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Direito Processual Civil II p2

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Direito Processual Civil II – P2
Mandado de Segurança – art. 5º, LXIX e LXX, CF e Lei nº 12.016/09
O Mandado de Segurança é um remédio constitucional que é IMPETRADO quando é ferido um direito LÍQUIDO e CERTO (quando não couber habeas corpus), podendo ser INDIVIDUAL ou COLETIVO (em nome de uma categoria)
- Polo ativo: Impetrante;
- Polo passivo: impetrado – em regra, é a autoridade coatora (pessoa física – exemplo: Delegado da Receita Federal). Porém, a jurisprudência majoritária admite LITISCONSÓRCIO no polo passivo, e não somente a autoridade coatora, ou seja, em muitos casos, os juízes também admitem que a empresa ganhadora atue no polo passivo.
PS: Se não for informada a autoridade coatora correta, o juiz pode EXTINGUIR o processo SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. Somente ALGUNS juízes permitem que a petição inicial seja emendada indicando a autoridade coatora correta.
- O Mandado de Segurança pode ser:
a) Preventivo: quando é impetrado ANTES do ato (que vá ferir direito líquido e certo) ser praticado. Exemplo: concurso público; processo licitatório – quando um candidato prestes a ser convocado descobre que irão chamar outro que estava em posição posterior a dele e então já impetra o MS para tal ato não ocorrer;
b) Repressivo: quando o Mandado de Segurança é impetrado DEPOIS do ato já ter ocorrido/ferido direito líquido e certo. Exemplo do concurso quando o candidato posterior já foi nomeado antes do que deveria ser convocado e este impetra o MS somente depois de saber da realização de tal ato.
- Art, 23 da Lei: O prazo para impetração do MS é de 120, sendo este DECADENCIAL, ou seja, não é interrompido e nem suspenso. Tal prazo começa a correr a partir do dia em que toma-se conhecimento do ferimento do direito líquido e certo.
* Não cabe MS contra LEI EM TESE, apenas se tal lei tiver sido aplicada em CASO CONCRETO. Ou seja, se uma lei for editada, mesmo que fira direito líquido e certo, não tendo sido aplicada ainda, NÃO poderá ser objeto de Mandado de Segurança. Vide Súmula 266, STF.
- Rito: Sumário Especial (por se tratar de algo mais célere, mais rápido). Se a pessoa perder a oportunidade (prazo) no MS, ela pode pleitear uma ação de rito COMUM.
- Art. 10 da Lei – Se a petição inicial for INDEFERIDA, o MS será por SENTENÇA e o recurso cabível é o de APELAÇÃO.
PS: Existem casos em que o MS é impetrado DIRETAMENTE no Tribunal e vai para a apreciação de um Relator (desembargador). Se tal relator INDEFERIR O MS, haverá uma decisão monocrática (pelo fato dele ter tomado a decisão isoladamente, sem ouvir os demais relatores). Nesse caso, o recurso cabível é o AGRAVO INTERNO, que, por fim, irá para a Turma Recursal decidir.
**Ou seja, se a PETIÇÃO for indeferida, sendo a decisão por sentença, cabe APELAÇÃO. Se o MS for impetrado DIRETAMENTE AO TRIBUNAL, tendo uma decisão monocrática, cabe AGRAVO INTERNO.
- Foro competente: dependerá da autoridade coatora. Exemplo: se for uma autoridade federal, o foro competente será a Justiça Federal; se for autoridade estadual, a competência será da Justiça Estadual...
OBS: art. 6º, S3º da Lei (autoridade coatora)
- Art 6º, S6º da Lei – repetição do Mandado de Segurança: pode-se impetrar novo MS se estiver dentro do prazo decadencial (120 dias).
- Art. 6º, S1º da Lei: todos os DOCUMENTOS que pertencerem à autoridade coatora deverão ser juntados aos autos pelo impetrante (deve-se apresentar tudo que comprove que seu direito líquido e certo foi ferido).
*** NÃO PODEM SER FIXADOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS em sede de MS.
- Art. 70 da Lei – Despacho Inicial: após a petição inicial ser recebida, o juízo determina a NOTIFICAÇÃO da autoridade coatora para que preste as informações devidas no prazo de 10 dias. Exemplo: o Delegado da Receita Federal será NOTIFICADO e a União será INTIMADA através de seu representante judicial (Advogado Público). A União que será intimada pois é ela que está sendo representada pelo Delegado.
