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SENAC – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL Curso Técnico em Segurança do Trabalho PLANO DE MELHORIAS DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA DE TRABALHO INVENTÁRIO GERAL DE RISCOS EMPRESA: PROTENGE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL LTDA Sônia Barboza de Oliveira São Paulo Março/2012 Sônia Barboza de Oliveira PLANO DE MELHORIAS DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA DE TRABALHO INVENTÁRIO GERAL DE RISCOS EMPRESA: PROTENGE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL LTDA Plano de Melhorias das Condições de Segurança de Trabalho, Inventário Geral de Riscos, apresentado ao SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial como exigência parcial para a avaliação. São Paulo Tst 15N PROTENGE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL LTDA PROGRAMA DE GESTÃO DE RISCOS INVENTÁRIO GERAL DE RISCOS (Plano de Melhorias das Condições de Saúde e Segurança do Trabalho) responsável pela elaboração do relatório assinatura Sônia Barboza de Oliveira São Paulo, Abril de 2012 I. Introdução. Nesse Documento-Base estrutural vou relatar os Riscos Ambientais relacionados ao setor de produção da Empresa Protenge EPI Ltda, onde abrange corte, preparação, costura e acabamento e também os riscos Ergonômicos e de acidentes visando proteger e assegurar a saúde física e mental dos trabalhadores envolvidos nesse processo. Atendendo assim as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, Portaria 3.214/78 – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (NR4), Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (NR5), Programa de Prevenção a Riscos Ambientais (NR9) e Ergonomia (NR17). II. Objetivos. Os objetivos do documento base são: Antecipar, reconhecer riscos ambientais, ergonômicos e de acidentes. Documentar os riscos identificados Sugerir medidas preventivas e se for o caso medidas corretivas Realizar se o dimensionamento e as condições de funcionamento da Brigada de Incêndio e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Realizar vistoria das condições ambientais gerais de empresa (NR 24) Realizar cronograma das implantações das medidas de segurança III. Metodologia. Este documento foi elaborado visualizando as atividades realizadas no setor de produção de maneira qualitativa, não utilizando nenhum instrumento de medição, seja ele para níveis de pressão sonora de caráter ambiental ou de conforto, ou bombo de amostragem. Para a gravidade do risco foi elaborado uma planilha de Gestão de Segurança no Trabalho onde se classificou a probabilidade de ocorrência a repetitividade com que o evento adverso poderá ocorrer. IV. Caracterização Geral da Empresa 4.1 Identificação Razão Social: PROTENGE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL LTDA Endereço: AV. ULTRAMARINO, 476 Bairro: LAUZANE PAULISTA Cidade: SÃO PAULO UF SP CEP: 02.441-000 TEL: 11 2234-8000 Fax: 11 2231-3013 EMAIL protenge@protenge.com.br CNPJ: 58.249.988/0001-07 Ramo de Atividade Confecção de roupas profissionais, exceto sob medida. CNAE 14.13-4 Numero total de trabalhadores 75 Grau de Risco do INSS 2 Dimensionamento do SESMT (NR4) N.A CIPA Designado Comissão Nº de Membros 04 Responsável pela Empresa Roberto Bernardinelli Filho Cargo Diretor 4.2 Atividades e visão geral do processo produtivo: A Protenge EPI fabrica há mais de 25 anos, vestimentas e luvas destinadas á proteção contra altas temperaturas, com o intuito de minimizar o impacto e desconforto de trabalhadores que sofrem diretamente com o contato do calor em suas atividades laborais, sejam, metalúrgicas, siderúrgicas aciarias, coquerias, cozinhas industriais, vidrarias, eletricistas, forneiros em geral com ou sem projeção de metais, enfim toda atividade que padeça com calor irradiado, convectivo, condutivo e arco voltaico. O processo resume-se em primeiramente identificar e analisar os riscos da atividade laboral, estudando e desenvolvendo opções de vestimentas que minimizem o impacto, mantendo um acompanhamento técnico junto ao processo da atividade dos usuários. As etapas de produção dos EPIS iniciam-se com a especificação detalhada pelos engenheiros técnicos, no qual é enviado á modelagem criando cada molde com suas peculiaridades necessárias, destinando-os á armazenagem de informações computadorizadas onde seguirão as fases de infesto, corte, preparação, costura, e por fim o acabamento. Resultado de um trabalho em conjunto de diversos órgãos na realização de uma função a empresa é certificada pela ISO 9001-2008. Figura 1 4.2.1 Classificação da empresa: Empresa Privada Limitada De pequeno porte Criação e confecção de Equipamentos de Proteção Individual Análise de riscos Estudo e desenvolvimento de opções Acompanhamento técnico e fabricação de Equipamentos de Proteção Individual Características Gerais da Edificação Estrutura Em alvenaria; Fechamento Interno: em alvenaria, paredes com massa rústica e pintura; Externo: com fechamento em alvenaria e portão de entrada e ferro fechado por chapa; Num. de Pavimentos 4 Caixilhos Em ferro e vidros translúcidos; Revestimento Externo Massa rústica e pintura; Teto Em telha de zinco; Pé direito (aproximado) 3,5 m. Iluminação Artificiais por lâmpadas fluorescentes, e naturais por janelas em vidros translúcidos; Ventilação Natural por janelas e portas; 4.2.2 Instalações. A Empresa Protenge é dividida em 4 pavimentos. No primeiro andar se localiza o almoxarifado No segundo andar é onde se realiza todo o processo de produção No terceiro andar fica localizada a recepção e sala de reuniões No quarto andar se localiza a divisão administrativa da empresa, com os setores de faturamento, compra, financeiro, recursos humanos, comercial, engenharia , designer e diretoria.. Figura 2 V. Reconhecimento e avaliação de riscos das unidades. 