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Direito Penal 2ºp 2p

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Direito Penal
Teoria Geral do Direito 
Crime -> trifásico = [Fato típico + fato antijurídico + culpável = crime]. (conceito analítico do crime)
Fato típico: comportamento humano que provoque um resultado e é previsto na lei penal como infração.
Dividi-se:
- Conduta:
Dolosa:
Culposa:
- Resultado
- Nexo casual:
Material:
Normativo (imputação objetiva):
- Tipicidade:
Formal:
Conglobaste:
Fato antijurídico (Ilícito): É o que vai de encontro ao ordenamento jurídico (ilícito)
- Quando o agente não atua em:
Estado de necessidade
Legitima defesa
Estrito cumprimento do dever legal
Exercício regular de direito
- Quando não houver o consentimento do ofendido como causar supralegal de exclusão da ilicitude.
Culpável:
-Divide-se:
Imprestabilidade
Potencial consciência sobre a ilicitude do fato.
Exigibilidade da conduta diversa
Conduta: comportamento humano e voluntário direcionado a um determinado fim (teoria finalista)
Ilicitude/ Antijuridicidade: É a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico (ilicitude formal) que
cause lesão, ou exponha a perigo de lesão, um bem juridicamente protegido (ilicitude material)
Hipóteses de ausência de conduta: A ausência de conduta torna o fato típico – ausência de culpabilidade.
-Divide-se:
Coação física
Movimentos reflexos
Estados de inconsciência (sonambulismo / hiprotismo)
Atenção: O consentimento do ofendido, na teoria do delito, afeta a tipicidade e exclui a ilicitude do fato.
Crime
Doloso: Quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo
Dolo direto: Vontade do agente dirigida especificamente à produção do resultado.
Dolo indireto ou eventual (dolo de segundo grau): Previsibilidade do resultado. É a vontade do agente dirigida a um resultado determinado, porem vislumbrando a possibilidade de ocorrência de um segundo resultado. 
Nesse uso de situação mais complexa, o agente não quer o segundo resultado diretamente, embora sinta que ele pode se materializar juntamente com aquilo que pretende o que lhe é indiferente.
Exemplo: João está desferindo tiros contra um mudo no quintal de sua residência (resultado pretendido) dar disparos contra o mudo vislumbrando, no entanto a possibilidade de os tiros vazarem o obstáculo, atingindo terceiros que passam por trás. Ainda assim, desprezando o segundo resultado (ferimento ou morte de alguém) continua a sua conduta, caso atinja mortalmente alguém, respondera por homicídio doloso (dolo eventual) também chamado de dolo de segundo grau.
Culposo: É o comportamento voluntário, desatencioso, não há previsão de resultado. Inobservância de um dever objetivo de cuidado. Aqui o agente não possui previsibilidade objetiva.
OBS: O dolo é a regra, a culpa, execução. Para se punir alguém por delito culposo,é indispensável que a culpa venha expressamente delineada no tipo penal, ou seja é punível de forma excepcional, quando houver previsão legal nesse sentido.
Premeditado: Dolo + Culpa. Ex: art. 129 § 3 do CP
Dolo direito do 1 grau.
Vontade -> resultado único
Dolo direto de 2 graus
Vontade –>resultado principal + resultado secundário para o agente, porem necessário.
Dolo eventual:
Vontade –>resultado desejado = licito ou ilícito resultado licito ou ilícito ( é indiferente)
Ex: Participar de racha (ilícito)
Vontade –>resultado não desejado mais previsto= A sanção do risco de sua ocorrência.
Ex: prever a possibilidade de atropelar alguém de moto fatal
No dolo eventual a vontade do agente base a um determinado resultado, mas fiscaliza a possibilidade de atingir outro que não deseja, mas assumir ouso de produzir.
Ex:Homicídio doloso = este é o resultado típico punível a titulo de todo eventune
Erro do tipo: Ocorre erro do tipo quando alguém não conhece, ao cometer o fato uma circunstancia que pertence ao tipo legal. Falta ao agente a consciência de que pratica uma infração penal, dessa forma resta afastar o dolo.
Exemplo: o acusado que porta carteira nacional de habilitação falsificada, acreditando trata-se de documento legitimo, não pratica o delito previsto no art 304 do CP. Erro do tipo que afasta a caracterização do fato como criminoso.
OBS: o erro do tipo exclui sempre o dolo.Entretanto, há situações em que se permite a punição em virtude de sua conduta culposa, se houver previsão legal.
