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APOSTA JOGO SEGURO

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APOSTA / JOGO / FIANÇA 
ARTIGOS: A CCB 
– O jogo e a aposta estão dispostos entre as várias espécies de contratos previstos no CC/2002, mas eles podem ser considerados como contrato? 
O novo Código trouxe duas alterações significativas na disciplina do jogo e da aposta. Quais foram?
Espécies de Jogos e Efeitos
Proibidos – São os jogos de azar, como a roleta, o bicho, aposta sobre corrida de ca­valos fora de hipódromos, briga de galo.
 Tendo em vista que são ilícitos não geram direitos e sujeitam o infrator a punição.
Tolerados
São aqueles que o resultado não depende preponderantemente da sorte, como o truco, a canastra, o pôquer.
 Embora não sejam contravenções penais, não são pro­tegidos pela lei uma vez que não há interesse social em proteger relações que não passam de “divertimento sem utilidade”, exceto se forem eivados de vícios, como dolo, que mereçam repressão.
Autorizados
São aqueles que trazem algum benefício à Sociedade, seja por estimu­larem o espírito esportista (competições esportivas) ou atividades econômicas (turfe), seja por gerarem outra fonte de renda ao Estado (loterias). 
Nesse caso, as obrigações oriundas de jogo ou aposta são exigíveis.
Apenas os jogos e apostas autorizados perdem o caráter ilícito e dão causa à exigibili­dade da prestação.
Seguro – Introdução
O seguro é regulado pelo CC/2002 e por diversas leis esparsas, que regulam minuciosamente os tipos de seguro. 
Em nossas aulas daremos ênfase às regras previstas no novo Código Civil.
Classificação – Seguro
– Bilateral – gera obrigações para ambas as partes.
– Oneroso – requer desembolso patrimonial para segurado e para o segurador.
– De adesão – ao segurado não é dada opção de alterar as cláusulas do contrato. O segurado pode aceitar ou não as cláusulas impostas na apólice de seguro. 
Aplicam-se, dessa forma, as regras previstas nos artigos 423 e 424 do CC/2002, que protegem os aderentes.
 
Elementos do Contrato de Seguro
– Segurador – Somente pode ser segurador entidade legalmente autorizada para esse fim.
 O Decreto-Lei nº 2.063/1940 estabelece algumas exigências para que a entidade possa atuar como seguradora. Exemplo: capital mínimo, nacionalidade dos sócios, autorização governamental.
Segurado – É o contratante. Ele paga o prêmio ao segurador para transferir a este o risco.
 Risco – O objeto do contrato de seguro é o risco. Há previsão de uma multa (dobro do prêmio recebido) a ser paga pelo segurador que expedir apólice de seguro mesmo sabendo que não é possível o risco que se pretende cobrir.
 O objetivo do legislador é tentar coibir essa prática.
Se não há risco, não há contrato de seguro. Nos seguros privados, é possível estipular a espécie ou combinação de espécies de seguro.
Prêmio
 É a prestação devida pelo segurado ao segurador para que este assuma os riscos do segurado e pague indenização em caso de sinistro.
 
 
Apólice – Assim como o instrumento do mandato é a procuração, o instrumento do seguro é a apólice.
 A apólice deve conter os requisitos previstos no art. 760 CC/2002, tais como os riscos cobertos e o prêmio devido. 
As apólices podem ser nominativas, à ordem ou ao portador. A lei veda que a apólice de seguro de pessoas seja ao portador. 
Obrigações do Segurado
 veracidade – A declaração falsa ou omissão de informações pode levar o segurador a fixar prêmio diverso do que fixaria ou até mesmo a aceitar seguro que normalmente não aceitaria se tivesse acesso a todas as infor­mações.
– pagar o prêmio.
– não agravar os riscos do contrato – se o segurado passa a se comportar de forma diferente da que vinha se comportando, que resulte em um aumento de seus riscos, ele está, de certa forma, alterando unilateralmente o contrato, pois estará sujeitando o segurador a riscos distintos dos previstos no momento da celebração do contrato. 
(art. 769)
– comunicar ao segurador qualquer fato que possa aumentar o risco do bem sob pena de perder o direito à garantia
Obrigações do Segurador
– A principal obrigação do segurador é pagar ao segurado os prejuízos decorrentes de sinistro sobre o bem segurado.
(art. 758) ALTERAÇÕES:
O legislador previu, por exem­plo, a possibilidade de prova da relação contratual por meio de apólice, do bilhete de seguro ou, ainda, por “outro documento” na falta de algum desses.
 