PS: NÃO HÁ CONTESTAÇÃO DA ENTIDADE PÚBLICA.
- Em sede de MS, há AUSÊNCIA DE INSTRUÇÃO PROBATÓRIA, ou seja, o juiz não ouve testemunhas.
- Objeto: corrigir ato ou omissão provocado pela autoridade coatora. Ou seja, a finalidade do MS é que haja correção de ato ou omissão praticado pela autoridade coatora que tenha ferido direito líquido e certo de alguém.
- Não cabimento do MS – art. 5º da Lei:
“Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; (vide súmula 262, STF)
III - de decisão judicial transitada em julgado. “
Ou seja, não cabe impetrar MS em recurso SUSPENSIVO (apenas é cabível se for exigido GARANTIA ou se não suspender) e nem em COISA JULGADA (III), pois nesse caso, a ação cabível é a RESCISÓRIA (Súmulas 267 e 268, STF)
**Também não é cabível MS em sede de JUÍZADO ESPECIAL, somente em caso de DECISÃO INTERLOCUTÓRIA (que por não caber recurso, pode-se impetrar Mandado de Segurança).
PS: O MS também é cabível em ATOS DE TRATO SUCESSIVO, ou seja, também pode-se impetrar MS em caso de direito líquido e certo que deve ser RENOVADO todo mês.
*** Art. 12 da Lei: O Ministério Público deve ser ouvido no prazo de 10 dias em TODOS os casos de Mandado de Segurança.
- Art. 7º, S1º, III da Lei: o juízo pode deferir a LIMINAR antes mesmo de ouvir a autoridade coatora (“inaudita altera parte”). Nesse caso, ele defere apenas analisando os documentos apresentados. Porém, se ainda restar dúvidas acerca dessa documentação, ele ouve a outra parte para só depois deferir ou não a Liminar.
* O RECURSO cabível é o AGRAVO DE INSTRUMENTO, que é interposto pela entidade pública DIRETAMENTE ao Tribunal (acerca de uma decisão interlocutória) no prazo de 15 dias (no antigo CPC eram 10 dias).
PS: Art. 14, S2º da Lei: a autoridade coatora também pode recorrer da SENTENÇA (qualquer entidade, não somente a Fazenda Pública).
- Art. 15 da Lei: “Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição. “
*Ou seja, a SUSPENSÃO DA LIMINAR (OU DA SENTENÇA) somente pode ser requerida em caso de perda do prazo de agravo de instrumento e nas hipóteses previstas neste artigo. Sendo tal suspensão requerida ao PRESIDENTE DO TRIBUNAL competente para julgar o recurso. Exemplo: se for o juiz da 2ª Região, quem julgará será o Presidente Regional Federal do Tribunal da 2ª Região.
PS: Não há prazo, mas entende-se que a Suspensão deve ocorrer até a sentença ser prolatada.
- Art. 7, S2º - vedações EXPRESSAS de deferimento da LIMINAR: “Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. “
Ou seja, a princípio, o Juiz pode deferir a liminar em QUASE todas as hipóteses, menos nas elencadas nesse artigo. Nessas hipóteses, ele só poderá se manifestar INCIDENTALMENTE.
A Segurança será concedida ou não pelo Juiz na SENTENÇA, tendo como recurso cabível a APELAÇÃO (no prazo de 15 dias). A apelação, no MS, será interposta podendo ser recebida em DUPLO EFEITO ou no efeito DEVOLUTIVO, salvo em casos que a Liminar não possa ser concedida. 
OBS: Art. 14, S3º da Lei: efeitos da sentença.
 - Mandado de Segurança Coletivo: é impetrado pelo Sindicato (representando uma categoria). Se a segurança for concedida, todos os ASSOCIADOS serão beneficiados. 
Quanto à não concessão do MS Coletivo:
Se for por FALTA DE PROVA PRÉ CONSTITUÍDA (se a associação/sindicato nãojuntar a documentação necessária): não afetará a impetração individual;
Se for em razão de MÉRITO, os requerentes poderão pleitear seus direitos através de ação própria.
“Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. § 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. “
https://lumacordeiro7.jusbrasil.com.br/artigos/348497284/o-mandado-de-seguranca-conforme-o-novo-codigo-de-processo-civil
~ Ação Popular – art. 5º, LXXIII, CFRB e Lei nº 4.717/65
“Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;”
A ação popular pode ser:
Preventiva: ocorre ANTES de acontecer o ato que vá ferir o interesse público;
Corretiva: ocorre APÓS acontecer o ato que viola o interesse público, ou seja, aplica-se a Ação Popular Corretiva depois de ter acontecido a medida irregular que tenha provocado dano ao patrimônio público.
*** Assim como o Mandado de Segurança, a Ação Popular não é cabível contra LEI EM TESE (Súmula 266, STF). Apenas é cabível em caso concreto, em ato da Administração Pública que venha a ferir patrimônio público.
OBS: “Patrimônio Público” não se trata apenas de bens imóveis da União.
- Cabimento da AP: quando houver lesividade E ilegalidade (art. 1º da Lei) – parte da doutrina diz que quando a lei fala em “ato lesivo”, engloba nele também a ilegalidade. Porém, o entendimento MAJORITÁRIO diz que o ato tem que ser lesivo E ilegal. Ou seja, tal ato tem que lesar o patrimônio público E ser ilegal para que seja cabível a Ação Popular.
- Legitimidade Ativa: qualquer cidadão (eleitor) pode propor AP –
PS: “Súmula 365, STF - Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.” Ou seja, PJ não pode propor Ação Popular, apenas membro dela (pessoa física), desde que seja cidadão.
- Legitimidade Passiva: Pessoa Jurídica de Direito Público (a qual o dirigente que cometeu a ilegalidade/lesividade esteja ligado/subordinado). Ex: Autarquia, Fundação etc.
- Beneficiário: toda a SOCIEDADE (em regra).
**PS: Aí que está a principal diferença de Ação Popular para Mandado de Segurança. A decisão do juiz em ação popular beneficia a terceiro ou a todos da sociedade, enquanto a decisão em mandado de segurança beneficia apenas quem a impetrou ou a categoria (se for MS Coletivo) .
- Desistência – “  Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação.”
Ou seja, se o cidadão desistir da AP que propôs, outro cidadão pode dar continuidade ou o Ministério Público. O MP não pode PROPOR a Ação Popular, apenas dar CONTINUIDADE caso o impetrante desista e nenhum outro cidadão siga com tal Ação no lugar daquele que desistiu.
OBS: O MP é autorizado a seguir com Ação Popular pelo fato de envolver INTERESSE PÚBLICO.
** Não admite-se Ação Popular com finalidades políticas. O juiz deverá analisar no momento da propositura e, se ela tiver fins de oposição política, não deverá ser admitida. Ex: cidadão propõe AP para prejudicar seu adversário político. Tal ação não poderá ser admitida.
“Art. 1º § 4º Para instruir a inicial, o cidadão poderá requerer às entidades, a que se refere este artigo, as certidões e informações que julgar necessárias, bastando para isso indicar a finalidade das mesmas.
        § 5º As certidões e informações, a que se refere o parágrafo anterior, deverão ser fornecidas dentro de 15 (quinze) dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão ser utilizadas para a instrução de ação popular.
        § 6º Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação.
        § 7º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá ser proposta desacompanhada das certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e salvo em se tratando de razão de segurança nacional, requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado de sentença condenatória.”
** O prazo em sede de AP é PRESCRICIONAL (diferente do MS, que o prazo é decadencial) 
- Procedimento: 
A princípio, a Ação Popular se dá no procedimento COMUM (do CPC), com prazo corrido em dias úteis. O juiz determina a citação dos réus e do Ministério Público (na 1ª decisão).
- Juízo de conveniência e oportunidade: competência do Administrador Público. Não cabe ao Judiciário manifestar-se a respeito da conveniência e oportunidade do ato administrativo, o ADMINISTRADOR PÚBLICO é quem deve verificar se o ato é conveniente e oportuno.
PS: O Judiciário apenas deve se manifestar se, no ato, envolver lesividade ou ilegalidade.
- Citação - Art. 7º da Lei:
“A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil, observadas as seguintes normas modificativas:
        I - Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
        a) além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério Público;
        b) a requisição, às entidades indicadas na petição inicial, dos documentos que tiverem sido referidos pelo autor (art. 1º, § 6º), bem como a de outros que se lhe afigurem necessários ao esclarecimento dos fatos, ficando prazos de 15 (quinze) a 30 (trinta) dias para o atendimento.”