5.1 Caracterizações básicas. Processo e ambiente de trabalho Ciclo Produtivo Setor Descrição Produção Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Os tecidos são recebidos em rolos, pelo setor de expedição, onde são armazenados em paletes e classificados cada qual com sua particularidade (gramatura, cor, propriedade de proteção, etc..). Após os trâmites convencionais de pedido, como recepção da Ordem de Compra, análise crítica, aprovação cadastral e demais negociações entre setor comercial e cliente, os pedidos seguem para o PCP (Programa de Controle de Produção), onde deverão seguir a ordem correta para confecção do EPI solicitado. O 1º passo da produção consiste em dispor os tecidos ao enfesto que é uma fase muito importante, pois determina o alinhamento das folhas de tecido além de organizar a quantidade de folhas a serem dispostas, segundo o planejamento. O 2º passo será o corte, onde na Protenge é efetuado automaticamente por uma maquina á laser - Lectra Vector FX, que é alimentada por informações computadorizadas dos moldes com cada tamanho já prédefinido. Dando continuidade ao ciclo, seguem para o setor de preparação de costura, subdivida em duas seções, uma a qual se aplica estampas de logomarcas, sejam nos bolsos, costas ou pernas e outra seção onde são sobrepostos os bolsos, faixas refletivas, velcros, e demais adereços conforme exigências dos pedidos. Figura 5Minuciosamente separadas as peças seguem para a costura onde são feitas as junções das mesmas compondo a vestimenta ou luva em questão. Quase que finalizadas, chegam ao setor de acabamento ou controle de qualidade, onde são feitos os arremates (retiradas de linhas em excesso) e ao mesmo tempo examinadas, para detecção de inconformidades. Sendo aprovadas, são embaladas e prontas para seremenviadas ao cliente. Operações Denominação Descrição Expedição e recebimento Setor onde são recebidos os rolos de tecido e demais aviamentos e despachados as mercadorias para o cliente. Corte Corte do tecido em formatos já programados em software. Preparação I Setor onde são aplicadas as logomarcas dos clientes. Preparação II Setor ande são colocados os bolsos, faixas refletivas, velcros, zíperes, etc.. Costura Atividade destinada às junções de peças já preparadas, compondo a vestimenta. São feitas as barras, golas, punhos, travetes,etc.. Acabamento Retirada de linhas excessivas das roupas, ou qualquer outro tipo de não conformidade que a peça apresentar, embalo de peças prontas. Principais Máquinas e Equipamentos MAQUINA OU EQUIPAMENTO PROCESSO OU OPERAÇÃO EM QUE É UTILIZADA RISCOS POTENCIAIS ASSOCIADOS Maquina reta Figura 6 Junção das peças já preparadas. -Perfuração dos membros superiores - Lesão por esforço repetitivo -Fadiga Visual -Exposição á poeiras -Ruído -Vibração Maquina Overlock Figura 7 Faz acabamento interno das peças. -Perfuração dos membros superiores - Lesão por esforço repetitivo -Fadiga Visual -Exposição á poeiras -Ruído -Vibração Maquina Interlock Figura 8 Faz acabamento interno das peças com reforço. -Perfuração dos membros superiores - Lesão por esforço repetitivo -Fadiga Visual -Exposição á poeiras -Ruído -Vibração Maquina Pespontadeira Figura 9 Colocação de velcros e faixas refletivas -Perfuração dos membros superiores - Lesão por esforço repetitivo -Fadiga Visual -Exposição á poeiras -Ruído -Vibração Maquina Elastiqueira Figura 10 Rebate a colocação do elástico nas vestimentas -Perfuração dos membros superiores - Lesão por esforço repetitivo -Fadiga Visual -Exposição á poeiras -Ruído -Vibração Maquina Botoneira Figura 11 Colocação de botões -Lesão por esforço repetitivo -Lesão nos olhos por projeteis de material -Fadiga Visual -Ruído -Vibração Maquina Filigrana Figura 12 Maquina automática destinada a pregar bolsos - Ruído - Lesão por esforço repetitivo -Fadiga Visual -Exposição á poeiras Maquina Galoneira Figura 13 Acabamento de gola em camiseta -Perfuração dos membros superiores - Lesão por esforço repetitivo -Fadiga Visual -Exposição á poeiras -Ruído -Vibração Maquina de Travete Figura 14 Costura dos reforços dos bolsos nas calças -Projeção de agulha nos olhos - Lesão por esforço repetitivo -Fadiga Visual -Ruído -Vibração Furadeira vertical Figura 15 Ajustes de carneira - Ferimentos nas mãos e dedos. - Projeção de partículas nos olhos -Ruído Maquina de dobrar e passar bolsos Figura 16 Maquina com sistema bi manual com sistema pneumático utilizada para prensar a quente o bolso - Ferimentos nas mãos e dedos. - Queimadura Lasseador de luva Figura 17 Maquina destinada a proporcionar maior flexibilidade e encaixe de luva por método de alta temperatura - Queimadura Vector FX – Lectra Figura 18 -Maquina programada para cortes de tecidos - Lesão por esforço repetitivo Maquina de estampa Figura 19 -Colocação de estampa - Queimadura Virador de Luva Fig.20 Processo técnico onde a luva é padronizada e viabilizada para seu uso. - Lesão por esforço repetitivo Obs. O local onde está localizada a Maquina de Corte é impróprio, pois existe um corredor de passagem entre maquina e os paletes de armazenamento de tecidos, sendo que o espaço total é aproximadamente de dois metros, propiciando um risco de acidente quando a maquina está em funcionamento. Produtos químicos Nome do produto Processo ou operação Categoria Componentes perigosos Perigos Contaminantes atmosféricos I/E S MA Óleo Mineral Lubrificação das maquinas NA Hidrocarboneto de Petróleo - x - - Álcool Etílico Processo de limpeza Inflamável Etanol x x x Volátil Preparado de Produto Químico (Veja Multiuso) Processo de limpeza NA Ácido Dodecil Benzeno Sulfonato de Sódio Linear 96% - x x Corrosivo Preparado de Produto Químico ( CREME PROTETOR LUVEX SIL FREE 2) O produto é um EPI para irritabilidade á poeiras dos tecidos NA ÁCIDO ESTEÁRICO NA NA X Orgânico I / E = Perigos de Incêndio, explosão ou reação violenta.; S = Perigos à saúde humana MA = Perigos ao meio ambiente X = perigoso - = não perigoso NA= não aplicável Observação. Esta tabela não se aplica as poeiras dos tecidos provenientes no processo de produção, pois os mesmos não envolvem produtos químicos em sua composição. As vestimentas são confeccionadas com fibras como aramida, meta- aramida, para- aramida e não são prejudiciais á saúde Medidas de controle de Engenharia EPI/EPC Maquinas e equipamentos EPC EPI Maquina Reta - Obrigação do uso dos delimitadores existentes na maquina -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1; PFF2; TNT(não exigido o uso) Maquina Overlock - Obrigação do uso dos delimitadores existentes na maquina -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1; PFF2; TNT(não exigido o uso) Maquina Interlock - Obrigação do uso dos delimitadores existentes na maquina -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1; PFF2; TNT(não exigido o uso) Maquina Pespontadeira - Obrigação do uso dos delimitadores existentes na maquina -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1; PFF2; TNT(não exigido o uso) Maquina Elastiqueira - Obrigação do uso dos delimitadores existentes na maquina -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1; PFF2; TNT(não exigido o uso) Maquina Botoneira - Obrigação do uso dos delimitadores existentes na maquina -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1;PFF2;TNT(não