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50 QUESTÕES COMENTADAS PARA CONCURSOS - DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL - CRIMES CONTRA A PESSOA DOS CRIMES CONTRA A VIDA, DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE E CRIMES CONTRA A HONRA - ATIVIDADES

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EXERCÍCIOS DIREITO PENAL 
DOS CRIMES CONTRA A VIDA, CONTRA A SAÚDE E CONTRA A HONRA 
 
1) O feminicídio – crime cometido contra a vida da mulher devido à sua condição de sexo feminino – tem 
aumento de pena se praticado: 
 
a) Contra vítima menor de dezoito anos de idade. 
a) Contra vítima portadora de doença degenerativa que acarrete condição limitante. 
b) Durante a gestação ou nos seis meses após o parto. 
c) Na presença física ou virtual de descendente, ascendente ou irmão da vítima. 
d) Contra vítima com idade maior ou igual a sessenta e cinco anos. 
 
Resposta: A causa de aumento de pena se trata de um elemento circunstancial que gera algum tipo de aumento 
na pena final do condenado. Também pode ser chamada de majorante. 
No caso do feminicídio, as majorantes estão previstas pelo §7º do art. 121 do Código Penal. 
ALTERNATIVA A: Errada. O CP prevê que a majorante se aplica quando a vítima é menor de 14 anos. 
ALTERNATIVA B: Correta. O §7º, inciso II do art. 121 prevê ser uma majorante o feminicídio praticado contra 
mulheres portadoras de deficiências ou doenças degenerativas, as quais limitam sua condição física ou gerem 
vulnerabilidade de qualquer natureza. 
ALTERNATIVA C: Errada. A majorante é prevista para quando o feminicídio é praticado contra mulheres grávidas 
ou após três meses do parto. 
ALTERNATIVA D: Errada. A majorante não é prevista para quando o crime é praticado na presença do irmão da 
vítima, mas tão somente na presença de seu ascendente ou descendente. 
ALTERNATIVA E: Errada. A majorante é prevista para quando a vítima é maior de 60 anos ou menor de 14 anos. 
 
2) O filho de um tesoureiro furtou certa quantia em dinheiro da associação em que o pai trabalha. O 
tesoureiro, sabendo do fato, atribuiu a autoria do delito ao faxineiro da associação após, por insistência da 
diretoria, ter registrado a ocorrência policial e solicitado instauração do inquérito policial. Considerando-
se as informações apresentadas, é correto afirmar que, nesse caso, o tesoureiro responderá por: 
 
a) Calúnia. 
b) Favorecimento real. 
c) Falso testemunho. 
d) Comunicação falsa de crime. 
e) Denunciação caluniosa. 
 
Resposta: A calúnia por si só é o crime que tipifica a conduta de imputar a alguém fato definido como crime (art. 
138, CP). Quando essa imputação gera a abertura de inquérito policial ou processo judicial, movimentando a máquina 
pública, por meio de denúncia, tratar-se-á de outro crime, o de denunciação caluniosa, tipificado pelo art. 339, do 
Código Penal. 
 
3) No tocante à causa de aumento de pena do feminicídio, é correto afirmar que: 
 
b) A causa relacionada à prática durante a gestação não é coligada a qualquer tutela da vida 
do nascituro. 
c) Se o feminicídio é praticado contra uma mulher grávida, há consumação da hipótese de 
abortamento. 
d) O que justifica o incremento da sanção penal na prática durante a gestação é a condição 
de sexo feminino. 
e) A causa relacionada à pratica durante a gestação tem início no momento em que a vida do 
nascituro surge como viável. 
f) A causa relacionada à prática durante a gestação tutela também os casos de gravidez 
anembrionária. 
 
Resposta: A majorante prevista para o feminicídio ocorrido contra a mulher grávida tem relação com a 
questão da vulnerabilidade da mulher no momento de sua gravidez, assim como todas as outras majorantes 
também relação com a vulnerabilidade específica da mulher em alguma situação. Nesse sentido, não há que 
se falar na tutela da vida do feto. Esta é tratada por outros tipos penais. 
A questão do aborto não é importante para a majorante porque, para que se configure o aborto, é 
necessário que o agente ativo tenha consciência de que a vítima esteja grávida. Dessa forma, ele irá 
responder pela majorante aqui descrita e pelo crime previsto pelo art. 125 do CP. 
Por isso, o aumento de pena se justifica inclusive nas situações de inviabilidade do feto, pois o objeto da 
proteção especial é a mulher em fase de gestação, não o feto em si, conforme preleciona Sanches. 
Por isso, a resposta correta é a letra A. 
 
4) Em determinado set de filmagens, Hades, produtor técnico, entrega arma de fogo verdadeira, devidamente 
municiada, para o ator Ares, fazendo-o acreditar que se trata de arma cenográfica, sem potencial de 
efetuar disparos. Já tendo lido o script e presenciado os ensaios, Hades sabia previamente que, nas cenas 
que seriam filmadas, Ares deveria apontar a arma para Atena e, após breve diálogo, efetuar o disparo para 
a cena fatal. Querendo a morte de Atena, em razão de desavenças pretéritas, Hades faz a substituição da 
arma, fornecendo-a diretamente a Ares, irrogando o famoso “quebre a perna”. Ares efetua o disparo e 
ceifa a vida de Atena. 
 
Do ponto de vista jurídico-penal: 
 
a) Ares e Hades responderão por homicídio doloso, o primeiro como autor e o segundo como 
partícipe. 
b) Ares e Hades responderão por homicídio doloso, o primeiro como participe e o segundo 
como autor. 
c) Ares e Hades responderão por homicídio doloso, como coautores. 
d) Ares responderá por homicídio culposo e Hades por homicídio doloso. 
e) Ares não responderá por crime e Hades responderá por homicídio doloso. 
 
Resposta: No caso em comento, o que se observa é que Ares não tinha qualquer ciência de que a arma de fogo era 
verdadeira. Ou seja, quando ele a disparou, atingindo Atena, não havia nenhum elemento subjetivo (culpa ou dolo) que 
tipificasse sua conduta, descaracterizando o crime de homicídio. Em resumo, Ares incorreu em erro escusável, 
razão pela qual não responderá por qualquer crime (art. 20, §2º, CP). 
Já Hades premeditou todo o ocorrido, com o desejo de que Atena morresse. Ou seja, havia o dolo por parte de Hades 
de que tudo acontecesse daquela forma. Nesse caso, mesmo não sendo a pessoa que atirou em Atena, ele 
responderá como autor do crime. 
Ainda, pode ser que Hades tenha incorrido na qualificadora prevista pelo §2º, inciso IV, do art. 121 do Código Penal, 
vez que usou de dissimulação para que o crime tenha sido consumado. 
 
