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9 EXPRESSÃO ORAL - PORTUGUÊS_-_DIREITO_-_AULA_09

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AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 1 
PORTUGUÊS INSTRUMENTAL – DIREITO
AULA 9
Expressão Oral - 01
O operador de direito, além de 
toda a base teórica relacionada à 
construção textual, deve também 
estudar e dominar o recurso da 
oratória, haja vista que este é um fator 
primordial para o bom desempenho 
acadêmico e profissional.
Muitos estudantes apresentam dificuldade ao se apresentar em público, 
ficam com medo, nervosos, enfim, não conseguem expressar verbalmente 
aquilo que estão pensando. 
O jurista Piero Calamandrei analisa:
 
Não creio que nas nossas faculdades de direito seja necessário 
treinar os jovens para a eloqüência forense, como nas antigas 
escolas de retórica. Os estudos jurídicos devem servir para 
libertar o pensamento; quando este for ágil e pronto, o discurso 
se libertará por si.
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 2 
Mas, se uma escola de oratória forense devesse ser instituída, 
eu a faria funcionar assim: daria ao aluno para estudar, numa 
manhã, os autos de uma complicada e difícil controvérsia cível 
que ele deveria depois referir oralmente, de maneira clara e 
cabal no inexorável prazo de uma hora. No dia seguinte, sobre 
o mesmo argumento, deveria falar meia hora; enfim, no terceiro 
dia, o tempo concedido para repetir a exposição deveria ser 
reduzido ainda mais, a quinze minutos.
Nessa terceira prova, que seria decisiva, deveria estar presente 
um auditório de estudantes absolutamente ignorados do caso. 
Se o relator conseguisse tocar nesse arrazoado concentrado 
em todos os pontos essenciais da causa, de maneira bastante 
clara e ordenada para ser seguido e compreendido de imediato 
por aquele auditório, mostraria ter aprendido o gênero da 
eloqüência necessário para se tornar um bom sustentador 
oral."1
Ao planejar o que vai dizer, leve em consideração uma lista 
mental de questões a que sua fala deve responder; as lacunas que cada uma 
de suas afirmações podem gerar à medida em que seu discurso se desenvolve; 
a predisposição do seu público às ideias que você irá defender (preconceitos, 
conceitos partilhados, visão de mundo); as condições e a análise do contexto 
(já falamos sobre ele) em que a comunicação acontecerá.
1 "Elogio aos Juízes", traduzido por Eduardo Brandão (Editora Martins Fontes). 
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 3 
Assim como na análise do receptor, no momento da escrita, 
também na expressão oral precisamos estar cientes do público que nos 
assistirá. Saber a idade do grupo, suas 
convicções políticas, religião, profissão 
e mais algumas informações que se 
julguem imprescindíveis, é de vital 
importância. Lógico que nem sempre 
saberemos todas as informações a 
respeito de nosso auditório, mas quanto 
mais dados conseguirmos coletar, 
melhor será o nosso desempenho.
Temos aqui um video em que são feitas algumas observações 
importantes a respeito da oratória:
http://www.youtube.com/watch?v=Z8cPL0UIpzc
Segundo Osório Antônio Cândido da Silva2 a primeira pergunta que deve 
ser respondida, quando estamos preparando uma fala, é se o seu público é 
favorável à suas ideias. Será ele hostil? Terá um ponto de vista oposto?
Portanto esteja preparado para valorizar a oposição. Explorar fatores 
como esse é bom ponto de partida para um orador iniciante. Para os que já 
possuem experiência, este é um adicional valioso, pois a persuasão assume 
variadas formas e fazer com as pessoas concordem com a sua forma de 
pensar é uma grande proeza. 
2 Revista Língua Portuguesa. Ano 4. nº53. 
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 4 
Vejamos o que dizem alguns estudiosos do assunto:
Falar bem pode ser um tormento, mas o aquecimento da economia 
parece ter intensificado a necessidade de interação pública. Há, hoje, mais 
defesas de posição em reuniões de negócio, mais decisões afetadas por 
discursos na mídia, além de alunos e professores se expondo - em todos os 
casos, a certeza de que uma má exibição não só irrita a plateia como turva o 
que se fala. 
Por isso, diz Osório Antonio Cândido da Silva, que desde 1980 ministrou 
cursos a 5 mil alunos, o ensino oratório quer ser total: azeita discurso e 
presença, o uso de voz e corpo. Para Reinaldo Polito, outro expoente no 
mercado de soluções em oratória, a maioria "morre de medo" de falar em 
público. 
- São profissionais que já conseguiram posições de destaque, mas ficam 
humilhados por não conseguirem construir frases inteiras - afirma Polito. 
