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Hormônios hipofisários e seu controle no hipotálamo - Resumo Cap.75 Guyton

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Hormônios hipofisários e seu controle no hipotálamo:
Hipófise anterior:
Hormônio do crescimento (GH): promove o crescimento de todo organismo
Adrenocorticotropina (corticotropina): controla a secreção de alguns dos hormônios adrenocorticais que afetam o metabolismo de glicose, proteínas e das gorduras
Hormônio estimulante da tireóide (tireotropina): controla a secreção de tiroxina e da tri-iodotironina pela glândula tireóide, e esses hormônios regulam o metabolismo celular.
Dois hormônios gonadotrópicos distintos: hormônio folículo-estimulante e hormônio luteinizante, controlam o crescimento dos ovários e testículos além das atividades hormonais e reprodutivas.
Prolactina: promove o desenvolvimento da glândula mamária e a produção de leite
A hipófise anterior contém 5 tipos celulares diferente para sintetizar e secretar os hormônios:
Para que haja a secreção dos hormônios é necessária a existência de células que sintetizam cada um deles. São elas:
Somatotropos – hormônio do crescimento humano (hGH)
Corticotropos- adrenocorticotropina (ACTH)
Tireotropos – Hormônio estimulante da tireóide (TSH)
Gonadotropos – produzem FSH e LH
Lactotropos – produzem a prolactina (PRL)
A maior parte da hipófise anterior é composto por células somatotrópicas que secretam hormônio do crescimento (GH) e cerca de 20% de corticotrópicos (ACTH).
Hipófise posterior:
Hormônio anti-diurético (ADH): controla a excreção e filtração de água nos túbulos renais
Ocitocina: controla na secreção de leite
Os hormônios da hipófise posterior são sintetizados por corpos celulares no hipotálamo:
As células que secretam os hormônios da hipófise posterior estão localizados nos núcleos supraópticos e paraventriculares do hipotálamo.
Controle hipotalâmico sobre a secreção hipofisária:
Praticamente quase toda a secreção hipofisária é controlada por sinais hormonais e nervosos vindos do hipotálamo. 
A secreção na hipófise posterior é controlada por estímulos nervosos do hipotálamo que terminam na região hipofisária posterior e assim liberam os hormônios, uma vez que os hormônios posteriores são produzidos no núcleo supraóptico e paraventricular mas são transportados através do axoplasma das fibras nervosas que seguem do hipotálamo para a hipófise posterior
Na secreção da hipófise anterior é controlada por hormônios liberadores e hormônios inibidores secretados no próprio hipotálamo que são levados para a região anterior por vasos porta hipotalâmico-hipofisários. Na hipófise anterior esses hormônios liberadores e inibidores agirão sobre as células glandulares controlando assim sua secreção.
A hipófise anterior é muito bem vascularizada sendo que esse sangue entra na porção inferior do hipotálamo e percorre em direção ao plexo hipotalâmico-hipofisário e assim vascularizando toda a hipófise anterior.
Os hormônios liberadores e inibidores do hipotálamo controlam a secreção da hipófise anterior: os neurônios do hipotálamo secretam hormônios liberadores e inibidores da hipófise nos líquidos teciduais, que prontamente entram nos capilares alcançando o plexo hipotalâmico-hipofisário e assim agindo nas células glandulares. 
Para a maioria dos hormônios da hipófise anterior é necessário a ação dos hormônios liberadores secretados pelo hipotálamo. Os principais hormônios liberadores e inibidores são:
Hormônio liberador da tireotropina (TRH): estimula a liberação de TSH pela hipófise
Hormônio liberador da corticotropina (CRH): estimula liberação de ACTH
Hormônio liberador do hormônio de crescimento (GHRH): provoca liberação de GH
Somatostaina: provoca a inibição de GH
Hormônio liberador da gonadotropina (GnRH): leva a liberação de LH e FSH
Hormônio Inibidor da prolactina (PIH): leva a inibição da secreção de prolactina
Funções fisiológicas do hormônio do crescimento (GH):
Promove ou aumento do crescimento celular e do número de mitoses e diferenciação de algumas células especifica como as células do crescimento ósseo e as células musculares iniciais.
Aumenta a síntese de proteínas (anabólico):
O hormônio somatotropina aumenta o transporte de aminoácidos para dentro das células, fazendo com que esse aumento na concentração intracelular de aminoácidos influencie em parte, na síntese de proteínas.