5) João decide agredir fisicamente Pedro, seu desafeto, provocando-lhe vários ferimentos. Porém, durante a 
luta corporal, João resolve matar Pedro, realizando um disparo de arma de fogo contra a vítima, sem 
contudo, conseguir atingi-lo. A polícia é acionada, separando os contendores. Diante do caso hipotético, 
João responderá: 
 
a) Apenas por lesões corporais. 
b) Apenas por tentativa de homicídio. 
c) Por rixa e disparo de arma de fogo. 
d) Por lesões corporais consumadas e disparo de arma de fogo. 
e) Por lesões corporais consumadas e homicídio tentado. 
 
Resposta: Nessa hipótese, existe o animus necandi em João. Contudo, ele não consegue atingir Pedro. Dessa forma, 
houve a tentativa de homicídio. O que ocorre é que a situação narrada configura uma progreesao criminosa; 
portanto, em razão do principio da consunção, o agente deverá ser punido pelo crime mais grave, razão pela qual o 
crime de lesão corporal não será considerado, mesmo consumado. 
 
6) O reconhecimento da causa especial de diminuição de pena, quando coexistir com o homicídio qualificado, 
afastará o caráter hediondo do delito? 
 
Resposta: Sim. 
Nos termos do art. 121, §1º, a causa de diminuição de pena ocorrerá quando o homicídio for cometido mediante 
violenta emoção ou devido a relevante valor moral ou social. Normalmente, os crimes cometidos sob essas 
circunstâncias são chamados de crimes privilegiados. 
O que ocorre é que os homicídios qualificados foram definidos como crimes hediondos por meio de lei especial (Lei 
8.072/1990), a qual não previu em seu texto a hediondez dos homicídios privilegiados. Diante dessa lacuna,, 
portanto, os homicídios privilegiados qualificados não são considerados hediondos. 
Ou seja, o reconhecimento do privilégio afasta imediatamente o caráter hediondo do homicídio. 
 
7) Considere que Antônio tenha matado Cláudio,seu desafeto, ao lhe ter desferido várias facadas nas costas, 
e que, após a morte da vítima, Antônio tenha, ainda, arrancando-lhe o órgão genital com uma faca de serra. 
Nessa situação hipotética, Antônio cometer homicídio duplamente qualificado por meio cruel e emboscada, 
conforme previsão do Código Penal. 
 
Resposta: Errada. Não existe crime duplamente qualificado. Na presença de duas qualificadoras, uma será utilizada 
para qualificar o crime e outra será utilizada para agravar a pena durante a dosimetria. 
Além disso, o crime foi cometido mediante TRAIÇÃO e não emboscada, vez que as facadas foram cometidas NAS 
costas e não PELAS costas. 
 
8) Na hipótese de um agente cabalmente retratar-se de injúria irrogada em rede social contra uma pessoa, 
será extinta a punibilidade, em razão da reparação do dano à honra subjetiva. 
Resposta: Errado. A retratação, prevista pelo art. 144 do CP, apenas é aplicável à calúnia e à difamação. Isso 
porque se tratam de crimes que afetam a honra objetiva, de modo que a retratação poderá mitigar ao menos parte 
do dano gerado. 
No caso da injúria, o que ocorre é a ofensa à honra subjetiva, hipótese em que a retratação não surtiria muitos 
efeitos, razão pela qual a ela não é aplicável. 
 
9) Quanto ao crime de rixa, assinale a alternativa correta: 
 
a) Constitui ele um crime plurissubsistente, comissivo e unissubjetivo, em que o concurso de 
agentes é eventual. 
b) Não se exige qualquer fim especial de agir. Pune-se a troca de agressões, 
independentemente de qualquer dos resultantes resultar ferido. 
c) Caracteriza-se pela ocorrência de agressões reciprocas generalizadas, mesmo estando 
claramente definida a posição dos contendores. 
d) É possível a modalidade culposa da Rixa. 
 
Resposta: O crime de rixa é o que tipifica a conduta de briga generalizada, entre mais de três agentes, 
acompanhadas de vias de fato ou de lesão corporal. Portanto, se trata de um crime comissivo, 
plurissubsistente, de concurso necessário, em que não se admite a modalidade culposa. Outro ponto 
importante a se considerar é que, devido à generalização da briga, deve ser impossível a identificar a 
posição dos contendores, razão pela qual todos os que participam da briga são punidos. 
Em razão disso, a alternativa correta é a Letra B. 
 
10) Sobre o crime de homicídio: 
 
a) Não é possível o reconhecimento da causa de diminuição de pena quando praticado 
mediante o emprego de veneno. 
b) É possível o reconhecimento do homicídio qualificado-privilegiado quando a qualificadora 
for de natureza subjetiva. 
c) De acordo com a jurisprudência do STJ, o homicídio qualificado-privilegiado não é 
considerado crime hediondo. 
d) Não é admitido pela jurisprudência o reconhecimento do homicídio qualificado-privilegiado, 
uma vez que as qualificadoras preponderam sobre a causa de diminuição de pena em razão 
da gravidade do crime. 
e) É possível o reconhecimento do homicídio qualificado-privilegiado, permanecendo nesta 
hipótese o seu caráter hediondo, em razão de previsão expressa na Lei nº 8.072/90. 
 
Resposta 
ALTERNATIVA A: ERRADA. É possível sim o reconhecimento da causa de diminuição de pena praticado mediante o 
emprego de veneno. Isso porque a causa de diminuição de pena trata de elementos de natureza subjetiva que 
teriam capacidade de relevar a gravidade do crime cometido. Já o uso de veneno se trata de uma qualificadora de 
natureza objetiva, que diz respeito ao meio utilizado. 
Dessa forma, não há incompatibilidade quando da cumulação de ambos. 
ALTERNATIVA B: ERRADA. Apenas é possível o reconhecimento do homicídio qualificado-privilegiado na hipótese de 
a qualificadora ter natureza objetiva, em razão de incompatibilidade entre causa de diminuição e qualificadora. 
ALTERNATIVA C: CORRETA. Isso se dá em razão da incompatibilidade axiológica e em razão da inércia da Lei 
8.072/90 em classificar tal crime como hediondo. 
ALTERNATIVA D: ERRADA. É sim admitido, desde que a qualificadora cumulada seja objetiva. 
ALTERNATIVA E: ERRADA. Referida Lei não menciona tal classificação. 
 
