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Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 1 Métodos serológicos com base em reações secundárias: Ensaios Indiretos I. Imunoensaios com substâncias marcadas: Algumas reações Ag/Ac não são detetáveis por precipitação ou aglutinação sendo necessária a medição indireta recorrendo-se a um reagente marcado. Estas reações vão então ser referidas por ensaios recetor-ligando: o Recetor: liga-se à molécula alvo específica. o Ligando: é a substancia que vai ser medida sendo definido como a molécula a que se liga a outra molécula de uma configuração complementar, sendo esta geralmente a substancia que o teste esta a tentar detetar. Neste tipo de reações, a formação do imunocomplexo é envidenciada pela marcação de um dos elementos (Ac ou Ag) De acordo com o tipo de marcadores vamos ter vários tipos de reação: o Imunofluorescência: emissão de fluorescência. o Quimioluminescência: emissão de fotões de luz. o Imunoenzimática: o sinal resulta da ação das enzimas que constituem o marcador. o Imunoradioativa: radioisótopo. Métodos serológicos com base em reações primárias: Ensaios Diretos Métodos que através da marcação de ACs ou de AGs, permitem a sua visualização e/ou quantificação, permitindo a avaliação direta do AG ao AC Os vários métodos deste tipo diferem no modo de deteção da ligação específica ao AG e ao AC. Imunoensaios Marcados Heterogéneos Homogéneos Ag marcado em excesso Ag marcado em excesso Competitivo Não competitivo RIA, FIA, EIA, LIA IRMA, IFMA, IEMA, ILMA EMIT, CEDIA, FPIA, TR-FIA, DELFIA Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 2 Imunoensaios Homogéneos: o Métodos rápidos em que a interação do AG com o AC modula a atividade do marcador. o Nenhum elemento está fixo a uma fase sólida e não existe etapa de separação. o Geralmente utilizado para a medição de pequenos analitos ( substância ou componente químico numa amostra, que é alvo de análise num ensaio), tais como drogas de abuso e fármacos. Imunoensaios Heterogeneos: o Métodos em que um dos elementos do ensaio está fixo a uma fase sólida. o São mais vantajosos em relação aos homogéneos uma vez que são mais sensíveis e específicos. o A reação AG-AC não interfere com a atividade do elemento marcado. o É necessária uma etapa de separação das frações livres em relação às conjugadas. Absorção, precipitação, ligação à fase sólida, eletroforese, filtração em meios gelosado, troca iónica. o Competitivos: O analito não marcado (geralmente o AG) na amostra a testar é medido pela sua capacidade de competir com o AG marcado no imunoensaio. Quanto maior a concentração de AG na amostra menor é a quantidade de marcador e, consequentemente, menor é o seu sinal (o sinal é inversamente proporcional à quantidade de AG na amostra) Procedimento: Coloca-se soro com AG purificados marcados conhecidos na amostra, os AG da amostra iguais aos adicionados vão competir pela ligação aos AC. Existem 2 versões da técnica de competição: De uma etapa: De duas etapas: Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 3 Excesso de AG Radioimunoensaio (RIA) é o protótipo mas existem outros: FIA, EIA e LIA o Não Competitivos: A medição do analito marcado (geralmente o AC) é diretamente proporcional à quantidade de AG presente na amostra. Podem ser utilizados métodos de uma ou duas etapas. No formato de ensaio com duas etapas, existem passos de lavagem em que o complexo de ligação em sanduíche é isolado e são efetuadas lavagens para remover o excesso de reagente marcado não ligado. Técnica de sandwich: mais sensível e específica Normalmente utilizada para determinar analitos como os marcadores da hepatite e cardíacos. Excesso de AC ELISA é o protótipo Imunoensaios marcados heterogéneos competitivos: o Método de união direta ao anticorpo. o É necessário um suporte: Independentemente do tipo de deteção (radioatividade, enzimática ou fluorescência) os ensaios diretos podem ser feitos em: Plástico (ex: microplaca de poliestireno) o Ex: RIA e ELISA Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 4 Papel de nitrocelulose ou nylon após transferência do gel de eletroforese o Ex: Western-blot Culturas celulares ou tecidos: o Ex: Imunohistoquímica ou Imunocitoquímica o Radioimunoensaio (RIA): Desenvolvido por Yallow e Berson na década de 50 para detetar e