Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 07 Direito Tributário p/ ISS Goiânia (com videoaulas) Professor: Aluisio Neto Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 147 AULA 07 SUMÁRIO PÁGINA Apresentação Inicial 01 Responsabilidade ± Conceitos 03 Classificação da Responsabilidade Tributária 09 Responsabilidade por Transferência 11 Responsabilidade dos Sucessores 12 Responsabilidade decorrente de Sucessão Imobiliária 15 Responsabilidade decorrente de Sucessão Pessoal 22 Responsabilidade decorrente de Sucessão Empresária 30 Responsabilidade de Terceiros 41 Responsabilidade em razão de atividade regular de terceiros 42 Responsabilidade em razão de atividade irregular de terceiros 49 Responsabilidade por Infrações 56 Responsabilidade Objetiva 58 Responsabilidade Pessoal do Agente 62 Denúncia Espontânea 68 Substituição Tributária 77 Substituição Tributária para frente 79 Substituição Tributária para trás 88 Responsabilidade por retenção de Imposto de Renda 93 Questões Propostas 94 Gabaritos 164 Olá, amigo concurseiro e futuro servidor! Chegamos à sétima aula do nosso curso de direito tributário para o concurso de Auditor de Tributos Municipal (ATM) da Prefeitura de Goiânia. E os estudos, a todo vapor? Hoje vamos iniciar uma matéria decisiva na sua aprovação, responsável por uma boa parte dos pontos a serem conquistados pelos futuros aprovados. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 147 Nessa aula iremos tratar dos seguintes temas: x Responsabilidade - Conceitos; x Responsabilidade dos Sucessores; x Responsabilidade de Terceiros; x Responsabilidade por Infrações; x Substituição Tributária. Qualquer dúvida que surgir, peço que a envie o mais breve possível ao nosso fórum de dúvidas para que ela seja sanada e não ocorram atrasos em seus estudos. Seguem ainda os meus dois e-mails: aluisioalneto@gmail.com www.facebook.com/aluisioalneto www.facebook.com/prosatributaria Boa sorte! E bons estudos! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 147 Responsabilidade - Conceitos No primeiro item da nossa aula de hoje iremos estudar os efeitos da atribuição de responsabilidade tributária às pessoas expressamente previstas na lei, conhecidas como responsáveis tributários, conforme nos diz o artigo 121, parágrafo único, I, do CTN, também denominados de sujeito passivo INDIRETO (os sujeitos passivos diretos, por sua vez, são os contribuintes, outra espécie do gênero sujeito passivo). Os responsáveis tributários são as pessoas escolhidas expressamente pela lei para responder pelos tributos devidos originalmente pelos contribuintes e que, em razão de situações previstas em lei, são desonerados do pagamento, seja total ou parcialmente. O mesmo se observa quanto ao cumprimento de obrigações acessórias, como ocorre quanto àqueles que são responsáveis pela retenção e recolhimento do imposto sobre a renda devido pelas pessoas físicas, por exemplo. Desse modo, a atribuição de responsabilidade tributária pode ser dar tanto em relação ao cumprimento de obrigação tributária principal quanto de obrigação tributária acessória. Ou de ambas! - Um ponto muito importante deve ser bem memorizado: os responsáveis são as pessoas expressamente designadas em lei, não possuindo relação pessoal e direta com o fato gerador da obrigação. Os responsáveis, assim, possuem, de alguma forma, VINCULAÇÃO com o fato gerador da obrigação tributária, muito embora essa vinculação, repito, não seja de forma direta. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 147 Nesse rumo, temos o que nos diz o artigo 128 do CTN, que assim nos diz: ³$UW�� ����� 6HP� SUHMXt]R� GR� GLVSRVWR� QHVWH� FDStWXOR�� D� OHL� SRGH� atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial GD� UHIHULGD� REULJDomR�´� �*ULIRV� nosso) Esse artigo possui muitas informações importantes e de grande importância para a sua prova, costumando ser bastante cobrados pelos elaboradores das questões. Vamos a eles. 1) A ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE DEVE SER DE MODO EXPRESSO, e por meio de lei em sentido estrito, sem a qual ninguém poderá ser considerado responsável pelo pagamento de tributo algum. SOMENTE A LEI PODE ATRIBUIR RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA; Por exemplo, suponha que determinada lei estadual preveja a obrigação do pagamento do ICMS àqueles que fazem circular mercadorias no território de determinado estado. Uma empresa irregular, tentando se beneficiar do fato, fez circular mercadorias e, Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 147 espertamente, deixou de pagar o ICMS devido, contratando uma empresa de transporte para tanto. Ao ser barrado pela fiscalização estadual, o caminhão da empresa transportadora não apresentou documentos que comprovassem o pagamento do ICMS e que era de fornecimento obrigatório pela empresa que contratou o serviço de transporte. Supondo que a empresa não exista e nem possa saldar o valor tributário devido, a autoridade fiscal não poderá cobrar os valores do proprietário do veículo que transportar mercadoria irregular caso essa previsão não esteja expressa em lei competente para tanto. Sem previsão expressa em lei, e mesmo estando diretamente relacionada ao fato gerador do imposto, nenhuma responsabilidade poderá ser atribuída ao transportador. 2) A terceira pessoa escolhida na lei de modo expresso DEVE SER VINCULADA AO FATO GERADOR, sem o qual é indevida a atribuição, podendo ser levada a discussão ao poder judiciário. Por exemplo, a lei não poder atribuir aos donos de padaria a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido no caso de uma venda realizada pela fábrica de farinha de trigo a um supermercado, ainda que a padaria tenha adquirido a farinha no supermercado. Diferentemente é a atribuição de responsabilidade, no mesmo caso, ao transportador da farinha de trigo da fábrica desta ao supermercado, uma vez que este possui vinculação com o fato gerador. Veja o que nos diz o STJ sobre o tema de atribuição de responsabilidade: ³2�DJHQWH�PDUtWLPR�QmR�p�FRQVLGHUDGR�UHVSRQViYHO�WULEXWiULR� nem se equipara ao transportador para efeitos do Decreto- Lei nº 37/66, mesmo com a assinatura de Termo de Compromisso ou equivalente. (AgRg no REsp 1153503/SP, GH�������������´ Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 147 Ainda que haja previsão em lei atribuindo responsabilidadea terceiros, esse sempre deve possuir relação com o fato gerador. A escolha, mesmo que baseada em lei, não pode ser desvirtuada para alcançar irrestritamente qualquer pessoa. As esposas, por exemplo, não podem ser as responsáveis tributárias pelos impostos devidos pelas distribuidoras de cervejas consumidas pelos seus respectivos maridos, ainda que haja previsão em lei. - (exagerei, eu sei, mas foi apenas para ilustrar a razoabilidade da atribuição da responsabilidade tributária) Desse modo, a atribuição de responsabilidade pelo legislador ordinário não poderá ser arbitrária! 3) A lei poderá excluir qualquer responsabilidade do contribuinte, atribuindo essa inteiramente ao responsável, ou de modo parcial; A atribuição de responsabilidade tributária pode se dar tanto de forma integral quanto parcial, excluindo a obrigação do contribuinte, assim, também de forma integral ou parcial. Veja o que diz o item seguinte! 4) Do mesmo modo, poderá atribuir a responsabilidade ao contribuinte (que, na verdade, seria apenas manter algumas que ele já possuía) de forma supletiva quanto ao cumprimento total ou parcial da referida obrigação tributária. Assim como para o item anterior, a atribuição da responsabilidade tributária poderá se dar tanto de forma integral quanto parcial. Ou ainda de forma supletiva. 5) E qual é a lei competente para prever hipóteses de responsabilidade tributária? De acordo FRP� R� DUWLJR� ����� ,,,�� ³D´�� GD� &)����� HVVD� atribuição é competência de lei complementar da União, assim como o é o CTN. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 147 Somente as leis complementares expedidas pela União têm o condão de disciplinar normas gerais em matéria de responsabilidade tributária, tendo em vista disposição express a contida na CF/88. Veja uma decisão do STF sobre o tema: ³2�art. 13 da Lei 8.620/93 não se limitou a repetir ou detalhar a regra de responsabilidade constante do art. 135 do CTN, tampouco cuidou de uma nova hipótese específica e distinta. Ao vincular à simples condição de sócio a obrigação de responder solidariamente pelos débitos da sociedade limitada perante a Seguridade Social, tratou a mesma situação genérica regulada pelo art. 135, III, do CTN, mas de modo diverso, incorrendo em inconstitucionalidade por violação ao art. 146, III, da CF. 7. O art. 13 da Lei 8.620/93 também se reveste de inconstitucionalidade material, porquanto não é dado ao legislador estabelecer confusão entre os patrimônios das pessoas física e jurídica, o que, além de impor desconsideração ex lege e objetiva da personalidade jurídica, descaracterizando as sociedades limitadas, implica irrazoabilidade e inibe a iniciativa privada, afrontando os arts. 5º, XIII, e 170, parágrafo único, da Constituição. 8. Reconhecida a inconstitucionalidade do art. 13 da Lei 8.620/93 na parte em que determinou que os sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada responderiam solidariamente, com seus bens pessoais, pelos débitos junto à 6HJXULGDGH�6RFLDO�´ (RE 562276/PR, de 03/11/2010) 3RU� ILP�� D� ³responsabilidade tributária pressupõe duas normas autônomas: a regra matriz de incidência tributária e a regra matriz de responsabilidade tributária, cada uma com seu pressuposto de fato e seus sujeitos próprios. A referência ao responsável enquanto terceiro (dritter Persone, terzo ou tercero) evidencia que não participa da relação contributiva, mas de uma relação específica de responsabilidade tributária, inconfundível com DTXHOD��2�³WHUFHLUR´�Vy�SRGH�VHU�FKDPDGR�UHVSRQVDELOL]DGR� Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 147 na hipótese de descumprimento de deveres próprios de colaboração para com a Administração Tributária, estabelecidos, ainda que a contrario sensu, na regra matriz de responsabilidade tributária, e desde que tenha contribuído para a situação de inadimplemento pelo contribuinte.´ Vamos a uma questão sobre o tema. (Questão 01) A lei tributária pode atribuir responsabilidade solidária: a) a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação. b) a diversas pessoas, cabível a invocação, por elas, do benefício de ordem, não do benefício de divisão. c) quando não haja comunhão de interesses relativamente à situação que constitua fato gerador da obrigação principal. d) restrita às hipóteses expressas no Código Tributário Nacional. e) a quem tenha interesse comum no fato imponível, caso em que será exigível o tributo, integralmente, de cada um dos coobrigados. À primeira vista, parece estarmos tratando de tema visto em aula passada, mas estamos falando do artigo 128, que acabamos de apresentar, uma vez que a sua parte final nos fala que a lei pode atribuir a responsabilidade pelo pagamento ao responsável eleito em seu texto, como também, de maneira supletiva, ao contribuinte, de modo total ou parcial. Desse modo, quando a atribuição da responsabilidade for parcial, esta será solidária. Assim, resta como correta a alternativa "a", gabarito da questão. Vista essa primeira introdução, vamos à classificação da responsabilidade tributária, outro tema bastante importante em prova! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 147 Classificação da Responsabilidade Tributária A responsabilidade pode ser classificada em três tipos: x Responsabilidade por Transferência Æ Nesse tipo de responsabilidade ocorre a transferência da responsabilidade pelo pagamento do tributo devido do contribuinte para o responsável previsto na lei, mas em momento posterior à ocorrência do fato gerador da obrigação, tendo em vista a ocorrência de algum fato previsto em lei. Aqui, existe inicialmente a figura do contribuinte no momento da ocorrência do fato gerador, sendo posteriormente a responsabilidade transferida para o responsável tributário. Esse tipo de responsabilidade é subdividido em três outros tipos: Responsabilidade Solidária (artigos 124 e 125 do CTN); Responsabilidade dos Sucessores (artigos 129 a 133 do CTN); Responsabilidade de Terceiros (artigos 134 e 135 do CTN). x Responsabilidade por Infrações Æ Essa é a responsabilidade estabelecida em razão da prática de infrações à legislação tributária, conforme definida nos artigos 136 a 138 do CTN. x Responsabilidade por Substituição Æ Também conhecida como substituição tributária, nesse tipo de responsabilidade a atribuição desta ocorre desde o momento da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, quando o responsável (substituto) ocupa o lugar do contribuinte (substituído) de forma imediata, sendo aquele o sujeito passivo da relação. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 147 Como exemplo, e o mais clássico deles, temos o que ocorre quanto ao ICMS, em que as pessoas presentes nas etapas posteriores do ciclo produtivo são substituídas pelas pessoas presentes nas etapas anteriores, hipótese em que teremos a substituiçãotributária para frente. Esse tema será visto mais adiante em nossa aula de hoje, juntamente com a substituição tributária para trás. Por enquanto, guarde apenas esse exemplo. A responsabilidade por substituição está prevista no artigo 150, §7º, da CF/88, bem como no artigo 128 do CTN. Nos itens seguintes veremos a responsabilidade por substituição (substituição tributária), a responsabilidade por infrações, a responsabilidade dos sucessores e a responsabilidade de terceiros. A responsabilidade solidária é estudada quando do estudo da sujeição ativa e passiva. Vamos em frente! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 147 Responsabilidade por Transferência Nesse item da aula estudaremos o estudo da responsabilidade por transferência, também conhecida como responsabilidade derivada ou de 2º grau. Nesta, o contribuinte é substituído pelo responsável após a ocorrência do fato gerador, tendo em vista a ocorrência de determinado evento que transfere (ou compartilha, conforme o caso) a sujeição passiva da relação tributária para outra pessoa: morte do contribuinte, aquisição de um bem móvel ou imóvel, entre outros. Veja bem: ocorre o fato gerador e somente posteriormente a esse a responsabilidade é transferida aos responsáveis tributários previstos em lei. Como vimos, esse tipo de responsabilidade está subdividida em três tipos: solidária, por sucessão e de terceiros. A primeira é estudada ao vermos a sujeição passiva. Estudaremos agora a responsabilidade dos sucessores, para em seguinte vermos as disposições relativas à responsabilidade de terceiros. Vamos em frente! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 147 Responsabilidade dos Sucessores A responsabilidade dos sucessores está regulada nos artigos 129 a 133 do CTN, os quais disciplinam diversas situações em que a responsabilidade pelo pagamento do tributo é repassada para uma terceira pessoa após a ocorrência do fato gerador do tributo. Nesse tipo de responsabilidade, a transferência da obrigação tributária se observa, por exemplo, em razão do falecimento do contribuinte, no desaparecimento deste em razão de atos por ele praticados (venda de bem imóvel ou móvel, liquidação de sociedades, entre outras), entre outras situações. Como exemplo de transferência da responsabilidade por sucessão, temos os casos em que determinada pessoa falece, deixando para o espólio (entidade que representa o conjunto de bens do De Cujus) a responsabilidade pelos tributos devidos por aquele que foi para o andar de cima. - Outro exemplo seria a transferência da responsabilidade quanto ao pagamento do IPVA em aberto àqueles que adquirem veículos com saldos de imposto a pagar devidos pelo antigo proprietário, respondendo pelo pagamento do débito os responsáveis expressos em lei. Na atribuição de responsabilidade por transferência aos sucessores, é importante saber a data da ocorrência do fato gerador da obrigação, sendo desnecessária a data da constituição do crédito tributário, uma vez que este, mesmo já existente, passará a ser de responsabilidade dos sucessores, e não do antigo contribuinte. Guarde bem isso: existindo ou não crédito tributário constituído, a responsabilidade pelo pagamento do tributo devido é repassada aos sucessores, e desde que observados os requisitos previstos em lei. Sobre isso, é exatamente o que nos diz o artigo 129 do CTN, cuja redação é a seguinte: Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 147 ³$UW�������2�GLVSRVWR�QHVWD�6HomR�aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida GDWD�´��*ULIRV�QRVVR�� Mais uma vez, A DATA DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO É IRRELEVANTE PARA FINS DE ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE AOS SUCESSORES, já que o que é transferido efetivamente é a obrigação tributária, ou, mais precisamente, o importante é a data da ocorrência da transferência da responsabilidade. Tanto é assim que o artigo 129 se refere expressamente à aplicação das regras de atribuição de responsabilidade por sucessão aos créditos tributários: x Definitivamente constituídos (o lançamento já foi efetuado e encontra-se concluído); x Em curso de constituição à data dos atos nele referidos (o lançamento encontra-se em fase de conclusão, não tendo o crédito tributário sido definitivamente constituído quando da ocorrência do evento que resultou na atribuição da responsabilidade tributária); x Constituídos posteriormente aos atos, mas desde que relativos a fatos geradores ocorridos anteriormente à realização dos atos ou fatos que deram origem à sucessão (o lançamento nem chegou a ser iniciado). Mais uma vez, nesse tipo de responsabilidade, O SUCESSOR ASSUME A TOTALIDADE DOS DÉBITOS DEIXADOS PELO SUCEDIDO, sendo aqueles oriundos de atos ou fatos ocorridos antes do evento que marca a sucessão do bem ou direito no tempo. A obrigação tributária nasce antes do evento da sucessão, sendo repassada aos sucessores. Quanto à responsabilidade por sucessão, teremos três tipos, quais sejam: Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 147 ; Responsabilidade decorrente de sucessão imobiliária (artigo 130 do CTN); ; Responsabilidade decorrente de sucessão pessoal (artigo 131 do CTN); ; Responsabilidade decorrente de sucessão empresarial ou societária (artigos 132 e 133 do CTN). Vamos ao estudo separado de cada uma delas agora! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 147 Responsabilidade decorrente de sucessão imobiliária A responsabilidade tratada nesse item se refere ao que nos diz o artigo 130 do CTN, que possui a seguinte redação: ³$UW�� ����� 2V� créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis (ITR, IPTU), e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço�´��*ULIRV�QRVVR�� Esse artigo dispõe sobre a responsabilidade quanto aos tributos incidentes sobre a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóveis, e que serão repassados aos respectivos adquirentes no momento da transmissão do bem a estes: IPTU, ITR, taxas sobre a prestação de serviços relativas aos imóveis e contribuições de melhoria. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoriae exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 147 Com a sucessão, esses tributos, porventura devidos pelo alienante do imóvel, serão sub-rogados na pessoa dos respectivos adquirentes, EXCETO QUANDO CONSTAR DO TÍTULO DE TRANSMISSÃO A PROVA DE QUITAÇÃO DAQUELES, situação em que a Fazenda deverá cobrar quaisquer saldos eventualmente ainda existentes dos alienantes, e não dos adquirentes. Observe ainda que o artigo fala somente em tributos (impostos, taxas e contribuição de melhoria), não englobando assim as multas, penalidades e respectivos juros e correções monetárias. Por sua vez, a responsabilidade também não será real (limitando-se apenas ao valor do imóvel), podendo a responsabilidade pelo pagamento dos tributos superar, em valores, o valor do próprio bem. Eventuais ressarcimentos ao adquirente podem acontecer, mas apenas na esfera civil, e não na tributária. ³&RQVRDQWH� HVWDEHOHFH� R� �FDSXW�� GR� DUW�� ����&71�� VHP� qualquer distinção, o adquirente do imóvel sub-roga-se nos créditos fiscais cujo fato gerador é a propriedade, o domínio útil ou a posse do bem, assim como as taxas e contribuição de melhoria, podendo o sucessor ressarcir-se desses ônus, conforme previsto no contrato de compra e venda ou mediante acordo com o sucedido. (REsp 192501/PR, de ������������´ Se, por exemplo, sobre determinado imóvel conste dívidas de IPTU relativas aos anos de 2000 a 2007 e, em 2011, ele seja alienado, o adquirente, a partir da transmissão, ficará responsável pelo pagamento dos valores de IPTU em aberto, nada mais podendo ser cobrado do antigo proprietário, que é excluído da relação tributária, exceto se, no título que efetive a transmissão, houver prova de quitação desses tributos, hipótese em que a responsabilidade pelo pagamento será do alienante. A sub-rogação dos valores em aberto, anteriormente à transmissão, em regra, ocorre na pessoa do adquirente, que passa a ser o responsável tributário, substituindo o alienante, quanto aos tributos devidos anteriormente à aquisição. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 147 Por sua vez, a prova de quitação dos tributos incidentes sobre o imóvel, em regra, faz-se por meio de emissão de uma Certidão Negativa de Débitos (CND), expedida pela Fazenda Pública responsável pelo tributo. A CND é regulada no artigo 205 do CTN, que é vista quando do estudo dos regras relativas à administração tributária. Situação diferente ocorre quanto aos imóveis adquiridos em leilão público (hasta pública), em que os tributos porventura devidos na data da alienação serão sub-rogados no preço conseguido na arrematação, e não sobre o respectivo adquirente. Por exemplo, se Pedro, em leilão público, adquire um imóvel por R$ 120.000,00 e, quanto a esse imóvel, pesam dívidas de IPTU de R$ 150.000,00, Pedro não será responsável por um centavo sequer. Todo o valor arrecadado com o leilão será utilizado para quitar os débitos tributários do imóvel. ³(�RV�5����������� que ficarão em aberto��R�TXH�DFRQWHFH��SURIHVVRU"´ A Fazenda que se vire. Pedro não tem nada a ver com isso. - Veja o que nos diz o STJ sobre isso: ³&RQVRDQWH� R� DUW�� ���� GR� &yGLJR� 7ULEXWiULR� 1DFLRQDO�� parágrafo único, há sub-rogação do crédito tributário sobre o preço pelo qual arrematado o bem em hasta pública. O adquirente recebe o imóvel desonerado dos ônus tributários devidos até a data da realização da praça. (AgRg no REsp �������56��GH�������������´ Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 147 Para o STJ, a arrematação de bem em hasta pública é considerada como aquisição originária, inexistindo relação jurídica entre o arrematante e o anterior proprietário do bem. Logo, não há qualquer vínculo entre o antigo e o novo possuidor para efeitos tributários. E nem com a Fazenda Pública. Ainda quanto ao tema, temos a seguinte decisão do STJ: ³������ ��� Arrematação e adjudicação são situações distintas, não podendo a analogia ser aplicada na forma pretendida pelo acórdão recorrido, pois a adjudicação pelo credor com dispensa de depósito do preço não pode ser comparada a arremate por terceiro. 3. A arrematação em hasta pública extingue o ônus do imóvel arrematado, que passa ao arrematante livre e desembaraçado de tributo ou responsabilidade, sendo, portanto, considerada aquisição originária, de modo que os débitos tributários anteriores à arrematação sub- rogam-se no preço da hasta. (...) 