- Contestação – art. 7º, IV:
“O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será comum a todos os interessados, correndo da entrega em cartório do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital.”
PS: Não segue o prazo de contestação da Ação Comum (que é de 15 dias)
*É possível a participação de TESTEMUNHAS e de realização de PERÍCIA (se for necessário) em sede de Ação Popular – art. 7º, V:
“V - Caso não requerida, até o despacho saneador, a produção de prova testemunhal ou pericial, o juiz ordenará vista às partes por 10 (dez) dias, para alegações, sendo-lhe os autos conclusos, para sentença, 48 (quarenta e oito) horas após a expiração desse prazo; havendo requerimento de prova, o processo tomará o rito ordinário.”
- Prescrição: 5 anos. A propositura da Ação deve ser feita no prazo de 5 anos, passado tal tempo, o Estado prescreve.
- Confissão – Art. 6º,   § 3º:
 “A pessoa jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente. “
Assim, o procedimento de confissão na AP é diferenciado, podendo ela ser TÁCITA ou EXPRESSA. A entidade pública tem a possibilidade/opção de não contestar (o que raramente acontece), nesse caso, se dará a confissão TÁCITA. A confissão será EXPRESSA quando a entidade requerer ao Juizo para figurar no polo ATIVO.
   -  “Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano,quando incorrerem em culpa.”
A sentença é CONSTITUTIVA e CONDENATÓRIA: o juiz julga procedente e determina que o ato seja DESFEITO (se for ilegal ou lesivo). No caso de dano a imóvel (patrimônio histórico, cultural) ou dano ambiental, o juiz determina que tal dano seja REPARADO pelo autor, devendo este arcar com os prejuízos. Sendo assim, o EFEITO da sentença é fazer a pessoa que causou o dano/prejuízo RESSARCIR o Estado.
- Improcedência da ação: “Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo.”
A decisão que julgar o pedido improcedente, será submetida ao TRIBUNAL, independentemente de apelação interposta pelo cidadão. Ou seja, mesmo que o cidadão entre com recurso, a decisão que julgou improcedente seu pedido será submetida ao Tribunal.
- Execução (ou cumprimento de sentença = Título Executivo Judicial) – art. 16 da Lei: a execução deverá ser promovida pelo autor ou pela entidade pública. Se decorrer 60 dias e não for promovida por nenhum dos dois, a Ação será promovida dentro de 30 dias pelo MINISTÉRIO PÚBLICO(“Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução. o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob pena de falta grave.”)
- Ação Civil Pública – Lei nº 7.347/85
A ação civil pública é mais abrangente que a ação popular- Art. 4º da Lei:
“Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.”
PS: Mesmo não estando elencado em tal artigo, a ação civil pública também pode ser proposta em caso de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. Ex: servidor que desvia dinheiro do órgão em que trabalha.
- Legitimidade - art. 5º da Lei: “Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
I - o Ministério Público;
II - a Defensoria Pública;    
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;   
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;  
V - a associação que, concomitantemente:
esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;
inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.”
**Ministério Público em Ação Civil Pública atua representando o ÓRGÃO PÚBLICO (Autarquia, Fundação etc), sendo assim, ele pode ser autor da ação, diferente do seu papel na ação popular, em que ele não pode PROPOR (somente cidadão pode propor e o MP só pode atuar no lugar dele se houver desistência de continuidade da ação popular)
OBS: Art. 129, III, CFRB: “São funções institucionais do Ministério Público: promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;”
- Inconstitucionalidade Incidental: 
Em sede de Ação Civil Pública, o juízo pode, INCIDENTALMENTE (e não envolvendo o mérito da questão), declarar a inconstitucionalidade de uma lei.
- Interesses difusos e coletivos:
a) Interesses difusos: nesses, não há como identificar as pessoas interessadas em determinada questão, não é possível fazer a discriminação dos indivíduos, geralmente abrange a todos numa forma geral. Exemplos: meio ambiente, patrimônio público etc;
b) Interesses coletivos: nesses, há como saber e identificar quem são as pessoas interessadas, dá para determinar as pessoas atingidas. Há quem diga que se trata de interesse do consumidor. Exemplo: todos os carros de uma série saem da industria com um problema, nesse caso, dá para identificar quem são os interessados (as pessoas que compraram os carros de tal série);
PS: A defensoria pública pode atuar na defesa dos interesses difusos e coletivos da Ação direta de inconstitucionalidade

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