Mesmo quando não há aumento de aminoácidos intracelular, o GH estimula os ribossomos a traduzirem os RNAm em proteínas.
Em intervalos de tempos maiores (entre 24 a 48 horas) a somatotropina é responsável por aumentar a transcrição de DNA em RNA dentro da célula aumentando também de maneira indireta a síntese protéica. 
Além da síntese de proteínas a somatotropina também realiza a diminuição da quebra de proteínas, provavelmente por utilizar mais ácido graxo do tecido adiposo como fonte de energia sendo assim um poupador de proteínas.
Aumenta a quebra dos ácidos graxos do tecido adiposo, aumentando a quantidade no sangue e aumentando a utilização como fonte de energia
O GH faz com que mais ácido graxo seja utilizado pelas células teciduais e ao mesmo tempo aumenta a transformação de ácido graxo em acetil-CoA e utilizando como produtora de energia.
Logo, o hormônio do crescimento é responsável pela lipólise e assim diminuindo a quantidade de tecido adiposo e ao mesmo tempo aumentando a quantidade de proteínas nos músculos fazendo com que aumente a quantidade de massa magra no indivíduo.
IMPORTANTE: Apesar de seu efeito de lipólise, o GH quando em quantidades muito elevadas irá mobilizar muito ácido graxo fazendo aumentar a quantidade no sangue. Esse sangue com excesso de ácido graxo chegará no fígado e transformará em ácido-acetoacético que nada mais são do que a fusão de 2 acetil-CoA (corpos cetônicos), no qual esses corpos em grande quantidade podem causar a Cetose metabólica.
Redução pela utilização de glicose do organismo:
Diminui a captação de glicose pelos tecidos
Aumento da gliconeogênese pelo fígado
Aumento da secreção de insulina
O hormônio do crescimento é diabetogênico, uma vez que há aumento da glicose sanguínea, aumento da insulina que levará a “resistência à insulina” podendo causar diabetes tipo II.
Para que haja ação do hormônio do crescimento é necessária a insulina:
Sem insulina e sem carboidratos não há energia necessária para o metabolismo do crescimento, além disso, a insulina aumenta a capacidade de transporte de alguns aminoácidos específicos para dentro das células, do mesmo modo que estimula o transporte de glicose.
Hormônio do crescimento também atua no crescimento ósseo e cartilaginoso:
Aumenta da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas
Aumento da reprodução celular
Aumento na conversão de condrócitos em células osteogênicas, causando assim a deposição de osso novo
1°- Há crescimento em comprimento nas cartilagens epifisárias fazendo a deposição de cartilagem que será transformada em células osteogênicas empurrando as epífises cada vez mais para longe. Ao mesmo tempo a cartilagem epifisária é consumida cada vez mais de modo que na adolescência quase não resta mais cartilagem epifisária inibindo o crescimento do osso.
2°- Os osteoblastos presentes no periósteo depositam osso novo na superfície do osso mais antigo e ao mesmo tempo osteoclasto remove o osso antigo. Quando a taxa de deposição é maior que a taxa de absorção a espessura do osso aumenta. O hormônio do crescimento é estimulador de osteoblastos, contudo esse crescimento é de maneira indireta, sendo explicado a seguir.
Somatomedinas (Fatores de crescimento semelhantes à insulina):
O hormônio do crescimento faz o fígado a produzir diversas proteínas pequenas chamadas somatomedinas, que apresenta o efeito de aumentar o crescimento ósseo. 
O hormônio do crescimento é altamente lipossolúvel fazendo com que seja rapidamente liberada do sangue para os tecidos. Em contrapartida a somatomedina C se liga a uma proteína plasmática que também é produzida por estímulo do GH, fazendo com que ela tenha o tempo de meia-vida em 20 horas. 
Regulação da secreção de GH:
A secreção deGH diminui lentamente após a adolescência.
O padrão de secreção do GH é pulsátil
Fatores que controlam o hormônio do crescimento: 
Deficiência grave de proteínas no sangue
Hipoglicemia ou baixa concentração de ácidos graxos
Exercícios
Trauma
Grelina (hormônio liberado antes de alimentar-se)
Sono profundo
Os neurônios que sintetizam o hormônio liberador do hormônio do crescimento estão no núcleo ventromedial do hipotálamo, no mesmo local dos neurônios reguladores da glicose sanguínea. Ou seja, o hormônio do crescimento é um diabetogênico (aumenta produção de glicose no fígado e diminui sua utilização), logo, quando há uma diminuição da glicose sanguínea os neurônios produtores do hormônio liberador do hormônio de crescimento ficarão mais excitados sintetizando mais GHRH e assim estimulando a adenohipófise a secretar mais GH na corrente sanguínea.