4. O adquirente só deixa de ter responsabilidade pelo pagamento dos débitos anteriores que recaiam sobre o Bem, se ocorreu, efetivamente, depósito do preço, que se tornará a garantia dos demais credores. De molde que o crédito fiscal perquirido pelo fisco é abatido do pagamento, quando da praça, por isso que, encerrada a arrematação, não se pode imputar ao adquirente qualquer encargo ou responsabilidade. 5. Por sua vez, havendo a adjudicação do imóvel, cabe ao adquirente (credor) o pagamento dos tributos incidentes sobre o Bem adjudicado, eis que, ao contrário da arrematação em hasta pública, não possui o efeito de expurgar os ônus obrigacionais que recaem sobre o Bem. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 147 6. Na adjudicação, a mutação do sujeito passivo não afasta a responsabilidade pelo pagamento dos tributos do imóvel adjudicado, uma vez que a obrigação tributária propter rem (no caso dos autos, IPTU e taxas de serviço) acompanha o Bem, mesmo que os fatos imponíveis sejam anteriores à alteração da titularidade do imóvel (arts. 130 e 131, I, do &71��´ Por sua vez, temos também a aplicação do artigo 130, parágrafo único, do CTN aos BENS MÓVEIS E AOS SEMOVENTES (ANIMAIS), dispondo que a sub-rogação ocorrerá também sobre o preço levantado na arrematação. Caso interessante se mostra, por exemplo, na situação onde, em leilão público, o arrematante de veículo adquire este com débitos de IPVA vencidos. Nesse caso, não ocorre a sub-rogação dos créditos na pessoa do arrematante, que adquire o bem sem qualquer ônus adicional. O crédito tributário sub-roga-se no preço pago pelo arrematante, conforme preceitua o artigo 130 do CTN, em seu parágrafo único, sendo o valor arrecadado utilizado para quitar os débitos tributários. O entendimento adotado pelo STJ em relação ao assunto pode ser visto em suas decisões, cujos textos seguem abaixo: ³������1. Na arrematação de bem móvel em hasta pública, os débitos de IPVA anteriores à venda subrogam-se no preço da hasta, quando há ruptura da relação jurídica entre o bem alienado e o antigo proprietário. Aplicação analógica do artigo 130, parágrafo único, do CTN.(...) (Resp 1128903/SP, GH������������´ ³1. A arrematação de bem em hasta pública é considerada como aquisição originária, inexistindo relação jurídica entre o arrematante e o anterior proprietário do bem. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br20 de 147 2. Os débitos anteriores à arrematação subrogam-se no preço da hasta. Aplicação do artigo 130, § único do CTN, em interpretação que se estende aos bens móveis e semoventes. �5HVS��������56��GH������������´ ³2� FUHGRU� TXH� DUUHPDWD� YHtFXOR� HP� UHODomR� DR� TXDO� SHQGLD� débito de IPVA não responde pelo tributo em atraso. O crédito proveniente do IPVA subroga-se no preço pago pelo arrematante. Alcance do Art. 130, parágrafo único, do CTN �5(VS��������63�´ Por fim, caso, durante a participação no leilão, o adquirente se submeta às regras nele estabelecidas, contidas no edital, aquele poderá abrir mão da prerrogativa contida no parágrafo único do artigo 130 do CTN, vindo a ser responsável por eventuais tributos que recaiam sobre o bem adquirido no leilão. Nesse caso, haverá uma renúncia tácita ao que dispõe o normativo do CTN. (Questão 02) João adquiriu de Júlio um imóvel por meio de simples escritura pública de compra e venda, na qual não havia referência a qualquer quitação de IPTU e de contribuição de melhoria. Contudo, não havia crédito constituído na época da lavratura daquele instrumento. Nessa situação, considerando que havia créditos dos dois tributos em fase de constituição quando da compra, é correto afirmar que a responsabilidade pelo pagamento: a) do IPTU será de João e da contribuição de melhoria, de Júlio. b) do IPTU será de João e a contribuição de melhoria será 50% para cada um. c) do IPTU será de Júlio e da contribuição de melhoria, de João. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 147 d) dos dois tributos será de Júlio. e) dos dois tributos será de João. Como não havia certidão quanto à quitação dos tributos, João se sub-rogou na responsabilidade pelo pagamento de eventuais débitos quanto ao imóvel adquirido, conforme o artigo 130 do CTN. Assim, uma vez lançado o IPTU, cabe apenas a João o pagamento, sendo Júlio totalmente exonerado de qualquer pagamento. Logo, resta como correta a alternativa "e", gabarito da questão. Vamos agora à responsabilidade por sucessão pessoal! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 147 Responsabilidade decorrente de sucessão pessoal A responsabilidade decorrente de sucessão pessoal está regulada no artigo 131 do CTN, que assim nos diz: Art. 131. São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.´��*ULIRV�QRVVR�� Os casos de responsabilidade previstas nos incisos I a III comportam a responsabilidade pessoal, em que as pessoas listadas em seus textos substituem os devedores de forma integral, não respondendo esses quanto a valor algum ainda devido. Nesses casos, os responsáveis tributários respondem pelos valores devidos de forma pessoal e, caso necessário, com seus bens, que podem ser utilizados para saldar eventuais débitos. Vamos ao que nos dizem os incisos I a III. Inciso I Æ Esse é o caso que regula as transmissões envolvendo os bens MÓVEIS, uma vez que os imóveis foram tratados no artigo anterior, quando tratamos da responsabilidade por sucessão imobiliária. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 147 Assim, aquele que adquire um bem móvel, e sobre o qual recaiam dívidas tributárias dos antigos proprietários, ficará pessoalmente responsável por elas, não podendo ser cobrado mais nada destes. O termo remitente é oriundo do verbo remir, do qual provém o substantivo UHPLomR��FRP�³o´���TXH�SRGH�VHU�FRQFHLWXDGR�FRPR�o ato de remir, resgatar um bem anteriormente pertencente a outrem e que se encontrava penhorado ou levado a hasta pública. Remição é diferente de remissão, essa, uma das modalidades de extinção do crédito tributário, conforme artigo 156, IV, do CTN. Ao remir os bens, o remitente passa também a ser o responsável pelos tributos devidos em relação àqueles, assim como os adquirentes, uma vez que os remitentes, em termos práticas, também são adquirentes de bens. A diferença está no fato de que o adquirente adquire o bem de forma originária, uma vez que a este não o pertenceu em momento anterior. Já o remitente apenas resgata um bem que pertencia a ele anteriormente. INCISO II e III Æ Nesse tipo de responsabilidade, os tributos são devidos em razão do falecimento dos antigos proprietários dos bens, deixando para seus sucessores, também, os tributos por eles devidos enquanto contribuintes. São as chamadas transmissões causa mortis (aquelas devidas em razão do falecimento de alguém, mais precisamente do proprietário). Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 147 O mais correto seria o conteúdo do inciso III vir antes do contido no inciso II, respeitando a ordem natural dos eventos de transmissão de responsabilidade causa mortis que ocorrem no mundo real. O inciso II trata da responsabilidade tributária atribuída aos herdeiros e aos legatários, bem como ao cônjuge meeiro (aquele que recebe metade dos bens do falecido em razão da formação da sociedade conjugal), sendo estes os sucessores do De Cujus (aquele que já não está mais entre nós). Por sua vez, o inciso III trata do espólio, que é uma entidade representante do conjunto de bens, direitos, dívidas e responsabilidades do falecido, podendo ainda ser conceituado como a universalidade de bens e direitos ao qual pertencem o patrimônio do De Cujus. Apesar de não ser uma pessoa de fato, o CTN atribui ao espólio responsabilidade pessoal, uma vez que sobre ele pode recair a responsabilidade por tributos devido pelo De Cujus até o momento do seu falecimento (que é a data de abertura da sucessão hereditária) e, caso ainda não saldados, até a data da adjudicação ou partilha (que é a data em que os bens se consideram legal e formalmente transmitidos aos herdeiros, legatários e/ou cônjuge meeiros). Sua personalidade é garantida diante do que prevê o artigo 126 do CTN. Para entender a atribuição de responsabilidade a cada um deles, observe a figura na página seguinte, identificando o momento em que o espólio e os sucessores e cônjuge meeiro são contribuintes ou responsáveis pelos tributos devidos pelo De Cujus, que sempre será o contribuinte. Exceto quanto ao De Cujus, que sempre será o contribuinte, o espólio e os sucessores podem adquirir a qualidade de responsáveis ou de contribuintes, conforme o tempo da ocorrência do fato gerador dos tributos relativos aos bens a serem transmitidos. As setas indicam o momento da ocorrência dos eventos determinantes. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 147 Somente com a morte do proprietário, que é o evento que marca a abertura da sucessão dos bens aos herdeiros ou legatários, é que os bens poderão ser transmitidos aos sucessores e/ou ao cônjuge meeiro. A sucessão dos bens, por sua vez, só se efetiva com a publicação da partilha ou da adjudicação, transferindo os bens (e as dívidas) aos sucessores. Nesse meio tempo, surge a figura do espólio, que responderá tanto como contribuinte quanto como responsável quanto aos tributos incidentes sobre os bens transmitidos. Se ocorridos os fatos geradores antes da morte, será responsável. Se ocorrido entre a morte e o momento da sucessão aos herdeiros, o espólio será o contribuinte. Quanto aos sucessores, esses também podem ser contribuintes ou responsáveis, conforme o momento da ocorrência do fato gerador. Serão contribuintes quanto aos tributos devidos sobre os bens em momento posterior à abertura da sucessão, uma vez que, nesses casos, aqueles já são os novos proprietários dos bens. Caso, em momento posterior à sucessão, sejam cobrados tributos devidos à época em que os bens estavam Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 147 sob a propriedade do De Cujus ou integrando a conjunto de bens do espólio, portanto, em relação a fatos geradores ocorridos anteriormente à propriedade dos bens pelos sucessores, estes serão cobrados na qualidade de responsáveis tributários. Entretanto, toda responsabilidade sobre tributos porventura devidos pelo De Cujus somente alcança o montante do quinhão ou meação recebida, não podendo ser cobrados valores maiores do que os recebidos. Assim, se Mellina receber R$ 200.000,00 em herança de seu pai e, sobre a sua parte da partilha, resultar débitos de R$ 220.000,00, somente poderão ser cobrados R$ 200.000,00, já que esse foi todo o montante por ela recebido. Quinhão é a parte, porção ou cota que cabe a cada um dos beneficiários, proveniente da repartição ou da divisão de um todo. Na divisão de uma herança entre três herdeiros legítimos, por exemplo, teremos três quinhões, que correspondem ao que cada um tem a receber. Meação é definida com cada uma das duas partes em que se dividem os bens de uma herança, para efeito de partilhas, sendo o todo pertencente às pessoas que celebraram uma sociedade conjugal. Por sua vez, veja o que diz o STJ sobre a transmissão, em conjunto com os bens, das multas aplicadas anteriormente à sucessão, dispondo que essas também serão repassadas aos sucessores e ao cônjuge meeiro: "Os arts. 132 e 133, do CTN, impõem ao sucessor a responsabilidade integral, tanto pelos eventuais tributos devidos quanto pela multa decorrente, seja ela de caráter moratório ou punitivo. A multa aplicada antes da sucessão se incorpora ao patrimônio do contribuinte, podendo ser exigida do sucessor, sendo que, em qualquer hipótese, o sucedido permanece como responsável. É devida, pois, a multa, sem se fazer distinção se é de caráter moratório ou punitivo; é ela imposição decorrente do não pagamento do tributo na época GR�YHQFLPHQWR���5(VS���������63��GH�������������´ Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 147 (Questão 03) Em matéria de responsabilidade tributária por sucessão, são pessoalmente responsáveis: a) o arrematante de bem imóvel, no caso de arrematação em hasta pública, pelos tributos devidos por fatos geradores anteriores à arrematação. b) o sucessor, a qualquer título, e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada a responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou meação. c) o alienante de bem imóvel, no caso de ter assumido em escritura pública a obrigação por tributo relativo a fato gerador acontecido antes da transmissão, quando não houver prova de quitação de tributos. d) o adquirente, em hasta pública, de estabelecimento comercial ou fundo de comércio, em processo de falência, por tributos devidos até a data da aquisição. Alternativa a) Incorreta. No caso de arrematação em hasta pública, o arrematante adquire o imóvel livro de qualquer tributo, uma vez que a sub- rogação ocorre sobre o preço da arrematação, conforme nos diz o artigo 130, parágrafo único, do CTN. Alternativa b) Correta. É a literalidade do que consta no artigo 131, II, do CTN, devendo ser atentado para o limite do valor a ser pago, que é limitado ao montante do quinhão ou meação recebido. Alternativa c) Incorreta. Conforme estudamos em aula anterior, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. É o que nos diz o artigo 123 do CTN. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 147 ,Desse modo, quando não houver prova da quitação de tributos devidos anteriormente à aquisição, o adquirente responde pelos débitos devidos anteriormente à aquisição na condição de responsável tributário. Essa disposição, entretanto, pode ser excepcionada em virtude de disposição de lei em contrário. Alternativa d) Incorreta. Conforme estudaremos mais adiante, ao adquirir um estabelecimento comercial ou fundo de comércio em processo de falência, por meio de leilão público, o adquirente não responde pelos tributos devidos anteriormente à alienação, conforme nos diz o artigo 133, §1º, I, do CTN. (Questão 04) São pessoalmente responsáveis pela obrigação tributária, perante a Fazenda Pública, exceto: a) o cônjuge meeiro. b) o locatário, cujo contrato prevê a responsabilidade tributária. c) o sucessor a qualquer título. d) o adquirente. e) o remitente. Questão simples, que tratou das pessoas às quais foi atribuída responsabilidade pessoal, previstas no artigo 131 do CTN. No rol do artigo, VRPHQWH�QmR�ILJXUD�R�ORFDWiULR��UHVWDQGR�LQFRUUHWD�D�DOWHUQDWLYD�³E´, gabarito da questão. Os demais, conforme os incisos I a III do artigo 131 do CTN, são pessoalmente responsáveis pelos débitos tributários devidos. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 147 (Questão 05) "O sucessor, a qualquer título, e o cônjuge meeiro são pessoalmente responsáveis pelos tributos devidos em sua totalidade pelo de cujus até a data da partilha ou da adjudicação". Conforme vimos anteriormente, os sucessores do De Cujus respondem pelas dívidas tributarias até o montante do quinhão ou meação recebida, e não pela totalidade daquelas. É o que consta no artigo 131, II, do CTN. Assim, resta incorreta a assertiva apresentada. Essa questão, contudo, poderia ser objeto de recurso. E se o sucessor foi único e os bens recebidos forem suficientes para saldar o débito total do De Cujus? Ele responderá pela totalidade, conforme prescreve o enunciado. - Vamos agoraà responsabilidade por sucessão empresarial ou societária. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 147 Responsabilidade decorrente de sucessão empresarial ou societária A responsabilidade decorrente de sucessão empresarial está prevista nos artigos 132 e 133 do CTN, que assim nos dizem sobre o tema: ³Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 147 § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: I ± em processo de falência; II ± de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. § 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for: I ± sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; II ± parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; III ± identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. § 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. ³��*ULIRV�QRVVRV�� Já decorou bem o que disseram os artigos acima? Espero que sim. Eles, em muitas questões de prova, são cobrados em sua literalidade. Descarados CTRL+C / CTRL+V! Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 147 (Questão 06) A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional: a) somente responderá pelos créditos tributários definitivamente constituídos até a data da aquisição. b) nunca responderá subsidiariamente com o alienante pelos tributos devidos até a data da alienação. c) poderá vir a ser responsabilizada pelos créditos tributários de qualquer natureza que ainda estejam em fase de constituição, ou seja, ainda não definitivamente constituídos. d) responderá pelos tributos devidos até a data da aquisição, relativos ao fundo de comércio, se continuar a respectiva exploração, integralmente ou subsidiariamente, dependendo de o alienante prosseguir ou não na mesma atividade. e) somente responderá integralmente pelos tributos relativos ao fundo de comércio existentes à data da aquisição, se continuar a explorar a atividade do alienante. A resposta a essa questão consta na literalidade do caput do artigo 133 do CTN, que nos fala sobre a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquire de outra um estabelecimento comercial, industrial ou profissional. Veremos os casos contidos nos incisos I e II do artigo detalhadamente logo à frente. Integrando e interpretando os dois incisos, podemos notar que a responsabilidade do adquirente pelos créditos tributários devidos será integral ou subsidiária, a depender de o alienante cessar ou não a exploração da respectiva atividade. Nessas condições, apenas o que consta na alternativa ³G´�atende ao enunciado. Assim, resta como correta a alternativa "d", gabarito da questão. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 147 O artigo 132 trata dos casos de atribuição de responsabilidade tributária resultante de transformações empresariais, em que a empresa resultante da fusão, incorporação ou transformação responderá pelos tributos devidos pelas empresas transformadas, fusionadas ou incorporadas até a data do ato. Após o ato, serão consideradas contribuintes, normalmente. Embora não conste expressamente no CTN, a cisão também faz parte dos atos em que se observa a sucessão tributária quanto aos débitos devidos pelas empresas cindidas, uma vez que o conceito de cisão é posterior à publicação do CTN, tendo o instituto da cisão surgido apenas com a publicação da lei federal nº 6.404, de 1976, dez anos após o Codex Federal. Veja o que nos diz o STJ quanto ao assunto: ³(PERUD� QmR� FRQVWH� H[SUHVVDPHQWH� GR� URO� GR� DUW�� ���� GR� CTN, a cisão da sociedade é modalidade de mutação empresarial sujeita, para efeito de responsabilidade tributária, ao mesmo tratamento jurídico conferido às demais HVSpFLHV�GH�VXFHVVmR���5(VS��������35��GH�������������´ Fusão Æ é o ato em que duas ou mais empresas se unem para formar uma só, desaparecendo as anteriores, formando uma nova pessoa jurídica; Transformação Æ é o ato em que uma empresa muda o seu tipo societário, passando, por exemplo, de sociedade anônima para sociedade limitada; Incorporação Æ é o ato por meio do qual uma empresa A incorpora a empresa B, fazendo essa desaparecer, permanecendo apenas a empresa A; são os casos de absorção de uma empresa por outra; Cisão Æ 3RGH� VHU� GH� IRUPD� WRWDO�� HP� TXH� XPD� HPSUHVD� p� ³UHSDUWLGD´� totalmente e incorporada ao patrimônio de duas ou mais pessoas jurídicas; ou parcial, em que apenas uma parte dela é incorporada a outras pessoas jurídicas. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 147 ³$� HPSUHVD� UHVXOWDQWH� GH� FLVmR� TXH� LQFRUSRUD� SDUWH� GR� patrimônio da outra responde solidariamente pelos débitos da empresa cindida. Irrelevância da vinculação direta do sucessor do fato gerador da obrigação. (REsp 970585/RS, de������������´ Inicialmente deve ser atentado que a sucessão empresarial, que resultará também em sucessão tributária, abrangerá tanto os tributos devidos pelas sucedidas quanto as multas, sejam de caráter punitivo ou moratório, uma vez que estas também integram o patrimônio das pessoas sucedidas. Veja o que nos diz o STJ sobre o tema: ³2V� DUWV�� ���� H� ���� GR� &71� LPS}HP� DR� VXFHVVRU� D� responsabilidade integral, tanto pelos eventuais tributos devidos quanto pela multa decorrente, seja ela de caráter moratório ou punitivo. A multa aplicada antes da sucessão se incorpora ao patrimônio do contribuinte, podendo ser exigida do sucessor, sendo que, em qualquer hipótese, o sucedido permanece como responsável. É devida, pois, a multa, sem se fazer distinção se é de caráter moratório ou punitivo; é ela imposição decorrente do não-pagamento do tributo na época do vencimento. ��� 1D� H[SUHVVmR� ³FUpGLWRV� WULEXWiULRV´� HVWmR� LQFOXtGDV� DV� multas moratórias. A empresa, quando chamada na qualidade de sucessora tributária, é responsável pelo tributo declarado pela sucedida e não pago no vencimento, incluindo-se o valor da multa moratória. (REsp 745007/SP, GH�������������´ Quanto ao disposto no parágrafo único do artigo 132, este nos fala sobre a aplicação das regras relativas à fusão, incorporação, transformação e cisão também à extinção de pessoas jurídicas. Porém as regras somente serão aplicadas caso a exploração da respectiva atividade seja continuada Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 147 por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual. Caso não, não cabe a aplicação das regras do caput. Muita atenção, caro aluno! Se não houver a continuidade, o Fisco deverá buscar outros meios para que os valores em aberto sejam liquidados, não sendo devida a atribuição de responsabilidade tributária nesses casos, até mesmo porque não há sucessores. Essas regras serão aplicadas mesmo no caso de dissolução irregular ou de funcionamento apenas de fachada da sociedade, mantendo os sócios a atividade exercida pela empresa. Para todos os efeitos, serão considerados os atos praticados anteriormente à extinção, respondendo a sociedade pelos débitos devidos. Vamos agora ao que nos diz o artigo 133 do CTN. Esse artigo nos fala dos casos em que uma PESSOA NATURAL OU JURÍDICA ADQUIRE DE OUTRA, POR QUALQUER TÍTULO (gratuito ou oneroso, por exemplo), FUNDO DE COMÉRCIO OU ESTABELECIMENTO COMERCIAL E CONTINUA A RESPECTIVA ATIVIDADE, SOB A MESMA OU OUTRA RAZÃO SOCIAL OU SOB FIRMA OU NOME INDIVIDUAL. Nesses casos, o ADQUIRENTE RESPONDERÁ PELOS TRIBUTOS DEVIDOS PELO FUNDO DE COMÉRCIO OU ESTABELECIMENTO COMERCIAL ATÉ A DATA DO ATO, nas seguintes condições: 0 SUBSIDIARIMENTE com o alienante (responderá somente no caso de o débito não ser saldado pelo alienante) Æ Se o alienante prosseguir na exploração da respectiva atividade ou iniciar, dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão; 0 INTEGRALMENTE Æ se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 147 No caso de responsabilidade subsidiaria, deve-se primeiro cobrar a dívida do alienante, para só depois cobrar do adquirente, nunca primeiramente deste. Por sua vez, a responsabilidade abrange tributos, multas, penalidades e acréscimos moratórios, assim como nos casos do artigo 132 do CTN, já que esses valores são devidos em razão do fundo de comércio ou do estabelecimento comercial. Observe bem o marco do