Cursos, então, acabam por acalmar o orador. Reinaldo Passadori, do 
Instituto Passadori de Educação Corporativa, há 20 anos lida com executivos 
que "vendem" ideias e são entrevistados. Eles têm de persuadir e influenciar, 
diz. 
Os cursos se segmentaram. Há opção para políticos, mulheres, 
sindicalistas e jovens. Em cada módulo customizado há as mesmas ideias de 
desinibição e raciocínios ajustados ao ouvinte. Para construir discursos é 
preciso saber com quem se lida.
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 5 
Agência Repórter Social e Jezebel Salém
Plateia a favor:
Antes de qualquer coisa, 
considere que a sua plateia já está 
pré-disposta a ver com bons olhos 
aquilo que você irá apresentar. Se 
o seu público demonstra que 
concorda com seu ponto de vista, 
concentre-se nele e elimine os 
pontos de vista opostos.
Vejamos um caso de abordagem de tema polêmico. Digamos que 
você é a favor da descriminalização do uso de maconha e acredita que essa é 
uma boa causa a ser defendida, pois ela pode ser utilizada em tratamentos 
médicos, ou que talvez não seja suficientemente nociva ao organismo para 
merecer o rótulo de ilegalidade. Isso é tudo o que você mencionará, ou seja, 
apenas os pontos que, em sua opinião, são positivos. Em nenhum momento 
será necessário mencionar os aspectos negativos desta sua argumentação.
Se o público for previamente favorável à ideia, estará predisposta 
a ficar a seu favor. O grupo todo tenderá a comprar não só a ideia principal 
como outras que componham e sustentem o discurso. Eles prestarão atenção 
em detalhes e serão capazes de lembrar os pontos importantes, porque na 
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 6 
verdade, tudo aquilo que você disse acabou por confirmar as noções que eles 
já possuíam anteriormente.
Plateia contra
Essa é uma boa oportunidade 
para você aperfeiçoar o seu discurso e 
personalizá-lo para uma audiência 
específica. Este é um momento que exige 
esforço adicional, portanto é necessário 
utilizar um pouco mais de tempo em sua 
elaboração.
O principal aspecto a ser 
observado é: fazer sua audiência concordar 
com a sua apresentação e, se não conseguir 
isso totalmente, que pelo menos vença 
algumas resistências da plateia. Levante 
questionamentos, instigue a dúvida. Numa análise final, talvez seja importante 
fazer uma abordagem sob outro ângulo, mais geral. Este é o maior desafio 
oratório: convencer os que se opõem ao seu ponto de vista.
Quando o público se posiciona de forma contrário àquilo que você 
está argumentando, é necessário endereçar sua fala aos argumentos daoposição, pois se você só se preocupar em defender seu ponto de vista, 
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 7 
ignorando os da oposição, tenderá a ver sua audiência desligar-se de sua fala, 
talvez até considerá-lo um orador sem credibilidade. Isso acontecerá, pois 
provavelmente a plateia não o sentirá intelectualmente honesto, uma vez que 
possivelmente você não está considerando todas as suas devidas nuanças e 
os argumentos da oposição não foram levados em consideração.
Então que ação deveríamos tomar nesta situação? Primeiramente 
é necessário apresentar os pontos fortes da sua argumentação. A seguir, 
aponte os argumentos primários dos opositores e, então, vá destruindo um por 
um, de maneira clara e organizada. Lance dúvidas e descréditos sobre elas. 
Assim, você estará dando atenção à oposição e oferecendo novas informações 
a serem pensadas e levadas em consideração.
Toda a plateia 
verá os pontos fracos da 
oposição e passarão a 
considerar as informações 
novas que sustentam o seu 
argumento. Neste momento 
você estará plantando a 
semente da dúvida e atraindo 
mais gente para o seu modo 
de pensar.
Sendo assim, podemos constar que você pode ser um 
comunicador excepcional, com ótimo tom de voz, boa linguagem corporal, sem 
exageros nos gestos, um bom material de pesquisa como apoio, discurso 
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 8 
afiado e uma finalização empolgante, que cativa as pessoas presentes. 
Contudo, nada disso salvará a sua fala de ser um fiasco se você não levar em 
consideração o ponto de vista da oposição.
Como afirma Silva, “se o orador perceber que a oposição pode ter 
vários pontos fortes, deve mencionar alguns, não só para mostrar bom senso, 
mas plantar a dúvida e minar os fundamentos da oposição. Isso vai permitir que 
pareça educado, justo e equilibrado aos olhos da plateia”.
Desta forma, podemos considerar que o ponto principal, quando o 
objetivo é persuadir, é fazer as pessoas se sentirem felizes depois de decidirem 
ver ou fazer o que você sugere, depois de terem concordado com a sua 
argumentação.
