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INTRODUÇÃO
A preocupação com a qualidade ambiental mostra que a ação do ser humano sobre o meio ambiente não é tão recente quanto parece. Contudo, somente nestas últimas décadas é que o enfrentamento da problemática ambiental vem sendo tratado com maior rigor, e tem interessado de uma forma geral a todos os segmentos da natureza (de FREITAS et al., 2002).
Sendo assim, torna-se necessário estudar substancias que estão presentes constantemente no cotidiano na humanidade como os surfactantes. Embora o nome não seja corriqueiro, essas substancias está presente em diversos produtos de uso habitual como: detergentes, shampoos, condicionadores, sabões, produtos de limpeza, cremes dentais, etc.
Esse trabalho irá apresentar o conceito de tensão superficial e a atuação das substancias surfactantes, além de expor uma aplicação dessas substancias na agricultura. Tratará também sobre detergente biodegradáveis e não biodegradáveis apontando suas diferenças e efeitos decorrentes da má utilização dos mesmos.
TENSÃO SUPERFICIAL
TENSOATIVOS 
Tensoativo é um tipo de molécula que apresenta uma parte com característica apolar ligada a uma outra parte com característica polar. Dessa forma, esse tipo de molécula é polar e apolar ao mesmo tempo. Para representar esse tipo de molécula, usa-se tradicionalmente a figura de uma barra (que representa a parte apolar da molécula – portanto solúvel em hidrocarbonetos, óleos e gorduras) e um círculo (que representa a sua parte polar, solúvel em água). (DALTIN, 2011)
SURFACTANTES
Os surfactantes constituem uma classe importante de compostos químicos amplamente utilizados em diversos setores industriais. A grande maioria dos surfactantes disponíveis comercialmente são sintetizados a partir de derivados de petróleo. (NITSCHKE e PASTORE, 2002)
Os tensoativos são moléculas anfifílicas caracterizadas por possuírem as regiões estruturais hidrofílica e hidrofóbica, que dinamicamente se associam espontaneamente em solução aquosa formando as micelas (agregados de dimensões coloidais) responsáveis pela solubilização de espécies insolúveis. A concentração mínima para se iniciar o processo de formação das micelas é denominada concentração micelar crítica (MORAES et al, 2004).
 Alguns exemplos de surfactantes iônicos utilizados comercialmente incluem ésteres sulfatados ou sulfatos de ácidos graxos (aniônicos) e sais de amônio quaternário (catiônico). (NITSCHKE e PASTORE, 2002)
ATUAÇÃO DOS SURFACTANTES
Em função da presença de grupos hidrofílicos e hidrofóbicos na mesma molécula, os surfactantes tendem a se distribuir nas interfaces entre fases fluidas com diferentes graus de polaridade (óleo/água e água/óleo). A formação de um filme molecular, ordenado nas interfaces, reduz a tensão interfacial e superficial, sendo responsável pelas propriedades únicas dos surfactantes. Estas propriedades fazem os surfactantes serem adequados para uma ampla gama de aplicações industriais envolvendo: detergência, emulsificação, lubrificação, capacidade espumante, capacidade molhante, solubilização e dispersão de fases. A maior utilização dos surfactantes se concentra na indústria de produtos de limpeza (sabões e detergentes), na indústria de petróleo e na indústria de cosméticos e produtos de higiene. (NITSCHKE e PASTORE, 2002)
APLICAÇÃO DOS SURFACTANTES NA AGRICULTURA
Muitos questionamentos são feitos a respeito da necessidade do uso dos surfactantes nas pulverizações. A resposta é dependente da interação líquido-superfície vegetal. A tendência de redução das taxas de aplicação com tecnologias mais modernas exige melhor desempenho de um produto fitossanitário, em especial aqueles com modo de ação de contato, para o controle eficiente de um agente biológico com pequena mobilidade sobre a superfície vegetal. (RAETANO, 2014)
Portanto, a adição dos surfactantes à calda pode favorecer o maior espalhamento do produto e o molhamento da superfície. Quando as taxas de aplicação excedem a capacidade máxima de retenção foliar, observado na prática pelo escorrimento, a adição dessas substâncias à calda pode contribuir para a perda do produto fitossanitário por antecipar o escorrimento. (RAETANO, 2014)
