problema social mediado por questões familiares, sociais e da própria escola
- para ocorrer requer condições favoráveis
 - ambiente permissivo e tolerante à sua prática
 - convivência frequente e duradoura entre partes
 - coexistência de crianças e/ou adolescentes agressivos e crianças/adolescentes submissos e solitáriosApelidos, agressões físicas, ameaças, roubos, ofensas verbais, expressões ou gestos que geram mal-estar
 - adultos negando ou negligenciando os atos de bullying
- Classificação
- pode ser direto, quando as vítimas são atacadas diretamenteAtitudes de indiferença, isolamento, difamação e negação aos desejos.
 - mais frequente entre os meninos
- ou indireto, quando as vítimas estão ausentes
 - este ocorre mais entre as meninas
- o cyberbulling é uma nova forma de bullying ocorrido com uso da tecnologia da informação e comunicaçãoFatores que incitam desenvolvimento de alvos
- proteção excessiva (dificuldades para enfrentar desafios e para se defender)
- tratamento infantilizado (menor aceitação nos grupos)
- ser o bode expiatório da família (responsabilizado por frustrações dos pais)
 - e-mails, mensagens por celulares, fotos digitais, sites pessoais, ações online
 - sendo usados com fins difamatórios, comportamentos hostis repetidos
 - causando danos a outros
- há íntima relação entre o bullying e o cyberbullying
 - mais da metade das vítimas dos meios digitais também são vítimas na escola
 - grande parte conhece seus agressoresFatores que incitam desenvolvimento de autores
- desestruturação familiar
- relacionamento afetivo pobre
- excesso de tolerância ou permissividade
- prática de maus-tratos físicos 
- explorações emocionais
- afirmações de poder dos pais
- tem mais facilidade de se propagar e de invadir ambientes de aparente segurança
 - como as residências 
 - não respeita limites 
 - por isso difere do bullying tradicional e tem consequências mais graves
- na prática, tem se:
 - autores: os agressores - alvos: vítimas - alvos/autores: vítimas e agressores - testemunhas: veem as agressões
- Repercussões
- Alvos, autores e testemunhas enfrentam consequências físicas e emocionais de curto e longo prazo
- podem causar dificuldades acadêmicas, sociais, emocionais e legais
- as crianças/adolescentes não são afetadas de maneira uniforme 
 - havendo relação direta com a duração, frequência e severidade dos atos de bullying
- pessoas que sofrem bullying na infância são mais propensas a sofrerem depressão e baixa autoestima quando adultas
- quanto mais jovem for a criança agressiva, maior será o risco de desenvolver problemas relacionados a comportamentos antissociais na vida adulta
 - perda de oportunidades, problemas no trabalho, relacionamentos afetivos pouco duradouros
- prejuízos financeiros também atingem as famílias de envolvidos com o bullying
 - crianças que sofrem ou praticam, podem vir a precisar de múltiplos serviços
 - serviços de saúde mental, justiça da infância e adolescência, educação especial, programas sociais
- Sinais
- efeitos são raramente evidentes
- sendo possível identificar fatores de risco
- crianças com quadros de depressão e ansiedade têm maiores chances de se tornarem alvos de bullying
- Papel do profissional de Saúde
- buscar informações sobre o processo de evolução escolar de seus pacientes
- avaliando sua capacidade de aprender como também o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao convívio social
- perguntar se eles se sentem bem na escola, se têm amigos, se testemunham ou se são alvos ou autores de agressões físicas ou morais
- alterações de personalidade, intensa agressividade, distúrbios de conduta ou manutenção por longos períodos na figura de alvo ou autor de bullying merecem atenção psiquiátrica/psicológica
- prevenção de futuros incidentes
- orientação de medidas de proteção: ignorar apelidos, fazer amizades com colegas não agressivos, evitar locais de maior risco, informar professores e funcionários sobre bullying sofrido
- entre autores, maior frequência de uso de álcool e drogas
podem contribuir para agressividade e desenvolvimento de distúrbios de conduta:
 -lesões cerebrais pós-traumáticas, maus-tratos, vulnerabilidade genética, falência escolar e experiências traumáticas 
- famílias devem ser ajudadas a entender o problema
 - a partir da exposição de todas as possíveis consequências do bullyingPerceber e monitorar habilidades ou possíveis dificuldades no convívio com os colegas
 - devem buscar parceria das escolas
 - avaliar apenas as notas e tarefas das crianças não é suficiente
- nas escolas, a implantação de programas antibullying
 - intervenções precoces - diálogos - criação de pactos de convivência - apoio
 - estabelecimento de elos de confiança e informação
- não devem ser admitidas ações violentas em hipótese alguma
- Critérios de indicação e contraindicação de exercícios físicos para crianças na fase escolar
- a atividade física é desejável e recomendada em todas as idades, devendo ser estimulada
- desenvolve a força muscular, flexibilidade e resistência, aperfeiçoa a coordenação motora, estimula o metabolismo ósseo, aumenta a capacidade cardiorrespiratória, melhora o humor e o apetite
- previne a obesidade e, a longo prazo, diminui risco de hipertensão, diabetes e cardiopatia isquêmica
- não existe nenhuma contraindicação para a atividade, mesmo em crianças doentes ou com problemas físicosMúsculos enrijecidos opõem-se ao crescimento ósseo
 - o que se precisa é adaptar à etapa do desenvolvimento e às condições de cada criança
 - evitando os exercícios de força e aqueles que levam à hipertrofia de massa muscular 
- a natação pode não ser indicada, temporariamente, para crianças com rinite-sinusite crônica
- entre 8-11 anos, já se pode indicar um esporte favorito
 - sem dar ênfase ao componente competitivo
 - o esporte é importante na formação do caráter, desenvolve a sociabilidade (função do conjunto), respeito de regras, empenho e modo de lidar com a vitória e a derrota
 - por outro lado, acarreta risco de lesões físicas (luxação, fraturas, rompimento de ligamentos, entorses), desidratação e sobrecarga psicológica (conflito emocional)
- é importante respeitar a maturidade biológica da criança e evitar sobrecargas nos exercícios
 - é importante advertir que nesta faixa etária existem grandes diferenças na maturação entre crianças de mesma idade
 - sendo necessário identificar o ritmo de crescimento e de maturidade pubertária 
 - não levando em conta apenas a idade cronológica
- pais não devem fazer cobranças excessivas, mas estimular as práticas
- profissionais/técnicos devem controlar a intensidade do treinamento levando em conta os diversos fatores
 - sexo, introdução gradativa, aumento gradual sem forçar, acompanhar o desenvolvimento, evitando cobranças excessivas
 - a criança tem o direito de não ser um campeão
- a musculação pode ser indicada, desde que com baixas cargas com muitas repetições para um bom condicionamento
- cabe ainda aos profissionais, o estímulo a uma alimentação adequada
 - desestimulando os suplementos alimentares e os anabolizantes
- a meta da introdução de exercícios é a melhoria na saúde, a prevenção de doenças e a manutenção da atividade física para toda a vida

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