exigido o uso) -Óculos de Segurança Maquina Filigrama - Obrigação do uso dos delimitadores existentes na maquina -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1; PFF2; TNT(não exigido o uso) Maquina Galoneira - Obrigação do uso dos delimitadores existentes na maquina -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1; PFF2; TNT(não exigido o uso) Maquina de Travete - Obrigação do uso dos delimitadores existentes na maquina -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1; PFF2; TNT(não exigido o uso) Furadeira vertical NA -Calçado de segurança - Respirador descartável PFF1 -Óculos de Segurança -Luva Resistente á abrasão Passadeira de bolso NA -Calçado de segurança -Mangote Laceador de luvas NA -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1; PFF2; TNT(não exigido o uso) - Maquina de estampas NA -Calçado de segurança - Respirador descartável – PFF1; PFF2; TNT(não exigido o uso) VI. Instalações e condições ambientais gerais 6.0 Vestiários. A produção possui dois vestiários divididos entre masculino e feminino, pois são no total 45 trabalhadores, sendo 06 homens e 39 mulheres. O vestiário masculino possui 02 chuveiros com 02 conjuntos de 04 armários cada um, com as paredes revestidas de azulejos, com piso antiderrapante, contendo ralos de escoamento. As instalações elétricas devidamente protegidas. No feminino são 03 chuveiros com 01 conjunto de 04 armários grandes e o restante são conjuntos de 08 armários pequenos. A situação no vestiário feminino encontra-se irregular pelo seguinte motivo: A Norma Regulamentadora 24 estabelece que seja reservado 1,50m² para cada trabalhador, o vestiário em sua dimensão total, e parcial não apresenta essa característica, sendo assim, as trabalhadoras fazem rodízio para a troca de roupa; observamos que no gabinete sanitário está faltando os azulejos e segundo a Norma 24 as paredes dos vestiários deverão ser construídas em alvenaria detijolo comum ou de concreto, e revestidas com material impermeável e lavável. Além de apresentar pouca ventilação. Faltam de Azulejos, tornando-se permeável e anti-higiênico . Figura 20 O vestiário masculino a ventilação é melhor, o espaço é compatível com o outro sanitário, porem, por se ter um numero significativamente menor de trabalhadores, o espaço de circulação atende o que a norma pede, não se encontra nenhuma não conformidade como saliências, depressões em pisos e paredes, o material de revestimento está de acordo com a legislação. Figura 21 A única não conformidade foi o acondicionamento de equipamentos de combate a incêndio no local e material de produção, a falta de organização no local. Figura 22 Roupas dependuradas na divisória Equipamento de combate á incêndio armazenado no vestiário masculino Figura 23 6.1 Refeitório. Existe um refeitório no setor da produção, isolado por uma parede com passagem sem portas para o setor fabril, porém, como a produção não trabalha com agentes nocivos a saúde pode-se considerar um fator aceitável, o ambiente é limpo regularmente e possui uma media de 25 lugares, como o total de trabalhadores são de 45 pessoas e o horário de almoço é feito em 02 turnos. Os trabalhadores de outros setores recebem tickets refeição e os motoristas não tem um horário fixo de almoço, geralmente fazendo a refeição fora da empresa. As estruturas de edificação encontram-se de acordo com o estabelecido em legislação e o local possui geladeira, estufa para aquecimento dos alimentos, armários fogão, pia e purificador de água, tudo em perfeito estado. Figura 24 Imprescindível instruir os usuários da geladeira, em sempre manter os alimentos lá reservados, devidamente fechados e embalados, para evitar a contaminação alimentar. Foi verificado alguns temperos, sobremesas e demais nutrimentos, abertos e mau estado de conservação. VII. Caracterização da força de trabalho Relações de cargos e funções Cargo/função Nº Jornada Horário de trabalho Encarregado 01 44 horas semanais De 2ª feira das7h30min às 17h30min e de 3ª feira á 6ª feira das 7h30min às 17h15min. Costureiras 33 44 horas semanais De 2ª feira das7h30min às 17h30min e de 3ª feira á 6ª feira das 7h30min às 17h15min. Mecânico 01 44 horas semanais De 2ª feira das7h30min às 17h30min e de 3ª feira á 6ª feira das 7h30min às 17h15min. Cortador 02 44 horas semanais De 2ª feira das7h30min às 17h30min e de 3ª feira á 6ª feira das 7h30min às 17h15min. Preparadores 05 44 horas semanais De 2ª feira das7h30min às 17h30min e de 3ª feira á 6ª feira das 7h30min às 17h15min. Acabamento 03 44 horas semanais De 2ª feira das7h30min às 17h30min e de 3ª feira á 6ª feira das 7h30min às 17h15min. Descrição de funções Denominação Descrição Encarregado Responsável em verificar todos os processos de fabricação e se estão de acordo com o que foi solicitado pela gerência. Costureiras Responsável pelas junções, costuras das peças já cortadas, preparadas, além de barras, ajustes e reforços quando necessários. Mecânico Responsável pela manutenção de todas as maquinas do setor fabril Cortador Responsável em verificar os pedidos, programar , fazer enfesto e cortar os tecidos recebidos de acordo com a solicitação do cliente. Preparadores Responsáveis em produzir os bolsos, estamparia, colocação de zíper, faixas reflexivas, velcro, etc. Arrematador Pessoa responsável por lacear às luvas, e dar as ultimas adequações necessárias em todas as peças de roupas fabricadas, colocação das roupas nas caixas, fechamento de caixas e despacho dos produtos para entrega. Expedição Responsável pelo recebimento de matéria prima e despacho de produto acabado e acondicionamento dos materiais. VIII. Caracterização dos agentes ambientais ou estressores Fatores Psicossociais Agente ou estressor Danos potenciais à saúde humana Padrões legais referenciais Exigência de metas. Pressão na rapidez e qualidade da fabricação das peças para atendimento de clientes em potencial com prazo muito apertado e em grande s quantidades. Transtornos mentais decorrentes do trabalho Como depressão, nervosismo, ansiedade, fobia, ansiedade, Síndrome de Bornout, Síndrome do pânico. Instrução Normativa INSS/DC nº 98 de 05 de Dezembro de 2003 – Decreto 6.042, Decreto 6.957 Planilha de reconhecimento e avaliação dos riscos Planilha de campo AVALIAÇÃO AMBIENTAL POR GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO GHE Nº SETOR FUNÇÃO DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO REGIME DE TRABALHO HORÁRIO (h) 43 Produção Encarregado Responsável verificar se todos os processos de fabrica estão de acordo com o que foi solicitado pela