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Planejamento de estação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
DISCIPLINA: INSTRUMENTOS E MÉTODOS DE OBSERVAÇÃO I
PROFESSOR: HERNANI BRAZÃO RODRIGUES
Planejamento de Estação
– Escolha de Áreas
Este é um dos mais importantes passos a ser tomado, quando se deseja colocar qualquer estação. Do local de instalação vai depender todo o sucesso do estudo proveniente dos elementos gerados pela estação. A localização deve ser, criteriosamente estudada na época da instalação, para satisfazer as exigências técnicas de todos os instrumentos instalados nela e o local deve representar a área que se deseja estudar.
O local deve ser livre de obstáculos, preferindo-se uma área representativa da região adjacente, que assegure horizonte livre em todas as direções e atenda as exigências específicas dos diferentes instrumentos que se pretende instalar. A localização próxima a rodovias é totalmente desaconselhável, especialmente por causa da poeira e da fumaça decorrentes do tráfego, bastante prejudiciais à maior parte dos instrumentos.
Em se tratando de estações agrometeorológicas a localização deve objetivar a representatividade das condições naturais e agrícolas da área. Nesse caso, é de toda conveniência reservar uma área cercada, em cujo centro ficaria localizado o ajardinado meteorológico. As condições do solo e da vegetação devem, então, ser mantidas em toda essa área. Essa área tampão deve evitar a priori, que alguns instrumentos sejam influenciados pelo estágio de desenvolvimento das culturas circunvizinhas e pelas práticas agrícolas nelas aplicadas.
– Montagem
Deve ser feita por técnico capacitado, devendo ser seguidas as instruções de instalação de cada instrumento recomendada pelo fabricante, de acordo com as características técnicas de cada um. 
A determinação dos valores assumidos por inúmeros elementos meteorológicos depende da exposição dos diferentes instrumentos de medida e, portanto, quando se deseja comparar dados coletados em diferentes locais, deve-se ter o cuidado de manter instrumentos semelhantes, sob condições de exposição tão parecidas quanto possível.
Para melhor preencherem suas funções, os instrumentos meteorológicos são instalados em locais apropriados, exigidos pelos elementos que devem medir.
Assim é que os instrumentos destinados a medir movimento de nuvens, precipitação, evaporação, insolação, vento, radiação, etc..., são expostos ao ar livre no ajardinado meteorológico; os que medem as condições de temperatura e umidade do ar ficam no abrigo meteorológico e, finalmente os que indicam a pressão atmosférica, são instalados no interior do prédio da estação, sob perfeita proteção dos elementos climáticos.
– Abrigo Meteorológico
A razão de se instalar os instrumentos que medem os estados de temperatura e umidade do ar num abrigo meteorológico, é para garantir leituras que sejam representativas das condições reinantes no exterior da estação. As informações indicadas nos termômetros só podem ser representativas do ar circundante, quando os instrumentos estiverem livres de radiação.
Então a finalidade do abrigo meteorológico, também denominado de abrigo de instrumentos, abrigo termométrico, abrigo térmico, é manter certos instrumentos protegidos, e ao mesmo tempo, deixa-los em contato direto com o ar livre, além de manter os instrumentos secos, livres de precipitação.
Abrigos especiais podem ser requeridos complementarmente, sempre que se fizer necessário instalar equipamentos adicionais. Isto é comum em estações agrometeorológicas, por exemplo, para instalação de instrumentos mecânicos sensíveis à temperatura, à umidade, etc..., no interior de culturas em estudo.
Embora haja abrigos de diversos modelos, confeccionados com vários materiais, os tipos construídos em madeira são mais comumente empregados.
3.1 - Descrição
Um bom abrigo meteorológico (Figura 1) é constituído por uma caixa externa, cujas paredes laterais dispõem de venezianas para permitir a circulação do ar. Do lado anterior dessa caixa há duas portinholas, igualmente dotadas de venezianas. No seu interior encontra-se outra caixa menor, cujas paredes laterais e portinholas têm também venezianas, mas com a inclinação oposta ao da caixa externa, exatamente para impedir que os raios solares atinjam o interior, após reflexões sucessivas. Todo o conjunto foi concebido de modo a permitir a melhor ventilação possível, aliada a um perfeito sombreamento, condições exigidas para instrumentos que normalmente são instalados no abrigo.
 Figura 1 – Abrigo Meteorológico
3.2 – Confecção
	Na confecção de abrigos desse tipo devem ser usadas madeiras de primeira qualidade. No Brasil, costuma-se usar madeira de cedro e de peroba, para confecção das caixas e colunas de sustentação, respectivamente. Na Amazônia, a madeira mais adequada é o mogno, por ser resistente a bichos, ser leve e não sofrer flexões com o tempo. É recomendável que o material empregado na armação, tais como, parafusos, cantoneiras, dobradiças, etc..., seja de metal resistente a corrosão, especialmente quando o abrigo se destina a estações localizadas na orla marítima. Na Amazônia essa precaução é importante, pela alta umidade que a região apresenta,
	O abrigo deve ser pintado, externa e internamente, com tinta branca de alta refletividade, para minimizar a absorção da radiação solar.
	As venezianas do abrigo meteorológico são construídas de tal modo que a corrente de ar que passa por elas deve ter, aproximadamente, a velocidade média de 5 m/s.
3.3 – Instalação
	O abrigo meteorológico independente da orientação do ajardinado meteorológico deve ser orientado na direção Norte-Sul verdadeira. A base do abrigo deve estar a uma altura de 1,20 m acima do solo, aproximadamente. Na sua instalação exige-se que as portinholas fiquem voltadas para o pólo verdadeiro, do hemisfério em que está situado o local considerado. Essa medida visa evitar, pelo menos durante uma parte do ano, que a radiação atinja diretamente os instrumentos localizados no seu interior, por ocasião das observações diurnas. Rigorosamente falando, os abrigos meteorológicos do tipo descrito, que se destinam à faixa intertropical, principalmente próximo ao Equador, deveriam ser dotados de portinholas em dois lados opostos, orientados para o Norte e Sul verdadeiros, respectivamente, as quais seriam usadas, alternadamente, consoante a época do ano.
3.4 – Limpeza 
	O abrigo freqüentemente acumula, com o passar do tempo, uma certa quantidade de poeira que modifica suas propriedades refletoras e lhe confere um péssimo aspecto. Por esse motivo o observador deve, periodicamente, providenciar sua limpeza, lavando-o com água corrente e removendo a sujeira com auxílio de uma esponja. Recomenda-se que seja, feitas diariamente uma limpeza artificial e semanalmente, a lavagem.
	É evidente que, antes de efetuar essa operação, todos os instrumentos existentes no seu interior devem ser retirados e guardados no prédio da estação (sala do observador). O período de tempo em que esses instrumentos ficarão fora do abrigo será anotado, para indicação posterior, justificando, assim, o fato dos registros terem permanecido suspensos por algum tempo.
3.5 – Cuidados Especiais
	O abrigo nunca deve ser aberto ou fechado com violência, pois qualquer choque um pouco mais intenso, perturba os aparelhos e falseiam-lhes as indicações. Outra precaução é manter a porta do abrigo aberta apenas o tempo indispensável para fazer a leitura dos instrumentos.
	O observador e os escalões superiores devem ter em mente que o abrigo meteorológico não constitui um depósito e, portanto, apenas os instrumentos meteorológicos pré-estabelecidos devem permanecer no seu interior.
– Ajardinado meteorológico
Denomina-se ajardinado meteorológico ou cercado de instrumentos ou ainda parque de instrumentos, ao terreno que se reserva para a instalação daqueles instrumentos que necessitampermanecer em campo aberto. Uma área retangular de 12 X 18 m é, via de regra, suficiente para permitir a instalação correta dos instrumentos, bem como do abrigo meteorológico. O cercado deve ser construído de material sólido e durável. Quando maior segurança é requerida, recomenda-se reservar uma área mais ampla, no centro da qual delimita-se o ajardinado; com isso, o risco de danos causados por animais ou por pessoas inescrupulosas torna-se sensivelmente menos acentuado. A localização de ajardinado deve ser criteriosamente estudada na época da instalação da estação, para satisfazer as exigências técnicas de todos os instrumentos instalados em seu interior.
A linha imaginária que une o meio dos lados maiores do ajardinado meteorológico é denominada de equador do ajardinado e a que une o meio dos lados menores é conhecida como meridiano do ajardinado. Sempre que possível, o meridiano do ajardinado meteorológico deve estar orientado na direção Norte-Sul verdadeira, o que facilita muito a instalação dos instrumentos, mas não é uma condição obrigatória.
A superfície do solo do ajardinado meteorológico deve ser mantida coberta com relva, apenas quando isso puder ser conseguido, de uma maneira uniforme, em condições naturais. Nenhuma prática agrícola, irrigação, adubação, etc..., é permitida, exatamente porque modifica as condições naturais do ambiente. Caso não seja possível obter, naturalmente, uma cobertura uniforme de grama, a área do ajardinado deve ser mantida em condições de solo e vegetação. Em qualquer caso, recomenda-se manter a cobertura vegetal numa altura não superior a 10 cm, o que implica em roçagem periódica.
- Distribuição dos Instrumentos no ajardinado Meteorológico
Existem inúmera maneiras de se dispor o abrigo meteorológico e os instrumentos no ajardinado meteorológico. Todas elas devem considerar as exigências técnicas concernentes à exposição de cada instrumento. No que diz respeito a sombreamento, por exemplo, é preciso considerar a declinação do sol, em cada período do ano, e seus diferentes ângulos horários, ao longo de cada dia. 
Normalmente os serviços oficiais ou particulares que possuem estações em muitos locais, adotam um determinado modelo, para facilidade de instalação e padronização do material, a ser empregado na instalação. A Organização Mundial de Meteorologia – OMM faz algumas recomendações, mas não é obrigatório seguir modelos. Para efeito de referência, apresentamos, na Figura 1, um modelo, que pela experiência de instalação, é bastante adequado e facilita muito a instalação.
O importante é que cada instrumento isolado tenha as suas exigências técnicas cumprida.
 NV
 