Logo abaixo teremos algumas orientações a respeito do comportamento 
do bom orador. É uma seleção das dicas propostas pelo professor de oratória 
Osório Antonio Cândido da Silva e publicadas na Revista Língua Portuguesa, 
nº53:
Para perder o medo
- Conheça sua plateia: Procure 
reunir o maior volume possível de informações 
a respeito do seu público. Isso é importante 
para que você estabeleça o nível de linguagem 
que utilizará. São iniciantes? São especialistas 
no assunto? Então procuro se preparar de 
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 9 
forma que seja possível falar para todos os públicos, um pouco com cada, nem 
acima, nem abaixo da expectativa.
 - Domínio do assunto: Estude, procure novas informações, 
atualiza-se a respeito do tema. Não corra o risco de o público conhecer o tema 
mais do que você. Portanto é extremamente importante estar preparado, isso 
impactará diretamente na sua postura diante da plateia.
- Encare os seus ouvintes: Procure estabelecer contato visual com 
a plateia. Assim que você perceber um aceno positivo, sua autoconfiança 
aumentará; em caso de aceno negativo, você saberá de imediato que talvez 
seja necessário repetir alguma coisa ou reelaborar a argumentação para que 
fique mais clara.
- Fale com entusiasmo: Não é necessário imitar ninguém nem 
exagerar na emoção, mas é importante demonstrar entusiasmo e interesse no 
tema abordado.
O tom natural da fala
- Nem a melhor das técnicas supera a sua naturalidade. Sendo 
assim, não fale rápido demais, pois se a sua dicção não for boa, ninguém irá 
entender o que você diz; também não fale lentamente ou com longas pausas, 
pois o tédio pode prevalecer. O desafio é encontrar um meio termo.
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 10 
- O mesmo fala para a altura, pois falar muito alto cansa o ouvinte 
e falar muito baixo exige muito esforço para ele consiga compreender o que 
está sendo dito. Quando o ouvinte não consegue entender, simplesmente fica 
disperso.
- Procure não cair na monotonia da fala linear, sem ênfase, nem 
veemência exagerada. É interessante criar um ambiente agradável de 
comunicação, alterando a altura e velocidade da fala.
Vocabulário adequado
- Muito cuidado com as questões gramaticais, pois a norma 
padrão é a que prevalece nas ocasiões formais de comunicação. “Erros” 
atrapalham a apresentação e podem arrasar sua imagem. Desta forma, 
dedique cuidado especial à concordância e à conjugação dos verbos.
- Desenvolva um vocabulário simples, objetivo e suficiente para 
representar suas ideias. Assim como vimos no texto escrito, na expressão oral 
também não é necessário fazer firulas linguísticas para dizer algo simples, pois 
isso pode cansar a plateia.
- Não dependa de vocabulário pobre, neste sentido é conveniente 
abolir o uso de gírias e palavrões. Também é necessário evitar o uso 
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 11 
exagerado de termos restritos à área de direito, principalmente se o público não 
familiarizado com eles. 
- Pronuncie todas as sílabas das palavras, não cortando os “s” e 
“r” finais (os advogado, tem que te garra), nem os “i” intermediários (peguei a 
caxa com os papéis).
- Evite expressões “todos compreenderam?”, “conseguiram 
entender?”, “alguma dúvida?” e prefira utilizar algo como “acham que devo 
repetir?” ou “posso explicar melhor ou não é o caso?”.
Controle Emocional
- Nunca de diminua diante 
do seu auditório. Nem se traia: 
não diga ou dê a entender que se 
preparou mal, os slites estão 
desatualizados ou coisa do 
gênero. A plateia poderá deduzir 
que não mereceu respeito e 
empenho de sua parte.
- Cuidado para não se repetir em demasia.
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 12 
- É aceitável consultar anotações em algum momento de “branco”. Mas 
não faça disso um hábito.
- Nunca chame a atenção para o fato de você estar nervoso.
 - Ao fim, nunca diga que se esqueceu de um tópico. Indica que você 
não se preparou como devido. Na hora das perguntas, inclua aí o tópico 
esquecido, mesmo que a relação entre eles seja só ligeira.
 - Em nenhuma hipótese deixe escapar que acha seu tema uma chatice.
 - Um lance pitoresco ou humorado aproxima as pessoas. Se surgir 
oportunidade, sirva-se disso
A linguagem do Corpo
- Os movimentos corporais e as expressões faciais são recursos que 
favorecem o entendimento.
- Não fique andando pelo palco enquanto fala, parecendo fera na jaula.
- Não fique parado no canto. Movimente-se; aproxime-se da plateia ao 
falar intimamente sobre um tópico.
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 13 
- Procure não pôr as mãos nos 
bolsos, nas costas ou juntas à frente, em 
"folha de parreira".
- Gesticule com moderação, 
coerente com o que é dito em seu discurso. 
Excesso é prejudicial, mais que a falta.