gerência. CLT 44 h semanais 2ª feira-7hs30min ás 17hs30min 3ª á 6ªfeira - 7hs30min ás 17hs15min Costureira Responsável pelas junções, costuras das peças já cortadas, preparadas, além de barras de calça e mangas, corte de linhas. CLT 44 h semanais 2ª feira-7hs30min ás 17hs30min 3ª á 6ªfeira - 7hs30min ás 17hs15min Preparador Responsável pelas vincagens de bolso, estamparia, colocação de zíper, faixas reflexivas, velcro, etc. CLT 44 h semanais 2ª feira-7hs30min ás 17hs30min 3ª á 6ªfeira - 7hs30min ás 17hs15min Responsável Acabamento Pessoa responsável por lacear às luvas, e dar as ultimas adequações necessárias em todas as peças de roupas fabricadas, colocação das roupas nas caixas, fechamento de caixas e despacho dos produtos para entrega. CLT 44 h semanais 2ª feira-7hs30min ás 17hs30min 3ª á 6ªfeira - 7hs30min ás 17hs15min Mecânico Responsável pela manutenção de todas as maquinas do setor fabril CLT 44 h semanais 2ª feira-7hs30min ás 17hs30min 3ª á 6ªfeira - 7hs30min ás 17hs15min Cortador Responsável por verificar os pedidos, programar e cortar os tecidos recebidos de acordo com a solicitação do cliente. CLT 44 h semanais 2ª feira-7hs30min ás 17hs30min 3ª á 6ªfeira - 7hs30min ás 17hs15min Expedição/Recebimento Responsável pelo recebimento de matéria prima e despacho de produto acabado e acondicionamento dos materiais. CLT 44 h semanais 2ª feira-7hs30min ás 17hs30min 3ª á 6ªfeira - 7hs30min ás 17hs15min DESCRIÇÃO DO LOCAL Produção - O setor possui duas entradas distintas, sendo uma com acesso a um portão em chapa de ferro que leva a uma rampa elevada que direciona á rua principal. A outra entrada é uma porta que leva a uma escadaria que sobe á recepção da empresa. O local é todo feito em alvenaria, piso plano e rústico, tendo o teto em telha de zinco com exaustores eólicos. O pé direito tem aproximadamente 3,5m, onde abriga mais de 40 maquinas no local, com as tubulações devidamente pintadas conforme a legislação vigente. Este é o setor responsável pela fabricação de todos os produtos comercializados pela Protenge. Que são Vestimentas e Luvas( EPI’s) contra alta temperatura. PARADIGMA FÍSICO E QUÍMICO: Data das Avaliações: 27/Jan/2012 RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES Tipo Agente Fator de Risco Exposição (tempo/ freq.) Limite de Tolerância Intens. / Conc. Método de Amostragem Equipamento utilizado EPC EPI NR 15 ACGIH Efic. Tipo Efic. Tipo CA Prazo validade Period. Troca Higien. Ruído Físico Habitual/ Permanente 85dB - 81,4dB Dosimetria Decibelímetro NA NA S Protetor auricular 15,485 18/06/2015 NA NA Poeira Químico Habitual/ Permanente 2,0 f/cm³ - Avaliação Qualitativa microscopia ótica de contraste de fase Microscópio Optico - - S Mascara Pff1 20.587 15/03/2017 NA NA NA Biológico NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NOTA: O uso do capacete, calçado de segurança,óculos de proteção e protetor auditivo é obrigatório no acesso e permanência no setor fabril. Legenda: NA Não Aplicável Di Diário An Anual Me Mensal S Sim Ne Não Eficaz Qui Quinzenal Se Semanal Tri Trimestral N Não CONCLUSÃO FINAL Os tecidos utilizados no processo fabril são tratados quimicamente com os seguintes compostos: X. Unidade de Análise RECONHECIMENTO DOS RISCOS AVALIAÇÃO DO RISCO AÇÕES NECESSÁRIAS CONTATO/EXPOSIÇÃO OU CARGA DE TRABALHO DANOS POTENCIAIS FONTES OU CAUSAS MEDIDAS DE CONTROLE POPULAÇÃO SOB RISCO EXPOSIÇÃO G P RISCO IN AC Costuras das peças na maquina reta. -Perfuração dos membros superiores - Lesão por esforço repetitivo - Contato de membros superiores com objeto perfurocortantes Delimitadores 20 Alta 2 1 Moderado 1 S -treinamentos periódicos de maquinas existentes no setor e a obrigatoriedade dos delimitadores. Reforços internos das peças na overlock. -Perfuração dos membros superiores - Lesão por esforço repetitivo - Contato de membros superiores com objeto perfurocortantes Delimitadores 3 Alta 2 1 Moderado 1 S -treinamentos periódicos de maquinas existentes no setor e a obrigatoriedade dos delimitadores. Reforços internos das peças na interlock. -Perfuração dos membros superiores - Lesão por esforço repetitivo - Contato de membros superiores com objeto perfurocortantes Delimitadores 3 Alta 2 1 Moderado 1 S -treinamentos periódicos de maquinas existentes no setor e a obrigatoriedade dos delimitadores. Colocação de velcros e faixas refletivas nas vestimentas. -Lesão por esforço repetitivo -Perfuração dos membros superiores - - Contato de membros superiores com objeto perfurocortantes Delimitadores 2 Alta 2 1 Moderado 1 S -treinamentos periódicos e a obrigatoriedade dos delimitadores. Colocação dos elásticos nas peças. -Lesão esforço repetitivo -Perfuração dos membros superiores - - Contato de membros superiores com objeto perfurocortantes NA. 2 Alta 4 1 Moderado 1 S -treinamentos periódicos de maquinas existentes no setor. Colocação de botões na Botoneira. -Lesão por esforço repetitivo -Lesão nos olhos por projeteis de material - Contato de membros superiores com objeto perfurocortantes -Quebra de botão na maquina Delimitadores 1 Alta 4 2 Moderado 1 S -imprescindível a utilização dos óculos de segurança. -treinamentos periódicos Costura automática dos bolsos na maquina filigrana -Lesão por esforço repetitivo - NA 2 Baixa - - Baixo 1 S -treinamentos periódicos de maquinas existentes no setor. Colocação de golas na maquina Galoneira -Perfuração dos membros superiores - - Contato de membros superiores com objeto perfurocortantes Delimitadores 2 Alta 2 1 Moderado 1 S -treinamentos periódicos de maquinas existentes no setor. Colocação dos passantes e reforços nos bolsos feitos na maquina de Travete -Projeção de agulha nos olhos - Lesão por esforço repetitivo - Contato de membros superiores com objeto perfurocortantes - Quebra de agulha Delimitadores 2 Alta 2 1 Moderado 1 S -treinamentos periódicos de maquinas existentes no setor. Efetuar furos nas carneiras de capacetes na furadeira vertical - Ferimentos nas mãos e dedos. - Projeção de partículas nos olhos - Contato de membros superiores com objeto perfurocortantes Delimitadores 1 Alta 2 3 Moderado 1 S -imprescindível a utilização dos óculos de segurança. -treinamentos periódicos de maquina. Passar e dobrar os bolsos na maquina automática. - Ferimentos nas mãos e dedos por queimadura. - Contato de membros superiores com superfície quente NA 2 Alta 1 2 Moderado 1 S -treinamentos periódicos de maquinas existentes no setor. Laceador de luva - Ferimentos nas mãos e dedos por queimadura. - Contato de membros superiores com superfície quente NA. 1 Alta 3 3 Moderado 1 S - utilização de mangotes Efetuar corte dos tecidos na maquina automatizada Vector FX - Lectra - Lesão por esforço repetitivo - NA. 1 Alta 2 3 Moderado 1 S - Pausas durante a atividade Efetuar colocação de estampas nas vestimentas - Ferimentos nas mãos e dedos por queimadura. - Contato de membros superiores com superfície quente NA. 2 Alta 3 3 Moderado 1 S -treinamentos periódicos de maquinas existentes no setor. Virador de Luva - Lesão por esforço repetitivo -Força manual, em pé com tecidos de alta gramatura NA. 1 Alta 3 3 Médio 1 S -treinamentos periódicos de maquinas existentes no setor. Legenda: G = gravidade do dano, numa escala de 1 a 4 P= probabilidade de ocorrência do dano, numa escala de 1 a 4. Risco = categoria de risco IN= estimativa da incerteza do risco (0,1,2) AC = Julgamento da aceitabilidade do risco (S=aceitável N= não aceitável). XI. Recomendações e Conclusões Finais. Indicador de qualidade do ambiente de trabalho Unidade Nº de Riscos Aceitáveis Nº de Riscos Avaliados IQAT (Ano Atual) IAQT (Ano anterior) Produção NA NA NA NA Justificativa das não aplicabilidades dos Riscos Ambientais. No setor produtivo a única avaliação ambiental verificado foi quanto à poeira oriunda das fibras dos tecidos.A metodologia empregada de coleta para esse tipo analise foi a NHO 04 -2001- Norma de Higiene Ocupacional da Fundacentro: método de ensaio: método de coleta e análise de fibras em locais de trabalho: análise por microscopia ótica de contraste de fase, recomendada pela Organização Mundial de Saúde, em conjunto com as orientações da NR 15, Anexo 12 – Limites de Tolerância para Poeiras Minerais- Asbesto. Nesta metodologia de analise não foram identificadas partículas com dimensões que possam gerar risco ambiental nem mesmo químico, devido às dimensões das partículas serem maiores do que as consideradas respiráveis. A própria defesa humana é eficaz para reter as fibras orgânicas como algodão, e outras como aramida, para-aramida, carbono ou viscose. No histórico da Protenge nunca houve relatos sobre doenças relativas as poeiras emanadas dos tecidos. O ruído e o calor existentes no setor causam certos incômodos, mas não ultrapassa o limite de tolerância da Norma Regulamentadora 15 em seu anexo Nº1 NR 17 e em seu Anexo Nº3 que para uma exposição de 8 horas de ruído intermitentes continuo é estabelecido que não ultrapasse 85db(A). O ruído e o calor existente no setor estão caracterizados no conforto e não em riscos potenciais a saúde do trabalhador. Desconforto térmico incide na capacidade de desempenho da tarefa e aumenta o desgaste físico e reduz a capacidade de concentração. Não foi encontrado nenhum agente biológico que possa ser caracterizado como risco ambiental ou apresentar alguma não conformidade no anexo 14 da Norma Regulamentadora 15. 11.1 Recomendações. Uso obrigatório de calçados de segurança e mascaras PFF1 sem válvula, apesar de qualitativamente as poeiras existes no ambiente não causarem agravos à saúde dos trabalhadores, funcionário como medida preventiva até mesmo contra ações regressivas. Melhor acondicionamento dos paletes e de caixas de matérias. 11.2 Opção de Implementação sugerida: Instalação de exaustor para a captação de poeira. Limpeza das maquinas, porém com a implementação de aspiração das poeiras semanalmente. Isolamento da maquina de corte, pois a mesma pode causar riscos de acidentes entre o corredor e o equipamento. No momento de funcionamento da maquina de corte , as barras laterais correm num curto espaço utilizado como passagem. Figura 25 Orientação e obrigação da nãoretirada dos delimitadores das maquinas Adequação do piso com a conforme a NBR 9050 (Norma de Acessibilidade) Adequar o piso com o fechamento adequado do “ralo” no local que atualmente está sobreposto com um retalho d e borracha, podendo ocasionar acidente. Figura 26 Uso obrigatório de mangotes para quem exerce a atividade com risco de queimaduras Pausas alem das exigidas por lei, para descanso visual e exercícios de alongamento. Treinamentos periódicos e conscientização dos riscos oferecidos por cada máquina. Conclusão final. A Empresa tem a Certificação 9001 que se refere à Norma de Qualidade em produtos manufaturados, ou seja, todos os equipamentos, vestimentas e materiais acabados que saem da empresa para entrega, são padronizados, , se o resultado não tem características de acordo com a norma ISO, ela não sairá para o comércio, partindo deste conceito os recursos que são utilizados para a fabricação desses materiais também não deixam a desejar, porem, as condições de conforto e segurança ainda passam despercebidas. Apesar do setor de produção apresentar algumas não conformidades, por um estudo elaborado e um planejamento meticuloso e estabelecendo um prazo para o cumprimento deste, acredito que a complexidade para adequar a planta segundo as Normas que cuidam as saúde e da segurança do trabalhador não seria demasiada. São Paulo, 02 de Abril de 2012 ______________________________________ Sônia Barboza de Oliveira XII. Ergonomia 12.1 Introdução Ergonomia é a disciplina científica cujo objetivo é estudar as características laborais, de forma a adequar o local de trabalho e o equipamento ao trabalhador, gerando mais conforto, segurança, eficiência e produtividade. A palavra “Ergonomia” vem de duas palavras Gregas: “ergon” que significa trabalho, e “nomos” que significa leis. Essa disciplina pode ser aplicada em vários setores de atividade (Ergonomia Industrial, hospitalar, escolar, transportes, sistemas informatizados, etc.). Em todos eles é possível existirem intervenções ergonômicas para melhorar significativamente a eficiência, produtividade, segurança e saúde nos postos de trabalho. A Ergonomia atua em todas as frentes de qualquer situação de trabalho ou lazer, desde os estresses físicos nas articulações, músculos, nervos, tendões, ossos, etc., até aos fatores ambientais que possam afetar a audição, visão, conforto e principalmente a saúde. Neste estudo iremos identificar características que podem contribuir para aparecimento de algumas lesões causadas por métodos de trabalho que agridam as articulações, os membros e os músculos dos colaboradores da Empresa Protenge. 