Distribuição dos instrumentos no interior do ajardinado, adotado pelo Instituto Nacional de Meteorologia – INEMET, (1) heliógrafo, (2) actnógrafo, (3) geotermômetros, (4) pluviógrafo, (5) pluviômetro, (6) tanque de evaporação, (7) anemômetro totalizador a 0,5 m, (8) anemômetro totalizador a 2,0 m, (9) poço de coleta do evapotranspirômetro, (10) bateria de evapotranspirômetro, (11) abrigo meteorológico, (12) catavento ou anemógrafo universal, (p) portão, estacas 
– Sala do Observador
Sala do observador ou escritório da estação é a casa ou parte da casa, onde funciona a administração da estação considerada, compreendendo o almoxarifado, o arquivo de dados e uma pequena biblioteca. É o local onde o observador passa a maior parte do tempo. O barômetro, o barógrafo ou o microbarógrafo são normalmente instalados nesse local, abrigados do efeito indesejável da radiação direta e das correntes de ar.
– Equipamentos Necessários para Estações de Superfície Convencionais
Os seguintes instrumentos são considerados indispensáveis numa estação sinótica-climatológica de superfície:
termômetros de máxima e mínima
psicrômetro ventilado
pluviômetro
barômetro
barógrafo ou microbarógrafo
anemógrafo universal
Para instalações mais completas, entretanto recomenda-se a adoção das sugestões da Tabela a seguir, onde S, C e A indicam, respectivamente, estações sinóticas, climatológicas e agrometeorológicas.
�
EQUIPAMENTOS PARA ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS DE SUPERFÍCIE
	Instrumentos
	