11) Durante uma discussão pelo excessivo ciúme demonstrado pelo marido, Maria disse a José que não 
queria mais viver com ele. Tomado de raiva e paixão, José se apropriou de uma faca na cozinha e 
desferiu dois golpes contra a mulher. Vendo-a caída ao solo, sangrando, arrependeu-se da reação 
emotiva, especialmente porque Maria, mesmo ferida e ofegante, repetia que o amava e o perdoava 
por tudo. José então socorreu a esposa e a levou até o hospital, onde ela, recebendo atendimento 
médico e intervenção cirúrgica (haja vista a primeira facada haver transfixado o pulmão da vítima), 
sobreviveu. Recuperada, Maria perdoou José, segundo suas próprias palavras registradas em carta, 
mas saiu de casa e foi morar com os 5 (cinco) filhos na casa da mãe (que, inclusive, levou os fatos 
praticados pelo genro ao conhecimento da polícia). José, desde então, caiu em depressão profunda e 
sucumbiu ao alcoolismo. Quanto à responsabilidade penal de José pelos fatos, é correto afirmar que 
ele responderá: 
 
a) Apenas pelas lesões causadas na vítima, configurada hipótese de arrependimento eficaz. 
b) Por homicídio tentado, descaracterizada a violência domestica em razão do perdão da 
ofendida. 
c) Por feminicídio tentado, descaracterizada a violência doméstica em razão do perdão da 
ofendida. 
d) Por feminicídio tentado, mas poderá receber o perdão judicial, tendo em vias as 
consequências da infração. 
 
Resposta 
No caso em comento houve a figura do arrependimento eficaz. Isso porque, após arrependido, o agente agiu para 
que os danos causados por sua ação fossem mitigados, evitando que sua conduta consumasse o crime. Dessa 
forma, apesar de haver o dano de matar a vítima, o arrependimento fez com que o crime não se consumasse, de 
forma que o agente passou a ser responsável apenas pelos danos já causados. 
Por isso, a resposta correta é a Letra A. 
 
12) O primeiro título do Código Penal é o de crimes contra a pessoa. Sobre esse título, marque a alternativa 
correta: 
 
a) A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 até a metade se o crime for praticado na 
gestação ou até as 3 semanas posteriores ao parto. 
b) Responde por homicídio quem induz menor de 14 anos ao suicídio e este se consuma. 
c) Provocar o aborto com consentimento da gestante menor de 14 anos, tem pena de reclusão, 
de um a quatro anos. 
d) É crime exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o 
preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento 
médico-hospitalar emergencial com pena aumentada de 1/3 até a metade se da negativa de 
atendimento resulta lesão corporal de natureza grave. 
 
Resposta: Letra B. Art. 122, §7º, CP. 
 
13) Em janeiro de 2021, Lucas, com 20 anos de idade e nítida vontade de matar Rafael, adquiriu uma arma de 
fogo e começou a procurá-lo pela cidade. Na semana anterior ao aniversário de 14 anos de Rafael, Lucas 
encontrou Rafael enquanto este conversava com uma pessoa e, então, disparou cinco tiros contra a vítima, 
que veio a óbito trinta dias depois. Posteriormente, em seu interrogatório, Lucas afirmou que havia matado 
Rafael por este ser enteado de um policial civil que o investigava por outros crimes. 
 
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir. 
 
a) Ainda que Lucas soubesse a idade de Rafael quando do cometimento do crime, não 
haverá a incidência da previsão de aumento de pena baseada na idade da vítima, pois, 
no momento de sua morte, Rafael tinha mais de 14 anos. 
 
Resposta: Falsa. Considera-se a idade da vítima no momento do atentado à sua vida. 
 
b) Lucas cometeu crime de homicídio doloso qualificado pela impossibilidade de defesa da 
vítima e pela relação de parentesco dela com policial que investigava Lucas. 
 
Resposta: Falsa. Rafael, por ser enteado, tem parentesco por afinidade.Contudo, a qualificadora 
prevista apenas aborda a consanguinidade. 
 
 
14) Para fins de tipificação penal, admite-se a possibilidade de incidência da qualificadora do motivo torpe em 
caso de crime de feminicídio, visto que este possui caraterística objetiva na qualificadora do crime de 
homicídio, não havendo, com as incidências, bis in idem. 
 
Resposta: Correta. 
 
15) Regina da à luz seu primeiro filho, Davi. Logo após realizado o parto, ela, sob influência do estado puerperal, 
comparece ao berçário da maternidade, no intuito de matar Davi. No entanto, pensando trata-se de seu 
filho, ela, com uma corda, asfixia Bruno, filho recém0nascido do casal Marta e Rogério, causando-lhe a 
morte. Descobertos os fatos, Regina é denunciada pelo crime de homicídio qualificado pela asfixia com 
causa de aumento de pena pela idade da vítima. 
Diante dos fatos acima narrados, o advogado de Regina, em alegações finais da primeira fase do 
procedimento do Tribunal do Juri, deverá requerer. 
 
a) O afastamento da qualificadora, devendo Regina responder pelo crime de homicídio 
simples com causa de aumento, diante do erro de tipo. 
b) A desclassificação para o crime de infanticídio, diante do erro sobre a pessoa, não 
podendo ser reconhecida a agravante pelo fato de quem se pretendia agir ser descendente 
da agente. 
c) A desclassificação para o crime de infanticídio, diante do erro na execução (aberratio 
ictus), podendo ser reconhecida a agravante de o crime ser contra descendente, já que 
são consideradas as características de quem se pretendia atingir. 
d) A desclassificação para o crime de infanticídio, diante do erro sobre a pessoa, podendo ser 
reconhecida a agravante de o crime ser contra descendente, já que são consideradas as 
características de quem se pretendia atingir. 
 
Resposta: O que ocorreu nesse caso foi o erro de pessoa, vez que a agente queria atingir seu filho e acabou 
atingindo o outro. Dessa forma, ela deverá responder pelo crime que pretendia cometer, não pelo crime que 
efetivamente cometeu. 
Assim, por consequência, deverá a agente responder pelo crime de infanticídio, caracterizado pela ação de matar o 
próprio filho logo após o parto, quando ainda sob estado puerperal. 
O afastamento da agravante ocorre porque o próprio crime de infanticídio, o qual apenas pode ser cometido pela 
mãe da vítima, já considera o fato de o agente passivo se tratar de ascendente da vítima. Dessa forma, incorre em 
bis in idem caso a agravante seja considerada. 
 
16) Incorrerá em crime de induzimento ao suicídio majorado o agente que induzir uma pessoa de doze anos de 
idade a pular de prédio para que ela alcance sua própria morte, ainda que tenha como resultado apenas 
uma lesão gravíssima. 
 
Resposta: Um dos critérios para que o crime de induzimento ao suicídio seja configurado é que a vitima seja capaz 
de entender que está se encaminhando ao suicídio. No caso em comento, em razão de a vítima ser menor de idade, 
não há que se falar em compreensão e consciência do que está acontecendo. 
Por isso, há vicio de consentimento e, portanto, incorrerá em tentativa de homicídio o individuo que agir conforme a 
ação descrita no enunciado. Assim prescreve, inclusive, o art. 122, §6, do CP. 
 