12.2 Avaliação da carga de trabalho No setor da produção as trabalhadoras que trabalham na costura, na preparação, realizam as atividades designadas como primárias que são a costura e a customização das roupas, já o mecânico tem como atividade principal o conserto de maquina quando alguma apresenta problema, e como atividade secundária auxilia o encarregado em alguma questão operacional como, por exemplo, pequenos reparos em elétrica, hidráulica ou civil, já o setor de expedição tem como atividade primária receber os paletes, e encaminhá-los para o almoxarifado, teoricamente esta seria sua única atividade, mas sempre quando é recebido algum material que não seja da produção, como por exemplo, algo encomendado pela alta direção, os mesmos também recebem e encaminham para o setor que solicitou, isso poderia ser classificada como atividade secundaria, esta atividade também é realizada pelo trabalhador do setor de acabamento. Características de penosidade podem ser vistas no ambiente de trabalho, em muitos momentos a exigência do cumprimento dos prazos não é compatível com o numero de trabalhadores, sobrecarregando os setores, tornando o trabalho que tem uma característica não muito severa, tornar–se em muitos momentos da jornada de trabalho, por suspensão de pausas regulares dos empregados. Como a foto no exemplo abaixo: Figura 27 12.3 Questões relativas às cargas de trabalho 12.3.1 Setor de costura. No setor de costura as trabalhadoras passam toda a jornada de trabalho sentadas, salvo em horário de almoço e café, porem, fora estas duas pausas, o trabalho é continuo, realizam o trabalho de maneira quase estática , apenas movimentando os membros superiores para a execução da costura. Observando a maneira com que elas trabalham poderíamos dizer que estão expostas aos seguintes riscos, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, monotonia e repetitividade e outras situações causadoras de estresse físico e/ou psíquico. Alem disso há pouco espaço para a movimentação de braços e de pernas deixando também as articulações estáticas e expostas a problemas de circulação e consequentemente inchaço dos pés e patologias da coluna vertebral como hiperlordose, hipercifose e escoliose e observado o uso dos membros inferiores na atividade o cotovelo também fica estático por alguns períodos e/ou com repetição de movimentos e isso pode causar tendinite mesmo por que o assento utilizado é contem apoio para os braços Como observado na figura 28. Figura 28 Nesse caso o apoio ergonômico para os pés foi dispensado, a altura desta colaboradora permite que seus pés alcancem o chão. Já no caso da figura 03 podemos observar que a trabalhadora tem muito pouco espaço para a movimentação dos membros superiores em sua estação de trabalho, visto que a organização e o ritmo de trabalho estavam intensos este dia, observamos também a ausência de apoio para os braços na cadeira. Figura 29 12.3.2 Setor de acabamento No setor de acabamento o trabalhador executa sua atividade de pé em toda sua jornada, podemos observar que o mesmo realiza um trabalho dinâmico, porem, muito repetitivo, em sua função ele retira os excessos de linha das roubas terminadas e quando as luvas são produzidas é ele que fica responsável por seu acabamento sendo lanceando-a ou adequando a luva para os membros superiores. No trabalho de acabamento ele permanece estático em uma bancada, trabalhando apenas com os membros superiores. Observando a bancada verificamos que a mesma fica localizada bem abaixo de sua cintura causando tensão em seus ombros e a coluna fica levemente flexionada em longo prazo isso poderia causar hiperlordose, hipercifose e escoliose, como demonstrada na figura 30. Figura 30 Em outros momentos o trabalhador passará seu expediente inteiro ou até mesmo em alguns dias de sua jornada trabalhando com o virador de luva onde é imposta uma postura inadequada podendo causar lesão por esforço repetitivo e lesões na coluna vertebral, como mostram as figuras 31, 32 e 33. Os tecidos tem acentuada gramatura o que exige a colocação de força na operação de virar as luvas para o lado direito. As luvas são costuradas pelo lado do avesso. O empregado tem 23 anos de idade e está no posto há 02 anos consecutivos e não se queixa de dores. Figura 31 Figura 32 Figura 33 12.3.4 Mecânica. Os mecânicos que executam suas atividades no setor, em muitas ocasiões podem encontrar-se sob exigência de postura inadequada para verificar os funcionamentos de certas maquinas ou até mesmo em suas atividades de pequenos reparos em manutenção predial como civil, elétrica e hidráulica. 12.3.5 Expedição Os trabalhadores desse setor estão expostos aos seguintes riscos: Esforço físico intenso Levantamento e transporte manual de peso Exigência de postura inadequada Imposição de ritmos excessivos Repetitividade Outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico Em freqüentes momentos da jornada de trabalho os colaboradores recebem paletes de tecido e caixas de produtos para seu acondicionamento,visto que em muitos dias são muitos os pedidos realizados os empregados do setor passam o dia inteiro enviando e recebimento materiais, seu acondicionamento e feita de maneira manual, pois, o espaço que se tem para movimentação de carga não atende o que é exigido na legislação impedindo a movimentação de paleteiras. Como demonstra a figura 08 que mostra seu acondicionamento e a figura 09, referente ao espaço para transporte de material. Figura 34- Figura 35 12.3.6 Corte No setor de corte não foi verificado nenhum risco ergonômico significante, pois é a maquina efetua todo o processo automaticamente. O que pode se notar é certa irritabilidade do operador com a exigência de produção em alta, mas nada que o penalize , analisado qualitativamente, ou seja que ofereça risco a sua saúde e/ou integridade física. Nas figuras a seguir mostra a estação de serviço do trabalhador. Figura 36-Operador conversa enquanto Figura 37-Informações automatizadas maquina executa o corte 12.3.7 Principais formas de combater e prevenir distúrbios osteomusculares e patologias da coluna vertebral são: A recomendação de pausas e de outras medidas deve ser estabelecida pela Análise Ergonômica da atividade, porém a titulo de exemplo indicamos: Pausas regulares nas atividades (Isso não significará que o trabalhador ficará desocupado durante esse tempo, pode-se desenvolver outra tarefa durante esse tempo, ou estabelecer um período de 10 minutos de descanso a cada 50 minutos trabalhados). Ênfase de informações preventivas. Treinamento relativo a transportes e armazenamento de materiais Treinamento relativo a medidas de prevenção nas atitudes diárias (este poderá ser feito em Dialogo Diário de Segurança) Envolvimento de equipe multidisciplinar como, por exemplo, médicos, fisioterapeuta, nutricionista, etc. 12.4 Ambiente climático interior Em dias de calor o setor da produção sofre com as altas temperaturas, pois a