Erro essencial (art 20 do CP): Quando o erro do agente recai sobre elementos circunstanciais ou qualquer outro dado, que se agregue a figura típica. O erro do tipo essencial, se inevitável, afastar o dolo e a culpa, se inevitável, permitir que seja o agente punido por crime culposo, se previsto em lei.
Erro acidental: Erro sobre a pessoa. O erro acidental ao contrário do Essencial não tem condão de afastar o dolo (ou o dolo e a culpa) do agente. Visto que aqui o agente age com consciência de antijuricidade do seu comportamento apenas se engana quando há um elemento não essencial do fato ou erro do seu movimento de execução.
Consumação (art14 do CP)
Crime consumado: quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
Atenção: nem todos os delitos possuem o mesmo instante consumativo.
a consumação varia de acordo com a infração penal
Inter criminis: caminho do crime, frases que o agente precisa percorrer para a prática da ação penal: São 5 frases:
• Cogitação: idealização cogitação intelectual
• Preparação: criar condições para a execução
• Execução: concretizar, visa o bem jurídico
• Consumação: resultado do ato
• Execurimento: esgotamento do comportamento
Crime tentado: Quando iniciada a execução não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente.
Tentativa branca (incruenta): (aqui a relação de pena) quando a gente não obstante ter utilizado os meios que tinha ao seu alcance não consegue atingir a pessoa ou coisa contra a Qual deveria recair sua conduta.
Tentativa perfeita: quando o agente esgota segundo o seu entendimento todos os meios que tinha o seu alcance a fim de alcançar a consumação da infração penal que somente não ocorre por circunstâncias alheias à sua vontade.
O agente tem em sua mente que o crime foi consumado.
Tentativa imperfeita ou inacabada: a tentativa em que o agente é interrompido durante a prática dos atos da execução.
* o agente inicia a execução, mas não encerra o processo.
* a jornada executaria é interrompida
Atenção: no crime tentado o juiz aplica uma redução de pena (analisada na 3º frase da sentença) quanto maior aproximação da consumação menor a redução. (pode reduzir de 1 a 2/3)
Tentativa idônea: (crime impossível pertativo): Também conhecida como tentativa inadequada ou quase crime. O agente age com intuito de materializar o delito mas não consegue tal objetivo. O código penal brasileiro adotou a teoria objetiva temperada, onde a caracterização do crime impossível fica condicionada à absoluta eficácia do meio ou da absoluta impropriedade do objetivo,que o bem jurídico não Vista ou pelas circunstâncias do caso seja impossível ser atingida.
Desistência voluntaria e Arrependimento eficaz. (Art 15 CP)
Desistência voluntária: inicia a jornada executória do delito, mas há uma desistência.
Atenção: se o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente o fato é tentada não a resistência do voluntário. (Entendimento do STJ)
Arrependimento eficaz: quando a gente depois de esgotar todos os meios de que dispunha para chegar à consumação da infração penal arrepende-se se e atua em sentido contrário evitando a produção do resultado.
Atenção: O arrependimento eficaz pressupõe atuação do agente para evitar a produção do resultado.
OBS: Tanto a desistência voluntária quanto o arrependimento eficaz são causas de atipicidade de fato.
Na distância o a gente ainda está praticando os atos de execução enquanto que no arrependimento já esgotou todos os meios para o resultado em síntese na distância voluntária o processo de execução do crime ainda não está em curtono arrependimento eficaz a execução já foi encerrada.
No arrependimento eficaz o agente desenvolveu Nova atividade impedindo à produção do resultado a distância voluntária consiste na abstenção de atividade o agente cessa o ato delituoso é a hipótese do não posso prosseguir ainda que ele quisesse
Concurso de pessoas art 29 CP - Quando duas ou mais pessoas concorrem para a prática de uma mesma infração penal
Requisitos:
1: pluralidade de Agentes e de condutas
2: relevância causal de cada conduta
3: tramo subjetivo entre os agentes (vínculo psicológico sem se ter ajustado previamente)
4: identidade de infração penal
OBS: para a caracterização do concurso de pessoas basta a Adesão voluntária antes da consumação a conduta criminosa e a cooperação no sentido de realização do tipo penal sendo irrelevante a existência de próprio acordo.
Antijuricidade: Aquilo que é contrário ao ordenamento jurídico (ilícito) o agente praticar algo contrario a lei
Causas de execução da ilicitude: (permissiva e justificativa).