Obs: concentrações normais de carboidratos não estimulam e nem inibem a produção do hormônio do crescimento.
O GHRH age nos receptores de Adenil ciclase = aumento do AMPc = abertura dos canais de cálcio e assim exocitose das vesículas com GH (Curto prazo)
Em longo prazo estimula na transcrição dos genes responsáveis pela estimulação da síntese de GH.
Quando é administrado hormônio do crescimento no sangue de um animal, percebe-se que há diminuição da secreção endógena do hormônio do crescimento. Não se sabe ao certo se ocorre devido ao feedback negativo que faz com que o hipotálamo diminua a produção de GHRH ou se é devido a maior liberação da somatostatina.
Anomalias da secreção do hormônio do crescimento:
Pan-hipotuitarismo: redução da secreção de todos os hormônios da adeno-hipófise, podendo ser congênita, súbita ou lentamente devido a tumor hipofisário.
Nanismo: 2/3 dos casos são devido ao pan-hipotuitarismo sendo que essas pessoas não desenvolvem o crescimento dos membros, não entra na puberdade e nunca secretam hormônios gonadotróficos, fazendo com que não desenvolvam as funções sexuais adultas. Em 1/3 dos casos, o nanismo é devido apenas a deficiência de hormônio do crescimento, sendo assim desenvolvendo as funções sexuais adultas e podem até se reproduzir. Em alguns tipos de nanismo o GH pode estar presente, contudo não há produção de somatomedina C, necessária para o crescimento principalmente dos ossos.
Gigantismo:
Pode ocorrer de as células somatotrópicas começarem a produzir GH de maneira elevada e desregulada, causando então o gigantismo. Pelo GH ser um diabetogênico normalmente encontra-se hiperglicemia nesses indivíduos, ao mesmo tempo que há uma excessiva secreção de insulina pelas células beta pancreáticas e que devido a hiperativação começam a se degenerar e consequentemente, em 10% dos casos podendo causar diabetes mellitus franco.
Sem o tratamento é possível o paciente desenvolver o pan-hipopituitarismo uma vez que geralmente o gigantismo é causado por tumor na hipófise e a deficiência global de todos os hormônios acarretará na morte do indivíduo geralmente no início da fase adulta.
Acromegalia: 
É igual ao gigantismo, contudo, ocorre o tumor ocorre na fase adulta, quando já há o crescimento ósseo no local da membrana epifisária. Como o paciente não pode crescer mais, ocorre o espessamento ósseo, além do crescimento das partes moles. O espessamento ocorre principalmente nos ossos membranosos. 
Envelhecimento:
A partir dos 50 anos a maioria dos indivíduos não costuma secretar mais hormônio do crescimento, fazendo com que haja menor deposição de proteínas nos músculos, menor atividade osteoblástica (causando osteoporose) e maior deposição de tecido adiposo no lugar antes preenchido por proteínas contráteis e matriz óssea.
Hipófise posterior:
Como dito anteriormente os hormônios secretados pela hipófise posterior são produzidos nos núcleos supraóptico e paraventricular do hipotálamo. São secretados dois hormônios no bulbo hipofisário:
Hormônio anti-diurético (ADH) (Núcleos supraópticos)
Ocitocina (Núcleos paraventriculares)
ADH- ativa adenilato ciclase nos túbulos coletores e assim ativam a AMPc no citoplasma que leva a fosforilação nas vesículas especiais fazendo com que elas se insiram na membrana interna do túbulo transportando a água para dentro do organismo novamente.
A diminuição da pressão faz com que o ADH haja como vasoconstritor afim de aumentar novamente.
Hormônio ocitocina:
Estimula poderosamente a contração do útero gravídico
Auxilia a ejaculação de leite pelas glândulas mamárias: através da contração das células mioepiteliais ao redor das glândulas mamárias.
E-mail: rodrigoirikura@gmail.com 
 
Referência: 
- Guyton&Hall Tratado de Fisiologia Médica/ John E. Hall. – 12. Ed. – Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2011.

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