 
17) Tassiana, com o objetivo de induzir Rogério a praticar suicídio, diz-lhe que os problemas pelos quais 
ele passa não têm solução e que apenas a morte daria o conforto necessário entre outras 
afirmações. Efetivamente induzido pelas palavras de Tassiana, Rogério, com intenção de suicidar-se, 
atira-se da janela de seu apartamento, localizado no terceiro andar de um prédio residencial. 
Ocorre que a queda de Rogério é amortecida pelo toldo do apartamento de baixo, bem como pela 
rede de proteção do edifício, que estava passando por obras na fachada. Rogério sofre apenas 
lesões corporais de natureza leve. Nessa hipótese, assinale a alternativa correta. 
 
a) Tassiana responderá por tentativa de homicídio. 
b) Tassiana responderá por tentativa de induzimento ou instigação ao suicídio. 
c) Tassiana responderá por lesão corporal dolosa. 
d) Tassiana responderá por induzimento ou instigação ao suicídio na modalidade 
consumada. 
e) Tassiana não responderá por crime algum. 
 
Resposta: O crime de induzimento ou instigação ao suicídio é um crime formal, ou seja, não depende do 
resultado naturalístico para que se consume. Nesse caso, Tassiana consumou o crime no momento em que 
induziu Rogério à prática do suicídio. Ou seja, deverá responder pelo crime consumado, previsto pelo art. 122 
do CP. Por isso, a resposta correta é a Letra D. 
 
18) Quanto aos crimes contra a honra, correto afirmar que: 
 
a) Não constitui difamação ou calunia punível a ofensa irrogada em juízo na discussão 
da causa, pela parte ou por seu procurador. 
b) É cabível a exceção da verdade na difamação e na injúria. 
c) Há isenção de pena se o querelado, antes da sentença, se retrata cabalmente da 
difamação ou da injúria. 
d) A ação penal é pública incondicionada na injúria com preconceito. 
e) É possível a propositura de ação penal privada no caso de servidor público ofendido 
em razão do exercício de suas funções. 
 
Resposta 
ALTERNATIVA A: ERRADA. A exclusão da tipicidade prevista para os crimes contra a honra, no que tange à 
imunidade judicial, não é aplicável ao crime de calúnia, mas tão somente ao crime de injúria e difamação, 
conforme se extrai do art. 142 do CP. 
ALTERNATIVA B: ERRADA. Não é cabível a exceção da verdade na injúria, vez que o crime não tem relação 
com qualquer falsidade. 
ALTERNATIVA C: ERRADA. Não é cabível a retratação no crime de injúria, mas tão somente nos crimes de 
difamação e de calúnia. 
ALTERNATIVA D: ERRADA. Nos termos do parágrafo único do art. 145 do CP, o crime de injúria com 
preconceito apenas se procede mediante representação da vítima. 
ALTERNATIVA E: CORRETA. Em regra, esse tipo de crime se procede mediante ação penal pública 
condicionada. Contudo, a Súmula 714, STF, permite a propositura de ação penal privada. 
 
19) Analise as afirmativas abaixo: 
 
I - O crime de homicídio, previsto no art. 121 do Código Penal é um exemplo de ‘delito 
de resultado’. 
II – A pena prevista para o crime de infanticídio é de dois a seis anos, a ser cumprida 
em regime de reclusão. 
III - Não se pune o aborto praticado por médico quando não há outro meio de salvar a 
vida da gestante ou se a gravidez resulta de estupro e o aborto é consentido pela 
gestante ou, quando incapaz, por seu representante legal. 
IV - “A” instiga “B” ao suicídio. “B” não morre. “A” não pode ser punido, uma vez que 
não existe punição para tentativa de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. 
V - Se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados, provocado por terceiro, 
com ou sem o consentimento da gestante, resultar em lesão corporal grave à 
gestante, a pena inicialmente prevista será duplicada. 
 
Indique as alternativas verdadeiras. 
 
Resposta 
ALTERNATIVA I: CORRETA. O crime de homicídio é um crime material, dependente do resultado para que se 
configure e se consume. Por isso, se trata de um crime de dano, em que é necessário a morte da vítima, dano 
à sua vida. 
ALTERNATIVA II: ERRADA. A pena cominada, é de detenção, de dois a seis anos. 
ALTERNATIVA III: CORRETA. 
ALTERNATIVA IV: ERRADA. Trata-se de um crime formal. Logo,, não é necessário o resultado morte para que 
seja configurado. O que ocorre é a consumação do crime no momento em que há o incitamento ao suicídio. 
Dessa forma, A é punido pelo crime consumado. 
ALTERNATIVA V: ERRADA. Nessa hipótese, a pena é aumentada em 1/3 (art. 127, CP). 
 
20) Em relação ao crime de induzimento, instigação ou auxilio ao suicídio, assinale a alternativa 
incorreta: 
 
a) Comete o crime quem induzi ou instiga alguém a cometer o suicídio ou presta auxilio 
para que o faça. 
b) A pena é duplicada se o crime é praticadopor motivo egoístico. 
c) Caso o suicídio se consume, a pena é mais grave. 
d) O referido crime é previsto na modalidade culposa. 
e) O supracitado delito é um crime contra a vida. 
 
Resposta: O crime não admite a forma culposa. 
 
21) Dos crimes contra a pessoa, destacam-se aqueles que eliminar a vida humana, considerada o bem 
jurídico mais importante do homem, razão de ser de todos os demais interesses tutelados, 
merecendo inaugurar a parte especial do nosso Diploma penal. Considerando os crimes contra a 
vida, assinale a alternativa incorreta. 
 
a) A vida é tratada nesse tópico na forma intra e extrauterina, protegendo-se, desse 
modo, o produto da concepção e a pessoa humana vivente. 
b) O dolo do homicídio pode ser direto ou eventual. 
c) A Lei nº 13.104/2015 inseriu o inciso VI no art. 121 do Código Penal: o feminicídio, 
entendido como a morte de mulher em razão da condição do sexo feminino (leia-se, 
violência de gênero quanto ao sexo). 
d) Infanticídio, segundo dispõe o Diploma Penal Brasileiro, é matar o próprio filho 
independentemente da condição fisiopsicológica do sujeito ativo. 
e) Três são as formas de praticar o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio: nas 
duas primeiras hipóteses (induzimento e instigação), temos a participação moral; já 
na última (auxílio), material. 
 
Resposta: Para a configuração do crime de infanticídio, é necessário que o agente ativo esteja sob a condição 
psicológica alterada em razão do estado puerperal. 
 