quantificar a insulina no soro dos pacientes, utilizando proteínas marcadas radioactivamente. É um método sensível para a análise quantitativa das reações AC-AG, permitindo medidas rápidas e precisas, mesmo em preparações não purificadas. A deteção da interação AG-AC é feita através de radioisótopos como 125I, 51C ou 3H. A interação AG-AC vai ser diretamente proporcional à quantidade de radioatividade emitida que é medida num contador de radiação γ. Procedimento: Uma mistura de AG marcado radioactivamente e ACs específicos para esses AG é preparada com um ligeiro excesso de AGs. Quantidades conhecidas de AGs não marcados são adicionadas à mistura. Os AGs não marcados competem pelos locais de ligação nos ACs, sendo que a quantidade comm que o AG se liga depende da concentração de AG marcado e da afinida do AC para o AG. Ao aumentar as concentrações de AG não maracdo verifica-se, pela concentração de AG marcado, que este último é substituído nas moléculas de ACs. Existem 3 sistemas básicos: RIA indireto RIA por competição: RIA por captura Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 5 Exames normalmente realizados com este método: Hormonas Tiroideas (T3, T4, TSH, T4 Livre) Tiroglobulina, anticorpos tiroideus Prolactina FSH, LH, Estradiol e Progesterona Hormona do Crescimento Antigénio Prostático especifico Microalbuminuria Aplicações Práticas: Prevenção do cancro da próstata (dosagem PSA) Diagnóstico precoce de patologias renais em diabéticos e hipertensos (dosagem de microalbuminuria) Diagnostico e acompanhamento da menopausa (FSH, LH, Estradiol e Progesterona) Prevenção e deteção de diabetes (dosagem de insulina) Investigação de défica de crescimento em crianças (dosagem de somatotrofina?) Desvantagens dos ensaios radioimunologicos: Requerem laboratórios apropriados Baixa seletividade Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 6 Poucos ACs comercialmente disponíveis Duração limitada da atividade dos radioisótopos Problemas na eliminação dos resíduos Certos graus de radioatividade cruzada com interferentes existentes na amostra, que podem originar falsos positivos Custo do espectometro de cintiliação líquida. o Ensaios imunoenzimáticos (EIA): Descritos independentemente pela primeira vez em 1971 Utilizados para detetar/quantificar AC e AG em fluidos biológicos, utilizando enzimas em vez de isótopos uma vez que são mais estáveis. Marcadores enzimáticos: Fosfatase alcalina (AP) o Catalisa a hidrolise não especifica de ésteres do ácido monofosfórico em fosfato inorgânico (reação em pH alcalino) o De uma solução incolor ou ligeiramente amarelada (p nitrofenilfosfato) passa a uma solução amarela (p-nitrofenol + fosfato) após a ação da enzima peroxidase na presença de MG2+. Peroxidase (Horseradish peroxidase – HRP) o Catalisa a oxidaçãode substancias pelo peroxido de hidrogénio. o De uma solução amarela (tetrametil-benzidine) passa a uma solução azul, apos a ação da enzima peroxidase e do peroxido de hidrogénio (H2O2). o Substratos da HRP: OPD 5AS TMB ABTS DAB Glucose-6-fosfato desidrogenase Β- Galactosidase Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 7 Sistemas de deteção: Fotométricos De fluorescência De quimiluminescência Vantagens: Maior estabilidade dos reagentes Maior especificidade Produção de ensaios homogéneos Ausência de perigo radioativo A enzima funciona como marcador Permitem a visualização em M.O comum (+barato) Permitem a obtenção de uma preparação permanente Fácil quantificação através do espectrofotómetro Existem vários sistemas de EIA: (1) ELISA (2) ELISPOT (3) Immuno-blot (4) Western-blot (5) Imunoperoxidase (1) ELISA o Tecnica bioquímica que permite quantificar o AC ou AG na ordem das nanogramas (10-9g) Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 8 o Tipos de ELISA: Quanto ao método de revelação do sinal: 1. ELISA direto: a. Procedimento: i. Amostra com concentração desconhecida de AG é imobilizada num suporte sólido (microplaca revestida com a amostra) 1. Amostra 1 com AG-A 2. Amostra 2 com AG-B O Ag liga-se à superfície da microplaca que irá adsorver uma certa quantidade de qualquer proteína. *adsorção: adesão de moléculas de um fluido (o adsorvido) a uma superfície sólida (o adsorvente) ii. Adicona-se um AC especifico já ligado quimicamente a uma enzima. iii. Dá-se a ligação AC-AG (formação do