*legais: gerais art 23cp especiais.
* supra legal: doutrina e jurisprudência.
Atenção: excesso de legítima defesa é ilícito.
Consentimento do ofendido: afetar a atipicidade e excluir a ilicitude de fato.
Para que o consentimento do ofendido possa excluir a ele se atura divisão estar presente os seguintes requisitos:
*capacidade para consentir.
*Bem jurídico disponível
*consentimento analise o comportamento do agente
.
Espécies O concurso poderá ocorrer na modalidade de coautoria ou de participação
Coautor: É quem possui indo as qualidades pessoais do autor é portador da divisão comum a respeito do fato em virtude disso tomar parte na execução do delito.
Participe: aquele que embora não desenvolva atividades principais exerce papel secundário, mas que influencia na prática de infração penal.
São tipo os coadjuvantes na história do crime.
1: induz: inspira/provoca
2: instiga: estimula a pratica do ato.
3: presta auxílio: (fornece meios e instrumentos)
Conceito de Autor.
Teoria do domínio de fato: é aquele que divide o se, o como e quando der infração penal, é o senhor de suas decisões.
Autoria colateral: quando dois agentes embora convergindo suas condutas para ar prática de determinado fato criminoso não atuam unidos pelo crime subjetivo. Todo aquele que tem domínio de fato estando longe ou não.
Autoria mediata: é Quem comete o fato punível por meio de outra pessoa. Quando o autor se vale da 3º pessoa como instrumento de um crime. Manipula o comportamento de quem pratica o ato exemplo: estupro de inconsciente.
1- (D) R: Trata-se de uma hipótese de desistência voluntaria, prevista no PC sujeitarem-se as penalidades cominadas somente aos atos já praticados.
2- (E) De acordo com o art. 14, inciso II, do CP, diz-se tentado o crime quando se consuma por circunstâncias alheia á vontade do agente. Em relação ao no ordenado jurídico brasileiro.
R: Nenhuma das opções anteriores
3-(A) Pode se dizer que a autoria colateral caracteriza-se.
R: Pela inexistência de acordo prévia entre os agentes.
4-(C) Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e bastante escura, já de madrugada, quando são surpreendidos com a vinda de um cão pitbull na direção deles. Quando o animal iniciou o ataque contra acriança, Carlos, que estava armado e tinha autorização para assim se encontrar, afetou um disparo na direção do cão, que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e acabando por atingir o dono do animal, Leandro, que chegava correndo em sua busca, pois notou que ele fugira clandestinamente da casa. A vitima atingida veio a falecer, ficando contatado que Carlos não teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra o seu filho, não sendo sua conduta tachada de descuidada. Diante desse quadro, assinale a opção que apresenta a situação jurídica de Carlos.
R: Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de Leandro
5- O que você entende por AUTORIA MEDIATA formule um exemplo.
Ocorre autoria mediata quando o autor domina a vontade alheia e, desse modo, se serve de outra pessoa que atua como instrumento ex: médico quer matar inimigo que está hospitalizado e se serve da enfermeira para ministrar injeção letal no paciente.
6- Larissa, senhora aposentada de 60anos, estava na rodoviária de sua cidade quando foi abordado por um jovem simpático e bem vestido. O jovem pediu-lhe que levasse para a cidade de destino, uma caixa de medicamento para seu primo, que padecia de grande enfermidade. Inocente e seguindo seus preceitos religiosos, a Sra. Larissa atende ao rapaz: pega caixa entra no ônibus e segue viagem. Chegando ao local da entrega a senhora é abordada por policias que, ao abrirem a caixa de remédios, verificam a existência de 250 gramas de cocaína em seu interior. Atualmente, Larissa esta sendo processada pelo crime de tráfico de entorpecente, previsto no art. 33 da lei n. 11.343., de 23 de agosto de 2006. Considerando a situação a cima descrita e empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente, discorra sobre o que pode ser aduzido como tese defensiva aplicável à Larissa?
R= Larissa agiu, em erro de tipo essencial incriminador, de acordo com art. 20 do CP. Ausente o elemento típico, qual seja o fato de estar transportando drogas, faz com que, nos termos do dispositivo legal, se exclua o dolo, mas permite a punição por crime culposo, de acordo com o art. 33 lei. Nº 11.343/06 não admite a modalidade culposa, de fato se tornaria atípico.

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