- Segurar algo (caneta, apontador, 
papel) serve de "muleta", mas não 
mantenha as mãos cheias de coisas que 
não está usando no momento.
- Distribua o peso docorpo entre as pernas; apoiar-se alternadamente 
numa e noutra torna a postura deselegante; não abra as pernas em demasia, 
mas o suficiente para manter o equilíbrio.
- Não fique com os ombros caídos. Passa imagem de excesso de 
humildade ou negligência.
- Procure vestir-se de modo adequado ao auditório e à situação. Escolha 
uma cor de roupa que reduza a evidência de suor.
Para saber mais sobre linguagem corporal, leia o livro “O Corpo Fala”, 
disponível na íntegra neste link:
 http://pcangelo.files.wordpress.com/2008/05/corpofl.pdf
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 14 
E também assista a série de Tv americana “Engana-me se puder” (Lie 
To Me) , que mostra o cotidiano de um grupo de especialista em detectar 
mentiras (segundo eles, uma pessoa mente 3 vezes a cada 10 minutos), 
através de análise linguística e corporal:
http://movie.uol.com.br/conteudo.php?id=803
A direção do Rosto
- Não olhe demais para um ouvinte ou grupo de ouvintes. Olhe o grupo, 
se possível nos olhos.
- Detenha-se mais no contato visual com quem ocupa cargo superior ou 
irá decidir um negócio.
- Não fique olhando o chão, o teto ou para fora da sala.
- Controle o tempo de sua apresentação, mas não fique olhando 
repetidamente para o relógio.
- Não aparente arrogância, empinando o queixo e olhando o público "por 
cima".
- Estabeleça coerência entre seu semblante e o que está sendo dito. 
Coisas alegres, fisionomia sorridente; coisas tristes, cara fechada.
- Se inevitável ler um discurso, olhe com frequência para a plateia e 
tenha certeza de que ela está atenta. 
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 15 
- Não abuse da mímica facial nos momentos de humor.
Atenção com o material
- Se usar software para slides, evite o excesso de sons: desviam a 
atenção.
- Não resuma a ideia lotando um slide com informação. Distribua-a em 
vários. 
- Revise os slides para eliminar erros (gramática, números, grafia, 
ordem).
- Não se limite a ler o que está projetado na tela.
- Evite o projetor ligado o tempo todo. Há horas em que não é preciso.
- Jamais chegue com transparências desordenadas. Sinaliza 
desorganização quem procura "a próxima" numa pilha. Não as mostre velhas 
ou manchadas.
- Se usa apontador retrátil, não fique naquele abre-fecha interminável, 
agitando-o. Se for apontador a laser, não movimente o ponto luminoso na tela 
além do necessário. Nem o dirija à plateia.
- Ao montar o slide, use o fundo que melhor contraste com letras e 
figuras; faça cópia com fundo branco para ser usada em salas com muita 
claridade. 
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 16 
- Não se desvie do tema que está projetado.
- Ao apontar o slide em direção à tela, não entre na frente da projeção 
nem dê as costas ao auditório.
O encerramento
- Não fale demais. 
Diga o que tem a dizer e, em 
seguida, pare. Antes, porém, 
dê ao público algo que o faça 
pensar e encerre sua 
apresentação com uma 
mensagem consistente. 
- A última coisa que disser deverá ser a mais lembrada. Pode ser um 
desafio, uma sugestão de ação ou a solução de um problema. Induza seu 
público a fazer algo. 
- Se o tema permitir, faça um encerramento bem-humorado: se bem 
feito, permitirá uma impressão positiva ao final e a sala não ganha aquele 
silêncio sepulcral enquanto você se senta. 
- Se o tema não é adequado ao encerramento bem-humorado, prepare 
uma história que mexa com a sensibilidade da plateia ou mostre algum tipo de 
pensamento ou provérbio que faça o auditório refletir. 
AULA 09 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL 17 
- Na hora das perguntas, nunca inicie uma resposta com: "Isso já 
falei...", "A resposta é óbvia...", "Imaginei que estivesse claro..." . Nem corte 
sua fala para atender a outra pergunta.
- Elogie uma boa pergunta. Ao responder, não olhe só para quem 
perguntou. 
- Tente captar a intenção e o conteúdo do que lhe é perguntado. Fique 
atento a termos ou frases que serão a chave da pergunta. A ênfase em certa 
palavra dá o sentido da indagação.
- Repita a pergunta para todos escutarem. Ajuda você a ter certeza de 
que a entendeu.
- Nunca deixe alguém fazer um discurso a pretexto de elaborar uma 
pergunta dirigida a você. Se o indagador se estender, interrompa-o, gentil e 
firmemente, e pergunte qual é a dúvida. 
- Uma pergunta que tem várias partes deve ser dividida e cada parte 
respondida em separado. Terá mais clareza e melhor aceitação.

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