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Aula 02 Introdução a Fisiologia 2017

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Profª. Érika R. G. Costa 
CURSO DE FARMÁCIA 
UNIFAP 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ 
 
 Fisiologia Virótica. 
 Fisiologia Bacteriana. 
 Fisiologia Celular. 
 Fisiologia Vegetal. 
 Fisiologia Humana. 
 
 É o ramo da ciência que se 
preocupa com o estudo do 
funcionamento e equilíbrio do 
corpo humano, assim, destina-
se a explicar os fatores físicos 
e químicos que estão 
envolvidos com a origem e 
propagação da vida humana. 
 
 É o estudo do funcionamento 
dos órgãos e sistemas que 
constituem o organismo 
humano. 
 
 ANATOMIA 
 
 
 FISIOLOGIA 
FORMA 
FUNÇÃO 
Não podem ser separadas. 
Função de um órgão ou tecido está intimamente ligada à sua estrutura, e a estrutura de 
um organismo presumivelmente evolui no sentido de estabelecer uma base física 
eficiente para o seu funcionamento. 
5 
FISIOLOGIA 
CONHECIMENTO DA 
NATUREZA 
Aristóteles (384-322 a.C.) 
 
Funcionamento de todos os 
organismos vivos 
Hipócrates (460-377 a.C.) 
 
poder curativo da natureza 
NÍVES DE ORGANIZAÇÃO DO ORGANISMO 
SISTEMAS FISIOLÓGICOS 
8 
FUNÇÃO E PROCESSO 
FUNÇÃO 
 É O “PORQUE”. 
 PORQUE ESTE EVENTO 
EXISTE? PORQUE ESTE 
EVENTO ACONTECE?. 
PROCESSO 
COMO OCORRE 
 QUEM PARTICIPA? 
 QUANDO ACONTECE? 
Embora função e processo pareçam ser dois lados de uma 
mesma moeda, é possível estudar processos, particularmente 
em nível celular e subcelular, sem compreender sua função 
na vida do organismo. 
9 
HOMEOSTASIA OU HOMEOSTASE 
 “ Todos os mecanismos vitais, apesar de sua 
diversidade, têm apenas uma finalidade, a de manter 
constantes as condições de vida no ambiente 
interno.” 
 Claude Bernard 
Homeostasia [Homeo, igual; stasia, estado] 
 
É o termo empregado para significar a tendência de os 
sistemas biológicos resistirem a mudanças e permanecerem 
em estado de equilíbrio". 
10 
Conceito atual: 
Variáveis fisiológicas comuns 
encontradas nos organismos sadios, 
como os dos seres humanos – 
pressão sanguínea, temperatura 
corporal e fatores transportados pelo 
sangue, como, por exemplo, 
oxigênio, glicose e íons sódio – é 
mantida dentro de uma faixa 
previsível. 
HOMEOSTASIA OU HOMEOSTASE 
11 
UNIDADE FUNDAMENTAL 
HOMEOSTASIA OU HOMEOSTASE 
12 
Durante os séculos XIX e XX, ficou claro que as células estão, em sua 
maioria, em contato com o liquido intersticial. 
Por sua vez, foi constatado que o liquido intersticial encontra‐se em um 
estado de fluxo, em que a água e os solutos, como íons e gases, 
exibem movimento bidirecional entre o interior das células e o sangue 
nos capilares adjacentes. 
HOMEOSTASIA OU HOMEOSTASE 
13 
A homeostasia é um 
processo estático ou 
dinâmico? 
HOMEOSTASIA OU HOMEOSTASE 
14 
A homeostase não implica que determinada 
função fisiológica ou variável seja 
rigidamente constante em relação ao tempo, 
mas que ela flutue dentro de uma faixa 
previsível e frequentemente estreita. Quando 
perturbada para cima ou para baixo da faixa 
normal, é restaurada a seu nível normal. 
HOMEOSTASIA OU HOMEOSTASE 
15 
Um indivíduo pode 
estar homeostático 
para determinada 
variável e não para 
outra? 
HOMEOSTASIA OU HOMEOSTASE 
16 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SISTEMAS DE CONTROLE 
HOMEOSTÁTICO 
"As atividades das células, dos tecidos e dos 
órgãos precisam ser reguladas e integradas 
entre si, de tal modo que qualquer alteração no 
líquido extracelular possa iniciar uma reação 
para corrigir a alteração.” 
Os mecanismos compensatórios que medeiam 
essas respostas são realizados por 
sistemas de controle homeostático." 
A estabilidade de uma variável do meio interno 
é alcançada por meio do equilíbrio de entradas 
e saídas. 
17 
SISTEMAS DE RETROALIMENTAÇÃO OU FEEDBACK 
 