(art. 768) e (art. 769).
No que tange aos riscos, o novo Código Civil estabelece que a agravação do risco por ato intencional do se­gurado implica na perda da garantia (art. 768). Se essa agravação se der por fato alheio a sua vontade, o segurado possui prazo para comunicar o evento a seguradora, sob pena de perda da garantia ( 769).
Fiança
– A fiança é uma espécie de garantia. A garantia pode ser real ou pessoal. 
Garantia real é aquela que recai sobre um bem, móvel ou imóvel, que servirá como garantia do cumprimento de determinada obrigação. 
Ocorre, por exemplo, na hipoteca e no penhor.
Garantia pessoal ou fidejussória
“consiste apenas na segurança que, individualmente, alguém presta, de responder pelo cumprimento de obrigação se faltar o devedor principal”.
 Em outras palavras, a garantia pessoal é aquela dada por um terceiro, que se compromete a cumprir a obrigação, caso o devedor não o faça.
 A fiança é garantia pessoal.
A fiança pode ser:
convencional – resulta da vontade das partes;
 legal – resulta de lei 
judicial – resulta de imposição do juiz.
A fiança a ser analisada é a convencional, que é ajustada por meio de contrato.
Classificação
A fiança é contrato:
– Acessório – A fiança visa assegurar o cumprimento de outra obrigação, objeto do contrato principal, que pode ser um mútuo, locação...
A fiança pode ser contratada no mesmo contrato da obrigação principal ou em contrato em separado, mas sem perder seu caráter acessório.
Por ser acessória, a fiança não pode ser mais onerosa que a dívida principal. Se isto ocorrer, a fiança não será nula, apenas será reduzido o montante da fiança até o valor da obrigação principal.
Solene – A lei impõe forma escrita para a validade da fiança.
Gratuito – Em regra, a fiança é contrato gratuito. É possível, porém, que o fiador queira receber remune­ração em troca da garantia que oferece. É o que ocorre na fiança bancária, na qual o banco garante a obrigação em troca de um percentual sobre o montante garantido. Nesses casos, a fiança é onerosa.
Efeitos da Fiança
Existência de duas relações distintas no contrato de fiança:
 uma entre fiador e credor e outra entre fiador e devedor
O credor tem o direito de exigir do fiador o pagamento da dívida garantida. 
Esse direito pode ter algumas limitações:
Benefício de ordem
O fiador tem o direito ao benefício de ordem. 
Pode exigir que, até a contestação da lide, seja primeiramente executado o devedor.
 Para se valer desse benefício, o fiador deverá indicar bens do devedor, localizados no mesmo município e que estejam livres e desembaraçados, que sejam suficientes para pagar a dívida.
O fiador não tem direito ao benefício de ordem se: 
(i) renunciar expressamente ao mesmo;
 (ii) se obrigar como principal pagador, ou devedor solidário; ou 
(iii) o devedor for insolvente ou falido.
Benefício da divisão – art. 829 
Havendo mais de um fiador, a presunção legal é a de que são solidariamente res­ponsáveis pela dívida (art. 829 CC/02). 
A lei permite, porém, que cada fiador reserve apenas uma parte da dívida como de sua responsabilidade.
Extinção da Fiança
Não havendo prazo determinado previsto no contrato, a fiança pode ser extinta pelo fiador, que ficará liberado de sua obrigação 60 dias após a notificação ao credor para esse fim.
A fiança também é extinta se:
– o credor conceder moratória ao devedor, sem o consentimento do fiador;
– o credor tornar impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências. Ocorre, por exemplo, quando o credor renuncia seu direito à hipoteca ou a direito de retenção, impli­cando assim, na perda de direitos que o fiador teria caso
efetuasse o pagamento da dívida.
o credor aceitar receber em pagamento bem diverso do que foi originalmente ajus­tado. 
Ainda que o credor venha a perder, por evicção, o bem aceito em pagamento, a fiança não será restaurada.
–
o fiador opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as extintivas da obriga­ção, se não resultarem apenas de incapacidade pessoal.

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