tempo que separa a responsabilidade subsidiária da responsabilidade integral: SEIS MESES A CONTAR DA ALIENAÇÃO. Se antes disso o alienante iniciar nova atividade no mesmo ramo anteriormente por ele exercido ou continue a atividade exercida dentro de seis meses, o adquirente responderá subsidiariamente com o alienante. Quem para as atividades e as retoma dentro de seis meses estará na mesma situação de quem não parou, havendo a responsabilidade subsidiária. Essa é a interpretação a ser dada ao dispositivo. - Guardou bem a separação? Vamos ao segundo caso, que ocorre após os seis meses contados da alienação. Caso o alienante cesse a exploração do comércio, indústria ou atividade exercida (ele poderá iniciar outra, mas diferente da anteriormente exercida) ou não inicie ou continue a mesma atividade dentro de seis meses a contar da data da alienação, o adquirente responderá integralmente pelos valores devidos. Quem para e retoma as atividades após seis meses será enquadrado na mesma situação de quem parou e não voltou mais. Responsabilidade integral do adquirente! Guarde bem isso! Atente bem também para o que é alienado: 0 O fundo de comércio (ponto comercial); 0 O estabelecimento comercial (bens e patrimônio: imóvel e mercadorias). Não é a empresa que é adquirida, uma vez que, se assim fosse, estaríamos diante de um dos casos presentes no artigo 132, em que há operações societárias propriamente ditas. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 147 Por sua vez, o §1º dispõe sobre os casos em que as regras do caput do artigo 133 do CTN não serão aplicadas nas aquisições de fundo de comércio ou estabelecimento comercial decorrentes de alienação judicial: ; Em processo de falência; ; De filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. Nessas duas situações, incluídas pela lei complementar nº 118, de 2005, os adquirentes não responderão pelos débitos devidos pelos alienantes, visando incentivar a reestruturação de empresas submetidas a processo de falência ou de recuperação judicial. Ninguém, caso não houvesse essa regra, se interessaria em adquirir uma empresa, o que importa em adquirir também os seus bens, se esta estiver em processo de falência. Ao final do processo de falência, sendo esta decretada, uma das primeiras medidas a serem tomadas é a busca dos bens ainda restantes para que sejam alienados e com o valor arrecadado sejam pagos os credores. O objetivo da falência é justamente o de arrecadas valores para saldar, dentro do possível, os débitos com os credores. Assim, quem adquire fundo de comércio ou estabelecimento comercial decorrentes de alienação judicial nas duas situações acima não responde pelos débitos tributários devidos, adquirindo os bens livres de ônus tributários. Essa regra (que já é uma exceção ao caput) possui como exceção (que a faz voltar a ser regra relativa ao caput) o que prevê o §2º, dispondo que as regras do §1º não serão aplicadas caso os adquirentes sejam: a) Sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 147 b) Parente, em linha reta ou colateral até o quarto grau, consanguíneoou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; c) Identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. Uma exceção da exceção é, por definição, a própria regra em si. Logo, caso os adquirentes do fundo de comércio ou estabelecimento comercial decorrentes de alienação judicial em processo de falência ou recuperação judicial sejam as pessoas indicadas na enumeração anterior, devem ser observadas as regras do caput quanto à atribuição de responsabilidade integral ou subsidiaria do adquirente. Assim, caso venham a adquirir o bem, deverão arcar com todos os tributos e demais valores por eles devidos. Todos esses casos têm como objetivo evitar fraudes na alienação do fundo de comércio ou do estabelecimento comercial, igualmente ao que acontecia anteriormente à edição da LC nº 118/05. Guarde bem esses casos, pois eles são bastante cobrados em provas sobre o tema. Observe que todas as pessoas presentes nos três casos têm relação direta com o bem alienado. Não aplicar as regras do caput do artigo 133 do CTN, e sim do seu §1º, seria desvirtuar o propósito presente nesse parágrafo e mascarar um operação com grandes chances de ser fraudulenta. Ora, se, por exemplo, um dos sócios da sociedade falida adquire o estabelecimento do qual ele mesmo é sócio, e, em razão disso, não responde pelos débitos devidos em razão do processo de falência, seria o mesmo que exonera-los de suas próprias dívidas, ou parte delas. O mesmo acontece quanto aos demais. Por fim, temos o que dispõe o §3º do artigo 133 do CTN, dispondo que, em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de um ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 147 Assim, antes de decorridos um ano, os valores obtidos com a alienação judicial permanecerão à disposição do juiz competente que der andamento ao respectivo processo, somente podendo ser utilizados os valores nesse período caso sejam para o pagamento de créditos extraconcursais ou que preferem ao crédito tributário. (Questão 07) Para que o adquirente de estabelecimento industrial ou comercial responda integralmente pelos débitos tributários relativos ao fundo de comércio adquirido, é necessário que o a) alienante cesse de imediato a exploração do comércio, indústria ou atividade. b) contrato de transferência preveja expressamente tal responsabilidade do adquirente. c) alienante não detenha patrimônio suficiente para saldar as pendências. d) fisco tenha manifestado oposição à transferência do estabelecimento, nos 30 dias seguintes à data da operação. e) alienante comunique a alienação ao fisco dentro do prazo de 10 dias. Para que o adquirente venha a responder integralmente pelos tributos devidos pelo alienante em relação a fundo de comércio adquirido, é necessário que este cesse de imediato a exploração do comercio, indústria ou atividade, ou inicie após seis meses da data da alienação. Fora desses casos, a responsabilidade do adquirente será subsidiária. É que nos diz o artigo 133, I, do CTN. Assim, resta como correta a alternativa "a", gabarito da questão. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 147 (Questão 08) A respeito da aquisição, a qualquer título, de fundo de comércio, estabelecimento comercial, industrial ou profissional, para fins de responsabilidade tributária, é correto afirmar que: (A) implicará sempre, para o adquirente, responsabilidade integral. (B) não haverá responsabilidade do adquirente na hipótese de se tratar de alienação judicial de filial ou unidade produtiva isolada em processo de recuperação judicial. (C) a extensão da responsabilidade do adquirente não se altera em função do fato de o alienante (do estabelecimento) cessar a exploração de comércio, indústria ou atividade. (D) nos casos de aquisição de mero estabelecimento, não há que se falar em responsabilidade por sucessão, o que apenas ocorre nos casos de aquisição da própria pessoa jurídica titular do estabelecimento. (E) o contrato firmado com o alienante, pelo qual este assume a responsabilidade pelos débitos gerados durante sua gestão, poderá ser oposto, pelo adquirente, ao Fisco. Essa questão é a aplicação do que consta no artigo 133, §1º, II, do CTN, WHQGR�FRPR�JDEDULWR�D�DOWHUQDWLYD�³E´. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 147 Responsabilidade de Terceiros Nesse item trataremos da responsabilidade de terceiros, tendo como característica principal o dever de zelo, seja em razão de contrato, seja em razão de disposição expressa de lei, por parte das pessoas elencadas no CTN. Essa responsabilidade pode se dá em relação ao patrimônio, às rendas, aos bens componentes do espólio, às sociedades empresariais, entre outros. Esse tipo de responsabilidade está prevista nos artigos 134 e 135 do CTN. O artigo 134 cuida da responsabilidade em razão da atuação regular do terceiro, sendo um caso de responsabilidade por transferência, já que a atribuição de responsabilidade se dá após a ocorrência do fato gerador, e não concomitantemente a este. Nesses casos, teremos também o que chamamos de responsabilidade subsidiária, já que, como veremos, somente em razão da impossibilidade do cumprimento da obrigação pelo contribuinte é que os responsáveis serão chamados a saldar a obrigação tributária surgida com o fato gerador, muito embora o tema não seja assim tratado na redação crua do CTN, como veremos. Por sua vez, o artigo 135 cuida da responsabilidade quanto a terceiro que age de maneira irregular ou ilegal, no caso de prática de atos com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos. Esse caso se mostra como uma espécie de responsabilidade por substituição, uma vez que a atribuição de responsabilidade surge já com a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária. O responsável, nesses casos, possui responsabilidade pessoal, respondendo com seus bens pelos atos praticados contras as pessoas que representam ou que substituem. Vamos ao que nos dizem os artigos do CTN. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 147 Responsabilidade em razão da atuação regular do terceiro O normativo do CTN que cuida dos casos de responsabilidade com atuação regular de terceiro está contido no artigo 134, cuja redação é a seguinte: ³Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I - os pais, pelos tributosdevidos por seus filhos menores; II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.´ Inicialmente deve ser feita uma observação muito importante relativa ao artigo 134: apesar de constar expressamente a palavra SOLIDARIAMENTE, essa responsabilidade, na verdade, é SUBSIDIÁRIA, uma vez que, como falamos, e até mesmo diante do que consta no início do próprio texto do Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 147 artigo, somente diante da impossibilidade da cobrança junto ao sujeito passivo é que o Fisco poderá cobrar dos responsáveis previstos nos incisos I a VII do artigo 134 do CTN os valores em aberto. Ou seja, ESSE TIPO DE RESPONSABILIDADE COMPORTA BENEFÍCIO DE ORDEM, NÃO SE CONFUNDINDO COM A SOLIDARIEDADE PREVISTA NO ARTIGO 124 do CTN. Assim, há uma ordem de preferência a ser observada quanto à cobrança dos valores porventura devidos pelos contribuintes previstos em lei. Não esqueça isso. Mas preste atenção ao que a nosso amigo Virgulino vai nos dizer agora!! Atenção! Essa questão, em provas de concursos, é bastante sensível, com algumas bancas cobrando como certa a literalidade do que consta no CTN, considerando como correta a existência da solidariedade, e não da subsidiariedade. Por sua vez, outras consideram como correta a subsidiariedade constante no dispositivo, considerando incorreta a redação que afirme que a responsabilidade é solidária. Assim, tenha muito cuidado com questões que abordem esse assunto, analisando-a de maneira fria e calculista! Dessa maneira, somente diante da impossibilidade da cobrança dos valores devidos dos contribuintes legais é que o Fisco poderá acionar as pessoas constantes nos incisos I a VII do artigo 134 do CTN. Caso não seja possível, por exemplo, cobrar os valores devidos por seus filhos menores, os pais destes serão acionados a pagar o tributo porventura devido. O mesmo acontece em relação aos demais contribuintes. Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 147 Entretanto, os responsáveis somente poderão vir a ser chamados se observadas, CONCOMITANTEMENTE, as duas condições previstas no caput do artigo 134, quais sejam: No caso de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelos contribuintes, DEVENDO O FISCO PRIMEIRO COBRAR DESTES; e O não cumprimento da obrigação tributária tenha sido observado em razão de atos praticados pelos terceiros ou em razão de omissão a eles imputadas. Sem que sejam observadas as duas condições, não poderá ser atribuída responsabilidade a essas pessoas elencadas no artigo 134 do CTN. Somente poderão ser cobrados ou executados bens dos responsáveis depois que foram cobrados ou executados os dos contribuintes. Por sua vez, são os seguintes os contribuintes e os respectivos responsáveis previstos nos incisos do artigo 134 do CTN: Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 147 Por exemplo, um dos primeiros casos elencados no caput do artigo 134 do CTN é o relativo aos pais, tutores e curadores, que responderão pelos tributos devidos por seus pupilos, conforme o caso (filhos, tutelados e curatelados). É certo que, quase que regra geral, essas pessoas não dispõem de capacidade econômica para saldar qualquer tipo de obrigação tributária por elas contraídas. Seria o caso, por exemplo, de uma criança que, com a morte do seu avô, veio a receber como herança desse um imóvel situado na praia de Porto de Galinhas/PE. A transmissão decorrente da morte do avô configura uma hipótese de incidência do ITCMD, imposto de transmissão estadual, no qual o herdeiro, entre outras pessoas, é o contribuinte eleito na norma para o pagamento do tributo devido. E agora? Joãozinho não tem dinheiro nem para comprar uma chupeta, o que dirá para pagar o ITCMD relativo ao imóvel. Ele espera juntar em sua poupança o dinheiro no valor do ITCMD devido ou não recebe o imóvel do seu querido vovô? Nenhuma das duas hipóteses. Quem será chamado a pagar serão seus pais, uma vez que eles são os eleitos pela norma tributária como responsáveis tributários. Entendeu como funciona? Alguém tem que pagar, ou, legal e formalmente, o bem não é transmitido! - Ao menos em teoria, claro. Por sua vez, temos o que estabelece o parágrafo único do artigo 134 do CTN, que dispõe sobre a atribuição de responsabilidade por infrações aos terceiros presentes nos incisos I a VII do artigo 134, APENAS EM RELAÇÃO ÀS MULTAS DE CARÁTER MORATÓRIO, EXCLUINDO A RESPONSABILIDADE QUANTO ÀS MULTAS PUNITIVAS. Assim, os terceiros somente responderão pelas multas devidas em razão do atraso no pagamento do tributo devido pelos contribuintes, jamais em razão de penalidades aplicadas em razão do não pagamento ou das demais multas de caráter punitivo (as chamadas multas formais, de ofício, fiscais ou pessoais). Direito Tributário para o ISS/GYNʹ Com vídeo Aulas Teoria e exercícios comentados Prof. Aluisio Neto ʹ Aula 07 Prof. Aluisio Neto www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 147 Por exemplo, caso a lei estadual do ITCMD preveja que o não pagamento do imposto no prazo devido implica em multa moratória de 3% ao mês e em multa de 30% do imposto devido, somente serão os terceiros responsáveis pela multa de 3% ao mês, não podendo os mesmos arcarem com a multa de 30%, que é de caráter punitivo. Assim, se determinado contribuinte deveria ter pagado o tributo em janeiro de 2011 e não o fez, estará sujeito à multa por atraso no pagamento prevista na legislação. Essa multa, por sua vez, caracteriza-se como uma penalidade, uma vez que decorre de uma infração do contribuinte ao que dispõe a legislação tributária. Quanto a essa penalidade (multa), o responsável não irá arcar com ela, apenas com as de caráter meramente moratório. Por sua vez, o responsável que não efetuou o pagamento no prazo legal previsto, o que acarretou multa de mora, nessa situação a multa será por ele devida, uma vez que decorreu de atraso no pagamento devido. Em relação ao inciso IV, os administradores de bens de terceiros são as pessoas que, por omissão, por exemplo, deixam de pagar o ITBI relativo a determinada transmissão realizada sobre o imóvel. O mesmo se observa em relação à falta de pagamento do IPTU. Quanto ao inciso V, hoje temos a figura do administrador judicial, em substituição ao síndico e ao comissário, conforme denominação dada pela lei federal nº 11.101, de 2005. Já em relação ao inciso
Compartilhar