• Presença do erro 
• Grande precisão dos resultados regulatórios 
• Tendência a oscilação espontânea ou instabilidade do sistema 
C
o
m
p
o
n
e
n
te
s
 
b
á
s
ic
o
s
: 
RECEPTOR: monitoriza, detecta desvios 
de um ponto de ajuste 
CENTRO DE CONTROLE (de integração): 
recebe e avalia a 
informação,desencadeando respostas 
EFETOR: recebe ordens, executa a ação 
18 
 
Um aumento ou uma diminuição na variável que está sendo 
regulada desencadeia respostas que tendem a movê‐lá em 
sentido oposto (“negativo”) ao sentido da alteração original. 
EX. A diminuição da temperatura corporal desencadeou 
respostas que tenderam a aumentar a temperatura corporal 
RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA OU FEEDBACK NEGATIVO 
"A retroalimentação negativa também impede que as respostas 
compensatórias a uma perda da homeostase continuem 
indefinidamente" 
A retroalimentação negativa pode ocorrer no nível dos órgãos, 
das células ou das moléculas. 
19 
RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA OU FEEDBACK NEGATIVO 
20 
 
Acelera um processo, levando‐o a um sistema “explosivo”. 
RETROALIMENTAÇÃO POSITIVA OU FEEDBACK POSITIVO 
 Isso é contra o principio da homeostase, visto que a 
retroalimentação positiva não tem nenhum meio obvio de ser 
interrompida 
A retroalimentac ̧ão positiva é muito menos comum na natureza do 
que a retroalimentação negativa. 
21 
RETROALIMENTAÇÃO POSITIVA OU FEEDBACK POSITIVO 
22 
REGULAÇÃO POR ANTEROALIMENTAÇÃO 
Regulação e controle em que a perturbação é anulada antecipadamente à 
produção do erro 
• Gastrina no controle da calcemia 
baixa antecipadamente a concentração de cálcio no sangue, sem 
exigir elevação prévia da calcemia 
Proteínas do leite 
produção de gastrina 
secreção de calcitonina 
23 
REGULAÇÃO POR ANTEROALIMENTAÇÃO 
24 
REGULAÇÃO POR ANTEROALIMENTAÇÃO 
25 
REFLEXOS 
Reflexo é uma resposta “construída”, não aprendida, não premeditada, 
involuntária e específica a determinado estímulo" 
"A via que medeia um reflexo é conhecida como arco reflexo" 
A
R
C
O
 R
E
F
L
E
X
O
 O estímulo é definido como uma 
alteração detectável no ambiente 
interno ou externo 
Receptor detecta a alteração 
ambiental 
Centro integrador. Interpreta a 
resposta 
26 
ARCO REFLEXO HOMEOSTÁTICO DE RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA 
NO PROCESSO DA TERMORREGULAÇÃO 
27 
MENSAGEIROS QUÍMICOS INTERCELULARES 
• A capacidade de comunicação das células 
umas com as outras é essencial para os 
reflexos e para as respostas homeostáticas 
locais – e, portanto, para a homeostase. 
"Na maioria dos casos, a comunicação 
intercelular é realizada com mensageiros 
químicos. Existem três categorias desses 
mensageiros: hormônios, neurotransmissores 
e substâncias parácrinas e autócrinas " 
28 
MENSAGEIROS QUÍMICOS INTERCELULARES 
29 
HORMÔNIO 
 Substância que é liberada a 
partir de um órgão ou estrutura 
bem delimitados e que exerce 
efeito específico sobre algumas 
outras estruturas ou funções 
distintas. 
30 
HORMÔNIO 
 agitar ou excitar 
 produzidos por tecido especializado (glândulas) ou tecido 
neuro secretor 
 liberados diretamente na corrente sangüínea 
 determinam efeito em tecidos - sensibilidade específica 
 atuam em microgramas 
liberação é controlada pelo SNC ou hormônios 
 funções são numerosas (homeostática) 
 transportados livremente ou por proteínas plasmáticas 
31 
•aminoácidos hs tiroidianos e catecolaminas 
•colesterol  hs gonodais e córtex adrenal 
•peptídicos e protéicos (glicoproteínas)  hs hipófisários 
natureza química (derivados): 
controle da secreção hormonal feedback negativo 
secreção pode ser provocada por estímulo externo 
não são consumidos em suas ações 
inativados: sangue, interstício, fígado, rim ou tecido alvo 
excretados: urina e bile 
HORMÔNIO 
32 
NEUROTRANSMISSORES 
São mensageiros químicos que são liberados das terminações de 
neurônios para outros neurônios, células musculares ou células 
glandulares. 
33 
MACAPÁ 
