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Repouso Semanal Remunerado - Salário e Remuneração

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REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADOS &
SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
Acadêmicos: Carlise Reis, Eduardo Rosanelli, Fabiane R. Klein, Júlia H. Deters, Katia Wirth, Samuel Busnelo, Thais Helena Golfetto
11 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADOS
11.1 FINALIDADE E NATUREZA JURÍDICA
11.2 TRABALHO EM DIA DE REPOUSO E FERIADO
11.3 REMUNERAÇÃO DO REPOUSO SEMANAL
12 SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
12.1 SALÁRIO
12.1.1 Época e periodicidade do salário e do pagamento
12.2 REMUNERAÇÃO
12.3 GRATIFICAÇÕES
12.3.1 Gratificação de função
12.3.2 Gratificação natalina
12.4 ADICIONAIS
12.4.1. Conceito
12.4.2. Tipos
12.4.2.1 Adicional noturno
12.4.2.2 Adicional de hora extra
12.4.2.3 Adicional de insalubridade e periculosidade
12.4.2.4 Adicional de transferência
12.5 PRÊMIOS
12.6 AJUDA DE CUSTO E DIÁRIAS DE VIAGEM
12.7 ISONOMIA SALARIAL
12.7.1 Equiparação salarial
12.7.2 Requisitos
12.7.3 Salário substituição
11 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADOS
11.1 FINALIDADE E NATUREZA JURÍDICA
O Repouso Semanal Remunerado é um instituto criado pelo legislador para garantir que o trabalhador tenha ao menos 24 horas de descanso na semana – sem possibilidade de dividir essas horas entre diferentes dias –, e essa folga deve ser realizada a cada sete dias, interrompendo a jornada de trabalho contínua e permitindo realmente que o trabalhador desfrute de um longo lapso de descanso para recompor suas energias e preservar sua higidez física e psicológica, sem prejuízo da remuneração a que faria jus caso trabalhasse.
11.1 FINALIDADE E NATUREZA JURÍDICA
Há casos em que o contrato de trabalho é do tipo 12/36. Nesse caso, a jornada de 12 horas prevê descanso pelas próximas 36 horas, antes do próximo dia de trabalho.
Feitas estas considerações, podemos dizer que a natureza jurídica deste instituto é de causa de interrupção do contrato de trabalho, salarial e de ordem pública.
11.1 FINALIDADE E NATUREZA JURÍDICA
O direito ao repouso semanal remunerado, nos limites das exigências técnicas das empresas, preferencialmente aos domingos, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local é garantido pela Constituição Federal (Lei nº 605/49).
11.1 FINALIDADE E NATUREZA JURÍDICA
Aplica-se esse dispositivo legal, tanto à mensalistas como à horistas:
11.1 FINALIDADE E NATUREZA JURÍDICA
A lei não se aplica aos:
11.2 TRABALHO EM DIA DE REPOUSO E FERIADO
Dia de repouso trabalhado
Art. 67 da CLT - Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.
11.2 TRABALHO EM DIA DE REPOUSO E FERIADO
Dia de repouso trabalhado
Art. 68 da CLT - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho.
Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias.
11.2 TRABALHO EM DIA DE REPOUSO E FERIADO
Feriado trabalhado
Lei 605/49 - Lei do Repouso Semanal Remunerado 
Art. 9º - Nas atividades em que não for possível, em virtude das exigências
técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga.
11.3 REMUNERAÇÃO DO REPOUSO SEMANAL
Nos casos em que se recebe um salário fixado por mês, o valor do descanso semanal remunerado já está incorporado no valor do salário, de modo que a princípio nenhuma quantia adicional é devida.
Contudo, há casos em que o trabalhador além de receber o salário fixo, recebe uma quantia a título de comissão. Tendo a comissão natureza salarial, esta também deverá repercutir no valor recebido pelo período de repouso. Nessa hipótese, o pagamento do descanso semanal remunerado deverá incorporar o valor correspondente às comissões. 
12 SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
12.1 SALÁRIO
Salário é a contraprestação devida pelo empregador em função do serviço prestado pelo empregado.