S
	Estações
C
	
A
	Psicrógrafos ventilados elétricos
	
	
	 + (1)
	Psicrômetro ventilado
	+
	+
	+
	Termohigrógrafo (Higrotermógrafo)
	+
	+
	+
	Termómetro de máxima
	+
	+
	+
	Termómetro de mínima
	+
	+
	+
	Termómetro de relva
	
	 + (2)
	 + (2)
	Termómetro de imersão
	
	+
	+
	Geotermômetros
	
	+
	+
	Geotermógrafos
	
	
	+
	Pluviómetro
	+
	+
	+
	Pluviógrafo
	+
	+
	+
	Anemógrafo Universal
	+
	+
	+
	Anemômetros
	 
	+
	 + (1)
	Barômetros
	+
	+
	
	Barógrafos ou Microbarógrafos
	+
	+
	
	Evaporímetros
	
	+
	+
	Evapotranspirômetros
	
	
	+
	Orvalhógrafo
	
	+
	+
	Heliógrafo
	
	+
	+
	Actinógrafo
	
	+
	+
	Radiômetros
	
	
	+
	Visibilômetro
	+
	
	
	Nefoscópio
	+
	
	
	Tetômetro
	+
	
	
- para determinação de perfis
- quando a superfície do ajardinado meteorológico for revestida de relva
10
10
10
3
6
11
p
o 12
o 9
o 1
o 2
o 4
o 5
o 7
o 8
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