22) O Código Penal brasileiro, em seu art. 121, apresenta três modalidades de tipos penais de ação 
homicida, em que os elementos que o compõem podem ou não aparecer conjugados. Acerca das 
modalidades do crime de homicídio, variantes e caracterização, assinale a alternativa correta: 
 
a) É caracterizada como homicídio a morte de feto atingido por disparo de arma de fogo, 
quando ainda no ventre da mãe. 
b) O infanticídio é modalidade do homicídio qualificado pelo resultado, quando a mãe 
mata o próprio filho logo após o parto, sob a influência do estado puerperal, cuja pena 
é agravada. 
c) O latrocínio, por se tratar de espécie complexa de homicídio qualificado previsto no 
artigo 121 do Código Penal, não é julgado pelo Tribunal do Júri por envolver questões 
patrimoniais. 
d) A eutanásia, ou o homicídio piedoso, é reconhecida como conduta praticada por 
relevante valor moral, caracterizadora do homicídio privilegiado. 
e) O homicídio pode ser considerado qualificado /privilegiado quando praticado por 
relevante valor moral motivado por vingança. 
 
Resposta 
ALTERNATIVA A: ERRADA. O crime descrito é o crime de aborto. Será considerado homicídio apenas 
quando se trata de vida extrauterina. 
ALTERNATIVA B: ERRADA. O infanticídio não é homicídio qualificado. Se trata, na verdade, de homicídio 
classicamente privilegiado pela condição psicológica do agente ativo. 
Além disso, se trata de um tipo penal autônomo ao homicídio, tutelando, inclusive, bens jurídicos 
diversos. 
ALTERNATIVA C: ERRADA. O crime de latrocínio nem mesmo é tipificado pelo art. 121 do CP. Trata-se 
de um crime contra o patrimônio. 
ALTERNATIVA D: CORRETA. 
ALTERNATIVA E: Não é possível cumular qualificadoras subjetivas com a causa de diminuição de pena 
prevista pelo art. 121 §2º, do CP. 
 
23) Naiara, adolescente, ao chegar à própria casa depois do colégio, encontra seu pai caído, com um 
ferimento na cabeça, aparentemente produzido por disparo de arma de fogo realizado por ele 
mesmo, todavia ainda respirando. Desesperada, corre até a casa de seu tio Hermínio, cunhado da 
vítima, solicitando ajuda. Como houvera uma rusga entre Hermínio e a vítima, aquele se recusa a 
prestar auxílio, limitando-se a dizer à sobrinha: “tomara que morra”. Naiara, então, vai à casa de um 
vizinho, que se compromete a ajudá- la. Ao retornarem ao local do fato, encontram a vítima ainda 
viva, mas dando seus últimos suspiros, vindo a óbito em menos de um minuto. Do momento em que 
Naiara viu a vítima ferida até sua morte não transcorreram mais do que quinze minutos. Realizado o 
exame cadavérico, o laudo pericial indica que o ferimento seria inexoravelmente fatal, ainda que o 
socorro tivesse sido prestado de imediato. 
Nesse contexto, com base nos estudos sobre a omissão e acerca do bem jurídico-penal, é correto 
afirmar que a conduta de Hermínio caracteriza: 
 
a) homicídio qualificado. 
b) induzimento. instigação ou auxílio ao suicídio. 
c) homicídio culposo. 
d) conduta atípica. 
e) omissão de socorro. 
 
Resposta: Para que se configure a omissão de socorro, é necessário que o agente esteja no local do ocorrido. 
Apenas ter conhecimento do fato e não correr para ajudar não configura omissão de socorro. Por isso, a 
conduta exercida será atípica. 
 
24) Rapaz de 30 (trinta) anos, que não estuda, nem trabalha e convive com o genitor, diz-lhe, pela 
primeira vez, que quer se matar, sem condutas antecedentes que denunciassem tal intenção. O pai, 
que nunca cogitou matar o filho, sem falar nada, imediatamente antes de sair pela porta da casa e 
deixar o rapaz sozinho, entrega um frasco com veneno, que é ingerido pelo moço, que morre minutos 
depois. De qual crime se trata? 
 
Resposta: Trata-se de crime previsto pelo art. 122 do CP. Sabendo da vontade do filho de se matar, o genitor 
lhe oferece auxilio material para que ele se suicide. 
Além disso, de acordo com o art. 61 do CP, ainda é caso de agravar a pena cominada, em razão de se tratar 
de seu próprio filho. 
 
25) “Petrus”, desgostoso com a vida, decidiu suicidar-se e, para tanto, pediu ao enfermeiro “Caius”, seu 
amigo, que o auxiliasse e nele injetasse veneno. “Caius”, atendendo à solicitação de “Petrus”, usando 
seringa e agulha, nele injetou um forte anestésico e depois lhe aplicou outra injeção com poderoso 
veneno. “Petrus” morreu em poucos minutos sem sentir qualquer dor. 
A conduta de “Caius”, sem levar em conta os seus motivos nem eventual ilegalidade na posse das 
substâncias, configura, em tese, crime de: 
 
a) auxílio ao suicídio. 
b) homicídio simples. 
c) homicídio qualificado pelo uso de veneno. 
d) homicídio qualificado pelo meio cruel. 
 
Resposta: A partir do momento em que o agente passa a executar o crime, como por exemplo, injetar 
veneno a pedido da vítima, o crime passa a ser de homicídio e deixa de ser auxílio material. 
Deve-se ter cuidado, pois pode acontecer de se confundir o uso de veneno como uma qualificadora. O que 
ocorre é que o uso do veneno apenas será uma qualificadora quando a vítima não possui ciência da 
administração do veneno. 
Na hipótese de haver ciência e consentimento da vítima, a administração de veneno será considerado ato que 
configura homicídio ou tentativa de homicídio, a depender do resultado. 
 
26) O delito de infanticídio, por ser crime próprio, não admite coautoria e participação, de modo que 
condições e circunstâncias de caráter pessoal não serão comunicadas aos demais concorrentes. 
 
Resposta: ERRADO. O crime de infanticídio admite a participação, desde que o participe tenha conhecimento 
do estado puerperal do agente ativo. É o que ocorre, por exemplo, quando a enfermeira ajuda a mãe a matar 
seu filho após o parto, conhecendo as circunstancias em que a mãe estava ao cometer o delito. 
 
27) O Direito Penal dispõe o seguinte: 
 
a) a eliminação da vida intrauterina pode configurar aborto ou infanticídio. 
b) diz-se qualificado o homicídio por motivo de relevante valor moral ou social. 
c) a eutanásia é um exemplo de homicídio por motivo de relevante valor moral. 
d) é homicídio simples aquele praticado sob o domínio de violenta emoção, logo após 
injusta provocação da vítima. 
 
Resposta 
ALTERNATIVA A: O crime contra a vida intrauterina apenas pode ser considerado aborto. O infanticídio 
ocorre quando já houve o nascimento da criança. 
ALTERNATIVA B: O crime cometido em razão de relevante valor moral ou social é chamadode privilegiado. 
ALTERNATIVA C: CORRETA. Normalmente, é causado em razão de piedade ou empatia. 
ALTERANIDA D: O homicídio praticado sob o domínio de violenta emoção é chamado de privilegiado. 
 