Objetivamente, salário é o preço da força de trabalho que o empregado coloca à disposição do empregador através do contrato de trabalho.
Seu valor é determinado pelo mercado de trabalho, em função da demanda de mão-de-obra. Assim, o salário tem o seu valor fixado de acordo com a lei da oferta e da procura, sempre respeitado o mínimo legal. O salário deve constar obrigatoriamente do contrato de trabalho.
12.1 SALÁRIO
O salário não é devido tão-somente pela contraprestação do serviço, mas também pelo tempo em que o empregado fica à disposição do empregador. (SOUZA, 2010)
Normalmente o salário se apresenta em forma de dinheiro, ainda que se possa ver incluído no contracheque do trabalhador outros tipos de ajuda (alimentação, transporte, etc). O salário de cada trabalhador pode variar de acordo com o tipo de cargo e das funções desempenhadas pelo mesmo.
12.1.1 ÉPOCA E PERIODICIDADE DO SALÁRIO E DO PAGAMENTO 
Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
12.2 REMUNERAÇÃO
Constitui um conjunto de prestações habitualmente recebidas pelo empregado e pagas pelo empregador (salário) ou por um terceiro, como no exemplo específico da gorjeta, em dinheiro ou utilidades, em razão de prestação de serviços, decorrente de contrato de trabalho, objetivando a satisfação das suas necessidades básicas e de sua família.
12.2 REMUNERAÇÃO
Método de Remuneração Tradicional 
O método tradicional de remuneração variável é aquele em que se pagam parcelas suplementares como comissões, porcentagens, prêmios, gratificações ajustadas, diárias para viagens que excedam a 50% do salário, os adicionais, as gorjetas, etc.
12.2 REMUNERAÇÃO
Método de Remuneração por Desempenho
Os métodos tradicionais baseados em cargos e funções estão perdendo espaço para sistemas mais modernos e condizentes com o dinamismo do mercado. Estes sistemas baseiam-se em habilidades e competências e que tem como foco, as pessoas.
12.3 GRATIFICAÇÕES
A gratificação ou o prêmio são formas de remunerações pagas como agradecimento ou reconhecimento por um trabalho realizado ou uma meta atingida e que tenha superado as expectativas do empregador.
A gratificação paga aos empregados não é base para cálculo de horas extras, férias, aviso prévio, adicional noturno ou outro adicional como insalubridade ou periculosidade, desde que o período mínimo de pagamento seja semestral.
12.3 GRATIFICAÇÕES
No entanto, a gratificação, qualquer que seja o período de pagamento, será base para cálculo da indenização por antiguidade e no pagamento do 13º salário.
Este entendimento está consubstanciado na Súmula 253 do TST:
"Nº 253 GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL. REPERCUSSÕES (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antiguidade e na gratificação natalina."
12.3 GRATIFICAÇÕES
A legislação trabalhista não estabelece quem pode ou não receber o pagamento de gratificações ou de prêmio. A princípio, o pagamento destas verbas podem ser feitas a qualquer empregado.
O prêmio é uma retribuição concedida de forma contínua pelo empregador, que envolve o desempenho mensal do empregado em atingir determinadas metas como produção,
assiduidade, antiguidade ou tempo de serviço, sendo uma espécie de salário vinculado a certa condição, ou seja, é considerado salário condição, da mesma forma que os adicionais (insalubridade, hora extra, etc.), e depende de certas circunstâncias, subjetivas ou objetivas.
12.3 GRATIFICAÇÕES
Se o pagamento da gratificação é estabelecido de forma habitual (mensal, trimestral e etc.) ela deixa de ser gratificação e passa a ser enquadrada como prêmio, já que para haver esta habitualidade se presume que houve uma meta habitual a ser atingida e, portanto, passa a integrar o salário para todos os efeitos.
12.3.1 GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO
Em uma empresa, além dos cargos hierárquicos, há funcionários que ocupam os chamados cargos de confiança. Esses funcionários recebem atribuições que os responsabilizam pelos resultados exigidos pela empresa e que podem colocar em risco a existência e a sobrevivência da companhia.