telha ser de zinco o calor é absorvido de maneira intensa e emanado por todo o setor, trazendo um grande desconforto para os colaboradores. Existe ventilação natural, e a artificial, esta é feita por ventiladores com umidificadores ambientais (FIg.13), mesmo por que tem a serventia de fazer com que os particulados de poeira de tecido dispersos no ar recaiam sobre a superfície proporcionando menos desconforto para os trabalhadores visto que estas poeiras contem elementos químicos em virtude do tratamento que é dado ao tecido para ele resistir ao calor, causando dermatoses. Os recursos que utilizamos não garante um conforto térmico aceitável em vista que tem dia que registramos 30°C no local e pela Norma Regulamentadora 17 a temperatura ideal ou seja aquela que propicie conforto térmico é de 20°C a 24°C. Figura 37 Outro problema relativo às condições de conforto ambiental é o ruído, temos as seguintes fontes geradoras de ruído: 01 compressor Maquina Industrial de Corte (Vector FX – Lectra) 01 Gerador de energia trabalhando em tempo integral para produzir energia em uma parte do setor da produção. Está analise foi feita qualitativamente, porem, por uma permanência média do setor já é bem perceptível o incômodo gerado pelo ruído. 12.5 Organização do trabalho Como relatado anteriormente à forma como é feita a atividade encontramos alguns pontos deficientes que necessitam de melhoria, como os intervalos inexistentes quando a um significativo aumento de produção, exigência de postura inadequada para se realizar o serviço, a pressão psicológica referente ao cumprimento de metas e a repetitividade em certas atividades. 12.6 Recomendações Adoção de suporte e tapetes ergonômicos para os pés para os funcionários que trabalham em pé Adoção de cadeiras ergonomicamente corretas e suportes para os pés quando houver a necessidade Treinamentos sobre correto transporte de carga manual Viabilidade de troca ou enclausuramento das fontes geradoras de ruído (conforto) Aumento ou troca dos equipamentos de ventilação artificial (conforto) Troca da telha de zinco por uma de fibrocimento com manta térmica (conforto) Exigência de pausas regulares quando a produção estiver com uma alta demanda. Pausas para alongamentos durante o expediente. Melhor distribuição dos serviços a serem realizados Adequar os espaços de serviços físicos a antropometria e a biomecânica dos trabalhadores. XIII. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 13.1 Introdução Originada durante o governo do presidente Getúlio Vargas, em 1944, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA completou 55 anos de existência no último dia 10 de novembro de 1999. Coube a ela o mérito pelos primeiros passos decisivos para a implantação da prevenção de acidentes do trabalho no Brasil. A CIPA surgiu quando a sociedade e alguns empresários já tinham detectado a necessidade de se fazer alguma coisa para prevenir acidentes do trabalho no Brasil. Em 1941, no Rio de Janeiro, foi fundada a Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA). Outras experiências também já existiam como das empresas estrangeiras de geração e distribuição de energia elétrica, Light and Power, em São Paulo e no Rio de Janeiro, que há anos já possuíam Comissões de Prevenção de Acidentes. Outros méritos da existência da CIPA são demonstrar que os acidentes de trabalho não eram ficção e criar a necessidade de ações prevencionistas além das que constavam como sua obrigação. A CIPA tem sua origem no artigo 82 do Decreto-Lei 7.036, de 10 de novembro de 1944. Apesar do tempo de existência e da tradição da sigla, a CIPA ainda não adquiriu estabilidade organizacional e funcional. Isto em razão dos avanços e recuos, dos altos e baixos resultantes das diversas regulamentações a que foi submetida em meio século de vida. 13.2 Objetivo A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA- Tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a prevenção da vida e a promoção de saúde no trabalho. 13.3 Da organização. A Comissão será organizada a partir do grupo do Código Nacional de Atividade da Empresa, a partir desse momento poderemos classificar o grau de risco e o dimensionamento do numero total de trabalhadores, a partir desse momento poderemos dizer quantos membros está percentagem terá. A comissão será composta por representantes do empregador decididos por ele quem será, e dos empregados deliberado por escrutínio secreto, o grupo de trabalhadores que forem eleitos terão por responsabilidades acompanhar e auxiliar a desenvolver os programas de segurança relativos a Empresa. Este grupo terá por obrigação levar os problemas relativos a segurança ao conhecimento do empregador, juntamente com a solução elaborada. A CIPA será composta por presidente, vice presidente, membros efetivos e suplentes, terá reuniões mensais para se discutir os riscos e problemas identificados e propor soluções de melhoria, para os riscos graves e iminentes a CIPA terá o direito de realizar reuniões extraordinárias. Intrinsecamente com suas responsabilidades a CIPA terá o dever de cumprir com seu plano de trabalho elaborado com assessoria do SESMT se a mesma desejar, solicitar os comunicados de acidentes emitidos e verificar as medidas de segurança implantada, elaborar o mapa de risco de todos os setores da empresa, elaborar documentos de campanhas de AIDS, SIPAT e de participação de colaboração com o desenvolvimento do Programa de Riscos Ambientais, participar de investigações de acidentes do trabalho (inclusive os mais graves) quinhoar com os programas de segurança da empresa, divulgar informações sobre Segurança e Saúde no Trabalho e estar anexo na ata de reunião da CIPA pelo menos partes significativas do Programa de Prevenção Ambientale o relatório anual do Programa de Controle Médico Ocupacional. Para cumprir com todas estas responsabilidades a percentagem terá um curso com uma carga horária de 20 horas durante o expediente para ter ciência das ferramentas a serem utilizadas nestas competências anteriormente citadas 13.4 Cronogramas do processo de eleição e implantação da CIPA Para o escrutínio secreto a Empresa deverá cumprir prazos estipulados na Norma Regulamentadora 05 para a implantação ou para nova gestão da Comissão como segue o exemplo. Cronograma Prazos Legais Data exata Dia da semana Dias antes da posse Edital de convocação para eleição 60 dias antes da posse 16/3/2012 Sexta-feira -60 Formação da comissão Eleitoral 55 dias entes da posse 22/3/2012 Quinta-feira -55 Inicio das Inscrições de canditatos 20 dias antes da eleição 