28) A configuração do crime de infanticídio independe da existência de estado puerperal, bastando para 
tal que o sujeito passivo seja uma criança. 
 
Resposta: ERRADO. O estado puerperal se trata de um elemento normativo essencial à configuração do 
crime de infanticídio. Caso não esteja presente, o crime cometido será de homicídio. 
 
29) Na cidade de Rio Branco – AC, Caio, brasileiro, atirou em João , que, ferido, fugiu em seu veículo para 
um país vizinho, onde morreu em decorrência dos ferimentos produzidos pelo projétil. O pai de João, 
Mário, brasileiro, revoltado com a morte do filho, decidiu matar a família de Caio, que morava em 
outro país. Mário, então, sabendo que a esposa de Caio e seu filho recém-nascido estavam internados 
em uma maternidade, sufocou-os com um travesseiro. Ao encontrar seus familiares mortos, Caio 
atirou em Mário, matando-o, e resolveu suicidar-se, tendo, para isso, contado com a ajuda de uma 
enfermeira, que lhe administrou veneno. 
Mário praticou o crime de homicídio qualificado contra a esposa de Caio e o de infanticídio contra o 
recém-nascido. 
 
Resposta: Errado. O crime de infanticídio apenas pode ser praticado pela mãe, após o parto, quando sob 
influência do estado puerperal. 
 
30) O crime de consentimento para o aborto não admite coautoria, consumando-se no momento em que 
a gestante anui para sua realização, ainda que não haja a execução do procedimento abortivo por 
terceiro. 
 
Resposta: A doutrina acredita que mesmo o consentimento para a prática do aborto é crime material. Dessa 
forma, é necessário que o aborto seja efetivamente causado para que se configure. Por isso a afirmativa essa 
errada. 
 
31) No caso de aborto provocado pela gestante com auxílio de terceiro, há dois crimes autônomos: um 
praticado pela gestante e outro, pelo auxiliar, ficando afastada a participação. 
 
Resposta: Afirmativa errada. 
O crime de aborto é uma clara exceção à teoria monista. Isso porque, ao invés de considerar o auxilio ao 
aborto como uma derivada do crime de aborto em si, o que classificaria como participação, cria-se um novo 
tipo penal para a prática do aborto com o consentimento da gestante (art. 126, CP). 
Assim, tanto o consentimento da gestante quanto a prática do aborto em si são punidas por diferentes tipos 
penais. 
O que o enunciado diz, entretanto, se trata do auxilio ao aborto, não a prática do aborto em si. Nessa 
hipótese, parte da doutrina e da jurisprudência admite a possibilidade de haver participação. 
 
32) Ao realizar a manutenção da rede elétrica na casa de um cliente, o eletricista Servílio 
inadvertidamente entra em um quarto que pensava ser o banheiro. Lá encontra fotos do dono da casa 
fantasiado de Adolf Hitler, além de um diário. Ao folhear o diário, Servílio descobre vários escritos 
nos quais o dono da casa manifesta seu desprezo por um vizinho, por ele denominado “judeu sujo". 
Servílio, então, leva o fato ao conhecimento do vizinho, que, sentindo-se ofendido, noticia o fato em 
uma delegacia policial. Ouvido o dono da casa, este revela ser simpatizante do nazismo, usando o 
referido cômodo para dar secretamente vazão à sua ideologia. Outrossim, o diário seria uma forma 
de extravasar suas inquietações sem ser descoberto por terceiros. 
Considerando o caso concreto, é possível afirmar que a conduta do dono da casa: 
 
a) Configura rime de difamação. 
b) Configura crime de injúria por preconceito. 
c) Configura crime de injúria. 
d) Configura crime previsto em lei especial. 
e) É atípica. 
 
Resposta 
ALTERNATIVA A: ERRADA. A difamação ocorre quando se imputa fato ofensivo à reputação da vítima e está 
prevista no art. 139 do CP. 
ALTERNATIVA B: ERRADA. Em tese poderia ter configurado crime de injúria racial ou por preconceito, mas já 
vimos que para se caracterizar, era necessário houvesse uma previsibilidade de que a ofensa chegasse ao 
conhecimento da vítima e que o agente tivesse realmente a intenção de difamar, o que não ocorreu no caso. 
ALTERNATIVA C: ERRADA. Como vimos, não se configurou o crime de injúria pelo fato de que o do da casa não 
tinha o animus injuriandi. 
ALTERNATIVA D: ERRADA. Também não configura crime previsto na legislação especial. 
ALTERNATIVA E: CORRETA. Como vimos, a conduta e atípica. 
 
33) Em relação ao crime de aborto em suas diversas modalidades tipificadas nos artigos 124 a 128 do 
Código Penal, é incorreto afirmar: 
 
a) Para a realização do aborto de gravidez resultante de estupro, basta que o médico 
tome conhecimento da ocorrência policial, não necessitando de autorização judicial ; 
b) Em caso de aborto necessário feito por médico, nenhum crime pratica a enfermeira 
que o auxiliou; 
c) O namorado que acompanha a gestante que deseja abortar ou paga o aborto 
criminoso, a pedido dela, comete o crime de autoaborto na condição de coautor; 
d) Para a realização do aborto necessário é prescindível o consentimento da gestante 
ou de seus familiares; 
e) No caso de incapaz vítima de estupro que resultou em gravidez, em conformidade ao 
que preceitua o Código Penal, a autorização para a realização do aborto deve partir 
de seu representante legal. 
 
Resposta: O crime de aborto se trata de uma exceção à teoria monista. Dessa forma, o crime de autoaborto 
não admitirá a coautoria, mas tão somente a participação. Assim, o crime que incorrerá o namorado que 
acompanha a gestante que deseja abortar ou paga o aborto criminoso não é o de autoaborto, mas, sim, o de 
aborto com consentimento da vítima, previsto pelo art. 126 do CP. 
Por isso, a LETRA C está incorreta. 
 
34) Uma jovem de 20 anos de idade, brasileira residente em Brasília, engravidou do namorado, tendo 
mantido a gestação em segredo. Dois dias após o nascimento do filho, recebeu alta hospitalar e, no 
caminho para casa, abandonou-o na portaria de um prédio residencial para ocultar de seus 
familiares sua própria desonra, já que moravam em outra cidade e não sabiam da gravidez. Nessa 
hipótese, a jovem em tela praticou o delito de abandono de incapaz. 
 
Resposta: Errado. O abandono de incapaz é o crime que tipifica a conduta de abandonar pessoa sob cuidado, 
vigilância, guarda ou autoridade, o qual seja incapaz de se proteger dos riscos ao qual é exposto (art. 133, 
CP). 
O abandono nos moldes do enunciado é classificado como abandono de recém-nascido, o qual é cometido 
com o fim de ocultar desonra própria (art. 134, CP). 
 