A prática no Brasil tem identificado como Cargos de Confiança, somente Cargos de Comando ou Liderança (Diretor, Superintendente, Gerente, Supervisor, Encarregado, Chefe, Líder, Coordenador e outros assemelhados).
12.3.1 GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO
A remuneração é composta pelo salário recebido pelo ocupante, acrescido de 40% a título de gratificação pelo exercício do Cargo de Confiança. Esse percentual deve estar discriminado na carteira de trabalho assim que for oficializada a condição. Deverá ocorrer o registro da situação como “Anotação” na Carteira de Trabalho e o Contrato de Trabalho deverá ser complementado com uma observação que caracterize a alteração.
12.3.1 GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO
Empregados ocupantes de Cargos de Confiança, não têm direito a horas-extras, uma vez que a jornada de trabalho desse funcionário não é controlada ou monitorada. Assim, o valor recebido a título de gratificação, exime a empresa do pagamento de horas-extras, inclusive para fins de cálculo de férias e décimo terceiro salário.
12.3.1 GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO
A retirada da gratificação de função legalmente designada como ‘supressão’ pode ocorrer quando o empregado deixa de exercer o cargo de confiança, antes de completar um período de 10 anos, computados ininterruptamente. Após 10 anos consecutivos, a situação é caracteriza legalmente como “Direito Adquirido” e não pode ter a gratificação retirada sem justo motivo para tanto, sequer reduzida, conforme estipula a Súmula 372 do TST, tendo-a incorporada ao seu salário.
12.3.2 GRATIFICAÇÃO NATALINA
A gratificação natalina, popularmente conhecida como décimo terceiro salário, foi instituída pela Lei nº 4.090 de 13/07/1962 e garante ao empregado a percepção de 1/12 (um doze avos) da remuneração por mês trabalhado, ou melhor, um salário extra por ano.
12.3.2 GRATIFICAÇÃO NATALINA
A partir de quinze dias de serviço o trabalhador já adquire direito a receber o décimo terceiro salário, sendo todo aquele com carteira assinada, incluindo os domésticos, rurais, urbanos ou avulsos, como também recebem a gratificação os aposentados e pensionistas do INSS. Só não tem direito ao décimo terceiro salário o empregado dispensado por justa causa.
12.3.2 GRATIFICAÇÃO NATALINA
O décimo terceiro salário deve ser pago em duas parcelas – a primeira entre o dia 1º de fevereiro e 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro. O empregado tem o direito de receber o adiantamento da 1ª parcela junto com suas férias, desde que o requeira no mês de janeiro do ano correspondente. 
O empregador não está obrigado a pagar a 1ª parcela a todos os empregados no mesmo mês, todavia, o pagamento de parcela única usualmente feito no mês de dezembro é ilegal e está sujeito à pena administrativa, podendo ainda o empregador responder judicialmente. Para os empregados que recebem salário variável ou por comissão o acerto final deve ser feito até o dia 10 de janeiro.
12.3.2 GRATIFICAÇÃO NATALINA
Para obter o valor do décimo terceiro salário divide-se o salário integral por doze e multiplica-se o resultado pelo número de meses trabalhados. As horas extras, adicionais e comissões também compõem o cálculo da gratificação. 
O décimo terceiro é devido por mês trabalhado, ou fração do mês igual ou superior a 15 dias. Assim, se o trabalhador tiver mais de quinze faltas não justificadas em um mês de trabalho ele deixa de ter direito ao 1/12 avos relativos àquele mês.
12.3.2 GRATIFICAÇÃO NATALINA
Exemplo:
Se o empregado trabalhou de primeiro de janeiro a quatorze de março, terá direito a 2/12 (dois doze avos) de décimo terceiro proporcional, pelo fato da fração do mês de março não ter sido igual ou superior a 15 dias.