imunocomplexo) iv. Lavagem com solução tampão para bloquear qualquer adsorção não especifica (ACs que não se conseguem ligar ou quaisquer outras proteínas são removidas) v. Adição de um substrato da enzima. vi. A ligação do AC especifico ao AG-A é detetada através da reação, catalisada pela enzima, de conversão do substrato num produto de outra cor, cuja absorvância será lida num aparelho (leitor de ELISA) b. Vantagens: i. Mais rápido (utilização de apenas 1 AC) ii. Eliminação de ratividade cruzada com AC secundário c. Desvantagens: i. A imunoreatividade do AC primário pode ser reduzida como resltado da marcação. ii. A marcação dos AC primários é demorada e cara iii. Menor amplificação do sinal. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 9 2. ELISA indireto: a. Procediemento: i. AG adsorvido à fase sólida (placa revestida pela amostra) ii. Lavagem com tampão para remoção do AG não adsorvido iii. Adição da amostra (contendo ACs a serem medidos – Acs primários) e incubação. iv. Lavagem com tampão para remoção do AC que não se ligou v. Adição do AC secundário conjugado com uma enzima que vai reconhecer a porção constante do AC primário e incubação vi. Lavagem com tampão para remoção do AC secundario que não se ligou vii. Adição do substrato da enzima viii. Reação enzimática e alteração da cor da solução, a mudança de cor será proporcional à quantidade de AG. ix. Medição da densidade ótica Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 10 b. Vantagens: i. Existe uma vasta gama de AC secundários disponíveis comercialmente. ii. Versátil uma vez que pode usar-se o mesmo AC secundario marcado para deteção da ligação de vários AC primários. iii. Imunoreatividade do AC primário não é afetada pela marcação iv. A sensibilidade é aumentada porque cada tipo de AC primário contem vários apitopos que podem ser reconhecidos pelo AC secundario marcado, permitindo a amplificação do sinal c. Desvantagens: i. Reatividade cruzada pode ocorrer com o AC secundario, resultando num sinal não especifico ii. É necessário um passo extra de incubação RESUMINDO: Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 11 Quanto ao modo de atuação: 1. ELISA Competitivo: - Quantidade desconhecida de AG é introduzida na amostra juntamente com AG de referência e ambos competem por um limitado número de locais de ligação ao nível dos ACs. - Neste tipo de ensaio, os efeitos observados são inversos dos esperados nos ensaios não competitivos. - Procedimento: a. Adsorção de um AG à superfície sólida b. Adição do AG marcado com enzima + amostra do doente c. O AG marcado com a enzima compete com o AG contido na amostra do doente para a ligação ao AC imobilizado na placa. d. Se a amostra do doente tiver o AG especifico inibirá a ligação do AG marcado ao AC imobilizado. A cor do substrato modificar-se-à pouco ou nada. e. Se a amostra do doente não tiver o AG, o AG marcado com a enzima ligar-se-á aos ACs imobilizados na placa e, ao adicionar-se o substrato, verificar-se-á uma significativa alteração de cor. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 12 2. ELISA Não Competitivo: - Os locais ligação para o Ac para o Ag estão em excesso, sendo por isso mais sensível que o ensaio competitivo. - Pode ser realizado com o Ac, Ag, ou epitopo fixado a uma fase solida. - É quantificado através de uma curva padrão, construída utilizando padrões de Ag (ou Ac) de concentração conhecida, o que permite determinar a concentração de Ag (ou Ac) nas amostras desconhecidas. EX: - Procedimento: a) Ag adsorvido à fase sólida. b) Adição da amostra do doente contendo ACs c) Incubação d) Adição do 2º Ac: Ac marcado com uma enzima que se vai ligar ao Ag do paciente. e) Caso a amostra do doente tenha o Ac especifico, este ligar-se-á ao Ac primário marcado que já se encontra ligado ao Ag. Dá-se a alteração significativa da cor da amostra, após a adição de substrato. f) Caso a amostra não possua o Ac específico não haverá ligação ao Ac primário e não será observada uma mudança de cor na amostra. o Como amplificar o sinal? RESUMINDO: Elisa Competitivo vs. Elisa não competitivo Competitivo Não Competitivo Quanto maior a concentração de moléculas a avaliar, menor a densidade ótica obtida. Quanto maior a concentração de moléculas a avaliar, maior a densidade ótica obtida. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 13 Utilização de biotina que se vai ligar à parte constante do AC e de avidina. Quatro complexos avidina+enzima vão se ligar a uma biotina. Assim haverá um maior número de enzimas ligadas ao anticorpo e consequentemente maior emissão de cor. o Método de captura ou sandwish: Existe um pré-revestimento da microplaca com AC o que aumenta a retenção/adsorção de AG na placa. o Aplicações Práticas de ELISA: Evidenciar contaminação por: 1. HIV-1 e HIV-2; Hepatite C, HTLV-1 e HTLV-2. Medição do nível de hormonas: 1. HCG, LH, TSH, T3 e T4. 2. Hormonas que podem ser utilizadas ilicitamente por atletas Deteção de infeções por: 1. Agentes sexualmente transmissíveis 2. Toxoplasma gondii 3. Rubéola Deteção de substâncias alergénicas na comida e lixo das casas Medição da fatores reumatoides e outros Ac em doenças autoimunes (feito em aula pratica) Quantificação de toxinas em comida contaminada Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 14 Deteção de drogas ilícitas: 1. Cocaina2. Opiáceos 3. Delta-9-tetrahidrocanabinol Diagnóstico de coágulos sanguíneos, alergias, entre outras. o Leitura da densidade ótica (leitura de resultados obtidos): Leitura da densidade da amostra na microplaca no leitor de microplaca (2) ELISPOT: o Variação do método ELISA que permite a deteção e quantificação do número de células de uma população produtoras de ACs específicos para um determinado AG ou um AG para o qual se tem um AC específico. o Procedimento: Estimulação de células T com um Ag especifico (ex: produção de citoquinas) Poços de ELISA, contendo ACs anti-X (X= Ag em teste) Incubação 24h Se as citoquinas X forem produzidas, são capturadas pelos AC anti-x Adição de um AC conjugado anti-X, sendo revelado o local onde existe a citoquina X Quantificação de pontos, que correspondem às células produtoras de citoquinas o Mais resumido: Temos uma placa com ACs. Adicionamos uma cultura de células pré-estimuladas Caso haja produção de AG pela célula (ex: isoleucina) estes vão-se ligar aos AC. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 15 Verificar-se-á então a formação de pontinhos brancos no fundo da placa após a adição do AC conjugado que se liga ao AC inicial revelando o resultado. (3) Immunoblot: o Desenvolvido em 1982 por Hawkes o É uma variação do método ELISA em que as amostras são gotas e o resultado final será um produto corado solúvel. o Neste tipo de teste são utilizadas membranas de nitrocelulose em vez de microplacas. o É mais simples e rápido o É utilizado: Na identificação de AG Na confirmação de resultados positivos ou indeterminados obtidos nos testes serológicos imunoenzimaticos (EIA) e de Imunofluorescência (FIA). Permite a caraterização de ACs monoclonais (MoAc) o Procedimento: Adsorção de Ag à membrana Adição de Ac da amostra Lavagem do excesso de Ac Adição da enzima Lavagem do excesso de enzima Adição do substrato Certas zonas da membrana mudam de cor devido à ligação Ac-Ag Por ser um ensaio qualitativo são adicionadas pequenas quantidades Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 16 o Resultados obtidos: o Aplicações práticas: Deteção de Herpes simples e genital: deteta-se a presença de ACs contra o HSV (vírus do herpes simplex) (4) Immunoblotting – Western Blot: o Blotting: transferência de DNA, RNA ou proteínas a partir de um gel de eletroforese para uma membrana o Método que envolve a imobilização de proteínas em membranas (Ex: nitrocelulose ou PVD – Fluoreto de polivinildeno) antes da sua deteção com ACs o Antes da imobilização das proteínas na membrana, as amostras são separadas por eletroforese em gel de poliacrilamida SDS (SDS-PAGE) o Aplicações práticas: Detetar proteínas específicas numa amostra Obter informações sobre o peso molecular da proteína e a existência das suas isoformas Determinar as quantidades relativas da proteína presente em diferentes amostras Determinar se um determinado soro contém ACs para um AG especifico. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 17 o Etapas: Separação eletroforética de AGs (proteínas)após solubilização das mesmas no detergente SDS Transferência de proteínas para a membrana Incubação da membrana com soro com o AC especifico da proteína em teste. 