35) Nei Santos, jovem de família conservadora, toma conhecimento de que sua noiva Ana Silva, com 
quem está prestes a se casar, se encontra no segundo mês de gravidez. Preocupado em não 
decepcionar seus familiares, Nei faz de tudo para convencer Ana a realizar o aborto. Para tanto, 
orienta-a a procurar uma conhecida clínica clandestina situada próximo a sua residência. O 
procedimento abortivo realizado pelo cirurgião Carlos Quintão, provoca em Ana uma lesão leve, em 
face de seu comportamento negligente. Indique os crimes praticados por Nei, Ana e Carlos. 
 
Resposta: O crime praticado por Ana é o crime de consentimento ao aborto, tipificado pela segunda parte do 
art. 124 do Código Penal. 
Já o crime praticado por Quintão é o crime de realização do aborto com o consentimento da vítima, previsto 
pelo art. 126 do CP. Nesses casos, a doutrina entender que a lesão leve é consequência do procedimento 
abortivo, razão pela qual não haverá responsabilização por ela. 
Já Carlos cometeu o mesmo crime que Ana, em consentir com o aborto, vez que a induziu à realização do 
procedimento. Caso tivesse buscado por si mesmo a clinica de aborto, ele seria participe no crime incorrido 
pelo médico. 
 
36) O agente que jogar óleo quente na vítima, com animus laedendi, causando, assim, deformidadepermanente nela, segundo laudo médico, cometerá crime de lesão corporal gravíssima. 
 
Resposta: Afirmativa correta. A título de informação, animus laedendi se trata do ânimo de ferir a vítima. No 
caso da deformidade permanente, segundo o art. 129, §2º, inc. IV, do CP, se trata de lesão corporal 
gravíssima. 
 
37) O crime de lesão corporal qualificado pela violência doméstica admite mulher como sujeito ativo do 
delito e homem como sujeito passivo. 
 
Resposta: Sim. Isso porque o dispositivo que indica esse crime não diz respeito a qualquer qualidade 
especial para os sujeitos ativo e/ou passivo do crime, se limitando a tipificar a lesão corporal leve causada 
contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido. 
Se trata, portanto, de crime comum. 
 
38) Responde pelo crime de injúria a pessoa que imputa a alguém fato definido como crime, sabendo que 
é mentira. 
 
Resposta: Não. O crime definido é o de calúnia. O crime de injúria é a ofensa que atinge a dignidade ou o 
decoro do indivíduo, tipificado pelo art. 140, CP. 
 
39) O crime de lesão corporal leve cometido em situação de violência domestica não configura um tipo 
penal autônomo, mas uma qualificadora do delito de lesão corporal, em decorrência da relação 
havida entre os sujeitos ativo e passivo do delito. 
 
Resposta: Afirmativa correta. 
 
40) O crime de maus-tratos é classificado como delito de forma vinculada, pois qualquer pessoa pode 
ser sujeito ativo do delito, bastando que haja o fim especial de tratar educar, ensinar ou custodiar. 
 
Resposta: Afirmativa incorreta. Primeiramente, o crime de maus-tratos se trata de crime próprio, vez que 
não é qualquer pessoa que pode ser sujeito ativo desse tipo penal, mas tão somente aquelas que possuem 
efetivo vinculo de cuidado com o sujeito passivo. 
Além disso, importa mencionar que a forma vinculada diz respeito à execução do crime, não aos agentes que 
o compõe. Nesse caso, o crime, nos termos do art. 136, de fato se trata de crime de ação vinculada. Contudo, 
a fundamentação da questão está errada. 
 
41) Com relação a crimes contra a honra, assinale a opção correta: 
 
a) O crime de calúnia se consuma no momento em que o ofendido toma conhecimento 
da imputação falsa contra si. 
b) Calúnia contra indivíduo falecido não se enquadra como crime contra a honra. 
c) A exceção da verdade é admitida em caso de delito de difamação contra funcionário 
público no exercício de suas funções. 
d) A retratação cabal do agente da calúnia após o recebimento da ação penal é causa 
de diminuição de pena. 
e) O delito de injúria racial se processa mediante ação penal pública incondicionada. 
 
Resposta 
ALTERNATIVA A: ERRADA. O crime de calúnia fere a honra objetiva, ou seja, a imagem da pessoa perante a 
sociedade. Dessa forma, a consumação ocorre quando terceiros, que não a vítima, passam a saber do fato 
imputado. 
ALTERNATIVA B: ERRADA. Segundo o §2º do art. 138, CP, é punível a calúnia contra os mortos. 
ALTERNATIVA C: CORRETA. Art. 139, parágrafo único. 
ALTERNATIVA D: ERRADA. A retratação cabal do agente da calúnia e da difamação isenta o agente da pena, 
conforme art. 143, CP. 
ALTERNATIVA E: ERRADA. O delito de injúria racial se processa mediante ação penal pública condicionada à 
representação da vítima, conforme parágrafo único do art. 145 do CP. 
 
42) Cometerá crime de omissão de socorro um individuo que, à noite, ao passar por uma via 
considerada perigosa e publicamente conhecida pela ocorrência de crimes de roubo e latrocínio, 
depare-se com uma pessoa vitima de atropelamento recente e se negue a prestar-lhe socorro, por 
temes por sua segurança pessoal, mesmo que ele ligue para o serviço de emergência da polícia e do 
corpo de bombeiros. 
 
Resposta: Errado. Inicialmente, destaca-se que o sujeito é OBRIGADO a prestar socorro, salvo ante o perigo 
concreto de risco pessoal. Sobre o assunto, segundo Nucci(2022), esse risco deve ser concreto, provado e 
físico, sendo o risco de perda patrimonial não sendo uma justificativa plausível. 
Contudo, chamar as autoridades com o fim de ajudar a pessoa ferida também se trata de uma forma de 
prestar a ela socorro, expressamente prevista no art. 135 do CP. Dessa forma, a pessoa que, em vez de 
prestar diretamente socorro, ligar às autoridades competentes, não incorrerá em crime de omissão de 
socorro. 
 
43) Para a caracterização do delito de abandono de incapaz, impõe-se, além da existência de 
transgressão da relação particular de assistência entre o agente e a vítima, a presença, ainda que 
por certo lapso temporal, de perigo concreto para esta, sendo prevista, para o delito, tanto a forma 
comissiva quanto a forma omissiva. 
 
Resposta: Correto. O crime de abandono de incapaz é previsto pelo art. 133 do CP e tipifica a conduta de 
abandonar pessoa que está sob cuidado, guarda ou vigilância e que não possui, por qualquer motivo, meios de 
se proteger de situações de risco. Tal conduta, por sua vez, pode ocorrer tanto de forma omissiva quanto de 
forma comissiva. 
No caso, para que ele se configure, é necessário que a vítima esteja correndo risco concreto e dele não 
consiga se proteger sozinho. 
 