12.4 ADICIONAIS
12.4.1. CONCEITO
Como podemos perceber na própria denominação, adicional tem sentido de algo que soma, acrescenta. No direito do trabalho, ele é um acréscimo salarial devido pelo empregador ao empregado quando exerce algum tipo de trabalho em situação mais perigosa, agravosa ou menos favorecida. Ou seja, além de receber o normal, receberá valores maiores quando laborarem nessas situações. (MARTINS, 2011)
12.4.2. TIPOS
12.4.2.1 ADICIONAL NOTURNO
É o acréscimo de uma porcentagem sobre o valor normal do salario do empregado, a titulo de compensação pelo esforço de trabalhar em horário normalmente reservado para descanso. É devido ao empregado que trabalhar no período considerado noturno pela lei.
12.4.2.1 ADICIONAL NOTURNO
Trabalhadores urbanos
Entre 22 horas de um dia ate às 5 horas do dia seguinte e o adicional é de 20% sobre o salario contratual, sendo que à hora noturna para efeito de calculo não tem 60 minutos, mas sim 52 minutos e 30 segundos.
12.4.2.1 ADICIONAL NOTURNO
Trabalhadores rurais que trabalham na agricultura
O período noturno é considerado entre 21 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte;
Trabalhadores rurais que trabalham na agricultura
O período noturno ocorre entre 20 horas de um dia até 4 horas do dia seguinte. Aos rurais, em ambos os casos, é devido o adicional de 25% sobre o salário contratual (Decreto n. 73.626/74, art. 11), mas não a hora reduzida, por omissão da lei.
12.4.2.1 ADICIONAL NOTURNO
Como calcular o adicional noturno?
Segundo a CLT, a alíquota mínima do adicional noturno é de 20% a mais sobre à hora normal trabalhada durante o dia. Ou seja, se um empregado recebe por hora a remuneração normal diurna de R$ 20,00 um empregado que desempenhar a mesma função entre 22h e às 5h, o valor hora desse funcionário deve ser de R$ 24,00. 
O trabalho noturno é proibido para menores de 18 anos, conforme o Artigo 404 da CLT, e o adicional noturno não é devido aos empregados domésticos.
12.4.2.2 ADICIONAL DE HORA EXTRA
A legislação trabalhista vigente estabelece que a duração normal do trabalho, salvo os casos especiais, é de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, no máximo.
A possibilidade de aumento na carga horária se limita a duas horas adicionais por dia, sob a condição de pagamento adicional de, no mínimo, 50% sobre o valor da hora normal. de segunda a sexta-feira, e 100% aos domingos e feriados. Portanto, a hora extra vale mais que a hora normal de trabalho.
12.4.2.2 ADICIONAL DE HORA EXTRA
Nos termos da legislação vigente, a remuneração do trabalho noturno e do serviço extraordinário deve ser superior, no mínimo, em 20% (vinte por cento) e 50% (cinquenta por cento), respectivamente, à hora normal.
Existe a possibilidade de compensar horas extras com folgas. Isso entra no banco de horas, e deve ter previsão em convenção coletiva da categoria. Se houver banco de horas instituído, a compensação deverá ser feita em até 12 meses.
12.4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
A caracterização e classificação da insalubridade e da periculosidade é definida por meio de perícia, que deverá ser realizada por um médico ou engenheiro do trabalho registrado no Ministério do Trabalho. Caso a discussão ocorra na esfera judicial, obrigatoriamente o juiz deverá designar o perito habilitado para a elaboração de parecer técnico e apuração da caracterização dos adicionais.
12.4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
E PERICULOSIDADE
A lei somente permite o pagamento de um dos adicionais, de insalubridade ou periculosidade, à escolha do empregado.
O direito do empregado ao recebimento do adicional de insalubridade ou de periculosidade terminará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física.
12.4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Adicional de Insalubridade
São consideradas insalubres as atividades que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, expõem o empregado a agentes nocivos à saúde, acima dos limites e tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos.
12.4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Adicional de Insalubridade
A insalubridade será caracterizada e classificada em consonância com as normas baixadas pelo Ministério do Trabalho. O cálculo do adicional de insalubridade é feito com base no salário mínimo de cada região e no grau de insalubridade da atividade exercida. Ele não está relacionado ao salário do trabalhador. No entanto, “é possível que a convenção coletiva determine que o adicional será calculado sobre o piso da categoria”.