23/3/2012 Sexta-feira -53 Publicação Edital de Inscrição 45 dias antes do término do mandato 23/3/2012 Sexta-feira -46 Término das Inscrições dos Candidatos 6 dias antes da Eleição 30/3/2012 Sexta-feira -39 Retirada do edital de inscrições Dia seguinte ao encerramento das inscrições 6/4/2012 Sexta-feira -38 Retirada do edital de convocação No dia da eleição 9/4/2012 Segunda-feira -33 Realização da votação 30 dias antes da posse 13/4/2012 Sexta-feira -33 Realização da apuração Mesmo dia da eleição 13/4/2012 Sexta-feira -33 ( o prazo poderá sofrer alteração) Resultado da eleição 1 dia após a apuração 13/4/2012 Sexta-feira -32 Curso para os Cipeiros ( data mínima) Depois da eleição 13/4/2012 Sexta-feira -31 Comunicar sindicato do resultado da data de posse 15 dias após a eleição 16/4/2012 Segunda-feira -18 Curso para cipeiros (data máxima) Antes da posse 27/4/2012 Sexta-feira -3 ( o prazo poderá sofrer alteração) Posse dos cipeiros 14/5/2012 Segunda-feira 0 Organização do calendário Na reunião da posse 16/5/2012 Quarta-feira 0 13.5 Mapa de Risco. É uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores. Tais fatores originam-se nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos, e nos espaços de trabalho, onde ocorrem as transformações) e da forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, turnos de trabalho, postura de trabalho,treinamento etc.) A realização de mapeamento de riscos tornou-se obrigatória para todas as empresas do país que tenham CIPA, através da portaria nº 5 de 17/08/92 do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador do Ministério do Trabalho. De acordo com o artigo 1º da referida portaria cabe às CIPAs a construção dos mapas de riscos dos locais de trabalho. Através de seus membros, a CIPA deverá ouvir os trabalhadores de todos os setores da empresa e poderá contar com a colaboração do ServiçoEspecializado de Medicina e Segurança do Trabalho (SESMT) da empresa, caso exista. Os riscos deverão ser representados em planta baixa ou esboço do local de trabalho (croqui) e os tipos de riscos relacionados em tabelas próprias, anexas à referida portaria. Como segue o exemplo a seguir: XIV. Programa de combate a incêndio. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO Acesso de viatura do Corpo de bombeiros Iluminação de emergência X Separação entre edificações Detecção de incêndio Segurança estrutural nas edificações Alarme de incêndio X Compartimentação horizontal Sinalização de emergência X Compartimentação vertical Extintores X Controle de material de acabamento Hidrantes e mangotinhos X Saídas de emergência Chuveiros automáticos Elevador de emergência Resfriamento Controle de fumaça Espuma Gerenciamento de risco de incêndio Sistema fixo de gases limpos CO e CO2 Brigada de incêndio X Plano de intervenção de incêndio RISCOS ESPECIAIS Armazenamento de líquidos inflamáveis Fogos de artifício Gás Liquefeito de Petróleo Vaso sob pressão (caldeira) Armazenamento de produtos perigosos Outros ELEMENTOS ESTRUTURAIS Prédio construído de alvenaria com estruturas de ferro Estrutura de sustentação da cobertura: concreto, ferro com telhas de zinco e fibrocimento Identificação da edificação e/ou área de risco Área (m²)- 1.323,35M² Existente- 1.323,35 M² A construir - X Total- 1.323,35 M² Detalhes Altura (m) – 11,05 M Nº de pavimentos- 4 Ocupação de solo: 1.323,35 M² Uso, divisão e descrição: Grupo I2, indústrias onde as atividades exercidas e os materiais utilizados apresentam médio potencial de incêndio Risco: MJ/m²: 300 a 1.200MJ/m2 14.1 Recomendações: Pelo o que define o Decreto 56819 do Corpo de Bombeiros, de acordo com o grupo que a Empresa se classifica, com sua altura e área total, sugiro um planejamento dos seguintes itens a seguir. Acesso de viatura na edificação Segurança estrutural contra incêndio Compartimentação Vertical Controle de Materiais de Acabamento Saídas de Emergência Plano de Emergência Brigada de Incêndio – 14 Brigadistas ( Anexo A, tabela 1.A, Instrução Técnica 17) Mangotinhos Segundo o que trata a Instrução Técnica Nº21 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, em seu subitem 5.2.1.3, cita que os extintores deverão ficar desobstruídos e sinalizados, como segue o exemplo a seguir vimos que isto não está de acordo com a realidade da empresa. XV Cronograma para implantação das medidas gerais de segurança. 15.1 Introdução. Esse cronograma apresentará as atividades desenvolvidas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho durante o ano. 15.2 Objetivo. Reduzir de forma significativa os acidentes e possíveis infrações e/ou multas que a Empresa possa arcar pelo não comprimento do cronograma de segurança no trabalho. Caracterização da Empresa: Código Nacional de Atividade: 14.13-4 Risco: 2 Total de Trabalhadores: 75 Atividade JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ AVCB X Formação de Brigada de Emergência X Treinamentos de Brigada de Emergência X Sinalizações de emergência e rota de fuga X Recarga de extintores X X Testes Hidrostáticos de hidrantes X X Manutenção preventiva de Maquina de Corte X Treinamentos referentes a Maquina de Corte X Analise Ergonômica X Treinamentos de Ergonomia X Revalidação do PPRA X PCMSO X Verificar ordens de serviço X Revisão de APR’s X Verificação dos EPI’s X X X X Verificar prontuário de Instalações elétricas X Planejamento pra Sipat X Sipat X Auditoria do INMETRO X 15.3 Cronograma para as medidas de segurança propostas Atividade JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Status Exigência obrigatória do uso de EPI X Não iniciada Em andamento Finalizada Acondicionamentoapropriado de paletes e caixas X Instalação de exaustor para a captação de poeira X Isolamento da maquina de corte X Adequação do piso com a conforme a NBR 9050 X Manutenção na organização e na limpeza X Adoção de tapetes, cadeiras e bancadas ergonômicas. X Estudo sobre enclausuramento de maquinas. X Orçamento de equipamentos de ventilação artificial X Estudo sobre a troca de telha de zinco X Adoção das medidas ergonômicas referentes à postura permanente X FALTA AJEITAR BIBLIOGRAFIA\INDICE/FIGURAS/DEDICAÇÕES XVI Bibliografia. Livros: CUNHA TAVARES, J. – Administração aplicada à segurança do trabalho CAMPOS, A. – CIPA Uma nova abordagem Internet INSTRUÇÕES TÉCNICAS DO CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO Disponível em: http://www.ccb.polmil.sp.gov.br/ Legislação, resolução. Portaria 3.214/78 – Normas Regulamentadoras Doenças e queixas apresentadas pelas empregadas.
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