2013 
PROCESSOS RELACIONADOS COM 
HOMEOSTASE 
34 
ACLIMATAÇÃO 
Os sistemas de controle homeostático são adaptações 
biológicas hereditárias. 
Entretanto, a capacidade de responder a determinado 
estresse ambiental não é fixa, mas pode ser aumentada por 
meio de exposição prolongada a esse estresse. 
A melhora no funcionamento de um sistema homeostático 
ja ́ existente – é conhecido como ACLIMATAÇÃO. 
35 
As alterações anatômicas e fisiológicas precisas que 
produzem um aumento na capacidade de suportar 
alterações durante a aclimatação são altamente variáveis. 
Envolvem aumento no número, no tamanho ou na 
sensibilidade de um ou mais tipos celulares envolvidos no 
sistema de controle homeostático que medeia a resposta 
básica." 
ACLIMATAÇÃO 
36 
RITMOS BIOLÓGICOS 
O despertar e o adormecer, a temperatura corporal, as 
concentrações de hormônios no sangue, a excreção de íons 
na urina e muitas outras funções sofrem variação 
circadiana" 
37 
RITMOS BIOLÓGICOS 
"O que os ritmos biológicos têm a ver 
com a homeostase?" 
"Eles acrescentam um componente antecipatório aos sistemas de 
controle homeostático; na verdade, um sistema de 
anteroalimentação que opera sem detectores. 
As respostas homeostáticas ou retroalimentação negativa que são 
respostas corretivas. São iniciadas após a ocorrência de 
perturbação do estado de equilíbrio dinâmico do individuo. 
Em contrapartida, os ritmos biológicos possibilitam o uso imediato 
e automático dos mecanismos homeostáticos por meio de sua 
ativação em momentos nos quais um desafio tende a ocorrer, 
porem, antes que ele realmente ocorra." 
38 
"Os fatores ambientais não impulsionam o ritmo, mas fornecem indícios 
temporais importantes para integração ou ajuste das verdadeiras horas do 
ritmo" 
RITMOS BIOLÓGICOS 
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RITMO CIRCADIANO 
"O marca‐passo recebe a entrada das informações 
fornecidas pelos olhos e muitas outras partes do sistema 
nervoso, e essas entradas medeiam os efeitos de 
integração exercidos pelo meio externo. Por sua vez, o 
marca‐passo emite sinais neurais para outras partes do 
cérebro, que então influenciam os vários sistemas do 
corpo, ativando alguns e inibindo outros" 
"Uma das saídas do marca‐passo segue para a glândula 
pineal, uma glândula localizada dentro do cérebro que 
secreta o hormônio melatonina 
40 
"QUAL É A BASE NEURAL DOS RITMOS CORPORAIS? " 
"FUNCIONA COMO PRINCIPAL MARCA‐PASSO OU RELÓGIO 
DE TEMPO PARA OS RITMOS CIRCADIANOS." 
RITMOS BIOLÓGICOS 
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RITMOS BIOLÓGICOS 
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RITMOS BIOLÓGICOS 
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RESUMINDO... 
Estabilidade de uma variável do meio interno é alcançada pelo equilíbrio das entradas e 
saídas. Não são as magnitudes absolutas das entradas e saídas que importam, mas o 
equilíbrio entre elas. 
Na retroalimentação negativa, uma alteração na variável que está sendo regulada 
desencadeia respostas que tendem a mover a variável no sentido oposto ao da 
alteração original – isto é, de volta ao valor inicial (ponto de ajuste). 
Os sistemas de controle homeostático não podem manter uma constância completa de 
qualquer aspecto determinado do meio externo. Por conseguinte, qualquer variável 
regulada terá ́ uma faixa mais ou menos estreita de valores normais, dependendo das 
condições ambientais externas. 
O ponto de ajuste de algumas variáveis reguladas pelos sistemas de controle 
homeostático pode ser reajustado – isto é, fisiologicamente elevado ou diminuído. 
Nem sempre é possível que os sistemas de controle homeostático mantenham toda variável 
dentro de uma faixa normal estreita em resposta a um desafio ambiental. Existe uma 
hierarquia de importância, de modo que certas variáveis podem ser acentuadamente 
alteradas para manter outras dentro de sua faixa normal."

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