A presença de ceras e tricomas (pilosidade) nas superfícies de muitos vegetais constitui barreira natural às gotas da pulverização, impedindo-as de entrar em contato com o tecido vegetal para desempenhar sua função. Nesse caso, o uso de surfactantes proporcionará redução da tensão superficial da calda, permitindo, assim, maior contato entre líquido e superfície. (RAETANO, 2014)
DETERGENTES BIODEGRAVADEIS E NÃO BIODEGRAVADEIS
Os primeiros detergentes sintéticos apresentavam em sua estrutura química cadeias ramificadas, como a mostrada a seguir: 
O nome desse composto é p-1,3,5,7-tetrametiloctil-benzenossulfonato de sódio. Veja como ele possui ramificações de grupos metil. Essas ramificações é que tornam o detergente não biodegradável, pois os microrganismos não conseguem degradá-las. (FOGAÇA, 2015)
Uma substância é considerada biodegradável quando, como o próprio nome diz, ela sofre uma degradação biológica, ou seja, os microrganismos conseguem transformar tal composto em moléculas simples ou íons inorgânicos, que são usados na nutrição das plantas. Como a maioria dessas degradações ocorre com a presença de oxigênio, denomina-se degradação aeróbica. (FOGAÇA, 2015)
Os detergentes não biodegradáveis só são decompostos por meio de processos físicos e químicos. Porém, se são lançados na natureza, como em rios e lagos – que é o que ocorre geralmente – eles permanecem inalterados e formam espuma que prejudica muito o meio ambiente. (FOGAÇA, 2015)
Por isso, as indústrias que fabricam esse produto foram forçadas a produzir detergentes com cadeias retas, lineares ou normais, semelhantes às cadeias dos sabões. Um exemplode um composto biodegradável é o p-dodecilbenzenossulfonato de sódio, esquematizado a seguir:
 
Assim, no caso dos detergentes, o que vai diferenciar se são biodegradáveis ou não é a presença de ramificações na cadeira carbônica. (FOGAÇA, 2015)
Os detergentes não biodegradáveis, quando lançados em um corpo hídrico sem nenhum tratamento, acumulam-se formando uma camada de espuma nos rios, impedindo a entrada de gás oxigênio, desta forma ele também pode remover a camada oleosa que reveste as penas de algumas aves, impedindo que elas flutuem. Além disso, a eutrofização também é outro impacto preocupante, quando os detergentes chegam aos rios eles servem de alimentos para as algas, que sobrevivem de energia solar, se elas começam a se alimentar das substâncias que compõem os detergentes, elas sofrem uma grande proliferação, fazendo com que a energia solar não chegue às algas mais profundas, prejudicando a fauna e a flora ali existente. (PENSAMENTOVERDE, 2013)
CONCLUSÃO
Através do que foi exposto, podemos concluir que os surfactantes são substancias de extrema importância, já que está presente em diversos produtos do cotidiano, bem como é aplicado com diversas finalidades, pois como foi visto, o uso de surfactantes pode auxiliar na pulverização de plantas no setor agrário. Além disso, foi mostrado a diferença entre os detergentes biodegradáveis e não biodegradáveis a partir das diferenças na cadeia carbônica, além de expor os impactos ocasionados pelo descarte incorreto dos detergentes não biodegradáveis.
MORAES, Solange Leite de and REZENDE, Maria Olímpia Oliveira. Determinação da concentração micelar crítica de ácidos húmicos por medidas de condutividade e espectroscopia. Quím. Nova. 2004, vol.27, n.5, pp.701-705. 
Carlos Gilberto Raetano. Professor adjunto do Departamento de Proteção Vegetal da FCA/UNESP – Campus de Botucatu (SP). http://www.revistacampoenegocios.com.br/surfactantes-otimizam-as-aplicacoes-de-defensivos/
Marcia Nitschke e Gláucia Maria Pastore. http://www.scielo.br/pdf/qn/v25n5/11408.pdf
Decio Daltin: http://www.usp.br/massa/2014/qfl2453/pdf/Tensoativos-livrodeDecioDaltin-Capitulo1.pdf
PENSAMENTOVERDE http://www.pensamentoverde.com.br/dicas/beneficios-detergente-biodegradavel/FOGAÇA http://alunosonline.uol.com.br/quimica/detergentes-biodegradaveis.html

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