44) Um profissional foi contratado para cuidar de um homem muito idoso. Certo dia, deixou o idoso 
sentado em uma praça pública para pegar sol. Em determinado momento, o idoso saiu andando, 
pensando que tinha sido esquecido pelo cuidador. O cuidador ficou inerte ao ver o idoso cruzar a rua 
próxima, mesmo vendo avançar um veículo, que estava a toda marcha, concebendo-se, portanto, o 
propósito de deixa-lo morrer, o que ocorreu. O cuidador responde por algum crime? Se sim, qual? 
 
Resposta: No caso em comento, há três elementos a serem observados. Primeiro, o abandono do idoso; 
segundo, a inércia do cuidador ao ver o idoso se colocando em uma situação de risco; terceiro, o animus 
necandi do cuidador ao ver que o carro estava se aproximando. 
Uma vez ter ocorrido o resultado morte e uma vez o cuidador ter tido a vontade de que o idoso morresse, há 
a absorção do crime de abandono pelo crime de homicídio. Ora, ele deixou o idoso lá para morrer; logo, teve 
a intenção de matar. Houve, no caso, o que se chama de omissão imprópria. 
Nos crimes omissivos impróprios, quem está na posição de garantidor responde como se houvesse praticado 
o crime. Essa era exatamente a posição do cuidador no momento do atropelamento. 
 
45) Aumenta-se a pena em 1/3 dos crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria), quando é 
praticado contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência. 
 
Resposta: ERRADO. O crime de injúria já prevê uma qualificadora para os crimes que envolvem preconceito, 
como a injúria baseada em idade ou em deficiência. Por isso, não há que se falar em aumento de pena, sob 
pena de incorrer em bis in idem. 
Em razão disso, o art. 141, que prevê o aumento de pena nos crimes contra a honra, expressamente afasta 
essa causa de aumento de pena dos crimes de injúria, em seu inciso IV. 
 
46) O crime de omissão de socorro não admite tentativa, porquanto estando a omissão tipificada na lei 
como tal e tratando-se de um crime unissubsistente, se o agente, sem justa causa, se omite, o crime 
já se consuma. 
 
Resposta: Correto. Trata-se de um crime omissivo por sua natureza. 
Mas é importante lembrar que apenas os crimes omissivos próprios não admitem tentativa, pois todos são 
unissubsistentes. Os crimes omissivos impróprios admitem. 
 
47) Relativamente ao crime de perigo de contágio venéreo, o consentimento do ofendido nas relações 
sexuais, sabendo o risco de contaminação, exclui a responsabilidade penal. 
 
Resposta: ERRADO. O contágio de doença venérea não se trata de uma questão a ser tratada apenas na 
individualidade, mas, sim, a partir da perspectiva dos impactos que isso poderá causar na saúde publica 
como umtodo. Por isso, a responsabilização não é afastada. 
 
48) Acerca dos crimes contra a honra, é correto afirmar que: 
 
a) Apenas a calúnia, considerados todos os crimes contra a honra, pode ter a pessoa 
morte como sujeito passivo do delito, hipótese em que o bem jurídico atingido será a 
honra objetiva ou externa do morto. 
b) Não comete crime de calúnia quem, com intenção de ampliar a lesão à honra do 
ofendido, propala ou divulga a imputação prévia feita por outrem, sabendo da 
falsidade da imputação, hipótese capaz de gerar apenas responsabilidade civil. 
c) Xingar um homem casado de corno ou cornudo é uma hipótese de injúria reflexa, 
dando azo ao concurso formal de crimes. 
d) O crime de calúnia pressupõe a falsidade da imputação, cuja ciência deve integrar o 
dolo do agente, de modo que somente se admitirá dolo direto no referido delito. 
e) Escarnecer de alguém por motivo de crença e de forma privada caracteriza crime 
de ultraje a culto, que prevalecerá sobre o crime de injúria. 
 
Resposta 
ALTERNATIVA A: ERRADA. Apesar de apenas a calúnia, de fato, apenas admitir pessoas mortas como sujeitos 
passivos, a honra objetiva atingida não é a deles, mas, sim, de suas famílias. 
ALTERNATIVA B: ERRADA. De acordo com o art. 138, §1º, CP, incorre em calúnia quem, sabendo da falsidade da 
imputação, a divulga. 
ALTERNATIVA C: De acordo com Victor Eduardo Rios Gonçalves e ainda outros doutrinadores, "a ofensa pode 
ser feita de forma explícita (ou inequívoca), implícita (ou equívoca) ou reflexa. Chamar um homem de corno, 
por exemplo, ofende, reflexamente, sua esposa ou namorada" (Victor Eduardo Rios Gonçalves, Direito Penal 
Esquematizado, Parte Especial). Portanto, a assertiva contida neste item está correta. 
ALTERNATIVA D: O elemento subjetivo do crime de calúnia é o dolo de ofender a honra objetiva da vítima. De 
acordo com Victor Eduardo Rios Gonçalves,"quando alguém está na dúvida, não deve atribuir crime a outrem. 
Se o faz, e depois se demonstra que a imputação era falsa, responde pela calúnia porque agiu com dolo 
eventual em relação à falsidade da imputação. Não se confunde essa hipótese — em que o agente estava na 
dúvida e deveria se calar — com aquela mencionada no tópico anterior, em que ele, por erro plenamente 
justificado pelas circunstâncias, tinha certeza de que se tratava de imputação verdadeira" (Victor Eduardo 
Rios Gonçalves, Direito Penal Esquematizado, Parte Especial). Além do dolo direto, portanto, pode incidir o dolo 
eventual, estando incorreta a assertiva contida neste item. 
ALTERNATIVA E: Se o fato não ocorrer em público, poderá estar tipificado o crime de injúria". Com efeito, 
para seja crime a conduta de "escarnecer de alguém por motivo de crença" é imprescindível que seja 
praticada em público. Sendo assim, a assertiva contida neste item está errada. 
 
49) A mãe que abandona o filho recém nascido em um local ermo para ocultar a própria desonra pratica 
o delito de abandono de incapaz. 
 
Resposta: Errado. O crime de abandono de incapaz diz respeito à conduta de abandonar pessoa sob 
vigilância, cuidado ou guarda, o qual, por qualquer razão, não possui condições de se proteger a qualquer 
risco ao qual seja exposto. 
Já o crime cometido pela mãe é o crime de abandono de recém-nascido, o qual diz respeito ao abandono em 
razão da defesa de sua própria honra, previsto pelo art. 134 do CP. 
 
50) A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo em crime de difamação. 
 
Resposta: Sim. A difamação se trata de um crime contra a honra objetiva, ou seja, uma ofensa à imagem da 
pessoa perante à sociedade. Assim, é perfeitamente possível que a pessoa jurídica possa ter sua honra 
objetiva ofendida.

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