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Raquel Andressa Antunes TDE Seguros 15/06/2020 1- Qual a posição doutrinária e jurisprudencial sobre a ocorrência do sinistro estando em mora o segurado? De acordo com o art. 763 do CC, não terá direito a indenização o segurado que estiver em mora no pagamento do prêmio, se ocorrer o sinistro antes de sua purgação. Ou seja, enquanto não houver o pagamento, caso ocorra o sinistro, tal segurado não terá direito a indenização. Porém, a resolução contratual não é automática pela falta de pagamento do prêmio, Súmula 616 do STJ. 2- Como a doutrina e a jurisprudência interpretam a inovação trazida pelo artigo 798, CC? No caso do suicídio, caso ocorra dentro do período de 2 anos, caberá a seguradora provar a premeditação da ação, caso seja provado que o segurado agiu de má-fé: a indenização não ocorrerá; caso seja comprovado que existia a boa-fé (não premeditação): a indenização deverá ser paga. Súmula 105 do STF, “salvo se tiver havido premeditação, o suicídio do segurado no período contratual de carência não exime o segurador do pagamento do seguro.” 3- Qual a sanção para o descumprimento do parágrafo 2° do artigo 787, CC? Caso o segurado tenha firmado um acordo com terceiro possuindo a boa-fé, não perderá a indenização por parte do segurador. Art. 422 do CC. 4- É válida e eficaz a transação feita pela seguradora e o beneficiário do seguro de vida para diminuir o valor da indenização? Não, pois segundo o art. 795 do Código Civil, no seguro de vida, é nula qualquer transação estranha a finalidade do seguro, que tenha como finalidade, diminuir o valor de tal. 5- Antonio faleceu e deixou três filhos, C, D e E. Antonio havia feito seguro de vida, estipulando apenas o filho C como beneficiário. Pergunta-se: a indenização do seguro de vida do morto deve ser arrolada no inventário, para se abater as dividas do mesmo e ser dividido entre demais herdeiros? Não, de acordo com o art. 794 do CC, o capital estipulado não está sujeito às dívidas do segurado, nem se considera herança para todos os efeitos de direito. 6- Qual é o entendimento doutrinário e jurisprudencial sobre o agravamento de risco pelo preposto do segurado? Há incidência do disposto no artigo 768 do Código Civil. Para que possa ter incidência a norma do artigo 768 do CC, ou seja, a perda do direito à indenização, o aumento dos riscos contratuais tem de partir do próprio segurado, e não quando a culpa for exclusiva do preposto. Porém, todos os casos devem ser analisados separadamente. 7- Há qualificação especial para figurar como segurador em contrato de seguro? Justifique a resposta. Terá autorização para atuar somente as sociedades anônimas devidamente autorizadas pelo Ministério da Fazenda. Para funcionamento e constituição, são necessárias a autorização pelo Conselho Nacional de Seguros – CNSP, e a inscrição na SUSEP conforme o art. 757, CC. 8- Existe limitação de valor no seguro de danos e no seguro de pessoas? No seguro de danos, a garantia prometida não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento da conclusão do contrato, segundo o art. 778 do CC. No seguro de pessoas, segundo o art. 789 do CC, o capital segurado é livremente estipulado pelo proponente.
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