12.4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Adicional de Insalubridade
O exercício de trabalho em condições insalubres assegura ao empregado um adicional equivalente a (conforme Súmula 17 do TST):
40% 
20%
10% 
12.4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Adicional de Periculosidade 
São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis, explosivos, substâncias radioativas ou radiação ionizante em condições de risco acentuado. Ele também ocorre quando há exposição a roubo ou violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial, atividades de trabalhador em motocicletas, operações perigosas com energia elétrica e em condições de risco acentuado.
12.4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Adicional de Periculosidade 
O profissional não poderá recebê-lo se o contato ocorrer de forma eventual ou se, mesmo sendo habitual, for por tempo extremamente reduzido.
O adicional será de 30% sobre o salário, não incidindo, contudo, sobre os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. O adicional, contudo, pode superar os 30%, caso a convenção coletiva da categoria assim determine.
12.4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Aposentadoria
Trabalhadores que estão expostos diretamente a agentes nocivos podem ter direito a obter aposentadoria especial pelo INSS, uma modalidade que exige menor tempo de contribuição. Dependendo do trabalho, a necessidade de contribuição pode cair para 15, 20 ou 25 anos.
12.4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Aposentadoria
Para mineiros que trabalham permanentemente no subsolo, o período de contribuição cai para 15 anos, para mineiros que não ficam permanentemente no subsolo e trabalhadores em contato com amianto, o tempo será de 20 anos. Para todas as demais categorias, o tempo de contribuição é de 25 anos. Mas o fato de receber adicional de insalubridade ou periculosidade não garante que o trabalhador tenha obrigatoriamente direito à redução.
12.4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Aposentadoria
Mesmo que o trabalhador não tenha os 25 anos de trabalho em contato com agentes nocivos, o período em que houve contato poderá ser convertido em tempo especial. Para homens, ele valerá 40% a mais, e para mulheres, 20%. 
Para garantir a aposentadoria especial, correspondente a 100% da média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição, o profissional precisa estar exposto diretamente ao agente nocivo. O fato de receber o adicional indica a possibilidade de ter a aposentadoria especial, mas não garante isso.
12.4.2.4 ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
Art. 469 § 3º, da CLT. No caso de necessidade de serviço, poderá o empregador transferir o empregado para localidade diversa da constante do contrato de trabalho. Mas neste caso estará obrigado a pagar um adicional de 25% do salário que será recebido pelo prazo que durar essa situação, não é devido o adicional nas transferências definitivas. A lei só considera a transferência de local de trabalho aquela que implique a mudança necessária de domicilio do empregado.
12.5 PRÊMIOS
Os prêmios concedidos aos empregados estão diretamente relacionados a fatores de ordem pessoal deste, como produção ou assiduidade, sendo uma espécie de salário vinculado a certa condição, ou seja, é considerado salário condição, da mesma forma que os adicionais (insalubridade, hora extra, etc.), e depende de certas circunstâncias, subjetivas ou objetivas.
A gratificação e o prêmio não se confundem. Enquanto a gratificação independe de fatores ligados ao empregado, o prêmio, para que o empregado tenha direito ao seu recebimento, depende do seu próprio esforço.
12.5 PRÊMIOS
Não há na legislação trabalhista previsão expressa quanto ao pagamento do prêmio, nem tampouco regras para a sua aquisição, podendo, entretanto, o empregador, com o intuito de estimular e/ou incrementar sua produção, institui-los de acordo com a oportunidade e os critérios definidos, os quais poderão ser em dinheiro, bem como em utilidade (por exemplo, computador, televisão, etc...).
12.6 AJUDA DE CUSTO E DIÁRIAS DE VIAGEM
As ajudas de custo e as diárias para viagem não têm natureza salarial, ou seja, não servem à contraprestação por serviço tomado, mas sim para ressarcir despesas feitas ou a se fazer no cumprimento de funções atreladas a um contrato de trabalho. Como exemplo de ajuda de custo, podemos citar o pagamento pelo empregador de um valor pela utilização de veículo próprio do empregado; e, a exemplificar uma diária para viagem temos o reembolso de despesas feitas pelo empregado para se deslocar de um município a outro para realizar a manutenção de um equipamento médico (transporte, hospedagem, alimentação, etc.).
