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* Direito Penal III Crimes Contra a Pessoa Periclitação da Vida e da Saúde Prof. Anderson Rodrigues da Silva * Periclitação. Crimes de perigo: Enquanto o delito de dano consuma-se com a efetiva lesão a um bem juridicamente tutelado, o crime de perigo contenta-se com a mera probabilidade de dano. * * Periclitação. Perigo concreto: É a probabilidade de ocorrência de um dano que necessita ser devidamente provada pelo órgão acusador. O delito consistente em expor a vida ou a saúde de uma pessoa a perigo direto e iminente necessita da prova da situação fática. Ex: dar um tiro na direção de alguém, bem como da prova do perigo demonstração de que o disparo passou próximo ao corpo da pessoa. * * Periclitação. Perigo abstrato: É a probabilidade de dano presumida pela lei, que independe de prova no caso concreto. Ex: Tráfico e porte de entorpecentes, arts. 33 e 28 da Lei de Drogas, consistem em punir o sujeito que traz consigo substância entorpecente, porque tal conduta quer dizer um perigo para a saúde pública. * * Periclitação. Atenção: Para a tipificação desses delitos, basta a acusação fazer prova do fato, estar portando a droga, prescindindo-se da prova do perigo, que é presumido. * * Periclitação. Moléstia venérea: É a doença transmissível através de contato sexual. Trata-se de enfermidade que necessita ser conceituada pela medicina, não ficando ao critério do legislador defini-la. Ex: sífilis, gonorreia ou blenorragia, cancro mole. * * Periclitação. Utilização de preservativo: Não configura o delito, pois inexistente a conduta, que é colocar em perigo o sujeito passivo. Embora seja crime de perigo abstrato, é indispensável que o núcleo do tipo se concretize – expor – o que somente se dá, caso o agente atue sem qualquer proteção. * * Periclitação. Ação pública condicionada: Tratando-se de crime cometido por meio de relacionamento sexual consentido, depende de representação para que o Ministério Público possa agir, oferecendo denúncia. Obs: É lógico que, deslocando-se para as figuras mais graves dos arts. 129 e 121, conforme o caso, será de ação pública incondicionada. * * Periclitação. AIDS: É a síndrome da imunodeficiência adquirida não é doença venérea, pois ela possui outras formas de transmissão que não são as vias sexuais. Assim, caso o portador do vírus – não mais considerado letal pela medicina – da AIDS mantenha relação sexual com alguém, disposto a transmitir-lhe o mal, poderá responder pela figura prevista no art. 131. * * Periclitação. Moléstia grave: Trata-se de uma doença séria, que inspira preciosos cuidados, sob pena de causar sequelas ponderáveis ou mesmo a morte do portador. Ex: Tuberculose. * * Periclitação. Abandonar: É deixar só, sem a devida assistência. Obs: O abandono, nesse caso, não é imaterial, mas físico. * * Periclitação. Cuidado: É a conduta que demanda atenção, zelo, cautela. Ex: Pessoa enferma não pode ser abandonada, pois está momentaneamente incapacitada. Assim fazendo o agente, configurado está o delito previsto neste artigo. * * Periclitação. Guarda: Trata-se de um nível mais intenso de cuidado, pois exige proteção, amparo e vigilância. É figura destinada à proteção de pessoas que necessitam receber mais do que mera atenção ou zelo, pois demandam abrigo do agente. Ex: o filho pequeno não pode deixar de receber proteção, pois seu estado de incapacidade é permanente, durante a fase infantil. * * Periclitação. Vigilância: É uma figura sinônima de cuidado, que está abrangida pela guarda. Reserva-se este termo do tipo penal para as vítimas que são capazes, em regra, embora, por estarem em situações excepcionais, podem tornar-se incapazes de se defender. * * Periclitação. Ex.: um guia turístico tem o dever de vigiar os turistas sob sua responsabilidade num país estrangeiro, de língua e costumes totalmente estranhos, além de poder possuir este locais de particular periculosidade. * * Periclitação. Autoridade: É o vínculo que se estabelece, legalmente, entre uma pessoa que tem o direito de dar ordens a outra, de modo que dessa relação defluem os deveres de cuidado, guarda ou vigilância, conforme o caso. * * Periclitação. Ex.: se o Comandante convoca a tropa para uma missão secreta num cenário hostil e perigoso, tem o dever de não abandonar os soldados, não conhecedores do lugar, que para ali foram exclusivamente atendendo a um comando. * * Periclitação. Incapacidade: Não se trata de um conceito jurídico, mas real. Portanto, deve-se considerar qualquer indivíduo que, em determinada situação, esteja incapacitado para defender-se, ainda que seja maior, física e mentalmente sadio, sem qualquer tipo de enfermidade permanente. * * Periclitação. Abandonada: É a criança largada à própria sorte por seu responsável. Extraviada: É a criança que se perdeu, desligou-se de seu protetor por acaso. * * Periclitação. Pessoa inválida: É a pessoa deficiente, física ou mentalmente, em decorrência da idade avançada ou de doença, não mais possuidora da capacidade de se defender. Ferida: É a pessoa que sofreu alguma lesão corporal. * * Periclitação. Conceito de educação: Trata-se do processo de desenvolvimento intelectual, moral e físico do ser humano, permitindo-lhe melhor integração social e aperfeiçoamento individual. Ex.: A relação estabelecida entre o tutor e o tutelado. * * Periclitação. Conceito de ensino: É a transmissão dos conhecimentos indispensáveis ao processo educacional. Ex.: A relação estabelecida entre o professor e o aluno. * * Periclitação. Conceito de tratamento: É o processo de cura de enfermidades. Para HUNGRIA, abrange também o “fato continuado de prover a subsistência de uma pessoa” (Comentários ao Código Penal, v. V, p. 450), o que está de acordo com o espírito deste artigo. * * Periclitação. Conceito de custódia: Significa dar proteção a algo ou alguém. Envolve, na precisa lição de HUNGRIA, a detenção de uma pessoa para fim autorizado em lei. * * Boa noite!!!
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