1. Método direto: quando o AC já esta marcado 2. Método indireto: adição de um AC secundário marcado A membrana é mergulhada numa solução de AC específico para a proteína desejada. Apenas a banda que contêm a proteína se liga ao AC, formando uma camada de moléculas de AC Após algum tempo procede-se à lavagem para remoção do excesso de AC que não foi ligado A membrana é incubada num 2ºAC que está ligado covalentemente a uma enzima, fluorocromo que se liga ao AC primário ! Caso o AC primário já esteja ligado a um radioisótopo não é necessário AC 2º ! Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 18 Incubação com substrato (apenas no método enzimático) Revelação de resultados: 1. Deteção enzimática: análise da densitometria ou espectrofotometria (oriundos da mudança de cor do substrato) para dosear os níveis de proteína. 2. Deteção radioativa: colocam-se chapas de raio-x diretamente contra a membrana que, exposta à sonda (AC) cria regiões escuras as quais correspondem as bandas da proteína de interesse. 3. Deteção Fluorescente: A sonda marcada fluorescentemente é excitada por luz e a emissão é então detetada por um fotossensor como uma câmara equipada com filtros Aparece apenas a banda da proteína que queremos testar o Ensaios de imunofluorescência (FIA): Técnica que permite a visualização de AGs nos tecidos ou em suspensões celulares do paciente usando corantes fluorescentes (fluorocromos) que absorvem a luz num determinado comprimento de onda e emitem-na noutro. Quando o corante está ligado ou conjugado com um AC, os locais de reação entre o AG e o AC podem ser facilmente visualizados Os fluorocromos depois de excitados por um comprimento de onda especifico (espetro de absorção) emitem fluorescência (fotões de luz) a um comprimento de onda superior (espectro de emissão) Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 19 É muito importante a ampliação de sinal com biotina-avidina A fluorescência depende do tipo de fluorocromo ligado ao AC. Visualização: o uso combinado de filtros que impedem a luz para comprimentos de onda previamente determinados permitem visualizar as moléculas marcadas com os fluorocromos. Tipos de imunofluorescência: Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 20 o Métodos Imunocitoquímicos (ICC): Técnica que utiliza ACs marcados cujos alvos AGs são recetores nas membranas das células, em cultura de células e suspensões celulares. Marcadores possíveis: Enzima (método enzimático) -> visualização ao M.O o Ao contrário do ELISA, os produtos coloridos são insolúveis e precipitam no local onde são formados. Corante fluorescente (método fluorescente) -> visualização ao m. de fluorescência Elemento radioativo (radio-imunoensaio) -> visualização por auto- radiografia. A marcação pode ser direta ou indireta Existe a possibilidade de múltiplas marcações, podendo visualizar-se simultaneamente diferentes estruturas da célula Dupla Marcação: Procedimento: Preservação do tecido: por fixação ou congelamento em azoto líquido. o Fixação: o fixador ideal deve preservar a morfologia, a imunorreactividade, prevenir a extração, difusão e deslocamento do AG durante as etapas que se seguem à Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 21 fixação e não interferir com as reações subsequentes na localização do AG. Fixadores + utilizados: Soluções aldeídicas Soluções alcoólicas o Parafinização: inclusão do tecido em parafina Recuperação Antigénica: por quebra de ligações múltiplas entre proteínas promovidas pela fixação. Se não forem eliminadas, estas ligações bloqueiam o acesso dos ACs o Métodos Enzimáticos o Aplicação de calor Marcação: o Método imunoenzimático – peroxidase/fosfatase alcalina o Método imunofluorescente – FITC, rodamina, Texas red o Outro Método Direto: um AC marcado reage diretamente com um AG nas secções de tecido. Procedimento rápido mas insensível devido à baixa amplificação de sinal. Método Indireto: Envolve um Ac primário não marcadoque reage diretamente com o Ag no tecido e um AC secundario marcado reage como o Ac primário. Método mais sensível devido à amplificação de sinal gerada pela sligações entre o AC secundário e os diferentes tipos de epitopos do Ac primário. Visualização ao microscópio: Aplicações práticas: Análises celulares e subcelulares Estudo de localização e interação entre proteínas, etc. Imunologia Oral – Aulas Práticas Patrícia Lyra 22
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