12.6 AJUDA DE CUSTO E DIÁRIAS DE VIAGEM
Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953).
12.6 AJUDA DE CUSTO E DIÁRIAS DE VIAGEM
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953).
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953).
12.7 ISONOMIA SALARIAL
Art. 461 – A legislação determina que sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
§ 1º - Trabalho de igual valor, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.
12.7.1 EQUIPARAÇÃO SALARIAL
Equiparação salarial é o direito, estabelecido pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, que determina que os empregados que exerçam a função recebam também o mesmo salário (artigo 461 da CLT).
O instituto da equiparação salarial para se configurar necessita de alguns requisitos, tais quais passaremos a analisar: identidade de funções e trabalho de igual valor; mesma localidade; mesmo empregador; simultaneidade na prestação do serviço; inexistência de organização em quadro de carreira.
12.7.2 REQUISITOS
Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade
ou idade. (Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952)
§ 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952)
12.7.2 REQUISITOS
§ 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antigüidade e merecimento. (Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952)
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antingüidade, dentro de cada categoria profissional. (Incluído pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952)
12.7.2 REQUISITOS
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. (Incluído pela Lei nº 5.798, de 31.8.1972)
12.7.3 SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO
O salário substituição é nada mais do que pagar ao trabalhador substituto o mesmo salário igual ao funcionário que exercia a função antes da substituição durante o intervalo de tempo em que acontecer essa permuta.
Em outras palavras, se um empregado for chamado para substituir um colega cujo salário é mais elevado, isso significa que o substituto tem direito a receber o mesmo salário enquanto durar a substituição.
12.7.3 SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO
Esse direito está garantido no artigo 5 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que diz “a todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo”, bem como no artigo 450, que afirma: “Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como a volta ao cargo anterior”.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, André Luiz Paes de (Ed.). Direito do Trabalho. 3. ed. São Paulo: Rideel, 2007.
BRASIL. Lei nº 605 de 5 de Janeiro de 1949. Repouso semanal remunerado e o pagamento de salário nos dias feriados civis e religiosos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L0605.htm>. Acesso em: 13 out. 2017.
 Brasil Econônico. Confira cinco pontos importantes para entender o pagamento de horas extras. 2017. Disponível em: http://economia.ig.com.br/2017-02-06/pagamento-hora-extra.html. Acesso em 11 de outubro de 2017.
BORGES, Gustavo F. Nardelli. Ajuda de custo e diárias para viagem: Integração ao salário?. 31 jan. 2017. Disponível em: <https://nborges.jusbrasil.com.br/artigos/423823579/ajuda-de-custo-e-diarias-para-viagem-integracao-ao-salario>. Acesso em: 08 out. 2017.
CONCURCEIRO 24 HORAS. Série Dicas de Direito do Trabalho: Repouso Semanal Remunerado e Feriados. 2014. Disponível em: <https://concurseiro24horas.com.br/artigo/540/serie-dicas-de-direito-do-trabalho-repouso-semanal-remunerado-e-feriados.html>. Acesso em: 4 out. 2017.
COSTA, Armando C. FERRARI, Irany; MARTINS, Melchiades R. Consolidação das Leis do Trabalho. 36. Ed. São Paulo: LTr, 2009.893p.
ÉPOCA NEGÓCIOS. O que é o descanso semanal remunerado (DSR)? 2016. Disponível em: <http://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2016/10/conheca-regras-do-repouso-semanal-remumerado.html>. Acesso em: 13 out. 2017.
_________________ Entenda como funcionam os adicionais de insalubridade e periculosidade. 2017. Disponível em: < http://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2017/02/entenda-como-funcionam-os-adicionais-de-insalubridade-e-periculosidade.html>. Acesso em: 13 out. 2017.
REFERÊNCIAS
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